Lugar ao Sul
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos

Bem-vindo

Júlio Resende é a Personalidade do Ano a Sul 2018

1/1/2019

0 Comments

 
Imagem
Créditos Fotográficos: Tomás Monteiro ​
Site de opinião Lugar ao Sul distingue pelo segundo ano consecutivo uma personalidade marcante do ano. 

Uma personalidade ímpar que em 2018 cimentou a sua posição como um dos grandes músicos da nova geração da cena cultural nacional. Júlio Resende, pianista e compositor Algarvio, teve um ano de 2018 imparável e recebe agora a distinção de “Personalidade do Ano a Sul 2018” atribuída pelo segundo ano consecutivo pelo site de opinião “Lugar ao Sul”.

Participou no Festival da Canção como compositor da música que Emmy Curl interpretou e teve a oportunidade de actuar, com Salvador Sobral, para uma audiência de milhões de pessoas em todo o mundo ao lado de um dos seus ídolos, Caetano Veloso, na final do Festival Eurovisão da canção em Lisboa.

O palco tem chamado insistentemente por ele. Seja a solo, seja em dueto com Salvador Sobra, seja através do projecto comum de ambos, a banda Alexander Search, foram muitos os concertos que o apresentaram definitivamente ao país em 2018. Ainda em 2018 Júlio Resende volta a editar um novo álbum, "Cinderella Cyborg". O Jornal Público escreve que este “é um nome em que o pianista pretende reflectir não um choque, mas um encontro entre aquilo que há de mais inocente e poético – na vida e na música –, e o lado mais maquinal e frio associado à tecnologia.”  Este seu novo álbum foi nomeado como melhor álbum português de 2018 pela plataforma Altamont e ficou ainda considerado entre os melhores discos pela equipa do Observador (jornal on-line). 

Os últimos anos tem sido intensos para Júlio Resende. Em 2007 grava o seu primeiro álbum – “Da Alma” - através de prestigiada editora de Jazz, Clean Feed, tornando-se o mais jovem músico português a editar um disco para esta editora, enquanto líder. Segue-se, em 2009, “Assim Falava Jazzatustra”, álbum que viria a ser considerado um dos melhores discos do ano pela crítica especializada. Em 2011 surge “You Taste Like a Song”, um disco em Trio, com a participação de grandes músicos tendi sido classificado com 5***** Estrelas pela Revista TimeOut. Em Outubro de 2013 lança Amália por Júlio Resende. O seu primeiro disco a solo, onde revisita algumas canções do repertório de Amália Rodrigues, iluminado pela memória e pela Voz da Diva, num dueto (im)possível no tema “Medo”. Este trabalho mereceu a melhor atenção por parte da crítica nacional e internacional. Da prestigiada Clássica francesa onde recebeu CHOC DISC***** à célebre Monocle, o consenso foi claro: este é um disco que marca e “está ao nível do que de melhor se faz pelo vasto Mundo”. Seguem-se “Fado & Further” e “Amália por Júlio Resende”. Pelo caminho ainda cria “Poesia Homónima” com o psiquiatra Júlio Machado Vaz onde apresentam poemas de Eugénio de Andrade e Gonçalo M. Tavares. De relevância assinalável é igualmente o cuidado que tem na escolha das vozes que acompanha ao piano, onde se destacam, a titulo de exemplo, para além de Salvador Sobral, Elisa Rodrigues e Sílvia Perez Cruz, com quem também já gravou.

Mas Júlio Resende não se esgota na música. Assina uma coluna de opinião na Revista Visão onde aborda temas tão diversos. O também licenciado em Filosofia é pois alguém que reflete regularmente sobre si e sobre os outros. Quando questionado recentemente pela revista Blitz sobre a forma como a Filosofia o acompanha, afirmou que o “obriga a pensar em conceitos interessantes. E a trabalhá-los bem. E tento trazer essas reflexões para o mundo musical, ainda que a música seja outra coisa, que vem depois da reflexão. A reflexão faz-se para trás, a vida faz-se para a frente, como se costuma dizer em Filosofia. E a música também.”

Júlio Resende é um profissional inspirador e os autores do site Lugar ao Sul entenderam distingui-lo, depois de em 2017 ter sido distinguido O Prof. Dr. João Guerreiro, ex-reitor da Universidade do Algarve, que foi o presidente da Comissão Técnica Independente responsável pelo apuramento das causas das tragédias dos incêndios de 2017.

Em 2018, Júlio Resende conseguiu impor a sua marca num pais que ainda vive profundamente centralizado. Além disso entendemos que a sua forma de olhar o mundo vai ao encontro do que temos vindo a defender no Lugar ao Sul: necessitamos de mais e melhor opinião. Sobre essa ideia, Júlio Resende, tem uma frase lapidar: “As pessoas que digam coisas! Mas tentem pensá-las antes de dizer, já não seria mau.”
​

A data e local da cerimónia pública de atribuição desta distinção será anunciada em breve.
0 Comments

Chegou a Terceira Vaga ao Lugar ao Sul

4/11/2018

0 Comments

 
António Gedeão cantava que o sonho é uma constante da vida.

O Lugar ao Sul, agora com dois anos, conseguiu algo que pouco acreditávamos ser possível: ter uma vida longa e robusta. É certo que já teve os seus momentos menos participados mas nunca deixou de ter actividade constante e regular. Em dois anos de vida foram produzidas mais de trezentos artigos de opinião sobre os mais variados temas e das mais variadas formas.

Tal como outros famosos e espartanos 300, marcam uma resistência. Ao alheamento, ao marasmo opinativo, crítico, reflectivo em torno do Algarve, mostrando que esta região tem pensamento e voz. Valerá o que vale, mas para nós é muito.

Não só pelo empenho e carinho emprestado a esta ideia, mas fundamentalmente porque acreditamos que conseguimos criar um fórum de opinião que tem ganho o seu espaço no espaço público regional, conciliando gente de diferentes áreas, formações e ideologias em torno de um princípio comum: o Algarve e o Sul de uma forma geral como espaço de pensamento e debate.

E, de forma imodesta, acreditamos, porque o vemos, tem vindo a conseguir contagiar a região, que hoje, mais do que há 2 anos, se olha, pensa e discute com outro vigor. Poderá não ser ainda o desejável, mas todo o caminho se inicia com o primeiro passo.

Isto importa porque a continuidade deste projecto, contra a espuma dos dias, se deve mais aos leitores que assiduamente fazem do Lugar ao Sul um site com um volume de visitas invulgar para uma plataforma deste género – fora dos grande centros urbanos e longe dos grandes centros de poder – do que aos autores que o realizam todos os dias. É pois devido um grande agradecimento a todos vós que, pelas mais variadas razões, nos vão acompanhando, que nos lêem, que nos elogiam e nos partilham, mas também aquelas que opinando criticam. São todos vós a fasquia que nos ajuda a elevar o debate.

Obrigado. 
Imagem
Outro factor que tem contribuído para o sucesso do Lugar ao Sul é a capacidade que tem tido para chamar a si novos protagonistas. Em 2017 uma segunda vaga de “habitantes” assentou arraial neste “Lugar” e duplicou a nossa densidade de opinar. Agora, já com dois anos e uma curta mas importante história, é tempo de dar as boas vindas a uma terceira vaga de novos elementos.

É também tempo de dizer até já a outros, que deixaram de escrever, pelo menos regularmente.

Sem a sua disponibilidade e a sua entrega, este projecto que, recorde-se, nada mais é que um acto de cidadania activa sem qualquer propósito comercial, não seria possível.

Por isso, ao Pedro Pimpão, à Dália Paulo, ao João Fernandes e à Joana Cabrita Martins, o nosso muito obrigado por terem acedido fazer esta viagem connosco. E, sempre que a queiram continuar, as portas deste vosso Lugar ao Sul estarão sempre abertas para vos receber.

Aos novos elementos, damos as boas vindas e dizemos que contamos com eles para continuar a inquietar mentes, agitar águas e criar ideias e novos pensamentos.

Entram em cena a Patrícia de Jesus Palma, a Anabela Afonso, a Luísa Salazar, o Paulo Patrocínio Reis, a Vanessa Nascimento, a Ana Gonçalves, o Dinis Faísca e a Sara Fernandes.

Conheçam um pouco mais sobre todos, carregando aqui. O restante muito que há a descobrir, conhecerão através dos seus textos.

Esta é a nova vida do Lugar ao Sul.

O propósito é o de sempre: um sentido a Sul, contribuindo para o debate e crescimento deste território. 
0 Comments

2 anos neste Lugar

1/10/2018

0 Comments

 
Por Lugar ao Sul

O Lugar ao Sul completa hoje 2 anos de existência.


São 2 anos a tentar contribuir para uma reflexão crítica em torno do Algarve, das suas dinâmicas, dos seus problemas, do seu tremendo potencial, de tudo o que permita a construção do seu futuro, em moldes de maior prosperidade, equilíbrio e, acima de tudo, felicidade para todos os que aqui vivem, trabalham e nos visitam.

Este esforço nem sempre é fácil, e nem sempre o conseguimos.

Mas não paramos. Nem desistimos.

E porque não há 2 sem 3, iniciamos este novo ano preparando novidades que em breve serão partilhadas.

Entretanto, boas leituras!
Imagem
Imagem
0 Comments

E ao 7º dia...

10/8/2018

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins
 
Durante 7 dias... 27 mil hectares... do saudável e vigoroso pulmão do Algarve ficaram carbonizados!
 
O Algarve padece, e não é de agora, de uma doença crónica, como aliás todo o Portugal.
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) em estádio grave com uma percentagem elevada de incapacidade respiratória, cuja recuperação vai exigir uma terapêutica radical e prolongada.
 
Foram 7 dias não de criação divina mas de destruição diabólica.
E ouviremos com certeza, mais dia menos dia, Assunção Cristas dizer que este incêndio só foi travado por intervenção divina, porque ao 7º dia como todos sabemos há que descansar.
 
Ouvi muito, li muito e vi muito, neste momento estou ainda a tentar ingerir e digerir tanta informação e contra-informação.
 
Não sendo entendida na matéria, esta é no entanto um assunto que não me é minimamente indiferente.
 
Se por um lado se verbaliza com um sorriso que esta calamidade, que outro adjectivo não o tem, foi a excepção que confirmou um sucesso a nível nacional no combate aos incêndios.
 
Outros dizem estar muito satisfeitos “ de estar aqui a celebrar a circunstância de estarem vivas", referindo-se obviamente às pessoas, porque animais e vegetação não tiveram a essa sorte de poder dar essa mesma satisfação ao Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
 
A mim, custa-me de facto perante a realidade encontrar alguma satisfação e/ou sucesso.
 
Mas neste alinhamento de pensamentos deveria ser positiva e pensar que felicidade a minha avó ter morrido há 8 meses de forma a não presenciar o fogo a bater-lhe à porta!!!
 
Mas não, não consigo pensar positivo como os senhores que agora iniciam o seu desfile na passadeira vermelha até hoje, e cinza de hoje em diante...
Que tenham cuidado para não caírem dos vossos saltos altos Sr. Costa, Sr, Cabrita, Sr. Marcelo...


Deixo para reflexão um excerto da intervenção de Clemente Pedro Nunes (Professor do Instituto Superior Técnico)  em duas edições do Negócios da Semana, programa da SIC Notícias, respectivamente:
17-08-2017 _ Negócios da Semana: porque razão arde Portugal?
01-03-2018 _ Negócios da Semana: limpeza das florestas é possível até 15 de março?


0 Comments

Welcome, Welcome, Welkom, Bienvenue, Bienvenidos, Benvenuto, добро пожаловать,  歡迎 , ようこそ ...

