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MONARCH AIRLINES – O que se passa afinal?

9/10/2017

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Por João Fernandes

Nas últimas décadas temos assistido de tudo, da falência de companhias como a Pan American (1991) e a Swissair (2001), às mais recentes declarações de insolvência da Air Berlim e da Alitalia, dos cancelamentos de voos da Ryanair, passando ainda pelas inúmeras reestruturações, fusões e aquisições de companhias aéreas um pouco por todo o Mundo.
​
Não obstante o tráfego de passageiros estar a crescer à razão de 7,9% (acumulado agosto 2017 - IATA), desenganem-se aqueles que acham que a queda da Monarch Airlines é um caso ímpar e irrepetível.

Mas então porque foi à falência a Monarch?

Os astros até pareciam estar alinhados. No mercado mundial de passageiros, a capacidade oferecida pelas companhias aéreas tem vindo a expandir, mas, como a procura cresce mais que a oferta, a taxa de ocupação média nas aeronaves registou um incremento de 0,7 ponto percentual, atingindo 84,5%.

Até aqui tudo bem…Mas o Mundo muda e a instabilidade em destinos como a Turquia, a Tunísia ou o Egipto e a crescente concorrência em destinos seguros no Sul da Europa ditaram uma guerra de preços que deixou a Monarch pelo caminho.  
 
E agora?

Para já, de salutar a rápida resposta do regulador britânico da aviação civil, Civil Aviation Authority (CAA) à falência desta companhia aérea low-cost, no que respeita ao repatriamento dos passageiros que haviam adquirido bilhetes para regressarem ao Reino Unido.

Numa operação que deverá estar concluída já no próximo fim-de-semana e que não faz discriminação de nacionalidade, de salientar também a boa articulação com o regulador português Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e respetivas embaixadas, o que permitiu um acordo de colaboração com a EasyJet para que passageiros que estejam no Reino Unido possam regressar a Portugal.

Sem perder tempo, a Secretária de Estado do Turismo promoveu uma reunião de urgência entre Turismo de Portugal, Turismo do Algarve e Aeroporto de Faro para que se encontrassem medidas que garantissem a manutenção da capacidade aérea para o Algarve no Inverno.

Sabe-se que uma eventual solução passará por encontrar novos operadores que possam vir a ocupar o espaço anteriormente explorado pela Monarch, tentando colmatar os 165 mil lugares que esta companhia previa para o inverno IATA no Algarve.

Entre as soluções mais eficazes está um reforço da operação das principais companhias low cost, que têm vindo a demonstrar interesse na operação agora em falta, seja através do aumento da taxa de ocupação dos seus aviões ou mesmo pela adoção de novas rotas.

A favor de um desfecho que mitigue o impacto desta falência para o Algarve está o facto de existirem pilotos, tripulação e aeronaves disponíveis e uma procura muito apetecível. É que, antes de falir, a Monarch estava a crescer nos voos para Faro 10,5%, tendo até ao final de agosto transportado 418 mil passageiros.

A expectativa é a de que muitos turistas acabarão encontrar resposta nas companhias e operadores concorrentes.

No entanto, segundo o Pres. Associação Hotéis e Empr. Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas, caso não haja um esforço adicional de promoção para convencer quem ficou sem bilhete de avião a comprar um novo, os hoteleiros algarvios poderão perder entre 400 e 500 mil dormidas até março.

Por outro lado, pelo facto de o grupo britânico deter também operadores turísticos, há ainda a considerar o prejuízo das estadias já realizadas em agosto e setembro, que apenas seriam pagas a posteriori às unidades hoteleiras.

Valerá certamente a pena aproveitar o congresso da Associação das Agências de Viagens Britânica, que trará ao Algarve cerca de 6600 colaboradores da Thomas Cook.

O Reino Unido e a Irlanda são dois dos mais importantes mercados emissores de turistas para o Algarve e muitas das viagens destes turistas ainda são reservadas através do canal de venda dos Operadores e dos Agentes de Viagens. 

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