Lugar ao Sul
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos

Bem-vindo

Bookings.COME

25/9/2017

0 Comentários

 

Por João Fernandes

Na próxima quarta-feira, dia 27 de setembro, celebra-se o Dia
Mundial do Turismo, tendo a
Organização Mundial do Turismo (OMT) definido 2017 como “Ano Internacional do Turismo Sustentável”.
 
Já não restam dúvidas, mesmo para os mais céticos, de que o turismo tem vindo a consolidar um papel determinante no estímulo à economia mundial, com impacto no desenvolvimento económico, social e ambiental.
 
Mas todo este contributo depende, em grande parte, da capacidade de fixar valor nos territórios em que o turismo acontece. É através do investimento captado, do aumento do lucro das empresas, da criação de postos de trabalho ou da geração de receitas fiscais que suportam as políticas públicas, que a sustentabilidade ganha espaço e condições de concretização.
 
Assim sendo, não é sustentável que plataformas de distribuição online, como a Booking, a Expedia ou a Priceline, absorvam grande parte da margem de um setor, sem que lhes seja exigido um contributo para o desenvolvimento local ou o respeito pelas regras da concorrência.  
 
Estamos a falar de empresas que, com riscos e custos diminutos, sem investimento local, sem criar postos de trabalho ou pagar impostos nos territórios em que se concretiza a atividade final, dominam o mercado (só a Booking tem uma quota de 63% das reservas online de hotéis na Europa).
 
A hegemonia destes gigantes é tão avassaladora que várias associações hoteleiras europeias estão a avançar com processos contra estas centrais de reservas por práticas de abuso de posição dominante. Acusam-nas de exigirem comissões excessivamente elevadas e de obrigarem os hoteleiros a praticar as chamadas “cláusulas de paridade”, que implicam preços mínimos nos restantes canais de venda.
 
De acordo com o Secretário-geral da Confederação Espanhola de Hotéis e Alojamentos Turísticos (CEHAT), Ramón Estalella, as agências de viagem tradicionais cobram uma percentagem de 9%, enquanto as plataformas online “dizem que cobram uma média de 15%, mas os nossos cálculos mostram que é 22%”.
 
Já em 2015, as autoridades francesas e italianas forçaram a Booking à não utilização das cláusulas de paridade e estabeleceram que, em caso de incumprimento desta premissa, serão aplicadas multas avultadas.
 
Recentemente, dez Estados-membros da União Europeia, entre os quais Portugal, França, Alemanha, Itália e Espanha, declararam também que querem aumentar o nível de taxação de gigantes como a Google, o Facebook e a Amazon, que sorvem grande parte do investimento publicitário. Segundo o Comissário da Economia da União Europeia, Pierre Moscovici, "Não podemos ter um sector inteiro da economia que praticamente escapa à tributação".
 
Como havia referido num outro artigo dedicado à Sharing Economy, a rapidez com que estas empresas atingem a escala global, não é acompanhada por regulação nacional ou comunitária eficaz que restitua o necessário equilíbrio entre quem produz e quem distribui, ou entre o usufruto de benefícios e a responsabilidade de contribuir para o bem-estar comum.
 
Relembre-se que, na maioria dos casos, não há garantias de respeito pelas leis nacionais ou pela “simples” assunção de responsabilidades civis e criminais referentes à sua atuação.
 
Mas não vale a pena contrariar o inevitável, até porque há também muitos aspetos positivos nesta oportunidade do consumidor poder conhecer e avaliar a cada momento as opções de que dispõe. O tempo é o do que podemos fazer para o futuro e de que forma se vão posicionar as Associações/Confederações, os Países, a União Europeia ou mesmo organizações à escala mundial, como a Organização Mundial de Turismo, por forma a garantir a preservação dos recursos naturais e culturais, ou o bem-estar social, através de um modelo redistributivo e que respeite a sustentabilidade da atividade no lugar onde ela acontece.


0 Comentários



Enviar uma resposta.

    Visite-nos no
    Imagem

    Categorias

    Todos
    Anabela Afonso
    Ana Gonçalves
    André Botelheiro
    Andreia Fidalgo
    Bruno Inácio
    Cristiano Cabrita
    Dália Paulo
    Dinis Faísca
    Filomena Sintra
    Gonçalo Duarte Gomes
    Hugo Barros
    Joana Cabrita Martins
    João Fernandes
    Luísa Salazar
    Luís Coelho
    Patrícia De Jesus Palma
    Paulo Patrocínio Reis
    Pedro Pimpatildeo
    Sara Fernandes
    Sara Luz
    Vanessa Nascimento

    Arquivo

    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016

    Feed RSS

    Parceiro
    Imagem
    Proudly powered by 
    Epopeia Brands™ |​ 
    Make It Happen

“Sou algarvio
​e a minha rua tem o mar ao fundo”
 

​(António Pereira, Poeta Algarvio)

​Powered by Epopeia Brands™ |​ Make It Happen