O Lugar ao Sul conta hoje com a opinião de uma convidada especial. Luísa Salazar é Farense de gema apesar de ter nas veias sangue de várias partes do Mundo. Apesar da sua juventude, esta Economista formada na Universidade do Algarve conta já com vários anos de experiência profissional enquanto responsável financeira e de recursos humanos de uma das maiores empresas a operar na região Algarvia. Menina apreciadora da arte automóvel, tem opinião própria, forte e fundamentada. É pois “material” de Lugar ao Sul. Nota Biográfica de Luisa Salazar d’Eça Com mistura de inglês, cabo-verdiano e louletano a nossa farense de gema vai escrever nos dias sim.Nascida em pleno Verão de 1976, o seu apelido diz-nos que estar à esquerda só quando é para conduzir. Aliás carros e condução é uma das coisas que mais gosta de fazer… Ficou-lhe a genética do pai que foi piloto de rallys. Desde pequena habituada ao mundo imobiliário e à arquitectura no Golden Triangle, não lhe ficou, infelizmente, o dom para nada disso e decidiu estudar Economia na Universidade do Algarve. Gosta de estudar e aprender por isso já voltou à Universidade muitas vezes depois de concluir o curso. Actualmente, e nos últimos 14 anos é Directora Financeira e de Recursos Humanos de Vale do Lobo, onde por mero acaso os seus pais, avó e outros familiares também trabalharam na década de 70. Ainda antes de ter nascido! Adora viajar e conhecer pessoas novas, opta por dizer sempre a verdade porque tem memória muito curta para sustentar in-verdades. É no Algarve que gosta de morar, mas encontrava grandes vantagens que Lisboa fosse apenas a uma hora dia viagem… O seu hobbie é experimentar restaurantes e apenas comenta os que gosta no Tripadvisor. Foi educada num Colégio Católico e talvez por isso entenda muito bem o que é a liberdade. Especialmente onde termina a nossa e começa a dos outros…Por isso não se vai esticar nos textos no Lugar ao Sul! Por Luísa Salazar O ano de 2017 tem sido marcado, sem dúvida pelo um Boom positivo na área do Turismo em Portugal e na região do Algarve onde sempre residi. A minha cidade não tem sido excepção: Faro! Até há poucos anos Faro era conhecida apenas por FAO, pelo seu aeroporto de onde os milhões de turistas chegavam e partiram sem nunca lhe dar se quer direito a uma visita. Especialmente nos últimos dois anos, basta circular na baixa de Faro para facilmente falarem comigo em inglês ou me tentarem aconselhar um restaurante que já conheço e infelizmente sei que é só para “Camones”. Para mim, neste momento é importante reflectir para onde este Turismo nos vai levar a todos… Mas, dando dois passos atrás antes de dar três em frente… Muitos de nós já pensamos a que se deve todo este Turismo? Imagem positiva de Portugal, Portugal ser reconhecido como um dos cinco países mais seguros no mundo, facilidade de acessos e meios de transporte, sistema organizado, nossa localização geográfica, clima, operadores online, comida, investimento dos últimos governos através do Turismo de Portugal na promoção de Portugal como destino turístico, etc, etc… Bom, desafio difícil de medir ou de opinar… Diria que não existe apenas um motivo, mas sim vários e a juntar, um bocadinho de sorte à mistura que justifica este aumento a dois. Mas, este meu artigo não é para tentar encontrar uma justificação, para as estatísticas, que por si só para o sector do Turismo são difíceis de medir e passo a explicar: como medir o impacto económico do Turismo como um todo em Portugal, quando o mesmo inclui diversos tipos de consumos efectuados por estrangeiros, em hotéis, transportes, SPA’s, ginásios, restaurantes, Airbnb, supermercados, automóveis, portagens, todo o tipo de lojas, e a seguir diferenciar os turistas estrangeiros dos turistas residentes e de entre estes últimos diferenciar nos residentes mais uma vez dos nacionais e dos estrangeiros? Confuso, não?
Não me parece uma tarefa fácil, mas lanço o desafio aos “senhores” das estatísticas para nos darem uma medição mais afinada do que realmente o Turismo envolve economicamente em Portugal. Na minha opinião o importante é de entre todos aqueles turistas que cada um de nós no seu negócio classifica como tal, ter a capacidade de questionar, medir e analisar o que está a ser bem feito e potenciar esse conhecimento, melhorando obviamente o que está a ser mal feito. Como vamos garantir que daqui a uns anos estes turistas que em 2017 resolveram visitar Portugal voltem novamente? O que pode ser feito para garantir que efectivamente voltam? Na minha opinião a nossa diferença deve ser marcada pela atenção ao cliente e diferenciação ao serviço, feito por cada um de nós. Sei que pode parecer um cliché, mas é fazermos as coisas com empenho e dedicação, com brio e atenção ao cliente, e tentarmos melhorar todos os dias para conquistarmos o coração dos nossos turistas. Aliás será que é por isso que um dos símbolos de Portugal é exactamente o coração (de Viana)! Vamos todos transformar o Algarve numa Love Brand?
1 Comment
João Rocha
21/9/2017 11:55:12
Parabéns pela apresentação tão esclarecedora e simultaneamente descontraída.
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