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O Carnaval da política Nacional

28/2/2017

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Por Luís Coelho.
 
A maior parte dos Portugueses não se revê nem acredita nos políticos Nacionais. É triste mas é uma realidade que me parece indisputável. Pior, o passar do tempo parece só agudizar o estado de coisas. Vejamos dois exemplos recentes que explicam o porquê desta minha afirmação.
​Nas últimas semanas temos sido bombardeados com imensos detalhes sobre os contornos do folhetim Caixa Geral de Depósitos. Não sei quem tem razão, quem mente ou quem diz a verdade. Acho é lamentável que seja possível conceber uma situação onde o putativo Presidente do Conselho de Administração de uma das mais importantes empresas públicas Portuguesas admita ser possível levar o Governo da Nação a legislar à medida de forma a que ele e os seus comparsas possam passar ao lado de um dos mais básicos deveres de quem gere a coisa pública: a transparência. A situação fica pior quando se nota que existem vários sinais de que não só isto é possível como até se pode fazer. Os diplomas legais preparados para ir de encontro a estas pretensões, o timing da publicação destas peças legislativas em Diário da República, o embaraço do primeiro-ministro e sobretudo do ministro das finanças quando confrontado com a situação, o visível enfado do Presidente da República com o tema são tudo evidências demasiado claras para que este seja um caso de “fumo sem fogo”. Mas há mais. Num País onde a sombra da corrupção e do compadrio está SEMPRE presente, é absolutamente triste ver como certos partidos se comportam no espaço mais nobre da democracia Portuguesa de forma a obviar  que a Nação conheça (simplesmente) a verdade sobre o tema.
 
Claro está, isto do Carnaval político não escolhe lados. De facto, nos últimos dias, veio a lume o caso da transferência de alguns milhões de euros para offshores as quais não foram monitorizadas pela máquina fiscal. Confesso que fiquei incrédulo quando tomei conhecimento desta notícia. Em particular, apesar de não ter liquidez para andar a movimentar recursos em offshores, a minha experiência pessoal com a Autoridade Tributária (AT) leva-me a crer que há um inspetor a acompanhar-me a cada passo que dou. Assim, fiquei a aguardar com expectativa a posição oficial sobre o assunto. Como já ando cá há alguns anos, cheguei mesmo a apostar com um amigo que a mesma invocaria algum tipo de “problema informático”, forma simpática de forçar o bem conhecido  princípio de que a “culpa morre sempre sozinha”. Logo, não estranhei o cliché do costume (é que esta conversa é mesmo um clássico) quando a AT falou sobre o tema e fiquei a aguardar novos desenvolvimentos. Eis senão quando assisto às primeiras declarações do ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre esta problemática. Noutro clássico da política nacional, Núncio esforça-se para “chutar para canto”, argumentado que cabia à AT tratar do assunto dentro da sua autonomia própria e que ele, directamente, não tinha muito a ver com o caso. De forma algo surpreendente, a máquina respondeu desmentindo categoricamente o ex-secretário de estado. Impõe-se pois uma palavra de apreço para com a frontalidade demonstrada pelo Professor Azevedo Pereira ao vir a público relatar a sua visão dos factos. A verdade é que, em acto contínuo, Núncio assume em segundas núpcias (i.e. muito tarde) a responsabilidade política pelo caso, tendo inclusivamente pedido para abandonar as funções que ocupa no CDS.
 
Assim anda o País que Afonso I começou a construir quando se aborreceu com a Senhora Sua Mãe. Mas sabem o que é mais triste? É perceber que muitos de nós já nem ligam a estes filmes... Assumimos que são normais e a única questão que nos preocupa é saber em que medida os mesmos nos podem ou não afectar directamente.  Mas, como diria o outro, bola para a frente que “É Carnaval e nada faz mal!”…
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