A ideia de criação de um polo tecnológico na região do Algarve, não é nova, mas é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA.
É um desafio regional antigo (mas atual) que importa manter presente, de forma a potenciar a capacidade regional, agregar a massa crítica existente e valorizar conhecimento, por via da congregação e otimização de recursos, da atração de investimento, e da promoção do acesso a mercados externos. É, portanto, a via necessária para reforçar a competitividade nacional e internacional dos agentes económicos regionais. De acordo com a definição da Associação Internacional de Parques de Ciência e Tecnologia (IASP), um Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) é uma organização gerida por especialistas, cujo principal objetivo é potenciar a criação de riqueza na comunidade local/regional/nacional, através da promoção de uma cultura de inovação e da competitividade das empresas e instituições baseadas no conhecimento que lhe estão associadas. Neste enquadramento, cabe ao PCT estimular e gerir o fluxo de conhecimento e de tecnologia entre as instituições de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&D), as empresas e os mercados, facilitando a criação e a aceleração de (novas) empresas de cariz tecnológico e inovador, e a modernização do tecido empresarial existente, fornecendo espaços e serviços especializados, e potenciando o emprego qualificado. O PCT é, portanto, uma componente importante das interações entre a universidade, indústria, Governo e sociedade civil (a denominada “hélice quadrupla”), atuando como promotor da transferência e valorização do conhecimento, e de uma maior aproximação entre os agentes económicos, produzindo externalidades económicas positivas no território. Mais que dinâmicas imobiliárias, são espaços de fomento e partilha de conhecimento, de encontro de ambições e utopias, de desafios e respostas. Mais do que uma pretensão ou capricho regional, este é um desafio público e privado, associativo e individual, transversal a todos os agentes que compõem a dinâmica económica do Algarve. É uma exigência à qual importa dar resposta de forma célere e articulada, capacitando a região para atrair recursos financeiros, técnicos e humanos que tornem a região mais competitiva no contexto global. Enquanto região geograficamente periférica, caracterizada por uma excessiva especialização no setor do Turismo, mas reconhecidamente capaz de atrair e reter recursos, é imperativo que sejamos capazes de unir os esforços de todos no sentido de uma maior diversificação da base económica regional. Para tal, é importante assegurarmos uma maior capacidade de especialização tecnológica, ancorada na articulação com a denominada Estratégia de Especialização Inteligente Regional (RIS3) e na aposta efetiva em setores de elevado valor acrescentado, contribuindo, através da inovação e conhecimento, para uma maior diversificação da base económica. Mas nada do acima exposto é novo ou inovador. Basta (e importa) analisar as dinâmicas e os modelos de desenvolvimento seguidos por outras regiões, e definir um modelo que efetivamente dê coerência aos recursos e à estratégia regional. Mais que tudo, importa comprometer os agentes económicos numa estratégia única, alicerçada na perceção que a integração de todos num objetivo comum é maior que o somatório das partes, e que apenas com uma colaboração efetiva e equilibrada, permite assegurar a curto, médio e longo prazo, a sustentabilidade das apostas regionais e a competitividade do Algarve. Porque acreditamos no potencial deste Lugar ao Sul, cabe-nos assegurar uma maior articulação em torno de uma visão regional comum, e concretizar o POLO TECNOLÓGICO como uma plataforma de resposta a desafios e ambições comuns, e um espaço de geração e partilha de conhecimento, de inovação e de acesso ao mundo.
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