Por Sara Fernandes. Uma vez que no Verão, a região do Algarve tem uma capacidade extraordinária de multiplicar oportunidades de festa e de passeio não só para os residentes, mas também para os seus visitantes, considero interessante tirar partido destes momentos para dar a conhecer algumas das tendências que aqui encontramos. E, parece que há muitas novidades no Sul de Portugal! Sabiam que há um jovem algarvio que está a comercializar uma bebida vegetal de alfarroba que se chama Grand Carob? Uma bebida sem glúten, sem proteína do leite, sem açúcares adicionados ou ingredientes artificiais? ou então que a famosa bola de Berlim, pode continuar a ser igualmente apetecível e pecaminosa com massa de alfarroba e um delicioso recheio de figo? Ontem, na 28ª Feira da Serra em São Brás de Alportel, conheci estas e tantas outras novidades, como por exemplo o potencial do figo e da figueira da Índia. Constatei que há unidades hoteleiras no Algarve que já servem iguarias com palma jovem, conhecida por “Nopal” que pode ser consumida fresca ou cozida. E ao que parece o céu é o limite, porque as aplicações do fruto e da sua figueira vão muito além da alimentação humana e animal, como a cosmética, a farmacêutica, os biocombustíveis, ou até a construção civil ou a criação de mobiliário como mesas e cadeiras. Na verdade, esta é uma pequena amostra dos novos negócios que vão surgindo na região. Uma grande parte destes projectos procuram promover ingredientes icónicos do território e mostrar que é possível inovar na experiência de consumo. Contudo, enfrentam vários desafios para manter uma produção exclusiva do Algarve devido à baixa produção dos principais produtos do pomar de sequeiro. A título de exemplo, a amêndoa algarvia continua a enfrentar uma luta desigual com a amêndoa da Califórnia, e que também não consegue alcançar um estatuto privilegiado como algumas variedades ibéricas. E por isso, todas as oportunidades de promoção e de prova desta nova geração de produtos agro-alimentares, é mais um passo para proteger os consumidores, do que Miguel Esteves Cardoso refere como um destino provável: “a certa altura, habituamo-nos às amêndoas da Califórnia e lá se vão milénios de gostos e de tradições...”.
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