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Tecnologia: uma realidade virtuosa chega ao Algarve

3/4/2018

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Por Paulo Pereira

O recente anúncio de uma startup brasileira que escolheu Faro para instalar um Centro de Investigação e a Unidade de Produção para a Europa, contando já com o apoio da Universidade e do Município, é um sinal de que o Algarve tem condições para se posicionar e cativar empresas de base tecnológica. Para quem não acompanhou a notícia, pode ler tudo aqui https://goo.gl/ba6PmL ou aqui
https://goo.gl/HBi2kG .
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Esta (boa) notícia é um sinal de que é necessário retomar o projeto de criação de um Pólo Tecnológico que tem estado na gaveta seguramente há mais de 15 anos. Apesar de terem sido feitos estudos de viabilidade e projetos de instalação, na realidade nunca chegou a passar do papel. Esta ideia, que me parece estruturante para a Região, tem vindo a ganhar um novo fôlego nos últimos tempos, com a emergência de um conjunto de empresas da região ligadas à área das novas tecnologias. À sua escala, a região apresenta hoje um conjunto de empresas que conseguiram colocar a tecnologia “made in Algarve” a nível internacional e em áreas verdadeiramente diversificadas, desde os sistemas de alarme, aos sistemas de som domésticos, à automação, à imobiliária, aos sistemas de reservas aplicados à hotelaria, golfe, spa e rent-a-car, entre outros. Temos hoje empresas do Algarve que lideram segmentos nos mercados em que estão e que têm na sua lista de clientes multinacionais da área do Turismo, da Banca, do setor Automóvel e em diversas áreas industriais. Podemos encontrar tecnologia desenvolvida no Algarve, instalada em geografias tão dispares como Madrid, Berlim, Londres, Nova Iorque, Las Vegas, Miami ou São Paulo, só para citar alguns casos mais simbólicos. Deixo a análise especifica dos casos de sucesso de internacionalização para uma proximidade oportunidade.

Ao mesmo tempo que empresas da região partem à procura de oportunidades no mercado internacional, começam-se a registar os primeiros casos de empresas internacionais que localizam parte dos seus serviços no Algarve. Para além da mais recente, com origem no Brasil, temos a registar também empresas da Alemanha e Reino Unido que criaram unidades de desenvolvimento na Região. As condições naturais da região, a facilidade das comunicações aéreas com ligações diretas a cerca de um centena de cidades da Europa, o bom sistema de saúde (privado) a relativamente boa qualidade de vida, o baixo custo de vida em comparação com o que se passa na Europa, são seguramente alguns dos elementos que estão a motivar esta dinâmica, ainda ténue, de fixação de profissionais qualificados ligados ao desenvolvimento tecnológico e às industrias criativas na Região do Algarve. Além dos casos de empresas que se estão a instalar diretamente na Região, acresce o movimento natural de Quadros de topo de multinacionais que têm a sua segunda residência ou casa de férias no Algarve. Tudo isto tem acontecido, pelo menos que se saiba, sem qualquer tipo de coordenação ou estratégia oficial. Tanto quanto se saiba, não é do conhecimento publico nenhum plano ou anúncio oficial de qualquer tipo de entidade regional que tenha assumido essa estratégia. Ao contrário do que podemos assistir em outras cidades, como Lisboa, Porto, Coimbra, Braga ou Aveiro, onde as autoridades locais assumiram uma estratégia de dinamização das áreas tecnológicas, não se conhece nenhuma estratégia assumida na Região do Algarve neste âmbito. E é neste quadro, em que o setor privado começa a ter massa crítica e provas dadas, que surge o movimento de criação do ALGARVE TECH HUB, ideia lançada há cerca de 5 anos por Miguel Fernandes, fundador da Dengun, que tem como visão criar uma estrutura que promova e dinamize o setor das Tecnologias da Informação de forma estruturada e sistematizada. Os desafios são grandes e há muito para fazer, nomeadamente em áreas como a capacitação técnica, internacionalização, captação de investimento, investigação e financiamento.  A saber:

1.Capacitação técnica e profissional: neste domínio é necessário ajustar a oferta formativa da Universidade e do Ensino Profissional e Especializado à procura existente e às necessidades do mercado. Por outro lado, faz também sentido desenvolver competências de gestão de equipas e de projetos, capacitando recursos humanos para funções de liderança.

2. Internacionalização: é necessário capitalizar o esforço de captação de novos mercados que tem sido desenvolvido por algumas das principais empresas tecnológicas da região, ao mesmo tempo que se motivam outras empresas a arriscar na abordagem aos mercados externos.

3. Captação de investimento: o Algarve tem condições naturais e infra-estruturas que podem facilitar a criação de novas empresas, a captação de centros de serviços de empresas estrangeiras, ou o desenvolvimento de novos projetos. Importa desenvolver uma estratégia de captação direta de novos investimentos que contribuam para criar o ecossistema tecnológico da região.

4. Investigação: através da ligação ao meio académico, é possível e desejável aprofundar o desenvolvimento de projetos de investigação em co-promoção, envolvendo uma ou várias empresas articuladas com Investigadores universitários.

5. Financiamento: Nesta área é necessário refazer os mecanismos de apoio e incentivo existentes e criar novas tipologias de veículos de investimento. A forma como estão montados os sistemas de incentivos financiados pela União Europeia, não favorecem um ambiente de apoio à inovação e investigação, em que a análise dos projetos chega a demorar pelo menos entre 6 e 9 meses. Numa área em que o “ time to market” é critico, a experiência demonstra que a burocracia não é compatível com uma dinâmica de apoio à inovação. Para dinamizar o setor será necessário desenvolver novos mecanismos de financiamento que dêem resposta às necessidades de investimento em tempo útil.

O desenvolvimento destes e outros tópicos podem contribuir para a criação de uma dinâmica positiva nas empresas do setor tecnológico na Região. A oportunidade está criada. Compete às empresas do setor concretizar o projeto e ao Estado perceber que é preciso mudar para acelerar todo este processo.
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