Lugar ao Sul
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Bem-vindo

O Algarve em lume brando...

30/12/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes
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Para resumir o ano de 2016 no Algarve, escolhi este registo pungente da Elisabete Rodrigues, publicado no Sul Informação no rescaldo do incêndio que devastou Monchique e arredores no início de Setembro.
​
Escolhi-o porque ilustra os efeitos deste terrível fogo, bem visível, originado por mão humana e alimentado por não menos humana má gestão paisagística e territorial. Mas escolhi-o também para recordar que há outros fogos que, sem se ver, ardem intensamente (e infelizmente não falamos de amor) e também queimam, e muito, o Algarve...

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A devolução do nosso futuro...

29/12/2016

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Fotografia do grupo PRESERVAR ALGARVE de Odeceixe no Jornal "Barlavento", 16 de junho de 2016.

Por Dália Paulo
O desafio desta última semana de 2016 é escolher uma imagem “do ano”. Escolho uma fotografia publicada pelo jornalista Bruno Filipe Pires, no Barlavento de 16 junho, sobre a performance “Nós Somos o Mar a Proteger-se a Si Próprio” de Maria Lúcia Cruz Correia, que serve para agradecer a todos e a cada um dos que lutaram para um Algarve livre de Petróleo. É para vós, neste final de ano, a minha gratidão e o nosso (algarvios) reconhecido OBRIGADA!
É uma imagem de futuro e de esperança, que nos faz acreditar que a cidadania faz a diferença e que está nas nossas mãos transformar o nosso mundo num lugar mais feliz, lembrando a música dos Amor Eletro “Juntos, somos mais forte/ Seremos o céu que abraça o mundo”.

Que este lugar ao Sul continue a inquietar, a despertar e a ser um espaço de liberdade é o que desejo para o novo ano.
Um 2017 cheio de arco-íris e de paz para todos!


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Voltar ao que é "nosso".

28/12/2016

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Créditos fotográfios: Carlos Afonso​
Por Bruno Inácio 

Na semana que nos leva ao final do ano, decidimos publicar fotografias ou imagens. Assim partilho convosco uma foto da autoria do Carlos Afonso, um não-profissional da fotografia que é um fotógrafo de mão cheia e pertence a Associação de Fotógrafos Amadores de Vila Real Santo António

Esta fotografia é particularmente feliz porque mostra um Algarve nosso e dos outros. Porque depois das semanas mais agitadas da época estival é tempo de arrumar a casa e voltar ao que é tão “nosso”.

Desejo-vos um 2017 pleno de concretizações. 
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Como queremos os nossos oceanos?

27/12/2016

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Por ​Luís Coelho
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Como os continuamos a imaginar...

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Às vezes basta só acreditar.

27/12/2016

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Por Pedro Pimpão
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Um momento de 2016 que reforçou o orgulho nacional e uniu o País.

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Se o S. Nicolau vier pela EN125, o Natal no Algarve é lá para a Páscoa...

23/12/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Algarvios e algarvias, indígenas ou de adopção, preparai as lágrimas!

É que o bom do S. Nicolau, no seu esforço de auxiliar o Menino Jesus a distribuir alegria pelos lares deste Mundo, pode encontrar alguns problemas no Algarve, que poderão atrasar ligeiramente a tarefa neste cantinho, arrastando a coisa até à Páscoa.

Os tempos não estão fáceis para ninguém, e renas pagam classe 4 nas portagens da Via do Infante, pelo que o bom velhote certamente apontará à velha EN125 para levar a cabo a sua tarefa, e aí... bom, aí bem que pode recorrer às suas melhores cunhas celestiais, porque a coisa está difícil...

