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Bem-vindo

GENTE QUE ESTÁ A MUDAR A NOSSA TERRA  

20/3/2017

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Por João Fernandes

Em Portugal, e o Algarve não é infelizmente uma honrosa exceção, só se fala bem de alguém quando já nada aproveita ao visado. Antes, a indiferença ou a crítica.
Aproveitando este espaço, tentarei contrariar esta nossa predisposição para o lado negro da força.
Gosto especialmente de gente guerreira, que arrisca, que cai, mas que se levanta! Não raras vezes, gente que nos mostra que algumas fatalidades não são mais do que oportunidades por descobrir. Gente cujo trabalho tenho tido o privilégio de conhecer.
Ora aqui fica o meu singelo tributo a uma pequena amostra de um grande pelotão de microempreendedores que se dedicam ao Turismo
de Natureza na nossa região:
 
Marta Cabral, lisboeta de gema, 41 anos, licenciada em Gestão e Marketing, obstinada e sem medo de ninguém.
Com um emprego porreiro, a trabalhar na Parque Expo, decide mudar-se de armas e bagagem para os confins da “floresta” em Aljezur. Os deuses devem estar loucos, mas a Marta não! Dirige as Casa Brancas, uma associação de alojamentos da costa SW Alentejana e Algarvia e assume, anos mais tarde, a liderança da Rota Vicentina. Em pouco mais de 3 anos, dá alma a um projeto que já conta com 17 prémio internacionais e que foi distinguido com a Certificação Europeia “Leading Quality Trails – Best of Europe”, integrando o lote exclusivo dos melhores destinos de caminhada na Europa.

http://rotavicentina.com/
 
 
João Ministro, louletano marafado, 42 anos, licenciado em Engenharia do Ambiente, não sabe estar quieto.
Sem “ninguém lhe pedir nada”, está metido em tudo o que agita o interior da região. Do TASA ao Loulé Criativo, do Festival Internacional de Caminhadas do Ameixial à génese da Via Algarviana. Pelo meio ainda se lançou num projeto-piloto em Querença, que pretende aproximar jovens universitários do interior. É ainda empresário nas áreas do Ecoturismo e do Turismo Criativo e está a comercializar uma Barra Energética, feita à base de frutos secos e mel do barrocal algarvio…a Redbull que se cuide!

http://projectotasa.com/
 
 
António Ferreira, lisboeta, 45 anos, licenciado em Ciências da Comunicação, boa onda e muita garra.
Marketeer a trabalhar na capital em projetos como “Tou xim? É p’ra mim!” (quem não se lembra?), perdeu a cabeça e achou que boa ideia era reabilitar uma aldeia em ruínas e ao abandono, perdida na serra em Vila do Bispo…Enfim, “mais um que se passou da marmita”, diriam alguns… Hoje é um espaço com vida e que convida, um negócio próspero e em overbooking. Pelo meio abriu um Hostel em Lagos, criou o Algarve Surf Bus, esteve ligado à Bienal de Turismo de Natureza. Coisa pouca…

http://www.aldeiadapedralva.com
 
 
Fernando Canteiro, natural de Albufeira, 54 anos, especialista em cicloturismo e um osso duro de roer. Não dá descanso a ninguém, principalmente se o tema é a Ecovia do Litoral!
Em 1992, quando basicamente ainda ninguém se tinha lembrado de que isto de andar de bicicleta poderia até ser um bom negócio, o bom do Fernando abre a sua empresa. A bem dizer, desde o século passado que traz milhares de turistas estrangeiros a pedalar pelo nosso Algarve. Com a sua inseparável companheira, a Ana Cristina Dias, promoveu e desenhou grande parte dos trilhos que hoje todos usam para a prática do cicloturismo.
Atualmente, assume ainda a representação regional da Federação Portuguesa de Cicloturistas e Utilizadores da Bicicleta.    
http://www.megasportravel.com/pt/
 
 
Marco Fernandes (não é meu familiar, apenas foi agraciado com o um bom sobrenome J), 33 anos, Farense, licenciado em Gestão Hoteleira e dotado de uma persistência própria de quem já foi ciclista. É atualmente Coordenador Regional da Federação Portuguesa de Ciclismo e responsável nacional pela criação dos centros BTT. Enquanto Presidente do Clube de BTT da Conceição de Faro, uma estrutura amadora, organiza a Algarve Bike Challenge, uma competição de BTT no interior de Tavira. O evento atrai campeões de todo o mundo, uma vez que está integrado no calendário internacional da UCI, sendo pontuável para o ranking mundial. Esta prova é difundida pelos 4 cantos do mundo e acaba de ser alvo de uma reportagem da CNN!

