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E se o Pai Natal fosse algarvio?

13/12/2018

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Por André Botelheiro

​E se o Pai Natal fosse Algarvio e… ao invés de uma barba comprida e branca tivesse uma rala e escura; e se circulasse na sua Sachs V5 com um capacete (penico) no alto da encaracolada mona, e não no politicamente incorreto trenó, puxado a força animal, com o barrete enfiado na farfalhuda e grisalha cabeleira; e se transportasse os presentes, presos ao braço, na alcofa de praia feita em empreita de palma, em vez da mal-amanhada saca ao ombro; e se em comparação com a barriguda pança de Coca-Cola desfilasse, no sol de dezembro, a sua invejável barriga fit, trabalhada a café com cheirinhos de medronho?
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​Mas o que nos poderia regalar este Pai Natal moreno, preocupado em satisfazer os sonhos dos paisanos deste Lugar ao Sul? Uma bem-intencionada arte natalícia de ilusionar, dentro do espírito “é Natal quando um Homem quiser”, neste caso, quando um algarvio quiser, e os outros deixarem.

1.º desejo: no reino dos céus há vida para além da Europa
Nos últimos 50 anos a principal porta de entrada do Algarve continua a ser o Aeroporto Internacional de Faro, a tendência de crescimento não tem refreado. Em 1970 circulavam pouco mais de 300 mil passageiros pela gare mais a sul do país, em 2018 deverá manter-se a fasquia acima dos 8 milhões de passageiros. São números muito bons para o PIB. Ainda assim, a TAP insiste, desde sempre, em ligar única e exclusivamente Faro a Lisboa.
Na análise regional do Algarve (setembro 2018) da plataforma TravelBi by Turismo de Portugal destaca-se, no Top10 das nacionalidades visitantes, os aumentos a dois dígitos dos mercados norte-americano (+27,4%) e canadiano (+18,1%). É verdade que cada um ainda representa uma pequena quota (1.5%) das dormidas, em comparação com os dominantes 38% do Reino Unido. Mas não deixa de ser uma agradável surpresa a intromissão destes países do outro lado do Atlântico Norte, num Top10 totalmente dominado pelo mercado europeu, leia-se União Europeia (ainda sem Brexit).
Não se conhecendo, ainda, os lugares abaixo ao Top10, não será arriscado prever que no 11º lugar, ou muito próximo, surgirá o mercado brasileiro, que este ano começou a descobrir o Algarve como uma das paragens na vinda à “terrinha”, para além da já tradicional rota Lisboa » Fátima » Coimbra » Porto.

A prenda do Pai Natal made in Algarve:
A vinda de uma… para não abusar muito da generosidade natalícia, no máximo… de duas rotas transatlânticas para o Aeroporto de Faro. Face ao supramencionado, ligando os populosos EUA (325 milhões) e Brasil (200 milhões), respetivamente 5º e 7º mercados do TOP10 das receitas turísticas nacionais, com aumentos a dois dígitos em 2018: 20% (EUA) e 14% (Brasil).
 
2.º desejo: mais mobilidade, é mais liberdade, é mais justiça social
Ainda ontem, por ocasião da cerimónia do 39º aniversário Universidade do Algarve, o Reitor Paulo Águas alertava: «Senhoras e senhores autarcas, presentes e ausentes, permitam-me que vos lance um repto. Creio que todos sentem a Universidade do Algarve como vossa. E sentem-no bem. A Universidade do Algarve é da região, não deixando de ser do país, naturalmente. Com propriedade, há quem diga, e são muitos, que há um Algarve antes da Universidade e um Algarve após a Universidade. Temos contribuído fortemente para a qualificação dos nossos jovens. Mas podemos fazer mais. 47% dos residentes do Algarve que frequentaram o ensino superior em 2017/18 estudavam em Faro. A percentagem atinge os valores máximos nos concelhos de Faro e de Olhão, superiores a 65%. À medida que nos afastamos a percentagem vai baixando. O que é que isto significa? Que os que estão mais distantes optam em maior proporção por outros locais para estudar? Sim, também. Mas significa essencialmente que os que estão mais distantes têm menos acesso ao ensino superior, têm menos acesso à Universidade do Algarve. A redução destas desigualdades, entre famílias dos mesmos estratos socioeconómicos, que não serão dos mais favorecidos, passa pelo aumento da oferta de transportes públicos, nomeadamente os rodoviários, com tarifários adequados. O futuro da região passa pela qualificação da população. Sem uma população qualificada estaremos a comprometer o futuro da região. Para os que já residem em Faro ou que passem a residir em Faro é urgente a criação de uma ciclovia que ligue os campi da Penha e das Gambelas ao centro da cidade».

A prenda do Pai Natal made in Algarve:
Ousemos insistir na redução dos custos cobrados aos utilizadores da única via (A22) que dá unidade à economia regional. Mas não menos importante, urge colocar em circulação novas carreiras de transporte público rodoviário, em modernos veículos, nos trajetos inter e intra concelhios, fazendo ligações expresso entre os principais pólos urbanos, com tempos de viagem próprios de um país desenvolvido, como é o nosso e competitivos face à viatura particular. Já o comboio, se pudesse circular sem cancelamentos, a tempo e horas, com máquinas a funcionar sem avarias, e carruagens mais modernas com ar-condicionado e, sem estarem grafitadas para os turistas, e os não turistas, conseguirem ir vendo as vistas maravilhosas que temos, para começar, neste Natal, não era nada mau!

3.º desejo: mais e melhor saúde… para TODOS
Uma nota muito simples, num tema muito complexo, o Sistema Nacional de Saúde no Algarve, não pode continuar a ser o “saco de boxe” de interesses político-partidários e de interesses corporativos e económicos (públicos e privados). A perceção, mais ou menos factual, é que a saúde no Algarve não está de boa saúde, e com este diagnóstico ninguém ganha, só ganham uns muito poucos… mas ganham muito.
​
A prenda do Pai Natal made in Algarve:
A união dos atores e decisores regionais em torno deste desígnio – melhorar as condições, dos profissionais, dos equipamentos e das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde neste lugar ao Sul. Isto para que, quando mudar o ciclo político-partidário uns não vão dizer o mesmo que os outros agora dizem, e estes não passem a dizer o que os outros diziam, mas que agora passarão a negar o que antes diziam.

Boas festas!
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