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As palavras estão gastas e as imagens higienizadas…

22/12/2016

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Por Dália Paulo
A minha reflexão de hoje parte dos acontecimentos desta semana - a morte do embaixador russo na Turquia e o ataque terrorista em Berlim - mas poderia dizer dos últimos meses, mesmo dos últimos anos, que me fizeram voltar ao livro de Susan Sontag Olhando o Sofrimento dos Outros quando afirma “Os cidadãos da modernidade, consumidores da violência como espetáculo, adeptos da proximidade sem riscos, são formados para serem cínicos quanto à possibilidade da sinceridade” e ao poema de Bertolt Brecht Intertexto:

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo

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Antoni Muntadas, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, 2012

Incomoda-me a banalização do terror nos media e (não querendo ser injusta) a nossa passividade e insensibilidade quando a violência nos é servida à mesa do jantar! Incomoda-me a nossa indignação nas redes sociais quando o terror está mais perto e a nossa maior apatia e desinteresse quando o terror não é “nosso”. Precisamos de falar, precisamos de agir, precisamos de ser resilientes e de contribuir para que não seja tarde quando quisermos contribuir, ou quando nos “levarem” como dizia Brecht. Há palavras que estão gastas mas que temos de resgatá-las para que voltem a fazer sentido; há imagens que de tanto as vermos já nada vemos. Isto é o primeiro passo para aumentar a diferença, a intolerância, o medo, a apatia, temos de contribuir para dizer basta! para voltar ao que Sontag chama sinceridade e eu chamo cidadania.

Neste meu olhar do Sul, considero que temos um papel chave – o Sul (este nosso Sul) – a desempenhar; sendo um território de confluências e abertura milenar, onde atualmente (con)vivem perto de 100 nacionalidades diferentes, temos de agir, de defender, de servir de exemplo ao Mundo. Como? Não tenho a resposta, mas considero que devemos colocar aqui um foco principal nas instituições de educação e de cultura, para que valorizem esta riqueza de culturas (não de forma esporádica e voluntariosa mas de forma consistente e articulada) que aqui confluíram e que hoje são “algarvios de coração” e devem contribuir (contribuem) para construir a nossa Identidade e Memória coletiva. Há projetos a decorrer nas escolas que são verdadeiramente excecionais e que têm de saltar o muro da escola para que a comunidade se aproprie desta multiculturalidade; têm que ter palco para contribuir para inverter este medo do outro que nos começa a moldar os passos e que só a Cultura e a Educação podem travar a deriva para esse perigoso caminho.

Por seu lado, as instituições culturais têm aqui (como as educativas) um duplo papel: o de contribuir para leituras plurais do mundo e o de ser questionadoras - partindo das suas coleções, do seu território, da sua criação ou programação - para que possam introduzir na sua atividade, quer nas exposições temporárias, quer nas permanentes (em confronto ou em diálogo), quer nos espetáculos, quer nos programas educativos ou outros de extensão cultural, abordagens que permitam dar ferramentas para uma literacia visual e questionamento sobre o que nos é mostrado, bem como possibilitem dar a conhecer as diferentes culturas que concorrem hoje para a formação da identidade regional e como elas a estão a alterar e a recriar, possibilitando mostrar o outro para derrubar as barreiras do medo e transformar o terror em tolerância.

No ano em que a Rede de Museus do Algarve vai fazer 10 anos e em que a Rede Azul, rede de teatros do Algarve, completa 1 ano de vida, seria muito interessante vê-las unidas em torno de um projeto comum –
Olhando os outros nos (re)conhecemos, que permitisse a partir deste nosso lugar multicultural contribuir para tornar o Mundo um lugar melhor.
 
P.S.: Quero aqui expressar a minha alegria quando ontem vi o discurso do Presidente da República a ser comunicado em LGP (Língua Gestual Portuguesa), um passo significativo no caminho da inclusão.

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Natal a Sul

21/12/2016

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Por Bruno Inácio 

Sobre o Natal a Sul
Uma cabana com uma vaca e um burro? Uma árvore de bolas reluzentes? O Pai Natal?
Não. Nada disto representou em outros tempos as celebrações natalícias no Algarve.
Por aqui sempre foi mais o Menino Jesus, as searinhas e as laranjas, os madeiros ardendo nas lareiras e as filhós na mesa.

No Algarve, a popular cabana de Belém onde o Menino Jesus nasceu, era (e ainda é em alguns locais) substituída por um altar armado em escadaria, com o Menino em pé, sendo o altar embelezado com panos bordados, searinhas, laranjas e flores.
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(Esta foto tirei há poucos dias no edifício da Câmara Municipal de Tavira)

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Propinas no ensino superior: sim ou não?

