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Bem-vindo

Sr. Presidente da AHETA: Capital do Turismo, com muito orgulho!

19/7/2017

9 Comments

 
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Por Cristiano Cabrita

Coincidência ou não, no seguimento do meu último artigo intitulado “ empresários algarvios low cost”, o Sr. Presidente da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, fez chegar aos seus associados um rol de propostas, diria mesmo acusações, à autarquia de Albufeira. Partindo dos acontecimentos que aconteceram na rua da oura, na noite de 25 de Junho, o representante daquela associação enumera um sem fim de acções e medidas que, segundo o mesmo, irão resolver de imediato todos os problemas. Até aqui, apesar da sua fragilidade argumentativa, tudo bem. Todos temos o direito de manifestar as nossas opiniões, em nome pessoal, ou em nome de uma associação, mesmo que a maioria dos seus associados não se revejam no teor da exposição. Todos temos o direito de manifestar os nossos juízos, nem que passemos anos sem dizer nada sobre o assunto. Vivemos numa sociedade democrática e num Estado de Direito que nos dá, e bem, essa liberdade de expressão. O problema é que este mesmo representante, compôs o seu ramalhete argumentativo com um artigo publicado no Região Sul, com o seguinte título “Capital do turismo à rasca”. Aqui a coisa muda completamente de figura porque, inadvertidamente, acabou por atingir as gentes de Albufeira. Mas já lá irei.
 
Não vou discutir um a um todos os pontos que achei por bem frisar no artigo que escrevi no dia 5 de Julho. Debati incessantemente o meu argumento com os albufeirenses, com amigos, com desconhecidos, com pessoas com quem  falo diariamente, com outras que troco dois dedos de conversa esporadicamente, com quem partilho ideias nas redes sociais, com quem cresci, com quem andei na escola secundária, com colegas de trabalho, com quem joguei futebol, com quem pratiquei atletismo, com quem vi noites memoráveis no Summertime, no Alabastro, na baixa de Albufeira,  no Splash , com colegas de carteira, com quem debati política (muita política) e livros, com quem discuti, com quem sorri e chorei, com colegas de universidade, com quem fiz surf, com quem convivi, enfim, com quem vivi nestes últimos quarenta anos…em Albufeira!
 
Fi-lo e escrevi em nome próprio, sem politiquices, sem intenções camufladas, dizendo aquilo que me ia na alma. Quem me conhece sabe que não podia ser de outra maneira. Simplesmente, senti-me inseguro ao percorrer naqueles dias as ruas da minha cidade. Senti uma estranha insegurança na minha própria terra, algo que não aceito. Algo que muitos albufeirenses não aceitaram!
Na generalidade, creio que a maioria das pessoas se reviu em três ideias gerais. Em primeiro lugar, nada, nem ninguém, me fará concordar com os organizadores daquela viagem. Não aceito, não acredito, não quero que grupos organizados com propensão ao tumulto e que causam sentimentos de insegurança venham para Albufeira. Ponto final parágrafo. Não me venham com teorias elaboradas dos mercados emissores turísticos, de que ninguém sabia quem eram estas pessoas, que não se consegue filtrar, que não é possível antecipar, que não se consegue seleccionar etc..etc..etc..É mentira! Organizou-se um pacote de férias para estas pessoas com alojamento e com um pacote incluído integrado, inclusive com entrada em bares. E esta viagem estava planeada há meses. Mas adiante.
 
Em segundo lugar, creio que escrevi em bom português quando defendi um aumento da qualidade do serviço, o que me parece consensual e pacífico. Afinal, quem é que não quer ser bem servido e recebido? Pois. Em terceiro lugar, o que fiz foi alertar para os perigos desta estratégia no futuro. Sim, é um perigo apostar num paradigma que se baseia na quantidade, no volume, sem ter como target principal a qualidade. Podemos não lá chegar, é certo. Mas podemos tentar. Quem entendeu, conseguiu absorver o meu apelo: é necessário uma estratégia conjunta de qualidade. Estratégia que, primeiramente, una e mobilize os empresários entre si, para que, numa segunda fase, aja uma harmonia de concertação entre os empresários e as autarquias, neste caso com a autarquia de Albufeira. Estas foram as principais linhas que procurei enunciar, salvaguardando também a necessidade de aumentar a segurança pública durante um período que vai de Abril a Outubro. Quem entendeu, leu bem o que quis dizer. Não foi uma crítica à generalidade dos empresários, sejam eles do ramo hoteleiro, sejam eles dos bares. Foi, isso sim, uma crítica àqueles empresários que potenciaram a vinda daquele conjunto de arruaceiros. Volto a dizer, uma crítica somente àqueles empresários. Ponto. Não sei quem foram, nem me interessa. Simplesmente, não concordei e não concordo.
 