http://www.algarvebikechallenge.com/pt/
 
Meus car@s, para além dos que aqui destaco, poderia facilmente construir uma lista de A a Z, com muitos e bons exemplos.
Comum a todos eles alguma dose saudável de loucura, que lhes dá cor e que nos dá esperança.
 
Com Gente desta, Gente boa, o Turismo de Natureza no Algarve terá certamente um caminho promissor!
 
 


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E SE O SEU CARRO NÃO PAGASSE PORTAGENS?

13/3/2017

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Por João Fernandes
Responder às diferentes necessidades de deslocação dos residentes, visitantes e turistas, constitui um desafio cada vez mais complexo. É necessário saber: Quantos passageiros? Quem? São pessoas com necessidades especiais? Quando? Em que horários? Como? A pé, de bicicleta, de comboio, autocarro, mota ou carro? E para que se deslocam? Para o acesso à habitação, ao emprego, à escola, à saúde, ao desporto ou à compra de bens essenciais?…What Else? (já estou mesmo a precisar de um “nespresso”)
A agravar o problema, a necessidade de nos descolocarmos aumenta a cada ano. Como consequência, o número de veículos motorizados não para de crescer causando cada vez mais: perdas de tempo no trânsito, acidentes, ruído, consumo de energias não renováveis, poluição, problemas de estacionamento, enfim…mais stress e menos qualidade de vida. A situação tende a piorar se políticas mais eficientes não forem adotadas.
É justo reconhecer-se que, ao nível dos organismos públicos, temos assistido a uma progressiva preocupação com a implementação de medidas mais eficientes, mais inclusivas e assentes na transição para uma economia de baixo teor de carbono. Na ordem do dia, estão: a mobilidade suave, a intermodalidade, a melhoria da oferta de transporte público, o aumento dos padrões de segurança, a adoção de novas medidas de gestão do tráfego e estacionamento, a promoção de combustíveis alternativos ao gasóleo e gasolina… (mais um “expresso” sff)
Na perspetiva de que este é um objetivo coletivo que depende de todos, muitos são também os movimentos da sociedade civil que apelam a uma mobilidade mais sustentável, alertando para as vantagens de nos deslocarmos a pé, de bicicleta, de transportes públicos, para a partilha do carro ou para a utilização de veículos com consumos mais eficientes.
 
Mas e o que nos reservará o futuro? O que se andará a indústria dos transportes a inventar?
A Airbus e a Italdesign apresentaram, no último Salão Internacional do Automóvel de Genebra, um conceito que mais parece vindo de um filme de ficção científica - uma espécie de carro e avião num só veículo elétrico.
Apesar de nesta fase apenas se tratar de um conceito, o “Pop Up” já está a ser desenvolvido e prevê-se que, no prazo de 20 a 30 anos, venha a tornar-se uma realidade.
www.youtube.com/watch?v=L0hXsIrvdmw&feature=youtu.be

 
Até parece que já me estou a ver…de prótese dentária e reumático avançado, a acelerar por essas nuvens sem pagar portagens! A passarada que se cuide que isto não vai estar para distrações :)


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Charters de…Franceses

27/2/2017

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Por João Fernandes

Ainda na semana passada, ficámos a saber que as receitas turísticas em Portugal duplicaram nos últimos 10 anos e que em 2016 ultrapassaram os 12 mil milhões de euros (+ 11% que em 2015). Neste capítulo, a França apresenta-se como o maior contribuinte, com cerca de 18% das receitas turísticas da rubrica "Viagens e Turismo" da Balança de Pagamentos, perto de 2,3 mil milhões de Euros (Fonte: Banco de Portugal dados provisórios de 20/02/2017).

No contexto na União Europeia, a França é o 2º maior mercado em termos de dimensão populacional, com cerca de 64,1 milhões de habitantes. Este país é também a 5.ª maior economia mundial e a 2ª da União Europeia, sendo responsável por 14,4% do PIB da EU (valores de 2015).
Em termos turísticos, este importante mercado emissor representa cerca de 48 milhões de viagens turísticas outbound.

