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Notas de uma quarentena improvável (38)

5/5/2020

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A nossa língua já tem um dia

Por Anabela Afonso

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O dia 5 de maio - hoje, portanto - foi declarado pela UNESCO o dia mundial da Língua Portuguesa, que se celebra este ano pela primeira vez. Este dia pretenderá reconhecer o contributo da língua portuguesa para a civilização humana.

Não sei muito bem para que servem os dias das línguas que falamos, e se a criação destas efemérides terão verdadeiro impacto no cidadão comum. A partir de hoje, quem pensará de modo diferente sobre a língua que fala? Quem pensará, de todo, na língua que fala? 


​É certo que, por cá, desde o célebre Acordo Ortográfico, se há coisa que tem gerado apaixonadas discussões é a forma como se escreve o português, mas não sei se essa tem sido uma discussão proveitosa, ou apenas mais uma daquelas em que só se fala a partir da trincheira de cada um e, essas, parecem-me cada vez menos interessantes.


​O que me parece mesmo fazer sentido, num dia como este, é celebrar a nossa língua, nas palavras de um dos seus maiores mestres, num excerto que parece ter sido escrito para estes dias:

«A LIBERDADE é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade do dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silêncio e na solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo. Podes ter todas as grandezas do espírito, todas da alma: és um escravo nobre, ou um servo inteligente: não és livre. E não está contigo a tragédia, porque a tragédia de nasceres assim não é contigo, mas do Destino para si somente. Ai de ti, porém, se a opressão da vida, ela própria, te força a seres escravo. Ai de ti, se, tendo nascido liberto, capaz de te bastares e de te separares, a penúria te força a conviveres. Essa, sim, é a tua tragédia, e a que trazes contigo.»
Fernando Pessoa / Bernardo Soares, In Livro do Desassossego

#Vaificartudobem

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