Como disse, ao longo destas duas semanas, debati este tema com vários homens e mulheres que representam as forças vivas da cidade. Aprendi algumas coisas e desaprendi outras. Recuei nalguns pontos de vista e avancei noutros. Procurei absorver informação. Uns concordaram, outros discordaram. É a vida. Não obstante, todos coincidiram numa visão comum: há espaço para melhorar, tanto no lado empresarial, como do lado da autarquia. E iremos lá chegar, sem sombra de dúvida. Todos juntos lá chegaremos a bem de Albufeira. Vivemos na melhor cidade do mundo e só temos que nos orgulhar disso. Compreendo as vicissitudes da concorrência e da crise económica que, por vezes, obrigam a tomar medidas mais drásticas. Entendo que um empresário com maior capacidade financeira possa praticar preços mais competitivos e, de certo modo, prejudicar o empresário que está na porta ao lado. Entendo isso tudo. Compreendo as angústias de alguns e os ensejos de outros. Mas o foco deve ser a qualidade.
 
Acredito que o futuro passará naturalmente por uma reorganização estrutural do funcionamento daquela rua. Com mais qualidade. Com mais segurança. Com mais organização. Com mais equidade. Com mais civismo. Com mais fiscalização e regulação. Com pontos de vista convergentes e divergentes. Com mais organização do espaço público. Todos concordarão que há espaço para melhorar. Eu falo por mim, eu gosto de ver o crescimento sustentado dos empresários de Albufeira. Eu acho que a rua da oura e a rua dos bares na baixa são fundamentais para o pulsar do coração da cidade. Novamente, é minha convicção de que este modelo precisa de ser aprimorado. Claro que precisa. Obviamente. Aqui ninguém é avestruz, para colocar a cabeça debaixo da areia. Nem tudo está bem. Eu vejo a rua da oura num modelo onde a circulação rodoviária seja diminuta, onde exista uma maior organização harmónica das esplanadas, onde predomine um modelo partilhado de segurança, talvez com vídeo vigilância, onde se consiga “respirar” mais a cidade e onde aja respeito por todos. É a minha visão.
 
Pois bem, no meio disto tudo, como referi, o Sr. Presidente da AHETA vem dizer que Albufeira está “ à rasca”. Bom, nem sei por onde começar. Por acaso, até sei. Não é muito difícil. Na generalidade, concordo com dois ou três pontos apresentados no seu argumento, como a defesa de mais segurança, a vigilância, e a necessidade de regular de maneira mais aprimorada alguns pontos, como a ocupação da via pública, os angariadores e a venda de bebidas alcoólicas a menores. Todavia, grande parte da sua explicação está ferida de objectividade. Como se verá a seguir.
 
