Por João Fernandes
Para encontrarmos um período tão positivo para as contas portuguesas teríamos que recuar uma década, até ao último trimestre de 2007. E…pasme-se, o INE vem confirmar que o crescimento do segundo trimestre se alicerçou na procura interna (investimento e consumo)…Ele há diabos assim! No âmbito de uma iniciativa promovida pela Delegação Regional da Ordem dos Economistas do Algarve, o Ministro da Economia afirmou que Portugal vive um bom momento e que acredita que os resultados do primeiro semestre são um bom prenúncio para o futuro. Segundo o Ministro, pelo terceiro trimestre consecutivo, o Produto Interno Bruto (PIB) cresce mais do que a média da União Europeia! Convicções, aliás, secundadas pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que informam que a economia portuguesa voltou a crescer no segundo trimestre 2,8%, em termos homólogos, e 0,2%, em cadeia. Ao nível do investimento externo, o ministro revelou ainda que, para além das inúmeras Intenções de investimento de PMEs, estão já em fase de concretização relevantes projetos de reforço do investimento de grandes empresas estrangeiras com participações em Portugal (VW, Bosch, PSA…), cujo impacto se fará sentir nos próximos trimestres. Numa perspetiva mais abrangente, o Prof. Caldeira Cabral relembra o expressivo aumento das nossas exportações nos últimos 12 anos, que nos permite hoje assegurar que a competitividade do tecido empresarial português ultrapassou com sucesso os primeiros impactos da globalização. Trata-se de um crescimento que também evoluiu de forma mais equilibrada, diversificando a sua base, com o contributo de vários setores como o agroalimentar, o automóvel ou o do metal, embora sempre com o Turismo à cabeça dos desempenhos mais favoráveis. Verifica-se igualmente uma clara melhoria no mercado de trabalho e no desemprego, em quase todos os índices. Comparando o período de abril a junho de 2017 com o mesmo trimestre em 2016 (evitando assim enviesamentos devidos à sazonalidade), podemos constatar que a população empregada cresceu 3,4% (+158 mil novos posto de tralho), o que permitiu diminuir a taxa de desemprego em 2 % (de 10,8% para 8,8%). Não menos importante é destacar que o desemprego de longa duração reduziu de 6,9% para 5,2%. Já no que se refere ao desemprego juvenil, não obstante a considerável descida de 26,9% para 22,7%, continuamos a registar valores a que é necessário dar prioridade. Do lado do emprego, para além do mencionado aumento, há a salutar o facto de cerca de 90% destes novos empregos estarem suportados em contratos sem termo! É bom relembrar que no Orçamento de Estado 2017 o Governo previa um crescimento do PIB para este ano de 1,8%, sendo que a maioria das organizações internacionais apontavam para desempenhos bem mais modestos, mostrando-se mesmo muito relutantes em aceitar as propostas do atual executivo português. No mesmo sentido, os dados do desemprego foram, felizmente, muito mais baixos do que os Intenção de investimento “ameaçados” pelo Fundo Monetário Internacional, Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico, União Europeia…que apontavam para valores superiores a 10%! Estes resultados demonstram que a estratégia e as políticas públicas do nosso governo são adequadas, ao contrário do que a grande maioria das organizações internacionais jurava a pés juntos! Valeu a pena restabelecer rendimentos aos portugueses, acelerar fundos comunitários para financiar o investimento, agilizar a capitalização das empresas, baixar o IVA da restauração, sanar os imbróglios da banca… Uma nota final para destacar o desígnio apresentado pelo Prof. Francisco Serra, Presidente da CCDR Algarve, e que a todos deverá mobilizar. Em 2020, a nossa região deverá cumprir a meta contratualizada com a União Europeia, por forma a contribuir para o PIB nacional na ordem dos 4,9%, sendo que estamos no bom caminho (em 2016 – estima o Pres. CCDR, deveremos ter atingido os 4,6%). Um bem-haja à Delegação do Algarve da Ordem dos Economistas, cujo presidente é o nosso ilustre companheiro de pena deste Lugar ao Sul, Pedro Pimpão, pela iniciativa de discutir a economia nacional na região que maior contributo dá para o motor dessa mesma economia – O Turismo.
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