8/6/2018

0 Comments

 
Por Joana Cabrita Martins

Et
voilàààà !!!​
Welcome, Welcome, Welkom, Bienvenue, Bienvenidos, Benvenuto, добро пожаловать,  歡迎 , ようこそ ...

Chegou Junho e com ele chega a época da sardinha assada, do figo, dos Santos Populares e a mais importante...
 
A época dos turistas!!!
Imagem
Ilustrações - Inês Montalvão Prazeres, em Algarve quem és tu?

E pese embora nós consigamos ter e preservar sardinhas, figos e até Santos todo o ano neste nosso Algarve desde tempos longínquos, os turistas...
 
Os turistas foram espécie rara de Setembro a Junho até há bem poucos anos.
Andamos há largos anos a tentar desenvolver técnicas de preservação, como fizemos para a sardinha com a salga e a seca ou a conserva enlatada, com a seca e torra dos figos, com as capelas e as igrejas para os Santos e Santinhos, mas os turistas, ai os turistas...
 
Salgados, enlatados e torrados são de facto técnicas de preservação que nos pareceram ser indicadas tanto para o peixe, como para as frutas, e que na verdade também funcionam na perfeição com os turistas.
 
No entanto é só mesmo no Verão.
 
Começou então a tentar-se descobrir e desenvolver novas técnicas de preservação dos elementos da espécie migratória de turistas que todos os anos por esta época, vindos um pouco de todo o mundo incluindo do resto do pais, arribam este Lugar ao Sul.
 
E chegou-se recentemente a uma que me parece bastante interessante e com um enorme potencial.
 
O Turismo criativo.
 
‘‘Tourism which offers visitors the opportunity to develop their creative potential through active participation in courses and learning experiences, which are characteristic of the holiday destination where they are taken.”
Crispin Raymond and Greg Richards, 2000
 
 
Este conceito que nasceu há uns anos já se encontra em fase de consolidação em várias regiões do mundo.
Em Portugal está-se a iniciar esta nova técnica um pouco por todo o pais, nomeadamente a Sul.
 
No Algarve o Turismo Criativo começou a desenvolver-se na cidade/conselho de Loulé e como qualquer boa técnica, está a expandir-se, a ser apropriada e posta em desenvolvimento noutras cidades do litoral ao interior.
 
Desde Municípios, a empresas, passando por associações locais, vários são os projectos que no Algarve começam a ser cozinhados com o selo do Turismo Criativo.
Alguns deles já demonstram que este método de conservação e preservação de Turistas é eficaz, provando que é possível atrair e manter na região esta espécie migratória durante todo o ano com actividades ligadas ao património material e imaterial Algarvio, como, a título de exemplo, a gastronomia, arquitectura, história, artes tradicionais, natureza… Assim contrariando a tendência que se traduziu na pratica de décadas.
 
 
Neste contexto realizou-se nos últimos 3 dias uma conferência internacional dedicada ao Turismo Criativo, num Lugar a Norte, na cidade de Braga (cidade criativa da Unesco).
 
O objectivo deste encontro foi o de partilhar experiências sobre o potencial deste novo método, e criar redes e sinergias a nível nacional.
 
Tendo estado presentes projectos emergentes de Norte a Sul do pais, destaco a presença de 10 projectos de Turismo Criativo em desenvolvimento a Sul (Algarve) que cobrem quase toda a área geográfica do litoral ao barrocal, do barlavento ao sotavento, e cuja criatividade, inovação e ambição auguram um novo turismo, mais sustentável, equilibrado e identitário.
 
Dentro de um ano a conferencia realizar-se-à neste lugar ao Sul (Faro) e espero que até lá esta nova técnica esteja mais do que testada e com resultados comprovados em época baixa...
 
Até lá desejo a todos os Algarvios e Turistas uma excelente época de salga, enlatamento e torranço!!!

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
0 Comments

Respirar lentamenteee...para não morrer rapidamente!

25/5/2018

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

No início do presente mês foi divulgado um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde) que revela as cidades Portuguesas que ultrapassam os níveis de poluição máximo recomendado de partículas finas inaláveis*.
Notícia do DN

É no entanto interessante constatar que a legislação Europeia e consequentemente a Portuguesa não se regem pelos mesmos valores, colocando-os bem acima dos valores recomendados pela OMS.

Do limite máximo de 10 microgramas por metro cúbico de ar recomendado pela OMS as legislações europeias estabelecem os 25 microgramas por metro cúbico de ar como o seu limite máximo.
Sem ser necessário conjecturar sobre teorias da conspiração, esta tão grande discrepância de mais 150% é mais que suficiente para pressupor uma série de razões de cariz económico e financeiro que estariam afectas a uma abrupta quebra nos seus lucros/negócios, algo que seria calamitoso para uma estruturada sociedade baseada nos mais altos valores do consumo, caso se regulasse pelos números preconizados pela OMS.

Uma vez mais valores capitalistas se sobrepõem ao bem estar e saúde do ser humano.

À parte esta curiosidade, e visto este estudo por cá não ter tido grande divulgação e/ou impacto, a mim pessoalmente preocupa-me constatar que 2 das cidades que se encontram acima dos valores, segundo a OMS, são Algarvias, a saber, Albufeira e Faro.

Preocupa-me perceber que a diferença de valores entre ambas e a cidade de Lisboa é de apenas 1 micrograma por metro cúbico de ar, de 12 microgramas registados em Albufeira e Faro para 13 microgramas registados em Lisboa.
Isto porque comparando as dimensões da capital Portuguesa com as cidades algarvias (ainda que uma delas seja também capital) seja em termos de área, seja em termos de população residente e visitante, e consequentes meios e recursos utilizados por estes, os valores deveriam apresentar uma maior amplitude de diferenciação com valores significativamente mais baixos para as cidades de Albufeira e Faro.
​
Debruçando-me especificamente sobre Faro, capital da região, e minha “casa”, uma cidade de pequenas dimensões inserida em pleno Parque Natural da Ria Formosa apresenta-se incompreensível que os níveis de poluição do ar se encontrem em valores superiores ao máximo estabelecido pela OMS para preservar a qualidade de vida e saúde dos seus cidadãos residentes e visitantes.
Imagem
No entanto se fizer uma breve análise por alto da cidade, consigo entender que estes valores sejam reais e facilmente atingíveis numa cidade em que a utilização do automóvel per capita é elevadíssima, e em que a maioria da população não prescinde do mesmo para fazer deslocações de 500m de casa para o trabalho e vice-versa, em que o espaço público é invadido e usurpado pelos carros, onde os passeios deixam de ter a função de servir os utilizadores pedonais e se tornam parques de estacionamento legais aos olhos de quem governa e fiscaliza.

Um aeroporto (tb ele em pleno Parque Natural da Ria Formosa), em que em mais de metade do ano o tráfego aéreo que sobrevoa a cidade é bastante intenso sem ser preciso grande esforço para se contabilizar. Basta estar no centro da cidade para se ser interrompido periodicamente pelo sobrevoar dos pássaros gigantes que ao chilrear nos fazem calar.
E que do alto da sua passagem vão contribuindo, e não é com esmolas, para o aumento das micropartículas.

Se juntarmos a este factores humanos os naturais e/ou climatéricos decorrentes da nossa posição numa zona geográfica de clima temperado a tender para o seco, com predominância para periodos de secas estremas e aumento significativo das temperaturas, temos toda uma conjuntura mais que favorável para que os valores apresentados este mês não só tenham tendência a manter-se como mais que provavelmente a aumentar.

Se relativamente aos factores naturais, directamente, pouco poderemos fazer para alterar a situação, o mesmo não é aplicável aos factores humanos, civilizacionais.
Os decisores locais, regionais e nacionais deveriam seriamente debruçar-se sobre o tema e procurar pôr em pratica leis e planos estratégicos concertados que promovam alterações significativas nas cidades e nos estilos de vida dos seus habitantes.
​
E se poderá, porventura, existir algo que seja mais moroso ou arriscado de preconizar como reduzir o numero de viaturas nas cidades, ou restringir o acesso das mesmas a determinadas áreas da mesma, há por outro lado acções práticas bem simples e efectivas que fazem a diferença.
Imagem
Cuidar, preservar e aumentar os espaços verdes das cidades é uma delas.

Na capital do Algarve durante anos os poucos espaços públicos verdes existentes, foram completamente negligenciados, o que deveria per si ser considerado um acto criminoso quando se fala de assuntos como este de saúde pública.

 Uma simples planta multiplicada por vários canteiros e uma simples árvore de porte médio grande multiplicada por outros tantos, em cada rua, em cada praça, poderia fazer a diferença na purificação do ar da cidade.

Em Faro ao longo dos últimos anos foram abandonados canteiros, foram amputadas e deixadas morrer árvores e flores, foram calcetados canteiros... foi-se desertificando a cidade e deixando aumentar a poluição do ar.

Foi com grande felicidade e alguma incredulidade que na semana passada e esta semana vi serem descalcetados antigos canteiros do centro da cidade e ....plantadas árvores!!!
Em duas áreas vizinhas, outrora oásis de palmeiras, posteriormente desertificadas sugiram nestes últimos dias novas árvores.

Será um sinal de mudança nas estratégias e entendimento dos decisores?
Vou manter a esperança. Que pode ser que se venha a confirmar, caso completem o trabalho de descalcetar os restantes canteiros do outro lado da rua (que inexplicavelmente não tiveram direito a árvores). E aquele cujo corpo morto de uma outrora palmeira jaz ainda solitário no meio de novas espécies...
​
Sim...
Sim quero acreditar que foi só o começo e que o trabalho será terminado, e que por traz deste começo esteja uma estratégia bem delineada para tornar Faro mais verde, mais fresca, e MENOS POLUÍDA.
Imagem
*”Indicadores da Qualidade do ArO nível da poluição do ar é medido pela quantificação das principais substâncias poluentes presentes neste ar, os chamados Indicadores da Qualidade do Ar. Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torna-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Estes Indicadores representam materiais sólidos e líquidos em suspensão na atmosfera, como poeira, pó e fuligem. O tamanho das partículas é o critério utilizado para a classificação destes materiais. Partículas mais grossas ficam retidas no nariz e na garganta, provocando incômodo e irritação, além de facilitar que doenças como gripe se instalem no organismo. Poeiras mais finas podem causar danos ao aparelho respiratório e levar outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer. As pessoas que permanecem em locais muito poluído por partículas inaláveis, são mais vulneráveis a doenças de forma geral.”
meioambiente.pr.gov.br
 
 
“As partículas presentes na atmosfera são provenientes de fontes naturais, como vulcões, aerossóis marinhos e a ação do vento sobre o solo, e de outras de caráter antropogênico, tais como a queima de combustíveis fósseis, processos industriais e tráfego rodoviário. As partículas presentes na atmosfera são normalmente designadas pelo método através do qual são medidas. Nos últimos anos foi dedicada especial atenção aos efeitos das partículas e portanto as medições tradicionais de Partículas Totais em Suspensão (PTS) têm vindo a ser substituídas pela medição da fração PM10 (partículas com um diâmetro 5 aerodinâmico inferior a 10 µm), dado serem estas as partículas que representam um maior risco para a saúde(Elsom,1989;Seinfeld,1986). O material particulado ou aerossol atmosférico é constituído pelas partículas sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera. As partículas inaláveis(PM10) são definidas como partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10 µm, estas dividem-se em partículas grossas inaláveis com diâmetro aerodinâmico entre 2 e 10 µm e as partículas finas com diâmetro aerodinâmico menor que 2 µm(Seinfeld,1986). Estudos recentes têm demonstrado a existência de correlações entre as variações dos níveis diários de PM10, produzidas por diversas fontes e os efeitos nocivos à saúde humana. Em muitas cidades as PM10 são consideradas como um dos poluentes que causam maiores preocupações, estando a sua ação relacionada com todos os tipos de problemas de saúde, desde a irritação nasal, tosse, até à bronquite, asma e mesmo a morte(Cerqueira,2000). A fração mais fina das PM10 ( 0,5µm a 1,0µm) pode ter efeitos muito grave para a saúde, uma vez que este tipo de partícula pode penetrar profundamente nos pulmões e atingir os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias e por vezes danos permanentes. As partículas desta dimensão penetram facilmente no interior dos edifícios (Elsom,1989;Seinfeld,1986). Partículas com diâmetro inferior a 1 µm, podem permanecer em suspensão na atmosfera durante semanas e serem transportadas ao longo de centenas ou milhares de quilômetros, enquanto que partículas maiores que 2,5 µm, são removidas no período de algumas horas por precipitação e sedimentação. As dimensões das partículas finas, principalmente das partículas emitidas pelos veículos a diesel, são da ordem de grandeza do comprimento de onda da luz visível podendo, por este motivo, reduzir sensivelmente a visibilidade. A capacidade do material particulado em aumentar os efeitos fisiológicos dos gases presentes no ar é um dos aspectos mais importantes a ser considerado. Os efeitos de uma mistura de material particulado e dióxido de enxofre, por exemplo, são mais acentuados do que os provocados na presença individualizada de cada um deles. Além disso, pequenas partículas podem absorver o dióxido de enxofre do ar e, com água (umidade do ar) formam partículas contendo ácido, o que irrita o sistema respiratório e pode danificar as células que protegem o sistema.”
Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais - Universidade Federal Rio Grande do Sul

0 Comments

Velho rumo... novo rumo... rumo à sustentabilidade?!

