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Theresa May, que raio vais tu fazer?

17/1/2017

1 Comment

 
Por Luís Coelho.
O título do post desta semana é assumidamente provocador. Infelizmente, o tema também não é para menos. Mas comecemos pelo início. Desde 13 de Julho de 2016 que Theresa May é a primeira-ministra do Reino Unido. Membro influente do Partido Conservador, May ascende ao poder depois da estrondosa derrota de David Cameron no referendo que consagrou o Brexit. Em boa verdade, até agora temos sido poupados ao temido terramoto pós-Brexit. Mas tal promete mudar. Muito e rapidamente.

​Theresa May fala esta terça-feira ao país e espera-se que dê detalhes sobre o que pensa fazer para concretizar o resultado do referendo que, indirectamente, a levou ao poder. Existem duas possibilidades extremas. A primeira é a de um “hard brexit”. Neste contexto, os brits retiram-se pura e simplesmente da órbita do mercado único europeu. A versão alternativa, comummente apelidada de “soft brexit”, prevê que à semelhança da Suiça, o Reino Unido continue ligado ao mercado único europeu em condições especiais.

E depois? Bom, estes dois caminhos têm implicações muito diferentes. Na minha opinião teremos um mundo novo no que toca às relações com o Reino Unido caso o “hard brexit” se concretize. Ao abandonar o mercado único, os britânicos deixam de ter de cumprir com o princípio da livre circulação de capital, bens e serviços pelo que as futuras trocas comerciais com a União Europeu (EU) terão como pano de fundo as regras da Organização Mundial do Comércio. Isto implica lidar com pautas aduaneiras, mecanismo de controlo de capital e afins que, seguramente, afectarão trocas comerciais e o nível de investimento. Preparem-se pois todas as empresas algarvias que exportam alguma coisa (inclui-se aqui a venda de imobiliário) para o Reino Unido… Cumulativamente, esta versão do Brexit terá ainda um efeito importante sobre a circulação de pessoas. De facto, é de esperar que o Reino Unido imponha fortes restrições à imigração motivada por questões laborais. Desta forma, procurar emprego por terras de sua majestade ficará provavelmente muito mais difícil. Falta também saber o que vai acontecer a todos aqueles que neste momento já se fixaram neste país, algo que pode ser potencialmente explosivo. Por outro lado, o turismo pode também vir a sofrer caso os britânicos restrinjam o acesso de cidadãos da UE ao seu território. Em particular, tal situação pode motivar uma resposta musculada de Bruxelas que, no mínimo, aumente a burocracia necessária para que ingleses e afins possam viajar para cá. Isto configuraria uma péssima notícia para o Algarve pois, como todos sabemos, uma fatia importante do turismo da região é oriundo desta parte da Europa.
O “soft brexit” é um meio-termo. Em particular, o Reino Unido continuaria a pertencer ao mercado único a troco de respeitar (ainda que parcialmente) o princípio da livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital ao que se soma a necessidade de contribuir ainda que mais modestamente para o orçamento da UE. O problema deste tipo de solução é que a mesma é pantanosa em si mesma, i.e. imagino que nunca saberíamos exactamente o que esperar de parte a parte. De facto, importa relembrar que os britânicos já demonstraram vezes sem conta que são mestres na arte de ludibriar Bruxelas, bem ao estilo daquilo que Zeca Afonso descreve na sua canção “Vampiros”.
​
Finalizo pois como comecei: Theresa May, que raio vais tu fazer? Em breve saberemos...
1 Comment
Bruno
17/1/2017 14:40:28

Caríssimo, não seja tão pessimista!

O mais triste de todos estes maus cenários descritos (que para já são apenas isso mesmo, cenários potenciais), na minha opinião, nem sequer é o que foi descrito, mas é a postura de criança mimada da UE (França e Alemanha principalmente) de quando alguém não lhes faz a vontade, partem para a ameaça tentando repor a sua vontade, só falta fazerem birra.

Esta última não é nenhum cenário, é uma realidade, e este tipo de ameaças, a tentar gerar a convulsão e pânico nos seus habitantes, tanto de um lado como de outro, só demonstra o verdadeiro mau caracter desta liderança da "nossa" (DES)União Europeia.

Cumprimentos!

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