Portugal é atualmente o destino de férias da moda para os franceses, sendo inclusive, de acordo Sindicato das Empresas dos Operadores Turísticos Franceses, o destino turístico líder em termos de crescimento.

Só no ano passado registaram-se 3,9 milhões de dormidas de franceses na hotelaria classificada portuguesa, o que contrasta com as 1,6 milhões assinaladas em 2010 e 1 milhão em 2004 (Fonte: INE).

Já agora, no nosso Algarve o crescimento deste indicador foi de 41% face a 2015!!!!!! A França entrou em 2016, pela primeira vez, para o Top 5 das dormidas de estrangeiros na região, destronando nuestros hermanos.
 
E como se explica esta “invasão” de turistas franceses? il sont fous ces francais? Non!!!!
É certo que o reforço desta procura nos últimos anos pode parcialmente explicar-se pelo desvio de fluxos de destinos concorrentes do mediterrânico assolados pela insegurança, como a Tunísia, Egito, Turquia ou mesmo Marrocos. Mas essa justificação isolada peca claramente por defeito, até pelo período temporal e respetivos resultados que vos apresentei quanto às dormidas (2004-2016). Uma evolução que demonstra também que este não é um crescimento apenas do momento.

Portugal tem um conjunto de fatores que têm despertado a atenção dos franceses, como: a existência de boas acessibilidades e comunicação com o seu país de origem; a elevada qualidade de vida; o clima ameno; a qualidade dos serviços públicos; a segurança; as atividades de lazer; os preços adequados aos seus rendimentos…e depois, o mais importante – a Genuinidade e Hospitalidade do povo português!
Para além dos turistas, há também muitos franceses a optarem por Portugal para fazerem as suas reformas, aproveitando os benefícios fiscais do estatuto do residente não habitual. A compra de casa em Portugal tem um papel muito importante para a economia nacional, não só pela reabilitação do imobiliário e dos centros históricos ou pelo consumo gerado no território durante a sua permanência, mas também pelo facto de originarem novos fluxos de procura ao longo de todo o ano (por ex: de familiares e amigos), que permitirem sustentar as rotas das companhias aéreas, contribuindo para a redução dos índices de sazonalidade.

Temos bons recursos recursos, mas é igualmente preciso reconhecer o mérito do aumento muito significativo do esforço de promoção e o apreciável reforço da capacidade aérea para França. São recorrentes as ações com jornalistas, bloggers, agências de viagens, operadores turísticos, companhias aéreas, a presença em feiras, a dinâmica de comunicação nas redes sociais, as novas rotas aéreas e o reforço das existentes.
 
Portugal está a seduzir cada vez mais os franceses e há potencial para se ir ainda mais longe!
 
Alors, allons-y! Au travail!


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#Obrigado Turismo! #Obrigado Algarve!

20/2/2017

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Por João Fernandes

Tenho, neste espaço de opinião, procurado não chamar a brasa à minha sardinha. Abordei temas de outras áreas, evitando o apelo fácil aos feitos do setor em que trabalho. Desta feita não resisti! Num contexto económico mundial adverso ao crescimento, sobretudo para setores expostos à concorrência internacional, o Turismo tem-se constituído como a tábua de salvação da economia nacional.
 
Sendo assim, resumidamente, procurarei apresentar o fruto do trabalho de um vasto conjunto de stock e stakeholders a quem todos devemos reconhecer os devidos méritos.
 
Conhecido o desempenho do turismo nacional no ano passado, ficámos a saber que o número de hóspedes em Portugal aumentou 9,8%, as dormidas 9,6% e os proveitos 17%, totalizando 2.900,7 milhões de euros. É bom reforçar que estamos apenas a falar da execução dos empreendimentos turísticos classificados, o que não abrange boa parte da oferta existente e muito menos o contributo total do Turismo para a Economia Nacional. 
 