11/5/2018

1 Comment

 
Imagem

Por Joana Cabrita Martins

A Região de Turismo do Algarve elegeu o seu “novo” representante máximo.
João Fernandes, actual vice-presidente, será dentro de poucos meses empossado Presidente da RTA, após ter ganho as eleições desta sexta-feira, nas quais concorreu contra o actual presidente, Desidério Silva.
Desde já deixo os meu parabéns ao novo eleito.
E deixo também os meus desejos e ânsias, como Algarvia nascida na década de 80 e como actual empresária neste mesmo sector que, foi vendo a sua Região ser moldada, abandonada, adulterada, aniquilada na sua génese, na sua identidade, nas suas actividades endógenas pela actividade turística ao longo dos últimos 30 anos.
Desejo que este novo mandato seja pautado pelo respeito e pela ética rumo à sustentabilidade da região.
 
Que se promova e defenda um turismo em que os residentes locais tenham um lugar principal e não sejam meros figurantes.
Significa isto, lutar por legislação que estruture e resguarde também ela o espaço e o papel dos residentes sem detrimento do dos visitantes por forma a criar uma coexistência em equilíbrio.
 
Seja na salvaguarda dos mais básicos sectores sociais, como a regulação de acessos e preços de habitação, bens e serviços em que a desregulada especulação turística restringe e inflaciona, causando severos constrangimentos à população residente.
Seja na regulamentação do trabalho no sector do turismo, relativamente a contratos laborais, horários, salários, que não sejam exploratórios, desumanos e sazonais.
 
Que se promova e defenda um turismo em que a natureza, a paisagem e os recursos endógenos Algarvios que lhe são identitários e diferenciadores sejam enaltecidos.
Em que a paisagem mediterrânica com a sua fauna e flora características, a sua agricultura e pecuária próprias, têm que, também eles ser actores principais neste turismo do séc XXI.
A paisagem e os recursos naturais devem ser encarados como mais-valias a ressalvar e estimar e a não serem arrasados por empreendimentos turísticos megalómanos como se têm feito em áreas que deveriam ser protegidas, da costa ao barrocal.
 
Que se promovam e defendam projectos turísticos com respeito pelo legado arquitectónico algarvio, que contem a sua história e que sejam feitos de acordo com os materiais, paisagem e condições climatéricas características do local a que se destinam, em detrimento dos empreendimentos sem sentido de pertença ou personalidade.
 
Que se promovam e defendam projectos turísticos que reconheçam, elogiem e prestigiem a nossa cultura, história, estilos de vida regionais.
 
Que se promova e defenda um turismo variado, diversificado e com carácter identitário e não massificado, apostando em empresas que estimulem a economia local e invistam os seus recursos financeiros e humanos na região.
 
Que se promovam e defendam empresas e entidades que trabalhem um turismo singular e inovador, marcado pela qualidade com respeito por todos os anteriores factores e se distingam pelas boas práticas e cumprimento dos requisitos legais.
Que se combata a massificação e a ilegalidade por um turismo sustentável e ético com respeito pela região, pelas suas gentes e pelos seus visistantes.
 
Volto a mencionar Doug Lansky, como já fiz anteriormente, a propósito da sua visão e opinião sobre o tema:
“Hoje é muito mais barato e muito mais frequente viajar. Isso é bom porque muito mais gente tem a possibilidade de conhecer outros países. Mas nas suas conferências diz que não é sustentável. Porquê?
Porque não é. Quem fica com a maioria dos lucros de um aumento tão rápido do número de pessoas que visitam uma cidade são os Mariotts e os Continental, os Expedia, os Booking e os Starbucks deste mundo. Alguns nem pagam impostos nos locais onde estão, mas os que pagam, mesmo assim pagam uma taxa para hotelaria ou restauração que é a mesma cobrada a um outro restaurante ou hotel muito mais pequeno. Utilizam os recursos da cidade, criam filas para lugares e serviços que os locais também precisam de usar e tudo isto sem regulamentação. Também o turismo, para não se perder numa espiral de consumo ‘até à medula’ dos recursos das cidades onde existe, precisa de ser regulado. O turismo internacional está a crescer muito mais depressa do que a população. ”
 
 
É o que se passa com todos os setores quando começam…
Exatamente. Lança-se um novo produto, um novo setor e estica-se a corda quase até partir e depois os governos têm que entrar no jogo. Medicamentos, por exemplo. Ou comida. Durante muito tempo produziram-se medicamentos e produtos de alimentação sem qualquer regulamentação e um dia alguém notou que havia gente a morrer por culpa disso e passou a existir controlo. É uma coisa natural. O que se passa com o turismo, de forma muito resumida, é isto: uma cidade, ou vila, começa a receber turistas, os restaurantes ficam um pouco mais cheios e os hotéis começam a ter mais reservas, a ter um pouco mais de lucro. Depois, quanto mais pessoas vêm, as companhias internacionais, que conhecem bem a indústria, descem como abutres sobre esses sítios e tomam conta dos negócios. Chegam as H&M e as Zaras e as páginas de reservas de tudo em “pacote”, que deixam de fora os restaurantes pequenos e as lojas pequenas. As cidades têm que aguentar com o consumo dos seus recursos: a água, as ruas, o sossego, mas não há retorno para todas as pessoas.”
Doug Lansky, jornalista de viagens e especialista em turismo em entrevista para o Observador
 
 
Como o turismo no Algarve não é de hoje, mas sim de há 30 anos, deveremos por esta altura ter já assimilado estes paradigmas iniciais e ter uma estratégia sustentável desenhada.
 
 
Assim sendo faço votos de que, para além de autor neste Lugar ao Sul, sejas um grande actor no sector do turismo neste lato lugar ao sul!

Bom mandato João Fernandes!

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
1 Comment

​O eterno desrespeito pela natureza...e por nós próprios!

16/3/2018

0 Comments

 
"But the reality is that the air you breathe, the water you drink and 
the food you eat all ultimately rely on biodiversity. Some examples 
are obvious: without plants there would be no oxygen and without bees 
to pollinate there would be no fruit or nuts."


"What is biodiversity and why does it matter to us", in The Guardian
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

​Não é de hoje, aliás “sempre assim foi” é do que mais se ouve quando se aborda o tema das podas de rolagem, que é prática corrente não só a Sul mas um pouco por todo o país.

Tenhamos pois consciência pelo menos, de que “sempre assim foi” não é argumento válido para justificar uma acção.

As podas de rolagem nas árvores urbanas no município de Faro, como em tantos outros, têm de facto sido feitas anos após anos e ...tem sido também elas polémicas anos após anos!

Hoje, ontem e anteontem tem sido levado a cabo mais uma acção de poda nas árvores em toda a envolvência da Igreja de S. Pedro o que levou a uma onda de indignações por parte de cidadãos/munícipes da cidade que, de várias formas foram dando a sua opinião sobre as mesmas.

Esta questão parece-me de extrema importância.

Como tal deveria ser amplamente debatida e compreendida por se tratar de uma questão básica de sustentabilidade.

Devemos entender que as árvores em contexto urbano desempenham uma serie de funções nomeadamente ambientais, ao produzirem oxigénio e consequentemente reduzem os níveis de dióxido de carbono e ao promoverem a regulação térmica através das suas copas.

Assim como assumem funções culturais, sociais e estéticas ao proporcionarem espaços de lazer e paisagens urbanas distintivas.

Se por um lado deveria ser de senso comum que deveríamos preservar e ampliar os nossos espaços verdes urbanos, por todos os indicadores que temos actualmente sobre as alterações climáticas e seca extrema que, particularmente a sul atravessamos com gravidade. Também o é pelos vistos que este género de poda é exactamente isto, cuidar e preservar.

Não o entendendo como tal e não sendo especialista na área, resolvi investigar e informar-me com técnicos e especialistas sobre o assunto e o que descobri vou aqui partilhar para que cada um por si possa reflectir e tirar as suas conclusões.

O 1º artigo que partilho é do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa...

Muito simples e objectivo, tanto que até uma criança de 10 anos compreenderia. :)
http://www.isa.ulisboa.pt/files/lpvva/pub/docs/documentos-diversos/Ramos_Caetano_2017_Arvores_Urbanas_e_Podas_de_rolagem.pdf
Imagem

O 2º é a página do site da Câmara Municipal do Porto dedicada às podas...igualmente simples e explicativa.
https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.cm-porto.pt%2Fcriterios-do-municipio%2Frazoes-ppoda&h=ATPZzCeWI0u6DBf_4Hvp2qRtlQgAkMtjFRyD_XN732np6hm3Nae-q1kIRNJPDyRnuHHImSZ9deiI77jFoiI3Npgf1J-KoUz4SrTaafD1o9n3ofTi3dOA7x-n36TBK4Efm00

0 Comments

Lugar ao Sul nas conferências "O Algarve, Portugal e o Futuro"

8/3/2018

0 Comments

 
Por Lugar ao Sul

Dando continuidade àquela que é já uma tradição, o Lugar ao Sul voltou a marcar presença no ciclo de conferências “O Algarve, Portugal e o Futuro”, organizado e dinamizado pela editora algarvia Sul, Sol e Sal, e pelo Rotary Club de Faro.

Desta vez, a nossa Dália Paulo, tal como a nossa convidada Lídia Jorge, fez parte do painel que discutiu as perspectivas e desafios que se colocam à Cultura no Algarve, no sentido da sua plena afirmação como pilar fundamental da identidade da região e alicerce para a construção do seu futuro.

E, claro está, com o apoio dos restantes a partir da bancada.

No Dia Internacional da Mulher, a Dália promoveu uma excelente representação das mulheres deste nosso Lugar, que demonstram e afirmam (para os muito distraídos que ainda possam ter dúvidas), no seu dia-a-dia, nos seus diferentes papéis sociais, a mais-valia indispensável que é poder contar com a participação feminina no pleno usufruto dos seus direitos, livre de preconceitos e injustiças,  em autêntica equidade. 

Também uma saudação muito especial à organização, pela iniciativa que em boa hora materializaram e que claramente vai conquistando o seu espaço como acontecimento de referência no panorama do debate do carácter, momento e devir algarvio.

Até à próxima!
0 Comments

História e Património em discussão...de preferência sem presunção!