Vamos, então, esquecer, por momentos, toda a debilidade argumentativa da exposição, vamos esquecer toda a incapacidade para entender o problema, vamos esquecer a má interpretação dos acontecimentos, vamos esquecer a ofensa verbal, vamos esquecer o facto de ninguém culpabilizar somente os hoteleiros ( o low cost teve uma conotação abrangente que tem como erro primário a falta de qualidade),  vamos esquecer o facto de não falar em nome de todos os empresários da hotelaria, vamos esquecer a utilização de termos infelizes como “guetos”, que remetem-me sempre para um período sombrio da História europeia, vamos esquecer que é um absurdo pensar que quem marca férias vê primeiro o preço da cerveja e só depois o preço do voo e do hotel, vamos esquecer que o ataque que faz aos empresários dos bares tem um defeito, é que alguns também são proprietários de hotéis, vamos esquecer que os hotéis que se encontram na periferia da rua da oura funcionam a 100% porque os seus clientes querem estar perto da animação, vamos esquecer o ataque desmesurado que faz à Câmara Municipal de Albufeira e à Região de Turismo do Algarve, vamos esquecer que ninguém pagou 700 euros só por uma dormida, o preço tinha um conjunto de ofertas associadas, vamos, por momentos, também esquecer que se não fosse a animação nocturna ( sim, os bares!), independentemente de se concordar ou não com este nicho de mercado, os hotéis que praticam “ all inclusive” e “low cost” tinham metade dos clientes, vamos esquecer que quem trouxe a Albufeira este grupo de arruaceiros sabia quem eram e donde vinham, vamos esquecer que provocaram distúrbios na cidade durante a semana inteira, e não somente naquela noite, vamos esquecer que um conjunto de questões que reporta diz respeito somente às autoridades policiais, vamos esquecer que existem bares na rua da oura fechados por violarem a lei do ruído, vamos omitir o ataque que faz aos comerciantes e vendedores ambulantes que têm três meses do ano para sustentar as suas famílias, vamos esquecer que este tipo de oferta, goste-se ou não, é uma imagem de marca de Albufeira,  vamos esquecer, novamente, o ataque cerrado que faz aos empresários dos bares, vamos esquecer que o atentado ao pudor está consagrado no código penal e cabe às forças de segurança zelar pelo seu cumprimento, enfim, vamos esquecer aquilo que considero ser o mais infeliz momento da História da AHETA.  
 
Agora, acordemos da nossa letargia e façamos um exercício de introspecção. Sr. Presidente da AHETA, acha que é normal este vil ataque à cidade e aos empresários de Albufeira? Acha normal atacar a cidade onde associação tem a sua sede? Acha normal atacar as gentes de Albufeira, pois a maior parte dos visados são comerciantes que, bem ou mal, procuram ganhar o seu pão? Acha normal centralizar as críticas na autarquia de albufeira colocando em causa um respeito institucional que é devido? Acha normal atacar a Região de Turismo do Algarve, que é um parceiro fundamental na promoção do nosso destino? Acha normal utilizar palavras como “fraqueza”, “incapacidade” e “incompetência” quando se dirige a um parceiro institucional estratégico? Eu não acho. Até podia pensar assim, mas nunca o poderia dizer desta maneira. Até pode ter razão nalguns pontos, como reconheci. Até podia ter razão em todos os pontos, mas a responsabilidade e importância do cargo que exerce obrigava a uma maior ponderação. Sobretudo, porque “falhou” o alvo e acabou apenas e só por atingir as gentes de Albufeira.
 
Mais, a minha caneta, neste caso o teclado do meu computador, fala em nome próprio, sem compromissos, sem hesitações, sem constrangimentos, em total liberdade. Mas isso sou eu que não tenho responsabilidades políticas e/ou associativas. Agora um presidente de uma associação regional encetar um ataque deliberado à terra onde exerce a sua actividade, onde tem a sua sede, e à entidade que ajuda a promover a região parece-me totalmente descabido. Então se o cenário apocalíptico que descreve na Oura tem anos e anos de desregulação porque é que nunca houve uma manifestação tão exuberante como agora? Nunca existiu uma manifestação pública nesse sentido, porquê? Mais, porque é que quando vivemos um período de plena crise económica ninguém criticou a rua da oura e os empresários dos bares na sua generalidade? Assim de repente, recordo-me de vários momentos onde o podia ter feito.
 
A única explicação para esta tomada de posição são razões manifestamente políticas, em ano de eleições autárquicas. Pois. Não quero acreditar, recuso-me a acreditar que a associação esteja a ser alvo de instrumentalização política. Mas se assim for, é caso para dizer que AHETA não está “à rasca” está, efectivamente, de “rastos”. ​
9 Comments
José Paiva
20/7/2017 16:40:28

Um artigo esclarecedor e que merece toda a atenção. A rua da Oura tem servido de bode expiatório para todos os males que existem no Algarve. Quando os holofotes que só apontam para o mal brilham, aparecem os malabaristas que querem ter o seu palco de luzes à custa da associação que fundou à 25 anos... vai continuar a perpetuar-se Sr. da AHETA?

