Por Filomena Sintra
Num mês em que nos vestimos de rosa; partilhamos corações e lacinhos; fazemos caminhadas solidárias; lembramos ou sentimos os efeitos do cancro nas nossas vidas próximas; lemos inúmeros textos sobre o crescente flagelo do cancro, em especial o da mama; e até nos esforçamos por regrar alguns dos nossos muitos maus hábitos de vida... ASSINALO OS 10 ANOS DA UNIDADE DE RADIOTERAPIA DO ALGARVE. O Algarve, sob a batuta do Dr. Santos Pereira, médico cirurgião, Presidente da Associação Oncológica do Algarve, mostra ao país e à região, de como a sociedade civil organizada, unida, perseverante e altruísta, constrói sonhos e faz nascer uma obra imprescindível no “caminho para a vida”, na ausência da acção do Estado. Fundada em 1994, por um grupo de pessoas com experiência pessoal e profissional na área do cancro, a Associação Oncológica do Algarve, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública. Em 2001, numa parceria consensualizada com os 16 municípios da região, promove uma candidatura, para co-financiamento, à Iniciativa Comunitária INTERREG A, ficando à responsabilidade, partilhada, dos primeiros, a subvenção nacional, proporcional à população de cada concelho. Em paralelo, foram inúmeras outras acções, que mereceram a solidariedade do algarvios, e que, no global, permitiram a inauguração da primeira Unidade de Radioterapia do Algarve e Alentejo, no ano de 2006. Valeu a "estrafega"! Até então, milhares terão passado pela penosidade do vaivém de viagens a Lisboa, para tratamentos de 3 minutos diários, fosse o doente, em estado físico e emocional muito crítico, ou as famílias muitas vezes sem meios para o acompanhar. E, esses foram, os que foram! Um sentimento de injustiça, em relação ao outro Portugal, que paradoxalmente, no verão ao sul rumava, terá trespassado, seguramente, profissionais de saúde, doentes e famílias deste nosso Algarve, durante muitos anos. Francisco Amaral, médico autarca e amigo, acrescenta: “Santos Pereira, um sonhador, lutador e concretizador. Lutou contra ventos e tempestades. Contra o poder político central e contra os interesses financeiros em Lisboa completamente insensíveis à dor das algarvias e dos algarvios. Para mim é a pessoa mais importante do Algarve. O mesmo Algarve que não lhe rendeu uma justa homenagem. Agora que ele está muito doente, seria ainda uma grande oportunidade” À Associação Oncológica, ao seu mestre ideológico e equipa, aos seus colaboradores, aos seus voluntários, aos patrocionadores mais ou menos anónimos, aos parceiros, aos médicos e profissionais de saúde que na região lutam diariamente para um minimizar da dor e o elevar a oportunidade de sobrevivência na luta contra o cancro, um obrigada. Neste Algarve, há moces marafados! Bem haja!
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