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Do gueto à partilha nos museus do Algarve*... 10 anos depois!

16/3/2017

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Por Dália Paulo
No dealbar deste milénio a museologia portuguesa fervilhava de esperança, com a criação ainda nos anos 90 do século XX do Instituto Português de Museus e da Rede Portuguesa de Museus (2001), assim como com a tão esperada Lei-Quadro dos Museus Portugueses, saída a 19 de Agosto (Lei n.º 47/2014). No Algarve, os profissionais estavam atentos e participavam destas reflexões e quatro museus integraram em anos consecutivos a RPM: Tavira e Portimão (2001), Faro (2002) e Albufeira (2003).
 
Nesta revolução e renovação silenciosa que se fazia nos museus portugueses, no Algarve toma forma uma rede regional de Museus, que foi considerada a nível nacional como pioneira e inovadora, tendo servido de modelo a muitas outras redes que entretanto se formaram e ganho o Prémio Inovação e Criatividade 2011 pela Associação Portuguesa de Museologia. Formalmente constituída a 16 de outubro de 2007, a Rede de Museus do Algarve (para saber mais sobre a rede
https://museusdoalgarve.wordpress.com/) comemora este ano 10 anos e realiza amanhã, em Loulé, as 1.ª Jornadas da Rede de Museus do Algarve. 
 
Neste apontamento as questões que se impõem e que podem interessar, também, os não profissionais são: 10 anos depois qual o impacto interno e, sobretudo, externo da Rede de Museus do Algarve? E que perspetivas para o futuro? O impacto interno repercute-se externamente também, a rede possibilitou a criação de pensamento, de formação e qualificação das equipas técnicas (que conseguiram nos últimos tempos – de diminuição de meios humanos e financeiros - ultrapassar com maior sucesso as dificuldades devido à rede) proporcionando um melhor serviço público, de partilha e de conhecimento sobre a realidade, nomeadamente pelo excelente trabalho de diagnóstico dos grupos de trabalho de Arqueologia e de Conservação e Restauro, sobre as reservas de arqueologia e sobre a área da conservação. A realização de projetos de geometria variável permitiu construir conhecimento sobre a região e proporcionar aos públicos novos olhares sobre a evolução do território.
 
Os impactos diretos externos da Rede de Museus do Algarve são ainda ténues, pode afirmar-se como os mais significativos, a abertura da discussão sobre a realidade museológica regional, envolvendo, técnicos e decisores políticos e o aumentar da visibilidade regional dos museus juntos dos públicos, pelas ações conjuntas realizadas.
 
Que futuro? Há muito caminho, sobretudo, a nível de impacto externo e de diálogos intersectoriais a realizar, assim como de afirmação da rede junto dos decisores políticos para que os trabalhos de diagnóstico produzidos tenham consequência prática nas linhas estratégicas na área museológica regional, bem como para que a oferta museológica regional possa ser complementar e contribuir para a afirmação do território, a inclusão social e o pensamento regional.
 
A nível mais prático a Rede de Museus do Algarve está a preparar um Guia de Museus do Algarve (a editar este ano) que contribuirá para a divulgação e valorização dos museus da região, que deve articular-se com a possibilidade de bilhetes/entradas conjuntas e de atividades que levem o visitante a percorrer o território e a(s) sua(s) história(s).
 
Projetos comuns em torno da acessibilidade, da cidadania, do futuro da região, da Europa e do Mundo e projetos com outras redes deverão ser objetivos da rede, porque importa intervir na sociedade e preparar o seu futuro, estas casas seguras onde se podem discutir assuntos inseguros e que devem ser casas de inquietação (expressão feliz de Pedro Ferré), devem inspirar-se no desafio de Mia Couto que se referiu, na 23.ª Conferência Geral do ICOM 2013 no Rio de Janeiro, aos museólogos como aqueles que devem “criar a ousadia dos amanhãs”, é um desafio imenso este da Rede de Museus do Algarve mas 10 anos depois pode afirmar-se que juntos muitos caminhos se continuarão a desenhar e que os desafios serão mais facilmente concretizáveis, pelo que pode não saber-se o caminho mas sabe-se que o caminho de cerzir a rede é para continuar porque ganham os técnicos, os públicos e a região!

 

* título retirado de artigo científico de PAULO, D. “Do gueto à partilha nos museus do Algarve”, Cadernos de Sociomuseologia n.º 41, p. 245-285, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

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