20/12/2016

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Por Luís Coelho.
Notícia hoje publicada pelo site aeiou menciona que o Bloco de Esquerda entregou um projeto de resolução ao Governo no qual se defende o fim das propinas nas instituições de ensino superior públicas no prazo de três anos. Ora, este é um tema sempre quente para quem gosta de pensar sobre política de educação no nosso país, razão pela qual decidi trazer o mesmo à colação.

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O Poema Pouco Original do Medo

19/12/2016

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Por Pedro Pimpão & Filomena Sintra

​Um poema intemporal, a comemorar uma feliz efeméride, 19 de dezembro de 1924, data do nascimento de um importante poeta do movimento surrealista em Portugal, Alexandre O’ Neill. Hoje, 19 de dezembro, data em que o Homem reescreve nas notícias, o poema do medo, vivido lá fora das nossas casas, bem longe do nosso quotidiano, mas que à escala deste mundo louco, é um medo que partilhamos.


O Poema Pouco Original do Medo 

​O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos

O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
ótimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projetos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles

Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados

Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)

O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos


Alexandre O'Neill, in 'Abandono Vigiado' 
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Vitória, vitória... acabou-se a história?

16/12/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Ao Algarve colocam-se sistematicamente dois cenários, sempre que se trata da discussão de projectos ou planos danosos para os interesses da região: ou aceita os presentes envenenados que venham aos trambolhões País abaixo, ou alcança vitórias pírricas.

Quer isto dizer que, dê lá por onde der, acabamos sempre como o mexilhão: na chapa (é mais algarvio do que lixados). Se somos papados e obrigados ao sempre excruciante exercício de deglutição de sapos, somos prejudicados. Se fazemos prevalecer a determinação regional... somos igualmente prejudicados, porque nunca nos é oferecida qualquer alternativa à má iniciativa que cai.

A recente notícia de cancelamento do contrato de prospecção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve entre o Estado Português e a Portfuel, a par do desencadear do processo de resolução do contrato com o consórcio Repsol/Partex, é, apesar da alegria e alívio que tal decisão nos traz, um destes casos.
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Cultura e Turismo numa Europa a desfazer-se...

15/12/2016

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Villa romana de Milreu, Faro, 2004

Por Dália Paulo
Nas últimas décadas fizemos conquistas que pensámos irreversíveis: uma união europeia que nos permitiu liberdade de circulação; uma história múltipla comum; uma moeda única; uma pertença alargada e uma herança de valores de liberdade, tolerância e solidariedade, assim como uma economia solidária. Como consequência uma maior circulação turística, onde, por exemplo, no Algarve 97% da procura vem da Europa.
 
Deu-se por garantido aquilo que não o é, como demonstram os acontecimentos dos últimos anos: uma Europa menos solidária, menos tolerante, onde regimes totalitários estão a ganhar terreno; onde a desfragmentação hoje é real e a liberdade e segurança estão em perigo. Elisabete Azevedo num artigo publicado na revista Visão de 12.12.2016 intitulado “A «minha» Europa mudou construíram muros de medo”, alerta para os perigos latentes e insiste na ideia de que “esta Europa está mesmo ao virar da nossa esquina.” A Europa do medo, onde o “outro” se constitui como uma ameaça.
 
Portugal e o Algarve vêm beneficiando desta desordem mundial/ europeia e, como (e bem) as notícias referem, enfaticamente, que o ano de 2016 foi “o melhor ano turístico de sempre”, a indústria do Turismo é, como sabemos, a indústria da paz e da tolerância; pelo que a região tem aqui um papel importante, mais do que glorificar os números, entendê-los e trabalhar de forma integrada a sua vantagem; creio que temos o dever e a obrigação de servir os outros, todos os que são a nossa comunidade; reforçar os valores da liberdade, da confiança, da tolerância, como sendo fatores essenciais para a Humanidade.
 