2/3/2018

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

A União de Freguesias no seu representante máximo, Bruno Lage, ou devo antes dizer, Exmo. Sr. Presidente Eng. Bruno Lage, com o apoio das prestigiadas entidades, Turismo de Portugal e Direcção Geral do Património Cultural, promovem nos dia 9 e 10 de Março, no âmbito do Ano Europeu da Cultura e Património o FÓRUM PENSAR FARO sobre o tema "A História e o Património Cultural de Faro".

Um tema de elevada importância e relevância para a cidade, capital de uma região que se pretende afirmar no panorama nacional e internacional pela sua herança e identidade na perspectiva de poder ainda preservar o que resta após décadas de negligência.

Destes debates espera-se que saiam ideias e propostas que possam ser reflectidas e enquadradas na delineação de planos estratégicos para o desenvolvimento sustentável e sustentado do município, como o PDM, actualmente em revisão.
Por esse motivo quero relevar a realização do FÓRUM e parabenizar a organização.
É com agrado que vejo que o tema central do mesmo, história e património, é amplamente abordado em subtemas multidisciplinares que vão dos monumentos, à arquitectura, arquivo e museologia,  passando pelo património imaterial de hábitos e culturas.
Num vasto programa de conferências e debates, surgem nomes ligados a áreas científicas, de investigação, empresariais e municipais com trabalho desenvolvido e consolidado no município que vão partilhar as suas ideias.
Imagem
Espero que estas ideias sejam bem mais válidas e validadas do que os títulos com que se apresentam, no que aparenta ser uma feira de vaidades em que só falta mesmo o Eng. Sócrates ou Miguel Relvas...
Se bem que este último só com a licenciatura...
Ups...
De Drs. e Dras, e afins fica-se com a sensação de que a Capital do Algarve será por ventura a terra em que eles existem em maior número por metro quadrado...
É por estas e por outras que ...até o Bastonário da Ordem dos Médicos já veio dizer que quer que "os médicos deixem de ser chamados doutores. Estas nomenclaturas já estarão ultrapassadas. O que o doente tem que saber é o nome e a profissão [de quem o está a tratar]”, explica o bastonário Miguel Guimarães.
Jornal Publico, 21 de Fevereiro de 2018
 
“Em terras de cego quem tem um olho é rei” e em terra de mouros quem é Dr. faz-se senhor!

Enfim...
Fóruns e debates sobre esta e outras temáticas intrinsecamente relacionados com os municípios deveriam ser promovidos pelos seus órgãos decisores permitindo o envolvimento e esclarecimento da população naquilo que deveria ser um projecto comum, a preservação, desenvolvimento e evolução dos municípios com respeito pelas suas raízes e identidade.

Parabéns por isso Srs. Doutores e Senhoras Doutoras!!! :)

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.

0 Comments

Adeus a Carlos Silva e Sousa

23/2/2018

0 Comments

 
O Lugar ao Sul interrompe-se pela dor e pela consternação.

Hoje o nosso sal é de lágrimas, no adeus a Carlos Silva e Sousa, o Presidente da Câmara Municipal de Albufeira.

Servidor público, voz crítica numa região que sonhou e defendeu, com convicção política de regionalista.

Neste Algarve, que lhe corria nas veias, plantou vinha, semeou valores e simplicidade. Parte, e deixa a colheita e os ensinamentos, em favor de um território e de uma família que sempre valorizou.

À família, a equipa do Lugar ao Sul endereça sentidas condolências.

Ao Carlos, um abraço, e até um dia.
Imagem
0 Comments

FARO...evolução ou...?!

16/2/2018

2 Comments

 
Por Joana Cabrita Martins

​Hoje pela 1ª vez neste Lugar vou abordar um tema respeitante, em grande parte, exclusivamente ao município onde nasci, vivi e cresci e onde actualmente vivo após um interregno de 8 anos fora da região.
Digo em grande parte porque sendo este o município que engloba a capital da região, dificilmente se pode tratar de temas respeitantes ao mesmo que não tenham correlações com os restantes municípios, e implicações na região.
FARO.
Está actualmente a ser revisto o seu Plano Director Municipal que é, a ferramenta legal que rege a gestão do território municipal.
Este é o elemento que orienta e regula todos os restantes planos que sejam elaborados nas mais diversas áreas estratégicas de desenvolvimento territorial.
“Considera-se que a elaboração de um PDM deve ser pensada na base de uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o município, na qual as diversas políticas municipais devem ser delineadas de forma integrada e coerente tendo em conta o estabelecimento de parcerias, através da criação de consensos entre os diversos atores locais (Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, associações, empresários, população e outros).”
Página 7, PDM_F2_VOL I_ENQUADRAMENTO LEGAL

O processo de revisão encontra-se de momento em fase de apresentação do plano preliminar que contemplou um período de consulta pública extraordinária concedida pelo executivo, cujo prazo termina hoje.
Um acto de louvar pelo qual congratulo o executivo.
Embora congratule o executivo por esta opção de permitir aos munícipes que emitam a sua opinião antecipadamente nesta fase anterior à final, estou longe de imaginar quantas participações cidadãs terá esta consulta, devido à complexidade que um PDM acarreta e à falta de meios próprios de esclarecimento dos conteúdos constantes no mesmo a uma população que é, na sua maioria não entendida nas questões técnicas, legais e lexicais da matérias.
Após leitura integral do documento do REGULAMENTO, que é o documento normativo e vinculativo, que acompanhado e complementado por relatórios, plantas e mapas, entre outros formam como que...uma bíblia sagrada que poucos terão a capacidade de interpretar como se queria nos tempos áureos da religião cristã em que apenas os padres, monges e alguns nobres tinham a alfabetização para tal.
Não sendo técnica entendida na matéria tão pouco sou analfabeta razão pela qual achei que conseguiria com a leitura auxiliar de alguns dos complementares documentos integrantes do PDM, interpreta-lo e tecer as minhas considerações, preocupações e saudações sobre o mesmo e o que ele implica na construção futura do “meu” município.
Imagem
Tentando resumir o que assimilei e assinalei: 
 
Os objectivos, na minha óptica, têm a sua ordem de importância trocada.
São objetivos do PDMF:
a) Tornar Faro um concelho atrativo e competitivo a nível empresarial e logístico;
b) Assumir Faro como um destino do turismo de natureza;
c) Valorizar de forma integrada os recursos naturais;
d) Melhorar a qualidade de vida da população.
Página 12, REGULAMENTO

Nas páginas 29 a 32 do documento PDM_F2_VOL I_ENQUADRAMENTO LEGAL encontramos a análise SWOT do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve de 2007 (PROTAL), actualmente em revisão, assim como os objectivos estratégicos que vêm reforçar várias das questões que coloco sobre as opções colocadas no documento do Regulamento do PDM, que me parecem descuidar questões fulcrais como as alterações climáticas e potêncial desertificação dos países do Sul da Europa (comprovado por estudos científicos e identificado na analise swot do PROTAL), assim como questões de preservação e afirmação do património arquitectónico, entre outras:
Pegando nestes 7 objectivos do PROTAL, vou comentar alguns deles com os meus receios e desacordos com o PDM apresentado:
1_Sustentabilidade Ambiental, que traduz preocupações de proteção e valorização de recursos naturais e da biodiversidade.
Como é que se sustenta o objectivo de “preservação dos recursos naturais” ARTIGO 2º. Objectivos e estratégia, página 12 do REGULAMENTO do PDM quando nas páginas seguintes abrem portas à realização de empreendimentos turísticos e campos de golfe em pleno PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA, área de reserva protegida. 
“SUB-SECÇÃO III. TURISMO NA RIA FORMOSA ARTIGO 54º. Tipologias 1. No Parque Natural da Ria Formosa são permitidas as seguintes tipologias de empreendimentos de turismo da natureza: a) Empreendimentos de turismo de habitação; b) Empreendimentos de turismo no espaço rural;”
Página 39, REGULAMENTO
“Os projetos de campos de golfe que venham a ser instalados na área do Parque Natural da Ria Formosa”
Página 43, REGULAMENTO

O Algarve é zona de identificada probabilidade de desertificação, seca severa, calor extremo, e continuamos a projectar longos relvados artificiais que consomem a paisagem autóctone e a àgua que não temos.
Neste capítulo de sustentabilidade ambiental, propõem-se ainda reestruturar e requalificar edificações nas áreas lagunares, também eles em plena Ria Formosa, em vez de se promover a sua demolição/remoção.
“e) Área Lagunar Edificada: i) Pretende-se reestruturar e requalificar estes espaços como garantia de coerência e qualidade do conjunto edificado, da melhoria das condições de uso e habitabilidade, em harmonia com o meio natural envolvente ii) Número máximo de 2 pisos; iii) Índice máximo de Utilização do Solo: 0,2”
Página 60, REGULAMENTO

Esta será feita atraves da exclusão da REN dos conjuntos edificados ilegais das ilhas barreira, tornado-os oficiais e legais.
Estando estes em áreas assinaladas como zonas ameaçadas pelo mar “ Áreas suscetíveis de serem inundadas por galgamento oceânico, incluindo os locais com indícios e ou registos de galgamentos durante episódios de temporal” (PDM_F2_REN_INCOMPATIB._COMPONENTES_Planta) e uma vez mais integrados numa área de parque natural e em Reserva Ecológica Nacional.
Não entendo como se pode adoptar tal medida, sendo que a maioria das das zonas a excluir se encontra em clasificação REN por mais do que 3 motivos:
IB1- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar/Águas de transição e respetivos leitos/Faixa marítima de proteção costeira
IB2- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar
IB3- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar
IB4- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar
IB5- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas
IB6- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar
IB7- COMPONENTES DA REN - Barreiras detríticas/Dunas/Zonas ameaçadas pelo mar
Página 26, REN_Excluir

Esta decisão acarrecta o assumir de uma responsabilidade municipal e estatal de garantir a segurança dos seus habitantes perante todas as ameaças de catástrofes naturais previstas. O que per si, pressupõe que num futuro previsivelmente próximo terá que haver um investimento público para poder assegurar o humanamente impossível perante a fúria do mar, como se tem verificado um pouco por todo o mundo em zonas costeiras, e aqui idem,  na ilha da Fuzeta em 2010 a título de exemplo.
Relativamente à temática dos espaços verdes em solo urbano que também se enquadra na estratégia de sustentabilidade ecológica e preservação dos ecossistemas, novamente o capitulo que lhe é destinado é manifestamente insuficiente a nível de apontar caminhos e opções.
O município nos seus centros urbanos tem uma enorme carência de espaços verdes preservados e consequente ampliação dos mesmos.
Falta um maior rácio de áreas verdes que se deveriam plantar/construir por àrea edificada nos núcleos urbanos, página 76 do Regulamento, tendo em consideração uma região com riscos severos de desertificação.
Nas zonas urbanas consolidadas faltam praças e ruas com sombras de árvores (que produzem oxigénio e permitem a existência de uma fauna variada) e não somente de lonas.
Deveria ainda ser manifestamente proibida a eliminação dos ainda existentes, logradouros que têm a função de alvéolos pulmonares dos bairros nos aglomerados urbanos.
“Área do Centro Histórico:
 iii3) Preservação dos logradouros existentes bem como a sua permeabilidade, exceto nas situações em que tal se revele tecnicamente inviável aquando das necessidades de dotação de condições de habitabilidade,...”
Página 56 e 57, REGULAMENTO
Imagem
3_Estruturação Urbana, através da qual se orienta o sistema urbano na perspetiva de uma melhor articulação com os espaços rurais, do reforço da competitividade territorial e da projeção internacional da Região; 
4_Qualificação e Diversificação do Turismo, com o objetivo fundamental de melhorar a competitividade e a sustentabilidade do cluster turismo/lazer, evoluindo para uma oferta de maior qualidade e para uma maior diversidade de produtos turísticos;