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Antonio Martins
21/7/2017 01:55:44

Caro Cristiano Cabrita
Tambem eu estando na qualidade de simples cidadão, sem nenhuma ligação nem politica, nem empresarial a Albufeira, fiz quase toda a minha vida profissional em Albufeira e no Algarve e ligado ao turismo, passei por todos os sectores, desde simples lavador de pratos a agente de viagens e operador turistico. Então sinto-me livre de opinar e dar o meu parecer.
Lendo a sua publicação e lendo a publicação do director da AHETA cheguei a uma conclusão.
Pelo menos o presidente da AHETA foi objectivo, directo e como se diz em bom português curto e grosso, gostemos ou não mas falou bem sim, chamou os ... pelos nomes e atribuiu as culpas a quase 100% dos responsáveis.
Não sei qual a sua experiência no turismo nem quantos anos de experiência que tem no turismo nem o seu conhecimento e experiência a nivel mundial acerca das movimentações de pessoa e experiências feitas em vários destinos tursiticos, mas uma coisa lhe garanto. Os culpados gostemos ou não são sim os que o presidente da AHETA mencionou e mais alguns.

Hoje o turismo de Albufeira esta na fase em que Maiorca já esteve e esta tentando mudar, esta na fase em que Ibiza ja esteve e esta tentando mudar e tambem o sul de Espanha. Os culpados são sim a Camara Municipal que não aprendeu com os erros dos outros e não legislou de maneira a evitar que existisse o tipo de animação que existe, a região de Turismo que assobiou para o lado e o que lhe interessa são o numero de chegadas ao aeroporto de faro e o numero de dormidas sem interessar qual o tipo de turismo e de mercados que se está a atingir, os empresários dos bares que não se interessaram pela qualidade mas sim por seguir uma nova onda e com isso degradar o ambiente de uma area que ja foi muito bem frequentada, uma policia de investigação que não investiga que se calhar o maior negócio até nem é o da bebida, e por aí vai.
Os hoteleiros que usaram o método do "all inclusive" que nada tem a ver com o verdadeiro "all inclusive" e que face a isso atrai turista de péssima formação pessoal e acima de tudo de péssima educação.
Face ao ambiente criado pelos clientes atraídos pelos hoteleiros e usados pelos bares fez com que os turistas habituais clientes do Algarve deixassem de vir em prol dos que actualmente nos visitam.

Por isso caro Cristiano Cabrita, a sua apresentação está numa prosa muito linda, daquelas em que fala muito bem, mas o povo não entendeu nada do que quis dizer, a não ser denegrir a imagem de quem falou bem, a sua mensagem não apresenta nenhuma solução.
Digamos que é o politicamente correcto, o povo gosta de ouvir missa em latim, diz que o homem fala muito bem, mas não entende nada... nem eu

Reply
Pedro Silva
21/7/2017 21:24:24

Caro sr António,
Gostei imenso da sua resposta, nem eu diria melhor.
Este senhor Dr. Cabrita, filho da dona Idalete, caso não saibam é a candidata a Junta de Albufeira e Olhos d'Água, e que o próprio diz que não tem cor politica, por favor caro dr. A sua imparcialidade só engana quem não o conhece. E claro, tem que ajudar quem o ajudou ao entrar para as funções que desempenha na Câmara de Albufeira.