Neste Sul, historicamente aberto e plural, Cultura e Turismo têm um papel fundamental para, beneficiando desta conjuntura, ir mais além e desenvolver um trabalho que permita ser polarizador e contagiante para derrubar medos. Para isso, a sua ação deve centrar-se nas pessoas, na identidade e a partir delas construir uma oferta diferenciadora, disruptiva e plural.
 
Muitas tentativas - umas com mais sucesso do que outras de trabalho conjunto entre Cultura e Turismo - têm vindo a ser desenvolvidas há mais de duas décadas, passando pela valorização de recursos (monumentos, museus), criação de rotas, construção de produtos culturais. Hoje exige-se mais do que proporcionar animação turístico-cultural do destino; exige-se implicação e um olhar para o Mundo e, a partir daí, contribuir para defender valores comuns e construir ofertas que permitam afirmá-los.
 
Hoje percebe-se que é um caminho de confiança mútua que se vai construindo, de eliminação de resistências, de convergência de discursos e, acima de tudo, de não submissão de qualquer uma das áreas pela outra. Longe de ser pacífico, consensual ou de estar ganho há ainda muitas resistências a vencer, muita escuta mutua a fazer para que Cultura e Turismo consigam com as suas metodologias, tempos, ambições e estratégias convergir no desenvolvimento do território e da tolerância como bem essencial à nossa sobrevivência.
 
Hoje na Tertúlia Farense estas e outras questões serão abordadas, tendo como mote o programa 365 Algarve – um programa que alia Cultura e Turismo - que tem como alicerce para a sua construção a ideia de que:
 
“O ato cultural converte-se num mecanismo agregador, de descoberta, de apropriação e tolerância e, nesta medida, permite à experiência turística um horizonte de futuro, o da descoberta e da identificação com o outro.”
 
Numa Europa a desfazer-se estas questões são cada vez mais prementes. É necessário construirmos alternativas que signifiquem mais Humanidade, menos medo, mais implicação, menos exclusão, mais diálogo, menos isolamento. E a Cultura tem aqui um papel central nesta mudança! As instituições culturais devem ser as casas seguras onde se têm de debater as questões que nos preocupam, que nos criam mal-estar coletivo, que nos desconcertam. Por seu lado o Turismo também desempenha um papel essencial para ajudar a olhar o outro como uma mais valia e a diferença como a beleza do humano. Não é fácil, mas fazê-lo depende de todos nós!



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Sol ao Sul 

14/12/2016

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Bruno Inácio convida Diogo Agostinho
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O Lugar ao Sul iniciou em Dezembro a publicação de um conjunto de textos de autores convidados. Começamos da melhor forma com um texto do Arquitecto Paisagista Fernado Santos Pessoa publicado no passado dia 09 a convite do Gonçalo Duarte Gomes. Nas próximas semanas cada elemento deste site/blog continuará a convidar uma personalidade a escrever sobre o Sul. Hoje cabe-me a mim fazer o convite. Convidei o Diogo Agostinho, um "cidadão, economista, político e sonhador". É assim que o site do Expresso onde colabora regularmente, na coluna de opinião "&conomia à 2ª", o define.  Entre outras, esteve na COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação e foi Gestor do Barómetro de Inovação e do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa. Actualmente exerce funções como Chefe de Gabinete do Provedor e da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, liderada por Pedro Santana Lopes. Mais que tudo isto é um Algarvio por inteiro que defende a sua região com orgulho. De resto, o texto que podem ler de seguida é um claro exemplo da sua Algarviedade. 

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Afinal as Câmaras deste País são boas amigas de quem por lá vive. Ou será que não?

13/12/2016

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Por Luís Coelho.

Notícia publicada ontem na edição on-line do Jornal de Negócios revela que os proprietários de 32,5% dos municípios nacionais vão pagar menos Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no próximo ano. “Boa notícia” pensarão muitos.