Para se aferir o Contributo Total das Viagens&Turismo para a economia teríamos que considerar:
A Contribuição Direta, que reflete a despesa em território nacional dos turistas que nos visitam e os gastos do estado diretamente associados à visita; A Contribuição Indireta, que traduz o Investimento, os gastos do estado com a promoção do destino e com serviços de suporte à atividade, bem como as compras das empresas do setor de bens e serviços no mercado Interno; A Contribuição Induzida, que retrata os gastos dos empregados direta e indiretamente pelo turismo.  
Mas esta abordagem mais abrangente ficará para quando os dados o permitirem (provavelmente em março). Por agora importa sobretudo focarmo-nos no Turismo do Algarve, partindo dos principais indicadores da atividade turística em Portugal.
 
O relatório, produzido pelo IPK International para a ITB Berlin 2016/17, salienta que o turismo continuará a crescer, apesar dos ataques terroristas e da agitação política. Embora não sejam esperados impactos sobre o volume global do número viagens de outbound, são expectáveis mudanças no comportamento. Os europeus tenderão a privilegiar a segurança em detrimento da aposta num novo destino.
 
De acordo com o World Travel&Tourism Council (WTTC), no relatório Travel&Tourism Economic Impact 2016-Portugal, o peso do Turismo na Economia deverá aumentar consecutivamente até 2026. Este contributo expressa-se ao nível do Produto Interno Bruto (PIB), Emprego, Exportações e do Investimento.
 
 De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no passado dia 15, em 2016 na principal região turística nacional – o Algarve, registaram-se mais de 18 milhões de dormidas na hotelaria classificada, o que constitui um resultado impar (lá vem o “melhor ano de sempre” J). Sim, com efeito, este Lugar ao Sul é de longe o maior destino regional português, tendo representado neste indicador mais de um terço dos valores nacionais (33,8% de mais de 53 milhões dormidas nacionais).
Dormidas
Para que não hajam quaisquer dúvidas, vejamos o peso relativo de cada região no indicador dormidas (valores em milhares):
Portugal - 53 526,4
1 - Algarve - 18 111,9 (33,8%)
2 - Área Metropolitana de Lisboa - 13 147,3 (24,6%)
3 - Madeira - 7 308,9 (13,7%)
4 - Norte - 6 886,4 (12,9 %)
5 - Centro - 4 943,9 (9%)
6 - Alentejo - 1 584,4 (3%)
7 - Açores - 1 543 (3%)
 
Se analisarmos as dormidas apenas de estrangeiros (cuja receita se traduz em exportações), o  Algarve reforça a sua posição (14,2 milhões, 37,2% das dormidas de estrangeiros no país). A região manteve-se também como o principal destino de férias dos portugueses (3,9 milhões, 25,4% do total das dormidas de residentes em Portugal).
 
O que é igualmente significativo é o facto de o Algarve ser o destino turístico que mais contribuiu para o crescimento das dormidas em relação a 2015 (das 4,7 milhões de dormidas a mais em 2016, cerca de 1,5 milhões ocorreram no Algarve, o que representa quase 32% deste crescimento).
 
Já agora, neste indicador em 2016 o Algarve compara bem com os seus concorrentes diretos:
Dormidas totais - a Andaluzia cresceu 7,8%, Canárias 9,1%, Baleares 6,5% e o Algarve 9%.
Dormidas de Estrangeiro - a Andaluzia cresceu 12,1%, Canárias 9,9%, Baleares 7,8% e o Algarve 11,9%.
 
Proveitos
Ao nível dos proveitos totais da hotelaria regional, 2016 fechou com um aumento expressivo face ao ano anterior, na ordem dos 19,4 por cento, para mais um recorde de 904,6 milhões de euros. Mais um indicador em que o Algarve regista o valor absoluto mais elevado de todas as regiões nacionais (31% do total nacional).
 
Hóspedes
4 milhões de hóspedes acorreram à nossa região, um resultado que traduz um crescimento de 10,1 % quando comparado com 2015. A estada média em estabelecimentos hoteleiros foi de 4,5 noites, o que compara com uma estada média nacional de 2,8 noites.
 
Aeroporto de Faro
Ano recorde também quanto ao número de passageiros! Em 2016 foram registados no Aeroporto de Faro 7,6 milhões de passageiros, o que corresponde a um crescimento de 18,5 % em relação a 2015. (Fonte: ANA – Aeroportos Algarve)
 
Golfe
No ano passado foram assinaladas cerca de 1,3 milhões de voltas de golfe, o que correspondeu a um aumento de 10,5 % em relação a 2015 (Fonte: ATA – Associação Turismo do Algarve).
 
