Por Filomena Pascoal Sintra
Sagres, lugar monumental, deslumbrante rochedo natural, onde a magia do por do sol, a cada dia, prende milhares de visitantes, amores, sonhadores e admiradores, agarra nos seus alicerces o mais epopeico da história de Portugal no Mundo – a primeira globalização. O Promontório de Sagres, numa página web própria, apresenta-se agora a esse mundo, através de um filme, que merece ser partilhado. Um excelente recurso pedagógico para as escolas, desta nova era da aldeia global, em que é tão difícil recuar no tempo e fazer compreender a importância dos Descobrimentos Portugueses, na construção do comércio mundial e da interculturalidade, que hoje está no nosso ADN. Em 2005, foi reconhecido e classificado, como Marca do Património Europeu, o que lhe atesta o reconhecimento da sua importância na construção da história da Europa. Numa ambição mais lata, a Região de Turismo do Algarve, a Direcção Regional da Cultura, a Universidade do Algarve e alguns municípios, subscreveram uma candidatura à integração dos símbolos e dos lugares, desta primeira globalização, na lista indicativa de bens candidatos a Património Mundial da UNESCO, como património de valor universal e a preservar. São padrinhos da candidatura a escritora algarvia Lídia Jorge e o ex-presidente do Tribunal de Contas e actual administrador executivo da Fundação Gulbenkian, Guilherme d´Oliveira Martins. Interessante pensar, o porquê da partida geo-estratégica das embarcações daqui deste Algarve tão distante; ou imaginar a vasta floresta devastada, para construção naval; ou questionar a origem da mão de obra, entre os que partiam, os que construíam, e os que desapareciam; ou, simplesmente equacionar que sal usariam na conserva dos alimentos que levavam... E o retorno à região?! A pensar... Será que a história se repete mesmo?! Interessante saber, interiorizar e valorizar, o relevante papel do Algarve, na história de Portugal, nesses séculos passados. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa)
1 Comment
anibal
24/6/2018 16:35:43
interessante
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