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Orgulho no dia 12 de Dezembro de 2016

13/12/2016

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Mas que dia!
Tinha pensado refletir sobre a problemática dos países a Sul da Europa, mas fica para a semana, porque hoje é um dia de Orgulho Nacional por 2+1 motivos.
Primeiro pela comemoração dos 40 anos das primeiras eleições autárquicas. No dia 12 de Dezembro de 1976 foram eleitos 304 Presidentes de Câmaras Municipais, 5135 Deputados Municipais e 26000 Deputados das Assembleias de Freguesias, um marco histórico da nossa democracia. Mas imagine-se, 35% de abstenção! No entanto, este fato é para outro artigo. Atualmente, encontram-se a ser preparadas um conjunto de medidas de descentralização em diversas áreas como a educação e a saúde e das quais os maiores partidos políticos têm estado em entendimento. Assim se constrói um País com mais desenvolvimento e melhores condições de vida para as pessoas.
O que me leva ao segundo motivo: o juramento do nosso António Guterres como Secretário Geral das Nações Unidas. Um orgulho. Deixo-vos 3 excertos do seu discurso: "Queremos que o mundo das nossas crianças seja guiado pelos Valores da Carta das Nações Unidas: paz; justiça; respeito; direitos humanos; tolerância; solidariedade". "Que ninguém seja deixado para trás em matéria do Acordo de Paris no desenvolvimento sustentável". Neste sentido "chegou a hora da ONU reconhecer as suas insuficiências e mudar". E mais não digo porque seria insuficiente para alcançar a magnitude humana e intelectual do António Guterres.
Por último, o mais 1 porque é mais um título: a bola de ouro para o nosso Cristiano Ronaldo pela France Football 2016 premiado pelos 51 golos em 55 jogos, bem como a Champions pelo Real Madrid ou o mais importante: o título de campeão europeu por Portugal, um verdadeiro prémio para todo o País, quer se goste ou não de futebol.
Desejo assim com estes 2+1 motivos o incentivo para futuros sucessos pessoais e profissionais a cada um de vos durante esta e as próximas semanas!
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Sul Informação e o Lugar ao Sul estabelecem parceria

12/12/2016

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Por Lugar ao Sul

​Com um ponto de união cardeal, a partir de hoje o Lugar ao Sul tem o prazer de anunciar uma parceria estabelecida com o Sul Informação.

Este projecto, nascido em 2011 da vontade de fazer mais e melhor jornalismo no Algarve, rapidamente se tornou um caso de sucesso, sendo hoje o jornal (online ou impresso) mais lido não apenas da nossa região, mas também do Baixo Alentejo.

Desta forma, o Lugar ao Sul passa a estar permanentemente acessível a partir desta que é já uma referência incontornável no panorama jornalístico, como comprova a média diária de 12.500 visualizações únicas que regista, ou a atribuição, em 2013, do Prémio Melhor Trabalho Jornalístico/Media, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

Uma prova do valor acrescentado que o Algarve é capaz de gerar!

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O Programa das Aldeias Históricas de Portugal e a história do Planos de Intervenção das Aldeias do Algarve 

10/12/2016

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Por Filomena Sintra

O Programa de Aldeias Históricas de Portugal foi uma iniciativa, promovida no início dos anos 90 pela administração central, CCDR Centro,  circunscrito a 12 aldeias das Beiras Interior, Alta e Baixa, com um avultado pacote financeiro, na sua maioria proveniente dos sucessivos Quadros Comunitários de Apoio.

Estas aldeias e vilas, encerram em si um património distinto e relevante na construção da história do nosso país, e merecem a sua continua valorização, promoção e visita. Os investimentos sucessivos dos vários quadros comunitários de apoio, ali consignados, revelam a assumpção política dos diferentes governos, na estratégia para aquele território definida.

(vide http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/)

Importada essa boa prática, em 2000, desenha-se para o Algarve, o Programa de Intervenção das Aldeias, liderado pela CCDR Algarve, com o apoio técnico dos GAT (extintos Gabinetes de Apoio Técnico), numa lógica de promoção da complementaridade entre o litoral e o interior, e do apoio à integração social da população residente no meio rural, na dinâmica turística da região.