Ao longo de todo o documento REGULAMENTO, sendo transversal às 2 categorias de solos rústicos ou urbanos, e às suas utilizações primárias, urbanização, agrícola, reserva ecológica, floresta, é mencionada a permissão da construção e/ou reconversão de edificações visando a criação de todo o genero de unidades de turismo.
“No Espaço Florestal de Proteção admitem-se os seguintes usos:
d) Empreendimentos turísticos isolados, nas tipologias de turismo de habitação, turismo no espaço rústico e parques de campismo e caravanismo”
Página 45, REGULAMENTO
“ARTIGO 50º.
Nos núcleos de desenvolvimento turístico podem ser incluídas as tipologias de estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos turísticos, empreendimentos de turismo de habitação, empreendimentos de turismo no espaço rústico, parques de campismo e caravanismo, bem como conjuntos turísticos (resorts) que englobem as tipologias anteriores,
Página 37, REGULAMENTO

Nessas mesmas propostas de permissão de alojamentos turísticos vêm sistematicamente mencionadas as possibilidades de anexação de campos de golfe às mesmas.
Uma vez mais venho expressar o meu desacordo relativamente a esta estratégia, agora do ponto de vista da diversidade de produtos turísticos e não ambiental.
Falta uma estratégia de diversificação de produtos turísticos que vá ao encontro ao delineada no documeto Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve da RTA que aponta vários outros produtos turísticos de referência para a região, que não o golfe.
Gastronomia e vinhos, Touring, Turismo de saúde, Turismo de natureza, Turismo náutico, são alguns entre outros.
De referir que para além de não se estar a apostar na diversificação do turismo no plano municipal, está-se simplesmente a copiar o modelo implementado por vários dos 16 municípios. Nomeadamente no concelho limítrofe de Loulé.
Uma vez mais não existe uma visão estratégica de diferenciação e qualidade em produtos identitários a nível de património ecológico, natural, arquitectónico, arqueológico.
Que vá também de encontro ao que diz o Relatório da RTA-PERFIL DO TURISTA QUE VISITA O ALGARVE (2017):
“...sete concelhos maioritáriamente do sotavento concentram grande parte do fluxo turístico na região, descentralizar o turismo no Algarve é uma reflexão a promover.
Captar novos turistas com necessidades e atitudes heterogéneas deve ser prioridade absoluta. Objectivos de viagem que combinam diferentes motivações e a propensão para realizar entre 3 a 4 actividades durante a sua estada, justificam a necessidade de sustentar o desenvolvimento no cross-selling, potenciando assim novos produtos na região.
Esta estratégia pressupõe que o sol e a praia sejam promovidos e comercializados numa lógica de complementaridade com eventos de gastronomia vinho, desporto, saúde e bem-estar e muito contacto com as pessoas.
A imagem do Algarve está relacionada com o ambiente relaxante, clima, paisagem e natureza e autenticidade cultural, aspectos que deveram mediar todas as estratégias de captação de turistas.”
Página 169, PERFIL DO TURISTA QUE VISITA O ALGARVE (2017)-RTA/UALG
Continuamos a apostar e priviligiar uma estratégia turistica homogénia, num turismo artificial e igual à oferta existente na restante região.
“SECÇÃO II. TURISMO EM SOLO RÚSTICO SUB-SECÇÃO I. EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS ISOLADOS
ARTIGO 47º. Identificação
2. Admite-se complementarmente aos empreendimentos turísticos referidos no número anterior a instalação de campos de golfe, nos termos previsto no n.º 3 do artigo seguinte.”
Página 35 e 36, REGULAMENTO
ARTIGO 52º.
“...devendo a área restante compreender as áreas de equipamento, como o golfe se for o caso, e os espaços verdes adequados, desempenhando também as funções de área de enquadramento”
Página 38, REGULAMENTO

 
3_Estruturação Urbana, através da qual se orienta o sistema urbano na perspetiva de uma melhor articulação com os espaços rurais, do reforço da competitividade territorial e da projeção internacional da Região; 
5_Salvaguarda e Valorização do Património Cultural Histórico-Arqueológico, que traduz o reconhecimento do potencial de aproveitamento deste recurso territorial;

As questões da preservação da nossa identidade cultural, histórica e social encontram-se completamente subjacentes à habitação, ao seu modelo e caracterização. A questão arquitectónica nos núcleos edificados é o pilar estruturante que mais influencia a vida e socialização dos seus cidadãos residentes e visitantes.
A estética que lhes confere a identidade própria de uma região é símbolo de características muito próprias e com as quais os povos se identificam, e é a mesma que nos torna todos iguais e descaracterizados quando tornada global.
Os núcleos urbanos do município tem sido ao longo das ultimas décadas, e desde os anos 70 completamente desrespeitados nas suas características intrínsecas e diferenciadoras. Na cidade de Faro, particularmente é aberrante subir à Torre da Sé Catedral e observar a panorâmica da cidade a 360º, como o faço numa base semanal com turistas que guio e que ficam igualmente chocados.
As casas térreas com logradouro que permitiam que houvessem pequenos alvéolos pulmonares em cada quarteirão foram sendo eliminados uns após outros para dar lugar a prédios sem qualquer respeito por materiais adequados às condições climatéricas existentes, sem respeito pela matriz estética identitária da região, mais grave sem respeito pelo restante conjunto arquitectónico existente nas ruas e quarteirões onde eram construídos e consequentemente pelo espaço público. E neste PDM continuar-se-à a permiti-lo.
Usurpou-se a luz nas ruas e nas casas contiguas, usurpou-se a privacidade dos vizinhos, usurpou-se a estética, usurpou-se a identidade de uma população para a tornar um aglomerado de cimento em que por muitas árvores que um dia se possam plantar nunca conseguirão atingir as alturas de uma grande parte dos edifícios edificados.
Perderam-se casas singulares, palacetes, perderam-se ruas inteiras, perderam-se avenidas inteiras de história e património.
O núcleo urbano da cidade de Faro está ao nível de cidades como Varsóvia, Berlim, Munique, entre outras quando destruídas pela II Guerra Mundial.
Não encontro a estratégia objectiva de preservação do nosso património.
Não encontro na ultima alínea de cada Artigo respeitante a este tema em vez de “a demolição só é admitida após aprovação do novo protejo de intervenção.” algo como:
“a demolição só é admitida após aprovação do novo projecto de intervenção cuja fachada e cércea seja mantida ou em caso de manifesta deterioração construída exactamente à semelhança da existente, e a ampliação do imovel em altura só realizado em modelo recuado.”
“ARTIGO 19º. Regime geral do património 
A demolição total ou parcial dos imóveis referenciados só é admitida, numa das seguintes condições:  
 b) do número anterior, a demolição só é admitida após aprovação do novo projeto de intervenção.”
Página 23, REGULAMENTO

Em Lisboa lembro-me de há cerca de 4 /6 anos um prédio da Av. Almirante Réis ter sido demolido no conjunto urbano do Areeiro e Praça de Londres e Quarteirão das Avenidas Guerra Junqueiro por alegado e manifesto estado de deterioração, e, embora já houvesse projecto aprovado para um novo completamente diferente, a CML obrigou a que a fachada fosse feita exactamente igual à existente contra o projecto pré-aprovado, e fez-se valer a importância identitária e histórica.
Em Faro com o nível de descaracterização actual é difícil classificar bairros, mas ainda restam alguns exemplares isolados em ruas da cidade que é preciso objectivamente proteger neste PDM não com alíneas como a c) (artigo abaixo) que numa rua (são muitas entre o centro histórico e a circular da Av. Gulbenkian e Júlio Carrapato) onde existam 2 a 3 exemplares pré anos 40 não classificados estes possam passar a ser prédios de 2 ou 3 andares como os restantes da rua e que prefazem a cércea média actual.
“SECÇÃO II. PATRIMÓNIO INVENTARIADO SUB-SECÇÃO I. PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO 
ARTIGO 16º. Identificação
ii) Abertura pontual de outros vãos, necessários à viabilização do processo de reabilitação do edifício, podendo ser utilizadas soluções, assumidamente modernas que, pelo seu desenho e sobriedade, valorizem a fachada marcando simultaneamente a época da intervenção;
c) Ampliação em altura, desde que não resulte edificação com cércea superior à das edificações confinantes mais elevadas, justificada pela melhoria das condições de habitabilidade ou reabilitação do edifício devendo a ampliação ser na continuidade da fachada existente;”
Página 22, REGULAMENTO

“Área do Centro Histórico:  
v) A eventual demolição só é autorizada depois de licenciada a nova operação urbanística para o local e nas condições previstas no artigo 38.º. 
iv) O número máximo de pisos admitido é de 3, exceto nas situações em que a intervenção incida em área cuja altura das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra a nova edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas, para um e para o outro lado, seja diferente devendo, neste caso, respeitar a cércea mais frequente.”
Página 56 e 57, REGULAMENTO

Imagem
6_Estruturação das Redes de Equipamentos Coletivos, que constituem elementos estruturantes da reorganização territorial da Região;
7_Estruturação das Redes de Transportes e Logística, numa lógica de competitividade e equilíbrio territorial e de melhor inserção nos espaços nacional e europeu.”

Neste capitulo de referir que o Porto Comercial numa capital regional é uma infraestrutura de estrema importância. Seria importante revitaliza-lo como tal. E aproveitar a área envolvente ou imediatamente adjacente (Bom João - Zona Industrial) para reabilita-la com espaços verdes (parque da cidade) entre outras infraestruturas de baixo impacto que minimizem o impacto ambiental causado pela actividade portuária num ecossistema de reserva ecológica como é a Ria Formosa onde este se encontra.
“ARTIGO 30º. Porto Comercial 1. O Porto Comercial de Faro corresponde a uma infraestrutura territorial de transporte portuário. 2. Admite-se a criação de espaços públicos e de equipamentos, bem como a reconversão de edifícios existentes em funções de apoio ao turismo de lazer”
Página 27, REGULAMENTO

Relativamente à ferrovia é com agrado que constato que se preve a ligação fulcral a infraestrutura do aeroporto, assim como a ligação ao Porto Comercial potenciando a sua reactivação.
A rede ferroviária é constituída pela:
a) Linha do Algarve;
b) Ligação ao aeroporto prevista
c) Ligação Porto comercial (reposição)
Página 68, REGULAMENTO

No que concerne à rede viária, abordada desde a página 67 do Regulamento (Artigo 117) à página 73 (Artigo 122), existe uma enorme lacuna que é a não existência de artigos e/ou capítulos referentes à mobilidade ciclável e/ou em transportes públicos rodoviários, no que respeita a vias e equipamentos necessários à implementação e melhoramentos da circulação por estes meios.
 
A única menção sobre ciclovias vem no capitulo dos espaços verdes, o que demonstra uma visão da utilização das bicicletas meramente como prática de lazer e não como meio diário de transporte e deslocação de pessoas, o que é bastante retrógrado relativamente às actuais politicas europeias e mundiais.  
“2. Nas áreas destinadas a espaços verdes e de utilização coletiva deve privilegiar-se a adoção de soluções que promovam a infiltração de águas pluviais, nomeadamente a modelação de terreno que facilite a infiltração e a utilização de materiais permeáveis nos passeios, calçadas, praças, ciclovias, parques de estacionamento, entre outros”
Página 76, REGULAMENTO

A nível mundial as sociedades estão a debater-se por implementar um paradigma da mobilidade que promova os modos suaves, colectivos e sustentáveis de deslocação.
Depois de o município ter feito um investimento, temporal, financeiro e de investigação na elaboração de um plano sectorial como o Plano de Mobilidade e Transportes, afigura-se-me imcompreensível que tal não se reflita neste regulamento.
 
