Por Bruno Inácio Muda na medida em que estejamos nós dispostos a ser a mudança que desejamos ver nos outros. (A frase adaptada à circunstância não é minha, é de Gandhi). A metamorfose social do Algarve é uma realidade. O turismo, tão acarinhado (e bem!) nas palavras de muitos, tem mudado a região. Somos mais cosmopolitas no “estar” mas não o somos no “ser”. Estamos mais abertos a receber os outros e sentimos esse brio, mas ao mesmo tempo que nos tornamos mais globais custa-nos assumir que não precisamos ser periféricos num país que tem esta fome gigantesca de centralização. Temos que querer deixar de ser periféricos. Encontramos em Lisboa o alvo preferido para justificar tudo. Ou porque nos levam o dinheiro dos impostos do turismo e não o investem proporcionalmente na região, ou porque não nos deixam decidir o nosso destino, ou porque nos impõe regras que consideramos injustas.
Sentimos muito a necessidade de atirar ao alvo da centralização. É sempre mais fácil apontar baterias a “eles”, essa entidade nebulosa que na escuridão nos bloqueia. “Esses” os que “estão lá” e que não conhecem nada de cá. O alvo é a energia da nossa insatisfação. Temos que fazer a mudança. Mudar de atitude, mudar de discurso. A maior metamorfose que podemos fazer é assumirmos a nossa capacidade concretizadora e a nossa identidade como valor. E essa mudança implica deixar de apontar a um alvo para passar a olhar para os outros como iguais e não como superiores. Porque na realidade não o são.
6 Comments
Fernando Luís
1/10/2016 23:41:38
Concordo que é necessário mudar a atitude. Devemos no entanto olhar de forma realista para a nossa circunstância (não como bébés-chorões mas com a frieza analítica dos factos ).
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3/10/2016 13:19:46
Obrigado pelo comentário. A falta de eleitores leva a uma curta representação política e por consequência a uma diminuta falta de influência. Sermos periféricos não ajuda mas não pode ser uma fatalidade. Uma agenda regional é fundamental.
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Fernando Luís
1/10/2016 23:41:51
Concordo que é necessário mudar a atitude. Devemos no entanto olhar de forma realista para a nossa circunstância (não como bébés-chorões mas com a frieza analítica dos factos ).
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Fernando Luís
1/10/2016 23:42:39
Concordo que é necessário mudar a atitude. Devemos no entanto olhar de forma realista para a nossa circunstância (não como bébés-chorões mas com a frieza analítica dos factos ).
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Fernando Luís
1/10/2016 23:42:44
Concordo que é necessário mudar a atitude. Devemos no entanto olhar de forma realista para a nossa circunstância (não como bébés-chorões mas com a frieza analítica dos factos ).
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Fernando Luís
1/10/2016 23:45:06
Concordo que é necessário mudar a atitude. Devemos no entanto olhar de forma realista para a nossa circunstância (não como bébés-chorões mas com a frieza analítica dos factos ).
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