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Notas soltas – rescaldo das XII eleições autárquicas

5/10/2017

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Por André Botelheiro
 
E já lá vão doze
No último domingo, dia 1 de outubro, realizaram-se as décimas segundas eleições autárquicas em Portugal, após 43 anos de democracia.  No ano passado festejou-se o 40º aniversário das primeiras eleições autárquicas livres (1976). Nunca é demais relembrar, porque se 41 anos sugere uma idade adulta e plena de energia, 41 anos de idade democrática não nos garante, por si só, uma democracia sólida e saudável. Há que estimá-la e “cuidar-lhe da saúde”, para não vermos por aí mais fenómenos como a reinserção eleitoral de Isaltino Morais ou a aclamação do estilo popularucho de André Ventura.  
 
E o vencedor foi... a Abstenção
Se é de registar a ténue descida da abstenção a nível nacional, menos 2 pontos percentuais relativamente às eleições de 2013, a nível regional, leia-se Algarve, foi o inverso, ou seja, para pior. Com uma ténue subida da abstenção, mais 0,13 pontos percentuais, alcançou-se o resultado mais elevado da história eleitoral autárquica deste lugar ao sul. 52,56% dos eleitores algarvios não foram votar, ou seja, dos 380.811 inscritos só 180.662 foram às urnas. Este recorde do Algarve não se fica por aqui: entra, novamente, no Top 3 nacional da abstenção, só ultrapassado pelo distrito de Setúbal (54,45%) e perseguido de perto pelo distrito de Lisboa (51,33%); e, assim, faz parte do restrito grupo de distritos em que mais de metade dos eleitores preferiu abster-se. Esmiuçando os concelhos algarvios verificamos que, em quase metade destes, os abstencionistas ultrapassaram os votantes: Albufeira (60,71%), Portimão (58,84%), Olhão (56,05%), Loulé (55,41%), Lagos (55,08%), Faro (52,08%) e Lagoa (50,67%).
 
Em equipa que ganha, não se mexe
Parece que esta máxima futebolística serviu de inspiração na hora de votar nos burgos mais a sul de Portugal. Todos os presidentes das câmaras municipais do Algarve foram reeleitos, mesmo em Vila Real de Santo António, apesar de concorrerem candidatos estreantes, foi o partido que já estava no poder a ganhar..  Diz-se, muitas vezes, que não é a oposição que ganha as eleições, é quem está no poder que as perde.  As escolhas podem ter recaído na estabilidade, nos méritos governativos ou no receio da mudança, mas a verdade é que, por cá, foi o poder que ganhou.
 
Vêm aí 4 anos sem desculpas
Dos 16 executivos municipais do Algarve só um vai governar sem maioria (Castro Marim). Este facto invulgar, vem colocar à prova os 15 presidentes reeleitos que apelaram por maiorias governativas, advogando ser imprescindível, para cumprirem as suas promessas eleitorais, poderem usufruir de oposições minoritárias. Assim, ficamos a saber que, nos próximos 4 anos, deixa de valer a justificação de que as oposições foram as forças de bloqueio, que impediram a tomada de decisões, e a sua execução, em prol dos munícipes.
 
Para as televisões Portugal é Lisboa, Porto, Oeiras e Telenovelas
A noite eleitoral veio demonstrar um preocupante desinteresse dos três principais canais de televisão, em sinal aberto (RTP, SIC e TVI), pelo país real. Às 20h00, quando passou a ser possível divulgar as projeções, com base nas sondagens à boca das urnas, os milhões de telespectadores nacionais foram prendados com um país muito mais pequeno do que aquele que conhecem. Tudo se resumia a Lisboa, Porto e Oeiras. Projeções, diretos, entrevistas, comentários, tudo omitia um país muito mais vasto do que esses três concelhos. Mesmo sabendo do indiscutível peso político das duas principais cidades portuguesas e do caricato caso ocorrido em Oeiras, nada justifica o esquecimento a que foram votadas as restantes regiões. No caso da RTP ainda se torna mais flagrante a omissão dos deveres a que está obrigada enquanto televisão pública. Não se pode entender como não foram mobilizados os meios das delegações regionais para dar conta do que se ia passado nessas mesmas regiões. Num país, como o nosso, em que as televisões ainda dominam o consumo informativo, tratar as eleições autárquicas com base em critérios de audiência, é muito perigoso! Se assim não fosse, como se justifica que a SIC e a TVI pelas 22h00 já estivessem a exibir as suas habituais telenovelas, quando os resultados ainda não estavam apurados?

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