Cristiano Cabrita
23/7/2017 15:52:05

O que escrevi tinha o enfoque no comunicado, no extenso comunicado, e não apenas no artigo de opinião. Sugiro que leia o comunicado. Aliás, se ler o dito verificará que não fui eu a denegrir a imagem de quem quer que seja. O que eu rebati foi o argumento apresentado pela pessoa, e não a pessoa em si. Quem não conseguir entender..... De qualquer maneira, apraz saber que o debate está em cima da mesa e que o sr. Lê o Lugar ao Sul. Obrigado

Antonio Martins
21/7/2017 01:58:38

Caro Cristiano Cabrita
Tambem eu estando na qualidade de simples cidadão, sem nenhuma ligação nem politica, nem empresarial a Albufeira, fiz quase toda a minha vida profissional em Albufeira e no Algarve e ligado ao turismo, passei por todos os sectores, desde simples lavador de pratos a agente de viagens e operador turistico. Então sinto-me livre de opinar e dar o meu parecer.
Lendo a sua publicação e lendo a publicação do director da AHETA cheguei a uma conclusão.
Pelo menos o presidente da AHETA foi objectivo, directo e como se diz em bom português curto e grosso, gostemos ou não mas falou bem sim, chamou os ... pelos nomes e atribuiu as culpas a quase 100% dos responsáveis.
Não sei qual a sua experiência no turismo nem quantos anos de experiência que tem no turismo nem o seu conhecimento e experiência a nivel mundial acerca das movimentações de pessoa e experiências feitas em vários destinos tursiticos, mas uma coisa lhe garanto. Os culpados gostemos ou não são sim os que o presidente da AHETA mencionou e mais alguns.

Hoje o turismo de Albufeira esta na fase em que Maiorca já esteve e esta tentando mudar, esta na fase em que Ibiza ja esteve e esta tentando mudar e tambem o sul de Espanha. Os culpados são sim a Camara Municipal que não aprendeu com os erros dos outros e não legislou de maneira a evitar que existisse o tipo de animação que existe, a região de Turismo que assobiou para o lado e o que lhe interessa são o numero de chegadas ao aeroporto de faro e o numero de dormidas sem interessar qual o tipo de turismo e de mercados que se está a atingir, os empresários dos bares que não se interessaram pela qualidade mas sim por seguir uma nova onda e com isso degradar o ambiente de uma area que ja foi muito bem frequentada, uma policia de investigação que não investiga que se calhar o maior negócio até nem é o da bebida, e por aí vai.
Os hoteleiros que usaram o método do "all inclusive" que nada tem a ver com o verdadeiro "all inclusive" e que face a isso atrai turista de péssima formação pessoal e acima de tudo de péssima educação.
Face ao ambiente criado pelos clientes atraídos pelos hoteleiros e usados pelos bares fez com que os turistas habituais clientes do Algarve deixassem de vir em prol dos que actualmente nos visitam.

Por isso caro Cristiano Cabrita, a sua apresentação está numa prosa muito linda, daquelas em que fala muito bem, mas o povo não entendeu nada do que quis dizer, a não ser denegrir a imagem de quem falou bem, a sua mensagem não apresenta nenhuma solução.
Digamos que é o politicamente correcto, o povo gosta de ouvir missa em latim, diz que o homem fala muito bem, mas não entende nada... nem eu

Reply
Cristiano Cabrita
23/7/2017 15:54:16

Sr. SILVA, obrigado pelo seu comentário. Desculpe, mas não entendi qual era a questão...

Reply
Ricardo Fernandes
23/7/2017 16:45:17

Muitos parabéns pelo seu artigo, parabenizo-o também pela imparcialidade e coragem demostrada que só quem não tem dois dedos de testa não consegue valorizar, parabéns também por expor Este assunto aqui em Albufeira e iniciar um debate importante. A democracia deve ser assim, sem tabus.
Trabalho há 40 anos no ramo da hotelaria, assisti o caminho desde os tempos de ouro até agora, vejo a "minha" casa que em tempos trabalhava com Turismo de qualidade, turistas que não ficavam confinadas no hotel a comer e embriagarem-se durante as happy hours, estrangeiros que deixavam cá dinheiro e voltavam porque o serviço era de qualidade, hoje trabalhar em hotelaria tornou-se um pesadelo em muitas casas em Albufeira, diria que por vezes torna-se perigoso. No meio da gestão de reclamações, bebedeiras, etc., torna-se difícil facultar ao cliente um serviço de excelência. Este é o cliente que ninguém quer, mas que os nossos empresários estão a apostar fortemente, e sim, os hoteleiros têm a sua quota parte de culpa. A AETHA tem sim culpa no cartório, aquela associação tem intercedido junto dos empresários para mudar esta situação? Tem havido efectivamente conversações entre empresários e a associação para combater a oferta turística deplorável que está instalada? Albufeira merece muito mais, pois temos todas as condições para continuarmos a ser um destino de eleição e sem duvida que a mudança tem que passar pela qualidade!
Parabéns uma vez mais Dr. Cristiano Cabrita.