Do plano de acção desenvolvido para cada uma das 11 aldeias seleccionadas (Alferce, Budens, Cacela-Velha, Cachopo, Carrapateira, Estoi, Odeleite, Paderne, Querença, São Marcos da Serra e Vaqueiros), fazia parte uma lista indicativa de investimentos  públicos e privados, emergentes ou necessários, que sustentariam a estratégia aprovada para cada aldeia, organizados por quatro eixos: desde  renovação urbana; à definição de equipamentos colectivos e de lazer  a recuperar, ampliar ou construir;  ao apoio às empresas e às actividades económicas; à definição de uma linha de apoio à animação socio-económica. Do diagnóstico, brotaram algumas iniciativas transversais às aldeias, como seja o Concurso da Aldeia Florida, o Concurso das Sopas e talvez o mais emblemático, o Concurso dos Presépios das Aldeias do Algarve.

A expectativa sobre estes planos foi grande, até porque era inevitável o paralelismo que se fazia ao Programa das Aldeias Históricas da CCDR Centro. Amplamente participados, pelas associações de desenvolvimento local, administração pública, autarquias, associações locais e população em geral, a maior ou menor dinâmica que cada um revelara, prendeu-se com a própria vitalidade da sociedade civil envolvida e às disponibilidades financeiras das câmaras municipais e juntas de freguesia, já que, aos ambiciosos planos, se associou um curto pacote financeiro, pelas limitações, mais uma vez, impostas à região.

Muitos projectos e acções ficaram pelo caminho, mais árduo e difícil,na sequência do efeito estatístico do alargamento da União Europeia sobre o Algarve, que forçou a redução gradual mas significativa das verbas comunitárias, desde 2007.

No contexto desta realidade destaco a aldeia de Odeleite, que na sua bolsa de intenções, deixou sem instrumentos financeiros quase todos os projectos elencados e elaborados, comprometendo assim, a sustentabilidade dos poucos possíveis e executados. Mesmo assim, a estratégica do Plano de Intervenção da Aldeia, está viva, nas políticas de quem dirige aquele território, fruto, penso eu, da forma como a CCDR Algarve, promoveu a sua superior coordenação. A exemplo, está a Praia Fluvial da Barragem de Odeleite, sonhada nas calendas do plano, e só agora possível de materializar após aprovação do Plano de Ordenamento da Barragem de Odeleite (2014) e candidatada ao CRESC Algarve 2020. Falamos de um hiato de 16 anos...

No entanto, consagrada a estratégia, bloqueados nas oportunidades financeiras para co-financiamento comunitário, nas coisas simples, dependentes da acção politica nacional, continuamos alheados ou desacreditados, em projectos que são determinantes, para a inversão dos processos de desertificação destas aldeias.

No caso especifico de Odeleite, que há mais de 20 anos, serve o Algarve de água potável, tardiamente mereceu o seu abastecimento local, e em 2016, ainda não sabe, como e quando pode concretizar a Rede de Rega da Várzea de Odeleite. Esperaremos pelo abandono absoluto daquelas terras?!... ou pela desestruturação da expectante Cooperativa de Rega ?!

Lá nos confins da Ibéria, existe um Algarve, que tem praia e sol, e até tem gentes... Curiosamente, umas aldeias catitas também... Mas que pena, não saberem dinamizar um programa como as Aldeias Históricas de Portugal, dirão muitos! Lamento é, nunca termos merecido para a região, um musculado programa de acção para a sua concretização equiparada... 

Será utópico pensar e acreditar, num programa nacional, que venha discriminar positivamente a região, com medidas de combate à assimetria regional, difícil de concretizar pelo mecanismo do quadro comunitário alocado a este rico território à "beira mar plantado”?! Compensação justa do país à região, seria...

Deixo a nota, e algumas imagens do presépio de Odeleite, que passados estes anos desde o repto lançado pela CCDR Algarve, numa aldeia cada vez mais difícil e envelhecida, convida muitos visitantes e turistas a sentir, estar e apreciar, o seu artesanato, a sua gastronomia, a sua etnografia e a magia do próprio lugar.

Aqui, ainda é muito curta a sinergia Turismo-Aldeia-Cultura e a sustentabilidade ainda difícil, Mas, já se sente, finalmente, uma nova procura. Seria interessante fazer uma avaliação ex-post de todas as intervenções até então, e definir o foco de actuação política.  

​Parabéns aos actores locais, que resistem e acrescentam vida à decrescente vida destas aldeias.