 
At last but not least…. Entre janeiro e maio e entre outubro e dezembro de 2016, verificaram-se mais de 1 Milhão de dormidas a mais que em 2015. Ou seja, mais de 70% deste crescimento aconteceu fora da chamada época alta!
 
#Obrigado Turismo! #Obrigado Algarve!
 


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POLÍTICA – a Origem!

13/2/2017

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Por João Fernandes

Hesitei na escolha deste tema...gera habitualmente muita urticária e pouca mobilização.
Em jeito de teaser, começo por breves definições:
 
POLÍTICA
Palavra de origem grega que representava a gestão da polis (cidade-estado), da coisa pública, com o objetivo de assegurar o bem comum.
 
REPÚBLICA
Do latim res publica, “coisa pública”, regime político em que o chefe de Estado é eleito pelos cidadãos ou pelos seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada por lei. O termo poderá igualmente significar:
- Estado ou país que adotou esse regime político, ou
- Interesse geral de todos os cidadãos de um Estado.
 
DEMOCRACIA
Do grego demokratía, “governo popular”, sistema político em que a autoridade provém do conjunto dos cidadãos, baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade.
 
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
Sistema político-administrativo em que o povo governa através de representantes periodicamente por si eleitos.
 
CIDADÃO
Indivíduo pertencente a um estado livre, no gozo dos seus direitos civis e políticos, e sujeito a todas as obrigações inerentes a essa condição.
 
POLÍTICO
Num regime democrático, os políticos são cidadãos eleitos pelos seus concidadãos, com a função temporária de prestarem um serviço à sociedade a que os próprios pertencem.
Com origem no grego politikós, o termo Político designa quem se ocupa da política. A palavra deriva de polites que quer dizer “cidadão”.
Por intermédio do latim, politicu, que significa “cívico”, o termo proliferou por todas as línguas ocidentais. No inglês do séc. 16 surge o termo politician, que deixou de estar associado à imagem de estadista e adquiriu uma conotação negativa: alguém que fumentava a intriga para conseguir poder.
(…)
 
 
É certo que conhecemos exemplos de ambos os significados!
O afastamento dos cidadãos daqueles a quem deram, ou permitiram que outros dessem, o encargo e a oportunidade de governar é hoje uma ameaça ao próprio regime democrático.
Em Democracia, o que é de todos a todos deve interessar!
Em Outubro vamos ter eleições para os municípios e freguesias da nossa região. Alguns candidatos dos diversos partidos, coligações e movimentos estão já em campo, outros se seguirão.
Sejamos interessados e exigentes com as escolhas e com os projetos!
 
Nota: Texto escrito com recurso ao Dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2003-2017.
 


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PORTUGAL MULTICULTURAL

6/2/2017

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Por João Fernandes

A cultura em geral e a relação entre culturas em particular, assumem cada vez mais relevância nas sociedades.
 
Muitos defendem que a globalização tem contribuído para a reconfiguração das identidades. A crescente facilidade de comunicação entre pessoas de todo o mundo e a maior mobilidade humana têm gerado sociedades multiculturais, compostas de indivíduos de diferentes origens, religiões, costumes, identidades… .
 
Só mesmo alguns (infelizmente, ainda assim muitos) defensores do “nós primeiro” contestam esta evolução das sociedades, mas estão em colisão com o curso da história e, em não raros casos, com a sua própria história.
 
As nossas sociedades serão cada vez mais multiculturais, pelo que a questão que nos devemos colocar é: Qual a melhor forma de integrar as minorias culturais?
 
 Alguns Modelos na Europa
 
O Modelo Francês privilegia a integração através da assimilação cultural. Não visa apenas a tolerância das diferenças, mas a sua integração na cultura dominante. Os emigrantes são encorajados a assumir os valores da República, a língua e a história da França, em detrimento dos valores das suas sociedades de origem. O Estado é usado para dissolver as diferenças, não apenas para as tolerar.
 
O Modelo Britânico (em vigor antes dos atentados em Londres em 2005) visava a integração dos imigrantes, através da manutenção das diferenças culturais. Aqui o Estado era um agente ativo na salvaguarda das diferentes comunidades e da tolerância pelas diferenças, mas não exercia verdadeiramente uma política da diferença.
 
Independentemente da classificação que lhe possamos atribuir, sabemos é que ambos os sistemas estão em crise, conforme acontecimentos recentes o evidenciaram.
 