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Pedro Coelho
2/8/2017 03:04:53

É com agrado que registo a tua colaboração neste projeto, que tenho acompanhado desde início, no qual os autores procuram promover o debate e a reflexão sobre as problemáticas e desafios regionais.

Entre fraldas e biberões, minha ocupação do último mês, li o teu artigo “empresário low cost”, que considero que foi um contributo para o debate e reflexão sobre a realidade empresarial tipo “fast-food” que existe no Algarve, e de forma muito relevante em Albufeira, na terra das oportunidades…onde a sustentabilidade do destino é subalternizada aos interesses particulares do curto prazo…que se traduzem, muitas vezes, na exploração de uma empresa do cluster do turismo durante uma única época turística…
mas onde a regulação e licenciamento das atividades económicas é essencial para assegurar a qualidade da oferta turística.

É neste contexto, que considero que não se pode negligenciar as competências das autarquias, que aliás enumeraste de forma redutora, no domínio do Planeamento e Gestão Territorial. Aos 2 pilares estruturantes que mencionaste, cariz empresarial e foro da segurança, tens obrigatoriamente, em minha opinião, que incluir a Valorização Territorial, que é um fator determinante na qualificação da oferta turística.

Ora é no âmbito das políticas públicas de planeamento, ordenamento do território e gestão urbanística, em que municípios desempenham o papel de planeadores e gestores do território, que se devem desenvolver medidas qualificação do território, que nos concelhos turísticos traduzir-se-á na qualificação da oferta turística e dos produtos turísticos de base territorial, de que são exemplo, os estabelecimentos de restauração e bebidas e os empreendimentos turísticos.

Não querendo entrar na troca de galhardetes gerada pelo artigo do presidente da AHETA e do teu último artigo, com contornos que desconheço, considero que existe um leque de medidas no âmbito da gestão urbanística e ambiental que urge implementar e/ou tornar mais eficazes, tais como, adaptação dos estabelecimentos de restauração e bebidas ao regime legal em vigor, imposição de campos sonoros máximos aos estabelecimentos e adoção de dispositivos de monitorização, restrição nos horários de funcionamento, limitação da ocupação da via pública e adoção de parâmetros urbanísticos que visem a individualização e diferenciação dos espaços comerciais.

Concomitantemente, para consubstanciar uma verdadeira alteração do modelo de animação noturna, para os patamares de high quality que sugerias, impõe-se em matéria de planeamento territorial, implementar um plano de urbanização que incorpore normativos e parâmetros urbanísticos adequados para um turismo de qualidade, procurando explorar as diferentes especificidades dos vários mercados emissores presentes em Albufeira. Ao abrigo deste plano, proceder-se-ia à implementação de um verdadeiro plano de redução de ruído e à requalificação dos espaços e equipamentos públicos visando o usufruto pelas famílias.

Em suma, autarquia, empresários e administração central tem responsabilidades e competências suficientes para promover a mudança…E se a mesma não ocorrer, Albufeira perde…e a passo acelerado, a noite de albufeira afasta-se das recordações que mencionaste!

Reply
Amadeu R.
3/8/2017 13:03:35

Gostei do artigo do Senhor Cristiano, ele conhece bem a realidade de Albufeira ao contrário do Sr. Lança chamas que é o dono de uma associação que teve sempre o mesmo presidente desde 1995. A rua da Oura com todos os defeitos e virtudes, é um dos maiores atrativos turisticos do País. A rua da Oura faz mais pela economia do concelho num m~es que a praia da Rocha em uma ano. Gostaria que o Senhor lança chamas comentasse os acontecimentos diários de disturbios nas discotecas ao ar livre em Vilamoura.

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