Parece-me obrigatória a incorporação de capítulos e/ou artigos dedicados somente às ciclovias e equipamentos nas vias públicas para promover a mobilidade em bicicleta assim como a circulação em transportes públicos rodoviários (autocarros/minubus), como o fizeram dedicando capítulos ao estacionamento automóvel.

Espero com estas observações poder vir a contribuir de alguma forma para um município sustentável para os seus habitantes e visitantes.

​

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
2 Comments

João Guerreiro propõe a criação de um fundo de coesão regional com base nas receitas das transações imobiliárias da região

7/2/2018

0 Comments

 
Presidente da comissão técnica independente que analisa os incêndios do ano passado, recebeu a distinção de “Personalidade do Ano a Sul – 2017” atribuída pela plataforma de reflexão “Lugar ao Sul”
Um fundo de coesão regional para o Algarve, criada pelas autarquias e absorvendo parte das receitas do Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis. Foi esta uma das grandes ideias que o Professor Doutor João Guerreiro deixou a uma plateia de cerca de meia centenas de convidados que assistiram no passado dia 05 de Fevereiro a entrega da distinção “Personalidade do Ano a Sul – 2017” organizada pela primeira vez pela plataforma de reflexão “Lugar ao Sul”.

Numa intervenção pautada pela necessidade de afirmação regional do Algarve, a proposta de João Guerreiro visa a concretização de um conjunto de investimentos regionais de base supramunicipal, não dependentes de ciclos políticos autárquicos ou legislativos. A ideia, segundo explicou, seria criar um fundo que pudesse levar a efeito projetos de investimento que por um lado são estruturantes mas também outros que possam esbater as assimetrias existentes dentro da própria região. Seria um fundo que teria de beneficiar adicionalmente da participação de recursos nacionais e comunitários.
​
Com diversos presidentes de câmara na plateia, com o Reitor da Universidade do Algarve, com diversos dirigentes regionais, com um conjunto de pessoas de referência em diversas áreas da vida da região e ainda com o presidente da AMAL, Jorge Botelho, ao seu lado, o ex-reitor da universidade do Algarve interpretou a distinção que lhe estava a ser atribuída como uma necessidade de debater mais a região mas ao mesmo tempo de criar pontes que permitam que possamos ser mais concretizadores.
A plataforma de reflexão “Lugar ao Sul” que numa base regular produz textos de opinião no site www.lugaraosul.pt entendeu atribuir esta distinção ao Professor João Guerreiro não apenas através do trabalho realizado nos diversos cargos de responsabilidade que ocupou no passado, desde a presidência da então Comissão de Coordenação Regional do Algarve à Reitoria da Universidade do Algarve, mas também pelo seu pensamento e ação enquanto cidadão. De resto foi esta amplitude de pensamento que norteou a intervenção de Idálio Revés, jornalista do Público, que fez uma resenha da vida do Professor João Guerreiro.

Em 2017, na sequência dos dramáticos fogos da zona de Pedrógão e também dos incêndios de Outubro, João Guerreiro foi a pessoa a quem foi atribuída a missão de coordenação da Comissão Técnica Independente responsável pelo apuramento das causas das tragédias e também pela elaboração de propostas para o futuro da organização institucional, territorial e operacional do País.
Este inequívoco reconhecimento a nível nacional da capacidade e competência do Prof. João Guerreiro constitui uma nota de prestígio para o Algarve, e também mote para uma reflexão interna, pois é de uma das regiões mais carenciadas ao nível do ordenamento e competitividade territorial que é escolhida a pessoa a quem incumbe uma das mais profundas e graves tarefas nesse capítulo, quando as suas ideias nem sempre têm a merecida e devida atenção a Sul.

A cerimónia contou com o apoio da Câmara Municipal de Tavira e na ocasião o seu presidente, Jorge Botelho, enalteceu a ideia desta distinção defendendo a ideia da necessidade de termos mais reflexão regional pois só assim conseguimos criar as condições para o crescimento e desenvolvimento do Algarve.
0 Comments

“Our lives begin to end the day we became silent about things that matter.” Martin Luther King

19/1/2018

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

​E assim retomo um tema que tem sido frequente por este Lugar ao Sul, e por estes dias não só ao Sul.
A saúde ou ...
As primeiras denúncias internas vieram a público por via do sector da enfermagem...depois soube-se que também o sector médico o fazia mas não publicamente. Internamente ao pedir exclusão de responsabilidade por falta de meios.
Estas denúncias e pedidos iniciaram-se a Sul mas rapidamente se tornaram um surto epidémico que alastrou a todo o país.
Não é difícil perceber o quão débil se encontra o Estado de saúde de Portugal para todo ele ser infectado por uma epidemia em tão curto espaço temporal.
Este surto desenvolveu-se, multiplicou-se e manteve-se activo por mais de uma semana porque os meios terapêuticos aplicados não foram assertivos e muito menos eficazes no tratamento e imobilização da patologia.
Rapidamente a administração do CHUA veio refutar o que os seus enfermeiros haviam denunciado.
O que não surtiu o efeito terapêutico desejado.
Seguiu-se a tentativa do Sr. Ministro Adalberto Campos Fernandes de aplicar nova medicação, desta feita evocando uma cabala para com o actual governo, por parte do sector de enfermagem mobilizado por uma Ordem.
Uma vez mais a tentativa de erradicar a epidemia de denuncias não foi a melhor opção de tratamento.
E a verdade é que nos media se multiplicaram as reportagens, os artigos e os programas sobre o tema.
O Ministro veio pedir “a cara” de quem denunciava.
 
“A cara” Sr. Ministro? As caras! Plural!
Não só de enfermeiros, médicos, técnicos, auxiliares...o Sr. Ministro está a esquecer-se dos UTENTES!!!
E não Sr. Ministro, não é só a cara, é a cara, o corpo e a mente dos utentes que são destratados vezes sem conta de cada vez que têm que ir a um Serviço de Urgência do SNS.
 
E se eu achava que isso era algo que se passava no CHUA e em poucos mais Hospitais e Centros Hospitalares Portugueses, fiquei a perceber que afinal não eram poucos mas MUITOS aqueles em que as condições de tratamento Hospitalar são simplesmente desumanas.
 
E impensáveis!!!
 
“Is this normal? In 2017?
We are in Europe in 2017!”
-questionou Miss Daisy, uma belíssima Holandesa de 81 que esperava há 5 horas para ser atendida pós-triagem no CHUA, com pulseira amarela devido a uma patologia cardíaca, sendo que o cenário que via na sala de espera era mais do que terrifico.
Pacientes a gemer de dor, outros deitados nas cadeiras, outros em cadeiras de rodas horas a fio, outros algaliados à vista de todos.
 
“Yes, unfortunately this seems to be the normal reality in our ED*” tive que lhe responder...longe de saber o que ainda iria presenciar e viver naquele SO, e posteriormente nas enfermarias.
 
SIM!
Aquilo é o NORMAL e PERMANENTE Sr. Ministro e Sr. Presidente da Republica, e Srs. Deputados, e Srs. Presidentes e Chefes de Administração!!!
 
E NÃO, não é um pico de afluência devido a...X, Y, Z.
 
Aqui a Sul, é no Inverno, com a gripe, na Primavera com as alergias, no Verão com as insolações, no Outono com...
 
...com TUDO o que é normal no ser humano! Porque o anormal é mesmo este sistema desumano!
 
E SIM, pelos vistos não é algo de hoje (deste ano), e pelos vistos (e por vós sabido) caros Srs. e Sras.  (não vá ser injusta na questão da igualdade de género) é algo que se repete ano após ano desde há alguns (não sei especificar quantos porque felizmente não frequento os Hospitais tantas vezes como neste de 2017 que passou).
Então só tenho a dizer Sr Ministro que, se quer caras eu dou-lhe a minha enquanto familiar, que é outra classe que também frequenta estes espaços e/ou serviços, de duas outras caras que já não se podem dar em parte porque passaram pelo SNS.
 
E se a situação já era esta durante os governos anteriores e o seu grupo parlamentar e as vigentes Ordens não fizeram as denuncias e pressões que agora estão a ser feitas só têm é que lamentar e assumir o que não fizeram pelo SNS.
 
E SE NÃO O FIZERAM e se agora O NÃO ASSUMEM é porque por trás desta situação está todo um negócio de milhões em PPP na área da saúde que foi iniciada e perpetuada pelo PS em tempo de governação.
 
Meus Srs. tenham vergonha e sentido de responsabilidade e lealdade para com os cidadãos que vos elegeram e assumam o real estado do SNS em Portugal em vez de o negaram e se vitimizarem.
 
Não estamos aqui a tratar do sector das energias, ou do sector da mobilidade, do sector da educação, da justiça, entre outros, embora sejam, também eles fundamentais na estruturação base de uma sociedade.
 
Estamos a abordar o sector da SAÚDE, o pilar base sem o qual tudo o resto não se coloca, o direito mais elementar a que todos os indivíduos deveriam ter acesso condigno.
 
Isto não é uma questão politica isto é um CRIME social do qual o Estado é o responsável máximo!
 
Sejam enfermeiros, sejam médicos, sejam tecnicos, sejam auxiliares, sejam utentes, sejam familiares, sejam Ordens, sejam Administrações, sejam deputados, sejam Ministros...
 
Sejam do PSD, sejam do PS, sejam do PCP, sejam do Bloco de Esq., do CDS, do PAN...
 
...sejam PESSOAS...denunciem!!!
 
Hoje e sempre...aqui a Sul e até lá a cima ao Norte.
Aqui em Portugal e...noutras instâncias...nas Europeias...NAS MUNDIAIS!
 
Façamo-nos ouvir por aquilo que são os direitos básicos da vida humana.

Como disse Luther King
 
“Our lives begin to end the day we became silent about things that matter.”
 
 
Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
 
 
* ED -Emergency department
 (Serviço de Urgência)
0 Comments

2018...Algarve de Ouro!

5/1/2018

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

De bicudo a ...duplamente redondo!

Eis que o bicudo ano de 2017 terminou para alivio de muitos que, como eu confesso, acreditam que naquele milésimo de segundo em que um ano termina e um outro começa, há uma quebra e não uma continuidade nos acontecimentos que correram menos bem.

E para acentuar a crença nesta mudança temos a fisionomia dos números a ajudar. Como não nos congratularmos pelo fim de um ano terminado num 7, linearmente bicudo e agressivo, para iniciar um ano que augura uma maior suavidade pela organicidade das suas curvas a tender para o infinito na vertical.

Já defendia Pitágoras que o número e as relações matemáticas eram a base de todas as coisas.

E o numero 8 desde de longínquos e áureos tempos tem tido relevante participação na esfera da criação, desde a natureza, à filosofia, atravessando as artes e a música e voltando à matemática, naquele que é considerado o número de ouro, a divina proporção, a razão áurea...
​

 1,618.
Imagem
Espero que assim o seja, espero que assim se revele este 8 para Portugal e para o mundo, porque não sou egoísta, mas sobretudo para o Algarve.

Um ano que se inicia sob seca extrema e sem previsões de chuva no horizonte, mas com uma MEGA chuva de betão. Em projectos de empreendimentos turísticos, habitacionais e outros que tais em zonas de Parques Naturais e Reservas Ecológicas e Agrícolas Nacionais, tem mais forma de 7 do que de...
Um ano que se inicia com os preços do mercado imobiliário Algarvio com valores superiores ao valor nacional (excepto em 2 dos seus 16 municípios), tem mais forma de 7 do que de...
Um ano que se inicia com as unidades do Serviço Nacional de Saúde com lotação EXTRA esgotada a todos os níveis, utentes, pessoal médico, técnico, auxiliar, material , equipamentos, cadeiras, camas, macas, comida, ÁGUA, tem mais forma de 7 do que de...
Um ano que se inicia com audiências em tribunal para cessação de contratos de exploração de hidrocarbonetos na costa e em solo Algarvio, em processos que se arrastaram e arrastaram e arrastaram...numa tentativa de arrastão colectivo da paisagem Algarvia, tem mais forma de 7 do que de...
Um ano que se inicia com a continuação e aumento do pagamento da Via do Infante de Sagres e o não recomeço da reabilitação do troço oriental da EN 125, mais tem forma de 7 do que de...
 
