Enquanto lia sobre o Japão deparei-me com o seguinte excerto “Desde o princípio da sua história, com perseverança e talento, lutou contra sismos e os maremotos, os incêndios e as tempestades. Só a ética da austeridade, aperfeiçoada durante séculos, e um sentido agudo do sacrifício do individuo pelo seu grupo lho podiam permitir”. Cit in Os Samurais, Editora Ulisseia 1972 Li isto e antagonisticamente pensei sobre a verborreia de comentários que tenho visto nas redes sociais sobre #votar, #votoantecipado, sobre o #batomvermelho, sobre o #confinamento e tantos outros tópicos que leio e penso na enorme ausência de sentido de colectivismo que está instalado. Além do acentuado individualismo presente nas narrativas umbilicais, denota-se uma tremenda falta de permeabilidade e tolerância a realidades alternativas à dos próprios. Na sua genesis um agudo sentido de intolerância à liberdade do outro e em simultâneo um atentado à mesma, naquilo que deveria ser o sentido de se viver em democracia. Imagem retirada do Jornal Expresso FAZEMOS TODOS MELHOR... quando não temos toda a informação ou contexto, fazemos todos melhor especialmente quando o outro testa algo e empiricamente já sabemos que não resulta e daí construímos ilíadas de como fazer melhor à partida. Fazemos todos melhor quando não estamos no centro do turbilhão e decidimos a partir do sofá. Fazemos todos melhor quando nos destituímos do dever de eleger quem nos governe. Parece-me que caminhamos a passos largos para uma carreira colectiva e pouco profissionalizante de treinadores de bancada! Tu que não cumpres o confinamento, falas do quê? Tu que nunca votas reclamas de quem? Num Portugal livre para pensar (porque nem sempre o foi) parece que deambulamos entre a dicotomia:
VÃO VOTAR CARAÇAS! E se possível FIQUEM EM CONFINAMENTO! Será que presentemente vivemos em alguma amnésia de grupo ou demência global? 74 ainda é só um adulto que vive dias difíceis e de incerteza como todos nós. Reportagem na integra no Jornal o Publico Estamos em Guerra mas não uns com os outros, a nossa guerra é contra o Covid e devemos rever valores como o Respeito, a Honestidade, a Coragem, a Compaixão, a Honra e o Dever. Porque a Liberdade não é uma garantia e devemos cuidar dela e não só dos nossos umbigos. Os verdadeiros ignorantes não são aqueles que não sabem, mas aqueles que sabem tudo ou os que dizem não saber e continuam amorfos na sua redoma.
FAZÍAMOS MELHOR MAS CONTINUAMOS SEM O FAZER!
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