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FACTO - Britânicos aumentam procura pelo Algarve!

11/9/2017

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Por João Fernandes

Recentemente, um jornal nacional de referência anunciou uma forte redução da procura por parte dos turistas britânicos, sobre o título “Brexit tira 56 mil ingleses do Algarve”. A notícia foi logo replicada por outros meios de comunicação, sem qualquer cuidado com a veracidade dos factos, com a clareza da linguagem ou mesmo com a objetividade do conteúdo - “Britânicos estão a perder interesse pelo Algarve (e o culpado é o Brexit)” / “Brexit. Britânicos viajam menos para o Algarve”…
               
Vejamos então alguns factos para uma apreciação mais concreta:
1 – Em julho, mês a que se reporta a afirmação em causa, o relatório de tráfego do Aeroporto de Faro apresenta um aumento do número de passageiros oriundos do Reino Unido de 10,6%, em termos homólogos, e de 14,7% em valores acumulados. De facto, em julho do ano passado a ANA Aeroportos registou 543.762 passageiros britânicos em Faro (o que já traduzia um aumento de 12,9% em relação a 2015) e em julho deste ano 601.591, ou seja, mais 57.829 passageiros que em 2016.

2 - De facto, se considerarmos os dados de agosto deste ano, constataremos que nos primeiros oito meses de 2017 foram registados mais 393.189 passageiros britânicos do que em 2016. Nota: o número de passageiros considera os passageiros que aterram e também os que descolam.

3 – De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelo INE, de junho, a boa performance do mercado britânico determina mais de 20% do aumento das dormidas de estrangeiros em hotelaria classificada na região.

4 – A estada média dos hóspedes do Reino Unido na região sobe para 5,2 noites (+0,2 noites que em 2016).

5 - Dados do Banco de Portugal revelaram que os turistas residentes no Reino Unido foram os únicos que no primeiro semestre gastaram mais de mil milhões de euros (mais 139,91 milhões que há um ano).

6 - No Relatório da Região de Turismo do Algarve sobre o atendimento nos postos de turismo, de julho do corrente ano, verificou-se um aumento acumulado de 15,7% do número de atendimentos de turistas britânicos.

6 – Foi apresentado pelo SEF “Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2016”, em que se revela que os britânicos são dos que mais têm aproveitado o regime fiscal português, que oferece impostos mais baixos aos pensionistas estrangeiros e que inclusive o Reino Unido passou a ser a sexta nacionalidade de estrangeiros residentes mais relevante (19.384), com um crescimento de 12,5%, equivalendo a um fluxo de mais 3.066 indivíduos.

7 – A informação divulgada pelo SIR-Turismo Residencial, um sistema estatístico que abrange a atividade de compra e venda de imóveis de turismo residencial, mostra que o Reino Unido continuou a apostar na compra de imobiliário residencial turístico em Portugal em 2016, sendo mesmo a nacionalidade mais representativa entre os investidores estrangeiros, com um peso de 31% no número de transações concretizadas por não residentes. Esta conclusão é ainda reforçada no que se refere ao “Algarve Central”, que representa 44% da oferta imobiliária captada pelo SIR-Turismo Residencial. Neste eixo de Albufeira-Loulé, os Britânicos não só protagonizaram quase metade das transações de origem internacional (46%), como atingiram o investimento médio mais alto, com cerca de 2,1 milhões de euros por operação.
 
De facto, ao contrário do que seria inicialmente expectável, apesar da acentuada depreciação da libra e da correspondente redução do poder de compra dos turistas britânicos, no Algarve o que se tem verificado até à data é uma procura crescente.

Faço este alerta porque é recorrente a falta de cuidado na narração de notícia sobre turismo em jornais nacionais. Frequentemente, tomam por única a informação de uma só fonte ou assumem conclusões a partir de um qualquer indicador isolado. Não me faz sentido que se escreva tanto sobre a economia nacional e que nas redações dos principais órgãos de comunicação não haja alguém que tenha conhecimento especializado sobre um setor que se tem constituído como motor da atividade económica...

É bom lembrar que o Algarve representa dois terços das dormidas turísticas do RU em território nacional, que é “apenas” o principal mercado turístico emissor para Portugal.

 
 
 
 

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