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Um lugar ao Sul

9/12/2016

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Por Fernando Santos Pessoa
O Lugar ao Sul é ponto de encontro, mas também de partilha. Nele cabem, mais do que as nossas 6 vozes escritas, outras que comunguem a defesa e promoção do Algarve enquanto região viva, dinâmica, pensante e, acima de tudo, presente. Por isso mesmo, têm agora lugar outras ideias, de pessoas que aceitaram o convite para partilharem reflexões em torno desta nossa região.
Cabe-me hoje o privilégio de apresentar o primeiro convidado do Lugar ao Sul, o Arquitecto Paisagista Fernando Santos Pessoa, meu Professor, Mestre, que faz o favor de ser meu Amigo, e nos deu a honra, que muito agradecemos, de aceitar este desafio. O seu currículo dava um blog, pelo que não vou sequer tentar apresentar ou resumir. Apenas direi que é uma personalidade a quem o País e a Região tardam em reconhecer e agradecer o seu contributo. Mas surge hoje aqui fundamentalmente como homem de ideias, organizadas em torno de uma provocação original: que Sul é esse, de que fala este Lugar?  
        Gonçalo Duarte Gomes
O Sul é sempre o Sul de qualquer coisa, o “nosso Sul” fica a Sul seja do que for.

O nosso Sul pode ser toda esta pequena faixa de terra, rectangular, que parece o Portugal deitado, mesmo no Sul do velho jardim à beira-mar plantado...
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Tornar um sonho realidade: é preciso um Museu de Arte Contemporânea no Algarve!

8/12/2016

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Manuel Baptista, Marie Hubner, António da Costa Pinheiro, Bartolomeu dos Santos, Tavira (2003) (Sul Informação)

Por Dália Paulo
O programa cultural 365 Algarve, uma iniciativa das Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, com financiamento via Turismo de Portugal e execução pela Região de Turismo do Algarve tem permitido segundo os parceiros “tornar sonhos realidade”.

Ontem vimos mais um sonho tornado realidade, inaugurou no Museu Municipal de Faro a exposição “ O regresso do objeto, Arte dos Anos 1980 na Coleção de Serralves”, pela segunda vez como disse Rui Nicolau, Serralves está a Sul e neste centenário museu (a primeira foi em 2008). Estas iniciativas são importantes para a fruição por todos da Arte Contemporânea, para se construir uma literacia da contemporaneidade (se me é permitido utilizar esta expressão), tão necessária neste Sul tão pouco familiarizado com estas manifestações, e, por outro lado para que se cumpra uma verdadeira democratização da cultura. Mas ontem (2008) como hoje a minha preocupação é a mesma: é necessário que estas iniciativas estejam integradas em estratégias não só de difusão mas também de criação, de sedimentação, de educação para a arte e que culmine, desejavelmente, na criação de um Museu de Arte Contemporânea no Algarve.

Nos finais do milénio passado, três cidades posicionaram-se para, com financiamento do “saudoso” POC (Programa Operacional da Cultura) construir esse Museu de Arte Contemporânea: Faro, a partir do trabalho pioneiro do pintor Manuel Baptista nas Galerias Trem e Arco, nos anos 1990 e da sua coleção particular, assim como de um acervo nacional que seria depositado a Sul, num lugar de internacionalização da Arte Contemporânea pela forte ligação da região ao Turismo; Lagos, a partir do notável trabalho de Alexandre Alves Barata, no Centro Cultural de Lagos, assim como do fervilhar de criação e de artistas que a partir dos anos 60, do século XX, ali se juntaram; e, Tavira, num trabalho mais recente, mas igualmente importante, de Jorge Queiroz no Palácio da Galeria.

Nenhum destes equipamentos viu a luz do dia e houve mesmo uma redução do trabalho continuado a partir da Arte Contemporânea, destacando-se atualmente, do meu ponto de vista, apenas a Galeria Trem em Faro, com uma programação muito interessante, que desafia artistas a criar e que alia nomes consagrados com jovens criadores, sob a direção de Mirian Tavares, do CIAC, Centro de Investigação e Comunicação em Artes da Universidade do Algarve. Tenho igualmente que referir alguns exemplos não públicos e que têm feito a diferença no Algarve: Casa das Artes em Tavira; LAC, Laboratório de Atividades Criativas de Lagos e o Coletivo Artístico Policromia, para citar apenas alguns.

