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Será que o Algarve não muda? (V)

1/10/2016

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Por Dália Paulo

Ou a necessidade de um ténue raio cintilante a penetrar a nebulosa

Provocação pensarão uns. Verdade anuirão outros. Creio que primeiro temos de balizar a questão: o que é que afinal não muda? O modo como nos olham e, em simultâneo, como nos olhamos, assim como a forma como nos damos a ver. É uma questão secular! Mas, mais significativo que tudo, parece ser a falta de capacidade de reivindicação/afirmação da região. Saibamos nós ter a capacidade de inverter estes pré-conceitos, que - com persistência, ação e continuidade - podemos (devemos) contribuir para a construção de um Algarve mais competitivo, atrativo e sustentável.
​
Mas o tema da mudança é tão vasto que quero eleger três áreas essenciais, porque estruturais, para a(s) mudança(s) que a maior parte de nós anseia para a nossa região: conhecimento, cidadania e cultura. 
Há 40 anos a região apresentava um elevado índice de analfabetismo, baixa qualificação, um turismo a despontar e um desenvolvimento (que não foi) estratégico de assentar a economia num único pilar: o turismo, aliado à construção civil. Este défice (quase) estrutural ainda hoje se reflete no desenvolvimento e na (não) coesão territorial. Contudo, paralelamente, o Algarve mudou para melhor na área do conhecimento, com o contributo significativo da Universidade do Algarve, mas queremos mais, temos de fazer e exigir mais! Hoje o Algarve está mais qualificado, pelo que a mudança é imperativa para o transformar e ter a capacidade de atrair quer empresas de tecnologia de ponta, quer criadores, assim como capacitar os centros de investigação como centros de excelência, que contribuam ativamente para a construção diária do território e do seu desenvolvimento. Investimento e visão são duas chaves para a solução!

Para isso, além do pouco peso populacional permanente e não sazonal da região, é importante conseguir fixar massa crítica e criadores; assim é necessário investir na melhoria das estruturas económicas, industriais, de saúde, mobilidade, de conhecimento, culturais, entre outras para ter (aumentar a) capacidade de fixação.

O Algarve é visto de fora como uma região periférica, com estruturas sociais e económicas frágeis, mas que no entanto é excelente para passar férias e jogar golfe. A mudança desta perceção vai demorar mais algum tempo, mas é possível! De que forma? Talvez quando existir uma liderança regional e quando nós algarvios nos capacitarmos verdadeiramente que temos que nos unir, para a construção de uma região mais forte. Aqui entra a cidadania e o seu exercício, assim como a cultura, na aceção mais lata do conceito - a identidade e a sua interiorização como valor diferenciador, humanista, transformador e de criação. Melhores cidadãos são essenciais para uma transformação de fundo na região e aqui, cremos nós, só a cultura a par com a educação podem e devem desempenhar um papel charneira, essencial e único. O Algarve nos últimos 20 anos deu um enorme salto na qualidade da oferta cultural e na sua diversidade, assim como no trabalho para uma educação não formal para as artes e património, criando por um lado, cidadãos mais conscientes, críticos e exigentes (sou otimista) e, por outro, um tecido cultural fundamental para a afirmação da região. Urge, agora, densificá-lo(s) e consolidá-lo(s), atribuindo-lhe(s) novos desafios.
​
A mudança é essencial e possível se todos trabalharmos com o mesmo objetivo: um Algarve capaz de se transformar e isso faz-se na mudança de mentalidade, de capacidade e de inconformismo, apostando no conhecimento, na cultura e na cidadania. Está nas nossas mãos!
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