Por Vanessa Nascimento A abstenção continua a ser uma problemática que parece não ter resolução à vista. Os números desta realidade em Portugal são esmagadores mas a julgar pelos dados do Algarve e face à consulta meteorológica, resta-me concluir que metade do Algarve devia estar de férias no passado domingo dia 6 de Outubro! Até pode ser compreensível a desmotivação e a falta de identificação política nos dias que correm, a moral não é a melhor e as soluções não são imediatas. Porém, é preciso reflectir que a solução NÃO É, NEM DEVERÁ passar pela destituição da responsabilidade cívica que é o exercício e direito ao voto! E que a ausência de uma Democracia poderá mesmo conduzir a uma nova Ditadura. Em última instância penso que ninguém queira isso, mais que não seja porque depois deixamos de poder postar comentários nas redes sociais e falar mal dos políticos e do sistema, quando na verdade nem sequer fomos votar. Então e o que teria acontecido no passado domingo se o Algarve tivesse conseguido votar a partir da praia? A Comissão Nacional de Eleições (CNE) tem vindo a reflectir sobre a questão do Voto Electrónico (presencial e não presencial), no fundo o aumento da eficiência, segurança e credibilidade no exercício do direito do sufrágio aliado à Inovação Tecnológica. Não estamos aqui a inventar a roda até porque já foram foram desenvolvidos em Portugal quatro experiências de voto electrónico, respectivamente em 1997, 2001, 2004 e 2005 (não vinculativas). Gerimos os impostos pela Internet, marcamos consultas no SNS, utilizamos bancos online e porque não podemos Votar? Claro que temos sempre de falar das vulnerabilidades de segurança e certamente iria ser necessário uma implementação complexa, mas desconheço a existência de um sistema infalível. Estamos na Era do Digital, será que não estará na hora de pensarmos neste "Voto em Mobilidade? Resolver o problema não só do eleitor que quer ir para a praia mas de todos aqueles que estão longe de casa ou a trabalhar? Cit in O Público Obviamente que os números não se devem única e exclusivamente ao fenómeno da mobilidade, há um aumento progressivo da proporção de portugueses que afirmam não se identificar nem se sentir próximo de qualquer partido político, logo menos propensos a participar nas eleições. Porém estou certa que muitos também não foram votar porque não saberem o que escolher! Por Hugo van der Ding Também aqui a tecnologia pode ajudar o eleitor! Tem vindo a ser desenvolvidos vários instrumentos online que através de grupos de perguntas o eleitor chega à resposta de qual o Partido que melhor representa as suas convicções, o EUandi é um exemplo disso. Novamente é preciso acautelar os processos de conceptualização e construção destas soluções, assim como, determinar muito bem a forma como este dados são utilizados e assegurar o anonimato e sigilo.
É necessário desenvolver medidas concretas para baixarmos a Abstenção. Em 2018 levantou-se novamente a questão do Voto Remoto através da Internet e tem vindo a ser discutido o Voto Obrigatório, que levantou logo o alerta para uma base antidemocrática. Por outro lado fala-se também de medidas mais modestas como a melhoria do sistema do Voto Antecipado e uma Abordagem mais Educativa a nível Escolar. Seja qual for a resposta a esta problemática, acima de tudo o que importa é irmos VOTAR!
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