​Da saga os CROMOS: Pacto de não contágio

Por Vanessa Nascimento 

Se há filmes que não se deseja um segundo episódio, “Férias da Páscoa no Algarve” é sem sombra de dúvidas um deles.  No meu último desabafo A Padeira do Distrito de Faro - Um "sonho" em tempos de Pandemia retratei o espécime o CROMO. E o que faz "o CROMO" presentemente? A sua vidinha pois então qual é a dúvida? Nós também SÓ estamos EM PLENO ESTADO DE EMERGÊNCIA! #Continuação

Modo de Férias "ON"! Onde além disso continuo a ouvir/ler uma panóplia de tesourinhos... permitam-me o destaque:
 
                     “Eu vou só ali beber um cafézinho rápido/comprar pão fresco que este já é de ontem”
                         “Então uma pessoa também não pode estar sempre em casa”
                        “ Temos de fazer a nossa vidinha na mesma”
                        “Estou em isolamento mas hoje é o aniversário d@ “X” e vou lá só dar-lhe um beijinho”
                        “Eu não consigo estar sozinh@”
​
Na observação do espécime CROMO é possível inferir:

• Incapacidade grave de retenção de informação;  
• Comprometimento médio alto na velocidade de processamento;
• Escassez ou ausência de imaginação/perspectiva e empatia.

 
A percentagem de incapacidade em cada um destes pontos é uma incógnita mas parece contagiar mais e mais a população à medida que os dias passam, aumentando assim o número de CROMOS quase a ritmo de competição com os infectados com COVID-19! 

A quarentena NÃO É IGUAL para tod@s é preciso que isso fique claro, mas não há desculpa para o CROMO quem vive confortavelmente e que mesmo com a bomba atómica de informação a que somos exposto diariamente, acha que tem de sair de casa (todos dias) para ir comprar pão, passear o cão (inúmeras vezes)  ou socializar... é normal...?!

 ... Então os próprios cientistas já garantiram que o vírus assinou um Pacto de Não Contágio! Em dias de aniversários e/ou quando uma pessoa sai de casa para comprar o seu “panite" do dia; confere ainda protecção extra a tod@s aqueles que saem de casa para outras actividades mas que se encontrem sob o Estatuto de Férias.  Este pacto prevê ainda uma alínea de protecção divina, especificamente para a região do Algarve! O vem fundamentar a migração rumo a este destino, assim como, o bando de gente que se anda a passear.

Copyright Awkward Yeti

Não se iludam estamos em guerra com um inimigo invisível (talvez seja esse o problema) e infelizmente o critério de contágio/mortalidade do Covid-19 não é baseado na qualidade da massa cinzenta, não lhe conferindo o Darwinismo desejado.

Não vivi nenhuma Guerra Mundial, Pandemia (excepto esta) ou Revolução mas há livros (até documentários/filmes) que nos ensinam que “Tempos extraordinários requerem medidas extraordinárias” e salvo situações de idosos, crianças e adultos com condições clínicas e sociais de excepção, TOD@S conseguimos ficar em casa... até sozinhos! Diga-se de passagem que o isolamento que se vive hoje nem sequer roça o vivido por gerações passadas, graças à Internet.

Short list informativa de coisas que matam: a sede, a fome, o frio ou calor excessivo, radioactividade, balas, facadas, etc. etc. E claro a estupidez humana! Não termos chocolate em casa, pão do dia, não vermos quem queremos ou não irmos de férias... Não mata! Faz mossa (em alguns casos bem grande) e há uma série de boas práticas de devemos ter perante a mudança do paradigma social, mas à semelhança da necessidade da criação de uma vacina para o Covid-19, parece-me que também precisamos também criar uma injecção de perspectiva sobre o que estamos a viver e vacinarmos o CROMO contra a ignorância.   
 
Diz-me o meu sexto sentido que ainda vamos ter uma trilogia... desta vez intitulada “Férias de Verão”, espero estar redondamente enganada. ​REDONDAMENTE... #fiquemcasa