Por Bruno Inácio Este é último texto que vos escrevo em 2018. Pensei em retomar um texto que escrevi no final de 2017 onde encarnei um de leitor da sina ou de bola de cristal e procurava prever o 2018. Hoje estive a reler e confesso que é trágica a sensação de que a ironia foi tão certeira que só nos pode deixar tristes voltar aquelas palavras.
No escrito preconizava um avanço significativo no processo de descentralização, a conclusão da requalificação da EN125, a colocação do Hospital Central no seu devido local de concretização (ou seja, betão no chão) e requalificação da oferta turística. Não vos peço para ler isto porque quero que passem umas festas felizes e com esperança no futuro. Quero falar de coisas boas, de coisas frescas. Nesta fantástica região, plena de defeitos e de concretizações adiadas existem aqueles (que acredito serem muitos) que lutam contra a inércia que a espuma dos dias nos impõe. Aqueles que olham com amor para um mar sem fim e que descobrem nas nossas gentes, no nosso passado mas também no nosso futuro, um raio de sol que nos ilumina de esperança mas que também nos enche de vaidade de sermos quem somos. Falo-vos da Maria Manuel Valagão, da Nídia Braz e do Vasco Célio cuja força do amor pelo Algarve os levou a concretizar mais uma obra literária magnífica e fundamental para o nosso presente e futuro: “Vidas e Vozes do Mar e do Peixe” é um guia magnífico da nossa identidade que merece ser folheado e que serve para muito, mas muito mais do que ocupar um lugar de lombada em estante. A Maria Manuel Valagão e o Vasco Célio, então acompanhados pelo sempre genial Chef Bertílio Gomes, já nos haviam emprestado o seu saber e o seu trabalho na obra “Algarve Mediterrânico - Tradição, Produtos e Cozinhas”. Para mim, este trabalho foi, é, e dificilmente deixará de ser, a melhor testemunho contemporâneo daquilo que é a nossa identidade. O fresquíssimo “Vidas e Vozes do Mar e do Peixe”, já nas bancas, é um testemunho riquíssimo de histórias e estórias de gente que viveu ou vive o mar. É um retracto bem pintado da nossa paisagem e da nossa maritimidade. É um filme retrospectivo da nossa memória colectiva embalada em imagens das nossas gentes. Não as imagens que estamos habituados, mas imagens com gente lá dentro que saltam cá para fora num discurso fluido e regado de sabores. É também uma mesa posta de produtos do mar que combinam com os produtos da terra mas é também a voz da modernidade que vê no amanhã o que o mar tem para nos dar. O “Vidas e Vozes do Mar e do Peixe” é uma obra certeira para podermos olhar para nós próprios neste fim de ano e, ao contrário do texto que escrevi o ano passado, nos encher de esperança e orgulho neste Algarve de todos nós. A si, que faz o favor de nos ler, nos comentar e nos partilhar, mas também aos outros, nossos concidadãos deste “Reino”, os meus sinceros votos que passem umas Festas Felizes. Bom Natal e um 2019 com saúde e concretizações pessoais e profissionais.
2 Comments
Nídia Braz
19/12/2018 20:12:20
Obrigada! Fico muito contente por ter encontrado no nosso trabalho a mensagem de confiança no futuro! porque quisemos dar testemunho do passado, sim, mas refletindo sobre o presente e preparando/construindo um futuro sustentável!
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20/12/2018 18:56:41
Olá Bruno
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