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O Algarve em lume brando...

30/12/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes
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Para resumir o ano de 2016 no Algarve, escolhi este registo pungente da Elisabete Rodrigues, publicado no Sul Informação no rescaldo do incêndio que devastou Monchique e arredores no início de Setembro.
​
Escolhi-o porque ilustra os efeitos deste terrível fogo, bem visível, originado por mão humana e alimentado por não menos humana má gestão paisagística e territorial. Mas escolhi-o também para recordar que há outros fogos que, sem se ver, ardem intensamente (e infelizmente não falamos de amor) e também queimam, e muito, o Algarve...

​É esse o drama desta região: os lumes brandos e invisíveis que nos cozem e nos tolhem a competitividade e a capacidade organizativa. Perdidos em quintinhas, visões curtas e um provincianismo atroz, vamos ficando queimados.

Queimados por caprichos de "ilhéus continentais" que transformam o que é de todos no seu quintal, por obras que já nem Santa Engrácia suporta, pelo caos na saúde (se por mais nada, garantam um mínimo de vigor a quem vos faz a cama e serve à mesa no Verão!), pela preferência do casuístico e desgarrado em detrimento de definições verdadeiramente estratégicas e equilibradas (com investimentos a condizer), pelas portagens que aumentam quando nos diziam que iam acabar, por um interior esquecido e despovoado, por um litoral descaracterizado e a abarrotar, pelo desperdício do total e real potencial da região.

Que o ano que se aproxima a passos largos sirva para iniciarmos o longo calvário de recuperar das cinzas. Das literais e das figurativas. Umas e outras impedem-nos de brilhar enquanto região, a não ser através das já folclóricas labaredas, dos flashes a registar os plásticos sorrisos da "gente bonita" que brinda as nossas veraneantes seasons com a sua silliness ou das luzes de emergência accionadas pelos Invernos que sempre nos surpreendem com a sua normalidade.

Comam as passas, estreiem as cuecas azuis, façam os desejos. Mas, acima de tudo, preparem-se para trabalhar para afirmar que há quem viva e pense no recreio do País.

Votos de um grande 2017.
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