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O primeiro dos 19 milhões...

1/8/2017

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Por Sara Luz

Findo o mês de julho é com ânimo que vejo o plano de investimento destinado à reposição da capacidade técnica e criação de oportunidades de desenvolvimento do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) (atualmente designado por Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA)) para o triénio 2017-2019, materializar-se.

O primeiro dos 19 milhões já teve destino. Primeiro, primeiro talvez não. Até porque o mapa global de investimento disponibilizado pela instituição hospitalar dá-nos a conhecer que a parcela dirigida à aquisição de imobilizado corpóreo (foco/natureza deste plano de investimento) para o ano de 2017 tem o valor de 11.293.197 euros. Depreende-se, portanto, que existam outros projetos a decorrer e outros tantos já concretizados no presente ano, mas sendo este o primeiro de grande envergadura que nos é dado a conhecer com a visibilidade (ou transparência se é que assim se pode chamar!) que lhe é devida é deste que falo.

De acordo com o Conselho de Administração (CA) do CHUA para o ano de 2017 foram três as grandes apostas de melhoria, mais concretamente na área de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), com um investimento total de 1.330.000 euros. Ao nível da Cardiologia de Intervenção, optaram por recuperar e atualizar o equipamento do laboratório de hemodinâmica, com um investimento no valor de 430 mil euros. Ao que tudo indica a reabilitação e atualização de um equipamento obsoleto e com 14 anos de utilização para um de última geração (terceiro instalado no mundo) permitirá melhorias ao nível da capacidade térmica e taxa de dissipação, performance durante a realização dos exames e maior resolução de imagem. Ao nível da Imagiologia/Radiologia, foram aplicados 400 mil euros para o upgrade da Ressonância Magnética, o que permitirá a realização de exames de forma mais ágil e com uma complexidade diagnóstica que até à data não era possível realizar. Além disso, é ainda referido pelo CA do CHUA o início das obras preparatórias para um novo aparelho de Tomografia Computorizada (TC) (anteriormente designado por “TAC”), a instalar no final do ano. Neste caso, prevê-se o investimento de 500 mil euros num equipamento de última geração capaz de realizar exames com 128 cortes (contra os atuais 16 da TC em funcionamento) e de ser utilizado em áreas como a Pediatria, Angiologia e Cardiologia.

Com o controlo apertado da despesa em saúde e a queda do investimento público nos últimos anos, um investimento desta magnitude não pode deixar de ser uma boa notícia para uma “saúde algarvia” à beira do abismo. Não há muitas dúvidas sobre o seu impacto ao nível da qualidade e eficiência, o que o torna um investimento interessante quer do ponto de vista da saúde, quer do económico. A diferenciação e produtividade inscritas nestas plataformas tecnológicas são determinantes para o posicionamento estratégico do CHUA nos próximos tempos, o que entre vários ganhos poderá representar uma melhoria da qualidade e segurança nos cuidados de saúde prestados, maior capacidade em atrair profissionais de saúde para as suas instituições, aumentar as expetativas e o nível de confiança da população  e propulsionar a investigação e o desenvolvimento.

Tornar o setor público da saúde no Algarve mais competitivo não é, contudo, boa notícia para todos, especialmente para o setor privado que interpretará este investimento como uma ameaça ao seu negócio. É que esta quebra de dependência entre o setor público e o privado no que concerne à realização de MCDT permitirá, por exemplo, uma poupança estimada no valor de 300 mil euros segundo o CA do CHUA. Um valor irrisório comparado a outras dependências escandalosamente mais avultadas. Mas o que se seguirá a esta parafernália tecnológica? De facto, o crescimento desenfreado do setor privado no Algarve não é a causa dos problemas crónicos em saúde da região, refere-se antes a uma oportunidade de negócio em tempo de crise (e não só da económica e financeira!). Mas, assumir em pleno a obrigação pública em servir os cidadãos em matéria de cuidados de saúde só faz sentido distanciando-nos de onde estamos – uma saúde de primeira para uns e de segunda para outros – e, portanto, isso terá o seu impacto ao nível dos players instalados. Estará o Serviço Nacional de Saúde à altura do desafio?

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