Lugar ao Sul
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos

Bem-vindo

LOULÉ. Territórios, Memórias e Identidades

15/6/2017

0 Comments

 
Imagem

Por Dália Paulo

Quando se inicia um período de férias Loulé inaugura, a 21 de junho, no Museu Nacional de Arqueologia uma exposição com mais de sete mil anos de história!

Neste apontamento podia escrever sobre vários aspetos da exposição, mas escolhi apenas enfatizar dois: as relações centenárias entre o Museu Nacional de Arqueologia e Loulé e como uma exposição de arqueologia pode ser contemporânea.

O Algarve sonhou desde cedo, pela mão de Estácio da Veiga, criar um Museu Archeologico do Algarve. Ideia concretizada em 1881 com a abertura do Museu Archelologico do Algarve mas em Lisboa, numa dependência da Sociedade Nacional de Belas Artes. Museu de curta vida mas de muita luta de Estácio da Veiga, até à sua morte em 1891, para trazer a coleção de volta ao Algarve e fundar o Museu Archeologico do Algarve em Faro, tendo para isso criado o Instituto Arqueológico do Algarve, mas esse desiderato não viria a concretizar-se. E, assim, a coleção do Museu Archeologico do Algarve foi uma das coleções fundacionais do Museu Nacional de Arqueologia fundado por José Leite de Vasconcelos, tendo integrado o seu acervo em 1894, dessa coleção faziam parte vários bens patrimoniais de Loulé.

A segunda ligação entre o Museu Nacional de Arqueologia e Loulé acontece numa data histórica, 25 de Abril de 1974 quando o etnógrafo Manuel Viegas Guerreiro, natural de Querença, assume o cargo de Diretor do Museu Nacional de Arqueologia, tendo sido um dos colaboradores mais próximos de José Leite de Vasconcelos e um dos mais proeminentes estudiosos e continuador da sua obra.

Anos mais tarde, quando se inicia o processo de constituição do Museu Municipal de Loulé, para o núcleo de Arqueologia, são cedidos, em meados da década de 90 do século XX, pelo Museu Nacional de Arqueologia alguns desses objetos arqueológicos, que ainda permanecem em depósito em Loulé.

E já neste milénio, a 30 de maio de 2015 inaugura a exposição Quem nos escreve desde a Serra? e a instalação da artista Ângela Menezes, na entrada do Museu Nacional de Arqueologia, na Praça do Império e dá-se inicio ao projeto que deu origem à exposição LOULÉ. Territórios, Memórias e Identidades.

O outro aspeto que quero partilhar é a ideia de como uma exposição de arqueologia pode ser contemporânea ou contribuir para a nossa vida hoje. É contemporânea na forma como está pensada, na museografia que irá certamente impressionar uns, cativar outros e, ainda, inquietar outros tantos. É contemporânea porque trabalhou as questões da acessibilidade para chegar a diferentes públicos. É contemporânea porque permite trabalhar o Património Cultural na sua relação com o desenvolvimento local, com a criação de conhecimento, com a valorização patrimonial, como ativo para potenciar o Turismo Cultural no território ou como põe em valor o papel dos louletanos que ao longo dos tempos e hoje ainda preservam o património cultural, como factor identitário, de memória mas, acima de tudo, de pertença, de vida e vivência. É precisamente neste ponto que está, em nosso entender, o aspeto que pode ser o que torna a exposição LOULÉ. Territórios, Memórias e Identidades verdadeiramente contemporânea, porque nos põe em confronto com mais de sete mil anos de história, com uma longa diacronia que nos impele a posicionar, a questionar e a pensar a evolução dos lugares, dos territórios e da relação entre as pessoas quebrando preconceitos do eu e do outro, percebendo os contactos milenares entre povos, relativizando mudanças e pondo em foco transições e continuidades.

Aqui somos confrontados com os cuidadores de património e percebemos que ser louletano não é só por nascimento mas por opção, que quem veio de fora cuida, conserva e vive tão intensamente as paisagens culturais louletanas como quem vive há gerações neste território.

LOULÉ. Territórios, Memórias e Identidades são as estórias de mais de sete mil anos contadas através de meio milhar de objetos e dos seus doadores e guardiões.

Boa visita!


0 Comments



Leave a Reply.

    Visite-nos no
    Imagem

    Categorias

    All
    Anabela Afonso
    Ana Gonçalves
    André Botelheiro
    Andreia Fidalgo
    Bruno Inácio
    Cristiano Cabrita
    Dália Paulo
    Dinis Faísca
    Filomena Sintra
    Gonçalo Duarte Gomes
    Hugo Barros
    Joana Cabrita Martins
    João Fernandes
    Luísa Salazar
    Luís Coelho
    Patrícia De Jesus Palma
    Paulo Patrocínio Reis
    Pedro Pimpatildeo
    Sara Fernandes
    Sara Luz
    Vanessa Nascimento

    Arquivo

    October 2021
    September 2021
    July 2021
    June 2021
    May 2021
    April 2021
    March 2021
    February 2021
    January 2021
    December 2020
    November 2020
    October 2020
    September 2020
    August 2020
    July 2020
    June 2020
    May 2020
    April 2020
    March 2020
    February 2020
    January 2020
    December 2019
    November 2019
    October 2019
    September 2019
    August 2019
    July 2019
    June 2019
    May 2019
    April 2019
    March 2019
    February 2019
    January 2019
    December 2018
    November 2018
    October 2018
    September 2018
    August 2018
    July 2018
    June 2018
    May 2018
    April 2018
    March 2018
    February 2018
    January 2018
    December 2017
    November 2017
    October 2017
    September 2017
    August 2017
    July 2017
    June 2017
    May 2017
    April 2017
    March 2017
    February 2017
    January 2017
    December 2016
    November 2016
    October 2016
    September 2016

    RSS Feed

    Parceiro
    Imagem
    Proudly powered by 
    Epopeia Brands™ |​ 
    Make It Happen
Powered by Create your own unique website with customizable templates.