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Notas de uma quarentena improvável (25)

22/4/2020

2 Comentários

 

O problema do isolamento físico

Por Anabela Afonso

A expressão "isolamento" ou "confinamento social", entrou de vez no nosso vocabulário quotidiano, mas não será, provavelmente, em muitos casos, a expressão mais acertada para descrevermos aquilo que se está a passar com muitos cidadãos por todo o mundo, onde as medidas mais extremas de combate à pandemia, se estão a aplicar.

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Na realidade, a interação social, em muitos casos até poderá estar a aumentar. Com certeza muitos casos haverá em que esta situação levará pessoas a reatar contactos há algum tempo adormecidos, a falar mais regularmente com amigos, vizinhos ou familiares, ou até, a fazer novos contactos, por via das plataformas digitais, por força de interesses comuns que entretanto se descobrem, nestes tempos que, apesar de tudo, acabam por permitir explorar novos caminhos.

Mas não é assim para todos, e mesmo quando esse contacto social à distância se mantém, ou até se intensifica, é o distanciamento físico que acaba por custar mais a suportar. Lá está, nada substitui a sensação de se estender a mão e tocar naqueles de quem gostamos. Por mais horas que passemos ao telefone ou em video chamadas, o calor e o cheiro dos outros não tem ainda substituto à altura. E esta é apenas a desvantagem mais sentimental, ou emocional desta situação.


​O isolamento físico traz consigo desvantagens mais complicadas de gerir, identificar e resolver, que é preciso ter em atenção. E são situações que afetam, sobretudo os mais fragilizados, como os idosos que vivem sozinhos, e ficam sujeitos aos burlões, e aos amigos do alheio que se aproveitam desta situação, sabendo que agora estão mesmo sozinhos em casa; ou como aqueles que enfrentam situações de alguma fragilidade emocional ou mental, como as pessoas com predisposição para as depressões, para as adições, ou com distúrbios mentais, que precisam de uma estabilidade emocional que nestes dias deve ser difícil de manter.


​Porque pode ser difícil aos serviços competentes identificarem todas esta situações e a todas acorrerem, é importante que cada um de nós continue a olhar para a casa do vizinho, mesmo aquele com quem nunca antes falámos, mas que sabemos que vive sozinho na casa do fundo da rua, ou no cimo do monte. Estar atentos, mais do que nunca, aos que provavelmente nunca antes reparámos que estavam ali tão perto.

Fazer a nossa parte, para que continuemos a poder dizer que #Vaificartudobem

2 Comentários
Miguel
23/4/2020 00:42:34

Tem toda a razão Anabela, e é mesmo a longo prazo uma questão de saúde mental que depois se repercute no físico.
A experiência de Harlow mostra que a necessidade do contacto de conforto/segurança é tão ou mais forte que os instintos mais primários.
Sendo nós seres sociais e mais ainda sendo a nossa cultura "latina", sul europeia etc tudo isso se encontra mais exacerbado, e apesar das redes sociais poderem ajudar ou mascarar, vamos sempre desejando pelo dia em que podemos estar com as pessoas cara a cara sem barreiras.
Pergunto-me quais e durante quanto tempo serão os efeitos deste distanciamento forçado, teremos de reaprender a aproximar-nos?

Responder
Anabela Afonso
23/4/2020 22:29:55

Tem toda a razão Miguel, e esperemos que não falte muito para o dia em este isolamento físico termine, ou pelo menos se atenue. Quanto à sua dúvida final espero também que esse reaprender signifique que saibamos valorizar essa proximidade. Espero que continue bem.

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