Já passou da meia-noite a abóbora já se devia ter transformado em Cinderela...venha de lá esse 8 por favor!

Esperemos que a fisionomia duplamente redonda do 8 não o torne num redundante...7!!!

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
0 Comments

I wish you ALLGARVIOS a Black Friday!!!

24/11/2017

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

Começa hoje...

Mas os Algarvios quiseram antecipar-se ao resto do mundo e ... inauguraram a Black Friday ontem!

As peregrinações para a maior catedral comercial da região iniciaram-se há 1 dia com a abertura da terceira nave (estabelecendo o paralelo com as catedrais), o Outlet.

Ikea, Mar Shopping e finalmente o Outlet, que tanta falta nos fazia nesta reza!


Deixo-vos com uma sátira bem ao estilo Algarvio, já com 2 anos...
...mas que creio fazer sentido ontem, hoje e amanhã...

E com muita certeza, durante as próximas semanas, pelo menos no eixo Faro/ Loulé.
0 Comments

Paz, Pão e...HABITAÇÃO! 1-0 para OLHÃO

27/10/2017

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

​Começaram a soprar vindos de Barcelona os mais altos ecos sobre a escasses de habitação para aluguer e compra para os residentes, chegaram a Lisboa e desceram a sul ainda não com a força e
assertividade com que os primeiros reivindicam.

Mas facto é, que a situação é geral ou global, cíclica até, por este mundo fora nas afamadas e desejadas zonas turisticamente em voga:
A subida abrupta dos preços das habitações tanto para arrendamento como para venda, não compatível com o poder económico da esmagadora maioria da população local, visando a aquisição das mesmas por parte de estrangeiros possuidores de capital para esse investimento;
A transformação de uma percentagem substancial de antigas habitações de 1ª residência ou de arrendamento de longa duração em alojamentos locais de curta duração;
Até ao extremo de se recorrer às ordens de despejo de inquílinos de forma a possibilitar as anteriores situações descritas, têm sido noticiadas e reinvidicadas um pouco por toda a Europa e Portugal, até ao sul.

As outrora cidades moribundas, decrépitas, com os seus centros urbanos cinzentos e podres, vêem deste modo o seu património edificado revitalizado, é um facto.
As ruínas ou pseudo ruínas, foram hoje intervencionadas como se tivessem saído de uma operação plástica, têm novamente cor, forma, têm chão, paredes, tectos, têm portas, janelas, telhas e varandins, têm presença, é inquestionável.
As cidades, o seu espaço urbano e o seu património edificado ganhou vida, está mais limpo, bonito, cuidado.
E os seus habitantes?

O problema tem sido amplamente discutido nos mais variados palcos, por "experts" de turismo, habitação, desenvolvimento, sustentabilidade, direitos humanos, pelos governantes mundiais, europeus, nacionais e locais.
Mas se na identificação da situação existe consenço, o mesmo já não se pode dizer quanto à identificação de solução ou soluções.
Regulamentação de plataformas gestoras de alojamentos locais, limitação de licenciamentos dos mesmos.
Imposição de quotas máximas de incentivos ao investimento e aquisição de imóveis por estrangeiros.
Criação de incentivos para arrendamento e aquisição de imóveis por parte dos locais.
As poucas medidas que até ao momento têm sido tomadas, têm-no sido na base dos protestos daqueles que se vêm privados de habitar as suas cidades, por motivos associados à especulação imobiliária estimulada pelo BOOM do turismo e da globalização...ou será da DESUMANIZAÇÃO!

É preciso encontrar o equilíbrio entre o residente e o visitante, entre o nacional e o estrangeiro.
Saber respeitar ambos nas suas diferentes condições, mas sobretudo proteger os locais.

Respeitar e proteger as condições de vida dos locais é mante-los e preservar a nossa identidade, A NOSSA AUTENTICIDADE, que por sua vez é a galinha dos ovos de ouro, do turismo, que atrai os visitantes e os investidores estrangeiros.
 
“ A razão para que as pessoas viajam, e eu não me canso de repetir isto, é porque querem ter uma experiência que não podem ter perto de casa. Eles querem alguma coisa diferente. Se as pessoas vêm cá para ver coisas que já não existem, vão deixar de vir. Receber bem as pessoas não é só aumentar o número de camas disponíveis. É dar alguma coisa diferente, é criar uma marca. ”
Doug Lansky, jornalista de viagens e especialista em turismo

Até porque se pensarmos numa outra lógica:
"As pessoas que se deslocam para visitar familiares ou amigos têm um maior impacto na economia do país anfitrião do que aquelas que simplesmente ficam nos hotéis e acabam por poupar muito porque já gastaram no hotel. Se ficarmos com um amigo poupamos no alojamento e temos mais dinheiro disponível para ir às compras, por exemplo, ou para fazer uma viagem à volta da cidade principal e também acabamos por ir a restaurantes mais pequenos, familiares, que esses amigos conhecem"
Doug Lansky
​

Neste sentido é com satisfação que ouço a Câmara Municipal de Olhão pela voz do seu reeleito presidente, António Pina, dizer que vai investir 1 milhão de euros a adquirir para recuperar, casas devolutas em dois dos mais emblemáticos e originários bairros da cidade, Barreta e Levante, posteriormente colocando-as à disposição para compra ou aluguer por casais jovens que residam no municípios há mais de 10 anos.
 
Que se replique.
Que não se fique só por estas, que não se fique só por Olhão, que não se fique só pelos casais jovens, que não se fique...
 
“Só há liberdade a sério quando houver 
A paz, o pão 
habitação 
saúde, educação 
Só há liberdade a sério quando houver 
Liberdade de mudar e decidir 
quando pertencer ao povo o que o povo produzir 
quando pertencer ao povo o que o povo produzir”

 
Liberdade, Sérgio Godinho
0 Comments

O Lugar ao Sul faz 1 ano!

1/10/2017

0 Comments

 
365 dias. 52 semanas.

​Mais de 300 publicações. Mais de 190.000 visitantes únicos. Mais de 330.000 visualizações de página.

Ou, como preferimos dizer, um bom começo.

O Lugar ao Sul completa hoje um ano de existência. Obrigado a todas as pessoas que fazem dele um ponto de encontro, reflexão e participação.

André, João, Filomena, Cristiano, Bruno, Luís, Dália, Pedro, Sara, Hugo, Joana e Gonçalo
Imagem
0 Comments

Reflectir...agir...VOTAR!

29/9/2017

1 Comment

 
Por Joana Cabrita Martins

Dentro de poucas horas no Algarve como no resto do pais entra-se em período de reflexão.
Aquele dia, que como o Natal, deveria ser TODOS os dias.
Mas acaba por ser só AQUELE dia.

Reflictam, AMANHÃ, e não desistam após... ou não fiquem a reflectir o resto do fim-de-semana!!!

Como diria Raul Solnado:
“Façam o favor de...”
 
IR VOTAR!
Imagem
1 Comment

Serviço de Urgência- 2º Episódio

15/9/2017

0 Comments

 
Imagem


Por Joana Cabrita Martins

​Serviço de Urgência- 2º Episódio
 
16ª Temporada
 
Co-produção:
Ministério da Saúde, Hospital Particular do Algarve - Gambelas - Grupo HPA Saúde, Clínica São João de Deus (Lisboa)
 
Com:
Joana Cabrita Martins, Olga Guedes, Otília Martins, Mãe, Pai, João, Médicos, Enfermeiros, outros...
 
Género:
Drama
 
Classificação:
M/18
 
Outros dados:
POR/ALG/LIS, 2017, (ao vivo e a Cores), 4320 min. (3 Dias)
 
 
 
Resumo:
 
Segunda, 4 de Setembro, dia de semana, dia de trabalho para uns, de descanso para outros, ainda de férias para alguns, dia quente.
A avó paterna de Joana já se encontra em casa aos cuidados do filho mais velho, o pai de Joana, que precisa também ele de sérios cuidados por patologia crónica grave em estádio avançado, e ao cuidado alternado dos dois netos, Joana e João.
 
Ao mesmo tempo que a situação paterna se encontra momentaneamente estável, a situação da avó materna está instável há já vários meses, para não dizer anos.
Aos 98 anos, a avó materna de Joana, encontra-se há vários anos ao cuidado, também ela, da filha mais velha, a mãe de Joana.
 
Magrinha, frágil, sem fala (apenas berra) e acamada há vários meses por avanço da idade, a avó Olga perdeu há algumas semanas a faculdade de engolir.
 
Desde então, apesar de ter diariamente cuidados e acompanhamento domiciliário de enfermeiros e fisioterapeutas, a situação agrava-se de dia para dia.
A mãe de Joana, embora informada, atenta e cuidadosa, não tem os conhecimentos técnicos, nem a capacidade psicológica para, sozinha tratar e encarar a situação de debilidade e degradação da sua mãe.
Semana sim, semana sim, a avó é internada no Hospital, ora publico, ora privado, ora porque não come nem bebe porque perdeu essa capacidade, ora porque fez uma paragem respiratória, ora porque está entupida em fluidos orais, que teimam em não descer ou em não serem aspirados pelo aspirador que foi comprado para o efeito, ora porque tem uma pneumonia por ingestão.
 
Semanas, e dias, e dias e semanas de vai-vem, de desgaste para a avó, para a mãe, neste caso filha da avó.
 
As inúmeras tentativas de encontrar um serviço de cuidados continuados, ou paliativos no Algarve, que a pudessem receber para que pudesse ser dignamente cuidada até ao término dos seus dias (que certamente se avizinhava próximo) foram todas elas infrutíferas.
 
O processo burocrático para obter uma vaga numa das poucas unidades que existem no Algarve, levaria meses.
-“Não há vagas! A senhora não apresenta escaras, nem desidratação da pele! Haverá sempre pessoas que lhe vão passar à frente”
 
Desespero, desânimo, depressão...
 
Não havendo soluções de assistência para a avó no Algarve, de lés-a-lés, a solução foi encontrada em Lisboa.
Clínica São João de Deus (Lisboa), com uma diária de 250€ + extras, através do sistema privado,  porque pelo SNS a inexistência de vagas e o processo para obtenção de uma repetir-se-ia. E assim, pelo sistema privado conseguiu o que pelo SNS só conseguiria depois de morta, passou à frente daqueles que teriam escarras e desidratação no caso dos cuidados continuados e/ou paliativos no Algarve.
 
Data de entrada quarta-feira, dia 6 de Setembro. Foi feita reserva de ambulância da Cruz Vermelha com acomodações próprias para poder transportar comodamente a fragilidade daquele corpo pequenino e em falência.
 
 
No entanto, nessa segunda-feira, a 2 dias de poder ser bem tratada em Lisboa, a avó é novamente internada porque há já 2 dias que não se conseguia alimenta-la (com seringa, líquidos como era já usual desde que deixara de engolir sem se engasgar constantemente) embora estivesse com soro cutâneo.
 
Desta feita novamente no HPA. E em 2 dias que lá esteve a falta de cuidado e respeito pelo doente foi novamente evidenciada.
 
Quando se lhe trouxe o colchão anti-escaras, leito onde repousava há semanas, e razão pela qual a sua pele estava bem tratada, a reacção do enfermeiro responsável foi:
 
“Não sei se vamos colocar! Temos que avaliar o custo-beneficio-trabalho que isso acarreta!”
 
