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"Começar do Zero"?

25/4/2019

1 Comentário

 
Por Vanessa Nascimento
Podia ser um texto alusivo ao programa da TVI? ... Podia! Mas não seria a mesma coisa. Hoje é feriado, nasceu a Liberdade em Portugal! Faz hoje 45 anos, uma adulta em termos de tempo e uma criança se olharmos para a nossa história. E o que fizemos com ela?

Devemos nós "Começar do Zero"? 
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Copyright TVI
A banalidade com que falamos, comentamos ou agimos no dia a dia, leva-me a crer que deveriamos tentar esta "coisa" da Liberdade de novo. Confesso que nunca vi, nem pretendo ver o programa a que faço aqui referência (gostos pessoais)... mas pergunto-me que valor damos nós a tod@s aqueles que lutaram por termos o direito de nos exprimir livremente? Como honramos tod@s aqueles que morreram e @s muit@s que foram torturad@s? 
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                          Pré 25 de Abril de 1974                                                                13 de Janeiro de 1975
http://lusofonia.x10.mx/literatura_portuguesa/literatura_engajada_PTsecXX.htm                                                   Arquivo DN
Passámos de uma censura extrema para a falta de bom senso na liberdade de expressão, muito frequentemente esquecemos-nos que a nossa liberdade pessoal termina onde começa a do "Outro". Se a Liberdade fosse uma pessoa e abrisse as Redes Sociais, certamente desejaria ser cega, surda e muda. Soa familiar? Parece uma ditadura, mas aqui seria apenas a expressão de vontade própria. 

Atrevo-me a dizer que o nascimento da Liberdade Portuguesa até começou muito bem. Fizemos uma Revolução com Cravos e em menos de um ano já estavamos a assistir à primeira manifestação feminista em Portugal, pelo Movimento  de Libertação de Mulheres (reza a história que não se queimaram sutiãs, felizmente!).

E quando é que foi que nos destituímos em massa de participar activamente nas decisões que são feitas no nosso país? Quando é que passamos a tomar como garantido o que tão arduamente foi conquistado?

Não sei, mas lembro de crescer e de ouvir falar de quando não se podia votar e que possuir o livro errado era um crime! Cresci com os relatos de medo, frustração e opressão... E por isso hoje quero agradecer a todos aqueles que directa ou indirectamente contribuiram para a minha educação e sobretudo liberdade, Liberdade de expressão. Sem eles este texto não seria possível e ainda por cima era chato porque nem sequer era feriado!

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1 Comentário
Miguel
26/4/2019 00:18:08

Um óptimo texto cara Vanessa, penso que sabe a resposta à sua pergunta: "quando é que tomámos por garantido o que temos hoje, quando deixámos de participar" - é uma consequência do sucesso parcial da Democracia - a criação de uma sociedade de bem estar, onde se fazem escolhas, que influenciam comportamentos colectivos.
Passará sobretudo pela Educação formal, sou da sua geração e se recuarmos ao tempo do secundário facilmente recordaremos como era referido o 25 de Abril - o regime fascista caiu, capitães de Abril, cravos, censura - mas nada sobre a estrutura social, hierárquica e politica, muita distorção sobre o período colonial, enfim uma normalização da tradição de o celebrar sem que se reflicta no porquê, no antes, no depois e no Futuro, na minha opinião pessoal o 25 de Abril foi mais uma transição de sistema do que propriamente uma revolução, porque boa parte da estrutura social e económica de então se manteve, veja-se os Grupos e Famílias Economico-Industriais, veja-se GNR (que esteve do lado da Ditadura) veja-se nos PIDES reabilitados, veja-se na formação cívica assente nos famosos 3 F's de Salazar que continuem a anestesiar a população e veja-se no legado que ficou e pelo qual ainda pagamos factura: Uma massa Humana com qualificações de terceiro mundo que (felizmente muito melhor) que é a grande causa dos problemas diversos que o país tem e a resposta às questões que colocou.
Bom Feriado e Viva a Liberdade, hoje e sempre!

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