Os atentados e a degradação das condições sociais, motivadas pela crise financeira mundial, desencadearam uma chuva de críticas em ambos os países.
 
Os britânicos diziam que os bombistas eram um produto do modelo multiculturalista que diminuiu o sentido da comunidade, balcanizou a sociedade e destruiu a “britishness”. Hoje, até pelos movimentos que emergiram com o BREXIT, temos uma opinião pública britânica maioritariamente favorável ao reforço do controlo de fronteiras e à descriminação negativa das prestações sociais a garantir a estrangeiros.
 
Por outro lado, os franceses culpam o modelo anti-multiculturalista da incapacidade de integrar os jovens identificados com os grupos de emigrantes da 2ª e 3ª gerações, mas aderem cada vez mais a medidas extremas de repúdio pela cultura dos “outros”.
 
 
O Modelo Português
 
Em Portugal, a multicuturalidade assume uma relevância assinalável, conforme o confirmam os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteira (SEF). Em 2015 a população estrangeira residente em Portugal rondava os 390.000 habitantes. No Algarve, o SEF apresenta para o mesmo ano mais de 58.000 estrangeiros residentes, num total de 492.000 habitantes (prodata), o que corresponde a quase 12% da população da região.
 
Por outro lado, muitos são os emigrantes portugueses nos mais diversos países do mundo que acabam por criar laços afetivos ou até mesmo criar família nesses locais.
  
Mas será que Portugal tem um modelo estruturado para a integração de imigrantes e de diferentes culturas? Muitos afirmam que temos um modelo Intercultural, que preconiza uma gestão da diversidade, reforçando o sentido de pertença e a construção participada da sociedade de destino. A diversidade é considerada um valor em si mesmo.
 
Mais que a co-existência pacífica das diferentes comunidades e indivíduos, o modelo afirma-se na miscigenação cultural. Mais que a aceitação do outro, propõe-se o acolhimento e a transformação de ambos, decorrendo daí um ”Nós”.
 
A interculturalidade inclui também o princípio da múltipla pertença, isto é, a integração na sociedade de acolhimento deve co-existir com a ligação à cultura de origem, sem roturas e sem obrigatoriedade de deixar uma para pertencer à outra.
 
Talvez a nossa história tenha, de alguma forma, condicionado a capacidade de acolhemos outros povos. As sucessivas ocupações por povos do Norte e Centro europeu e da Bacia Mediterrânica, a epopeia dos descobrimentos ou mesmo por via da emigração, fomos beneficiando dos contactos com outras vivências culturais.
 
O “certo” é que hoje a nossa identidade é contruída em cima de um legado cristão, islâmico e judaico… que o nosso prato mais tradicional é de um peixe que não existe na nossa costa, muitas vezes apimentado com especiarias oriundas de outras paragens. O certo é que o Fado se reinventa e ganha contemporaneidade com influências de partes do globo que outrora influenciámos. O certo é que a nossa própria identidade ganha com o contributo de outras culturas.   
 
 
Conclusões
 
Não se depreenda deste texto que considero existirem soluções mágicas e universais para a integração dos imigrantes. De acordo com o Eurobarómetro Standard do outono de 2016, a imigração é mesmo considerada o primeiro problema da EU em todos os Estados-Membros, com exceção de Espanha e de Portugal. Para esta realidade concorrem obviamente inúmeras variáveis como: as especificidades culturais de quem emigra e de quem acolhe, a pressão da imigração a que cada sociedade está sujeita, a realidade económica de cada país…
 
Enfim, são muitas as dúvidas e poucas as certezas, mas as experiências bem-sucedidas, como a do caso português, talvez nos devam merecer a melhor atenção.


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COM O MAL DOS OUTROS…NÃO POSSO EU BEM!

