Por Sara FernandesPortugal está afirmar, ano após ano, a sua capacidade de dinamizar o território, o tecido empresarial e as comunidades com eventos. O relatório da International Congress and Convention Association (ICCA) espelha precisamente isso: um país que, em 2017, recebeu mais eventos do que em 2016, e que ocupa agora o 11º lugar do ranking mundial de países e cidades que mais congressos, conferências e eventos internacionais recebem ao longo de um ano. Como sabem estes rankings são instrumentos de avaliação cujos resultados dependem e muito dos critérios estabelecidos a priori…em bom português: valem o que valem! Contudo, os resultados de 2018 estão quase a sair e, só podem ser igualmente positivos se tivermos em conta o recente investimento, tanto em Lisboa como no Algarve, no reforço das suas infra-estruturas para aumentar a capacidade de recepção de participantes em eventos desta natureza que combatem fortemente o efeito da sazonalidade. Também em missão de atenuar os efeitos da sazonalidade, surgiu no ano passado pela mão da Cooperativa QRER, em parceria com o Município de Alcoutim e da Associação Almargem e com o apoio da Região de Turismo do Algarve, o Algarve Walking Season (AWS). O AWS é um calendário comum de festivais de caminhadas que se realizam nas estações do ano de época baixa. Esta estratégia conjunta optimiza recursos ao nível de promoção nacional e internacional e reforça a atractividade global da região para um diferente segmento: o turismo de natureza. No entanto, não são só os eventos corporativos e de natureza que merecem destaque mas também os eventos recreativos, como por exemplo o controverso Boom Festival. Recentemente e pela sexta edição consecutiva, o Boom Festival foi premiado com o galardão “Outstanding Greener Festival Award”. Uma condecoração internacional que destaca os eventos que adoptam e implementam práticas de sustentabilidade (por exemplo em Idanha-a-Nova 40% de todo o lixo produzido no evento foi reciclado ou transformado em composto orgânico e todos os utensílios de restauração eram biodegradáveis). Ainda que se possa discutir a quantidade e os divergentes impactos dos eventos, é incontornável a sua relevância na dinamização do território, na salvaguarda de causas e na disseminação de boas práticas. Para além disso, estamos a dar cartas na organização e acolhimento de eventos, não só de grande dimensão como a Web Summit ou a Eurovisão, mas também outros eventos de menor escala que se diferenciam pela sua ligação positiva à comunidade e ao ambiente. Todos eles, pouco a pouco, conquistam os seus participantes e criam a necessidade e a vontade de repetir a experiência!
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