Obviamente que o colocaram, porque o argumento foi completamente esmagado por um:
“O colchão É PARA COLOCAR e já!”
 
No dia seguinte novo episódio de desrespeito teve lugar, novamente com o enfermeiro em funções, que informou que seria colocada uma sonda de alimentação à avó embora esta tendo alta no dia seguinte para seguir para Lisboa.
 
O que ia contra a decisão da tutora legal e cuidadora da avó, assim como da recomendação de uma das netas médica.
 
Porque as implicações adjacentes à colocação da sonda eram muitas, entre o incomodo causado à doente e o risco de contrair infecções. E pelo que o necessário era dar-lhe conforto e dignidade nesta recta final de uma longa e preenchida vida, e não prolonga-la indefinidamente por uma não vida.
 
Após oposição firme e convicta de quem legalmente teria o poder de decisão, a entubação não foi avante.
 
E no dia seguinte pelas 9h00 a avó teve alta para a sua última morada, Lisboa, porqur no Algarve não havia onde.
 
E no dia seguinte com toda a assistência e cuidados às mãos de João de Deus condignamente a avó morreu, sem sondas e reanimações para perlongar uma não vida.
 
...
 
Os nomes das personagens médicas e de enfermagem são fictícios. O argumento é original e baseado em factos totalmente reais.
 
(Não é mas podia ser, o início de mais uma “season” da famosa série da NBC, que entre 1994 e 2009 nos mostrou os meandros de um serviço de urgência americano, ER)
 
 
Serviram estes dois episódios verídicos para se perceber o quão DEFICITÁRIOS são os cuidados, os equipamentos, as unidades de saúde na região do Algarve, das publicas às privadas. Seja para uma urgência seja para cuidados continuados em situação de recuperação ou em fim de vida.
Seja para o doente seja para os seus familiares.


Parece que na saúde, ao SUL não há LUGAR!
 
Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.

0 Comments

#AlgarveLostParadise

18/8/2017

0 Comments

 
Por Joana Cabrita Martins

​Dei com esta conta de instagram...
Imagem


​Num destes tórridos dias de ócio optei por “caminhar” pelo mundo através das “foot selfies” para não desidratar.
Eis se não quando ...dou por mim a “caminhar” por um paraíso perdido, o Algarve!!!

Fabulosa e hilariante viagem ao espaço público Algarvio pelos olhos de uma visitante.


Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
0 Comments

125 Azul ou ...highway to hell!!! A banda sonora de uma região...que não são hits de Verão.

4/8/2017

0 Comments

 
Imagem
Por Joana Cabrita Martins

​
Os temas musicais não são de agora, nem tão pouco o são, os que aqui vou abordar.
O Algarve tem, de extensão longitudinal entre Vila Real e Sagres, aproximadamente 165 km que outrora as gentes desta terra percorriam de quando em vez, quando necessidade havia e vagar também...
Mas isso são tempos idos e que não se pretendem vindos.
Tempos em que os burros não éramos nós, mas aqueles que nos levavam, e os nossos bens carregavam por essas estradas fora.
Hoje esse Algarve não mais existe por mão da evolução, embora esta última, teime por vezes em... tentar abrandar, desacelerar, o que literalmente se reflecte na circulação rodoviária.
Objectivamente a sustentabilidade económica, turística e social deste outrora Reino, assenta preponderantemente nas deslocações diárias das suas gentes, sejam estas residentes, trabalhadores locais, comerciantes ou visitantes.
Muito por falta de uma boa rede de transportes públicos, estas deslocações inerentes à vida activa da região fazem-se maioritariamente por meios rodoviários particulares/próprios, o que se reflecte numa sobrelotação do espaço público viário e consequente diminuição da rapidez das deslocações, assim como numa taxa de sinistralidade e mortalidade rodoviária acima da média nacional (segundo dados do INE).
Fazendo uma analogia com a 125 Azul dos Trovante, a verdade é que a nossa se pinta de vermelho e se veste de negro com mais regularidade do que reflecte o azul do céu Algarvio.
Esta é a grande responsável pela elevada taxa de sinistralidade e mortalidade, sendo no entanto a principal via que serve a região, sem custos para o utilizador (salvo seja, pois de acordo com os dados eu diria que os custos são...invariavelmente altos no que respeita a vidas humanas e não só).
Com o objectivo de trazer acalmia e melhoria à circulação regional, foi construída a Via do Infante de Sagres que, por razões óbvias ligadas a questões de realeza, hoje se faz pagar a peso de ouro para quem queira deslocar-se por via do tapete de alcatrão real.
Ora, para testar a dimensão da paciência de quem por ela se desloca, com a implementação do desconfortável sistema de portagens, sim porque o implícito acto de pagar já é desconfortável per si, este sistema tem a agravante de que, quem não possuir o sistema de pagamento automático, Via Verde, tem ainda que memorizar, para posteriormente se lembrar de se deslocar a um sítio apropriado para pagar.
De preferência dentro dos curtos prazos que... sinceramente não memorizei.
Obviamente que no caso dos Algarvios, porque pouco ou nada trabalhamos, não nos causará grande moléstia visto que, tempo para tratar deste processo é algo que não nos faltará.
Que se roam os invejosos do resto do país que para pagarem as SCUTs têm que roubar uns dias às suas férias.
A não esquecer que, no acto de pagar não só se paga o preço da portagem mas, simultaneamente os custos administrativos... caso a memória não nos falhe, porque se falhar (que é, com frequência, o meu caso e ainda só estou nos 30) acresce o pagamento dos juros.
E valha-nos o facto do IVA já estar incluído.  
Ora portagens à parte, porque por muito que queiramos, que protestemos, o Infante de Sagres (ou os Infantes de Lisboa) não deixaram de se fazer pagar por cada vassalo que ouse pisar aquele tapete.

Resolveram então, tão nobres senhores, reabilitar a degradada e famosa 125.
Eis senão quando, a mesma só contempla meia via. De Faro a Sagres.
Porque é certo e sabido que de Espanha nem bons....nem bons!
Concluída a reabilitação da Dona Engrácia, digo da 125...meia digo, meia 125.
Ora metade de 125, fazendo as contas dá 62,5.
Esta é a velocidade máxima que um carro poderá, por ventura atingir de madrugada nos meses de Inverno, quando o tráfego automóvel é bastante mais reduzido que por estes dias, tanto na meia 125 reabilitada como na meia 125 não reabilitada, porque:
Na primeira metade, de rotunda e traço contínuo em contínuo, a rotunda e traço contínuo em contínuo é impossível andar a velocidades superiores.
Na outra metade, de buraco em buraco...idem.
Se optarmos por fazer os percursos durante o período nocturno quando, supostamente, haverá menos transito e talvez tenhamos a sorte de poder realizar os percursos pretendidos em menos tempo...desenganem-se, porque para além de se manterem as referidas condições da estrada, existe a agravante da falta de iluminação da via que para quem a conhece pode revelar-se uma verdadeira Aventura e para quem não a conhece, um desafio digno de um Ayrton Senna.
Logo...o melhor mesmo é não experimentar.

E para confirmar que a tentativa de requalificar meia 125, e de continuar a não dar outra “alternativa” viável de circulação, segura e económica à região, tem sido criminosa, temos os mais recentes dados da ANSR (Autoridade Nacional Segurança Rodoviária) que no período de 1 Agosto de 2015 a 31 de Julho  de 2016 registou no Algarve 27 mortos e 165 feridos graves, e no período homólogo de 2016/2017 registou uma subida para 38 mortos e 179 feridos graves.

A EN 125 pode ser apelidada de alternativa por muitos que por cá não andam, a não ser agora em Agosto e de férias com vagar.
Só nós, Algarvios residentes, parecemos dar-nos conta do que é isso o ano inteiro.

Se a EN 125 é uma alternativa, a ECOVIA do litoral Algarvio certamente também o é.
Sim, porque, se a opção for por ir de bicicleta, burro ou cavalo pela Ecovia em vez de de carro pela EN 125 a probabilidade de se chegar primeiro ao destino deve ser ela por ela.

Fica a pergunta:
O que é que, objectivamente, é necessário para que questões estruturais de uma região sejam resolvidas e decididas por aqueles que a habitam? 
​
Fica a sugestão:
Só para testar se a paciência de quem nos visita é maior do que a nossa!!!
Quiça... uma GREVE GERAL de todos os serviços públicos e privados, da hotelaria à restauração, do turismo à saúde, durante o mês de Agosto, pudesse ver todos os desejos de uma região satisfeitos!
 
 Ficam as versões a descrever as situações... ou as soluções:
“Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor”
Trovante, 125 Azul
 
“I'm on the highway to hell
No stop signs, speed limit
Nobody's gonna slow me down
Like a wheel, gonna spin it
Nobody's gonna mess me around”
AC/DC, Highway to hell
 
 
Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
0 Comments

Cartão vermelho à Democracia Representativa... e a necessidade de uma entrada a pés juntos da Democracia Participativa.

21/7/2017

0 Comments

 
É chegada a hora das Sextas-feiras do Lugar ao Sul terem nova cara. A partir de hoje, semana sim, semana não, partilho este espaço com uma pessoa multifacetada, atenta e dedicada ao que a rodeia e interventiva na defesa daquilo em que acredita. E que tem o amor à Língua Portuguesa de escrever em "desacordo ortográfico". Senhoras e senhores, convosco: Joana Cabrita Martins. Bem-vinda.
Gonçalo Duarte Gomes

Por Joana Cabrita Martins

Há 43 anos que a Democracia joga em casa. Mas com tanta “falta” de representatividade já estava na hora de ir para o banco e ser substituída por uma MAIS participativa.

Ou com tanta lesão talvez não fosse má táctica optar pela reforma, não tão antecipada quanto outras.

A gíria futebolística introdutória não advém de um fanatismo pessoal (que não o tenho de todo) mas sim dos mais actuais indicadores do Estado da nação.

Imagem

Read More
0 Comments
    Visite-nos no
    Imagem

    Categorias

    All
    Anabela Afonso
    Ana Gonçalves
    André Botelheiro
    Andreia Fidalgo
    Bruno Inácio
    Cristiano Cabrita
    Dália Paulo
    Dinis Faísca
    Filomena Sintra
    Gonçalo Duarte Gomes
    Hugo Barros
    Joana Cabrita Martins
    João Fernandes
    Luísa Salazar
    Luís Coelho
    Patrícia De Jesus Palma
    Paulo Patrocínio Reis
    Pedro Pimpatildeo
    Sara Fernandes
    Sara Luz
    Vanessa Nascimento

    Arquivo

    October 2021
    September 2021
    July 2021
    June 2021
    May 2021
    April 2021
    March 2021
    February 2021
    January 2021
    December 2020
    November 2020
    October 2020
    September 2020
    August 2020
    July 2020
    June 2020
    May 2020
    April 2020
    March 2020
    February 2020
    January 2020
    December 2019
    November 2019
    October 2019
    September 2019
    August 2019
    July 2019
    June 2019
    May 2019
    April 2019
    March 2019
    February 2019
    January 2019
    December 2018
    November 2018
    October 2018
    September 2018
    August 2018
    July 2018
    June 2018
    May 2018
    April 2018
    March 2018
    February 2018
    January 2018
    December 2017
    November 2017
    October 2017
    September 2017
    August 2017
    July 2017
    June 2017
    May 2017
    April 2017
    March 2017
    February 2017
    January 2017
    December 2016
    November 2016
    October 2016
    September 2016

    RSS Feed

    Parceiro
    Imagem
    Proudly powered by 
    Epopeia Brands™ |​ 
    Make It Happen
Powered by Create your own unique website with customizable templates.