30/1/2017

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Por João Fernandes
Neste primeiro texto em que me associo aos 5 pioneiros deste espaço de partilha, a quem aproveito para agradecer o convite e para felicitar pela iniciativa da plataforma, gostaria de abordar o tema da Segurança no Algarve, enquanto ativo de um destino turístico.
As questões da segurança efetivamente estão na ordem do dia.
Fala-se muito do eventual benefício do Turismo em Portugal face ao contexto internacional de insegurança crescente. Confesso que me custa falar de benefícios face a realidades tão graves para a condição humana e também não me parece que a lógica simplista de que prosperamos com os males alheios seja uma verdade isolada.
A este respeito, eu diria duas coisas:

A médio e longo prazo, não creio que haja benefício para ninguém! O turismo é também conhecido como a Indústria da Paz, o setor que prospera quando o ambiente é propício ao encontro entre os povos.
Por oposição a esta condição, quando há guerra, atentados, epidemias ou conflitos sociais graves, gera-se um sentimento de insegurança que pode prevalecer e que é propício ao exercício populista do aproveitamento dos medos. Assim tem acontecido com o reforço das medidas de segurança e dos procedimentos de controlo de fronteiras, até chegarmos aos NOVOS MUROS DA VERGONHA - um triste retrocesso civilizacional.
Mas os “muros” não impedem apenas o acesso a um reduto, podem também vir a contribuir para inibir a vontade daqueles que intramuros queiram atravessar fronteiras.

A curto prazo, a procura aumenta em destinos turísticos que reúnem condições de atratividade e de hospitalidade! Com efeito, sendo objetivamente uma realidade que se verificam desvios de fluxos turísticos para Portugal e muito em concreto para o Algarve, parece-me redutor afirmar que estamos apenas a beneficiar desta conjuntura. Estamos sim a ser reconhecidos pelo país, pela sociedade e pelo destino turístico que construímos! Uma oferta turística que se destaca pela qualidade e que acompanha as vantagens de que naturalmente beneficiamos, como o clima ou os recursos naturais, mas também pelo ambiente pacífico que proporcionamos a quem nos visita.
Elencar aqui os prémios que o destino Algarve, ou os diferentes agentes que nele operam granjearam em 2016, seria um exercício exaustivo, tantos e tão variados foram os merecidos reconhecimentos nacionais e internacionais de que foram objeto.
Estamos a falar de uma consagração muita eclética, na medida em que nos chega de organizações como o World Travel Awards (os chamados Óscares do Turismo) – Melhor Destino Europeu de Praia (pela 4ª vez consecutiva), imprensa internacional …., ou dos reiterados excelentes resultados dos inquéritos de satisfação de quem nos visita sobre a nossa hospitalidade e a vontade de voltar.
Melhor ainda, este reconhecimento internacional não é uma surpresa, vem na continuidade de um crescimento (procura e receitas) ininterrupto de vários anos (desde 2010), confirmando uma tendência consistente e não apenas uma consequência de uma conjuntura “favorável”.
No Algarve, o maior destino turístico português, destacam-se não só os Elementos Diferenciadores, que dão resposta às motivações de quem nos procura (o clima, as praias e a autenticidade), como também os Elementos Qualificadores, como a Segurança, que nos colocam nas opções dos turistas. 
De acordo com o Instituto para Economia e Paz, Portugal foi considerado este ano o 5º país mais seguro do mundo (na edição anterior, constava em 14.º lugar no 'ranking'). No apuramento do Global Peace Index 2016, são utilizados mais de 20 indicadores em matérias como: segurança pública, violência policial, taxa de homicídios, justiça social, terrorismo, participação em conflitos, grau de militarização e gastos com armas.
Felizmente, seja na perspetiva da designada SECURITY (referente à segurança patrimonial, militar ou à estabilidade de um país), quer na vertente SAFETY (quando nos referimos à segurança no sentido de integridade física, saúde, boas condições de higiene ou ausência de riscos de acidentes), o Algarve é recorrentemente apontado pelos turistas como um dos destinos turísticos mais seguros. Afortunadamente também, esta perceção é acompanhada pela realidade – o Algarve é efetivamente um destino seguro!

Este é certamente o corolário do trabalho de um conjunto vasto de organizações de diferentes naturezas (públicas e privadas), aos diferentes níveis de intervenção (Internacional, Nacional, regional e local) e até de múltiplos setores (Segurança, Saúde, Turismo, Educação, Transportes, Cultura,…).
Mas este é, a meu ver, sobretudo o fruto de um Algarve que, na sua história como na sua atualidade, foi e é palco de inúmeros intercâmbios culturais que determinaram a edificação de uma sociedade mais plural, mais tolerante e mais acolhedora. A nossa multiculturalidade, um fator a explorar em próximos episódios…To be continued


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