Por Bruno Inácio No primeiro de maio, dia simbólico que muitos aproveitam para desfrutar do convívio da família e dos amigos, quatro pessoas perderam a vida no mar em Portugal. Na Costa da Caparica, um homem de trinta e um anos, na praia da Nazaré um casal de espanhóis com cerca de sessenta anos e na Póvoa do Varzim uma austríaca. Créditos fotográficos João Pedro Canhoto Traídos pelo mar cujo chamamento de beleza os levou até lá, este dia trágico deve nos fazer lembrar também aqueles que todos os anos nos protegem ao longo da costa. Não me refiro só aos nadadores salvadores, mas também a um conjunto de entidades públicas e privadas que trabalham afincadamente, durante muitos meses, para que a época balnear corra da melhor forma.
No Algarve, somos felizmente “invadidos” por um tsunami de turistas que escolhem a nossa região para o merecido descanso. Eles e nós - os que cá vivemos - temos a felicidade de viver num país que se desenvolveu e que soube criar um conjunto de organismos que trabalham para que a nossa segurança seja uma realidade. Tantas vezes invisíveis aos nossos olhos, milhares de homens e mulheres, das mais variadas idades e nas mais variadas funções, asseguram que tragédias como as que aconteceram no primeiro de maio sejam esporádicas. Não damos por eles, mas a verdade é que todos os dias, em terra e mar, em postos de controlo, de vigia ou em funções de planeamento, comando e administração, eles estão lá para garantir que nós continuemos por cá. Certamente que existem problemas para resolver, coisas que se podiam fazer melhor, locais mais e melhor protegidos. Aqui no Lugar ao Sul, o pensamento critico leva-nos muitas vezes a levantar questões, a chamar a atenção para o que está errado. Hoje, sem aprofundar a questão, parece-me justo simplesmente saudar quem nos ajuda porque as tragédias também devem servir para isso. As tragédias ajudam-nos sempre a colocar tudo em perspectiva e nesta época do ano em que se inicia a romaria até à costa, saibamos louvar a nossa capacidade colectiva de nos protegermos e de nos defendermos. Bem sei que tudo isto nos parece distante, mas no dia em que necessitarmos de apoio, sabemos que da transparência a que estão votados, surgirá alguém para nos ajudar. A todos aqueles que trabalham para nos manter seguros – Bombeiros, GNR, PSP, Marinha, Nadadores Salvadores, Autarquias, Estado, Associações e Privados - fica o desejo de que a época balnear sejam pontuada com o mínimo de tragédias possível. Desejavelmente nenhuma.
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