Faro, anunciou em setembro de 2015 a intenção de se candidatar a Faro, Capital Europeia da Cultura em 2027, tenho escrito amiúde sobre este tema, por ter passado um ano e o assunto apenas agora ter sido recuperado; ontem no discurso de abertura da exposição no Museu Municipal de Faro, o Presidente da Câmara, voltou ao assunto e anunciou que Faro é um dos Municípios que integrará o conjunto de “Municípios Fundadores” da Fundação de Serralves, incluindo esta integração na estratégia para a candidatura de Faro, Capital Europeia da Cultura em 2027, que tem de ser entregue até dezembro de 2017. Felicito, como o fiz ontem, e, como algarvia, fico feliz com esta ação. Porém, considero que apesar de relevante, para a candidatura o que importará para além das redes e parcerias extra-região, é implicar a região (ou mesmo o Sul) nesta candidatura, é criar sinergias, laços e sementes para que a Faro, Capital Europeia da Cultura possa ser um verdadeiro motor de desenvolvimento da região/ Sul assente na Cultura, veja-se o exemplo de Guimarães; sabemos que Guimarães se debate com problemas de financiamento mas que são resolúveis numa estratégia nacional de coesão territorial e cultural.

Nesse sentido, considero que a criação de um Museu Nacional de Arte Contemporânea no Algarve (não falo apenas ou só do contentor mas falo sobretudo do conteúdo e do trabalho) é um eixo fundamental nessa candidatura, porque a parceria com Serralves é importante mas não satisfaz, ou seja é preciso mais, é preciso mapear as coleções que existem no Algarve, mapear os artistas a residir no Algarve, reforçar a relação com a Universidade do Algarve, fixar artistas, curadores e ter uma equipa técnica e artística a dirigir o Museu de Arte Contemporânea do Algarve com autonomia que trabalhe o território, as suas ligações (existentes há milénios) com o exterior e que produza conhecimento e criação. Estou ligada profissionalmente, mas mais do que isso efetiva e afetivamente, desde 1999, ao projeto de Museu de Arte Contemporânea no Algarve, acredito que continua (cada vez mais) a ser uma necessidade e contem comigo, parafraseando Walt Disney, para fazer esse sonho “tornar-se realidade se tivermos a coragem de persegui-lo”!


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A TAP e o Algarve. A novela de sempre.

7/12/2016

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O presidente da TAP prestou recentemente declarações à comunicação social onde afirmou a disponibilidade da empresa para ajudar na expansão do Aeroporto de Lisboa.
 
Não me parece má ideia. O que me parecia boa ideia também era a TAP prestar um serviço de apoio ao turismo do Algarve que efetivamente não presta.

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O triste Fado helénico 

6/12/2016

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Por Luís Coelho.

No momento em que escrevo este pequeno texto o Eurogrupo reúne-se para discutir um hipotético alívio da dívida Grega. Sendo este um tema helénico, a verdade é que muito nos interessa.

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"Tornem os vossos sonhos realidade": Criem o Crowdfunding Algarve

5/12/2016

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A frase pertence a Walt Disney que caso fosse vivo seria hoje o seu aniversário.

"Tornem os vossos sonhos realidade" e a criação de uma Loja de e-Crowdfunding no Algarve que ajudaria nesse propósito seria a minha ideia.

Segundo o Banco Caixa Geral de Depósitos, o Crowdfunding é uma alternativa de financiamento colaborativo que conta com a ajuda da comunidade para doações anónimas, de forma a financiar determinado projeto através da internet.

O objetivo é ver projetos de cariz social, cultural ou empresarial que não teriam apoios ou financiamento no âmbito normal a tornarem-se realidade. Como funciona? O crowdfunding funciona de forma bastante simples. O empreendedor através de um vídeo e/ou texto explica o seu projeto, estabelecendo o que quer fazer, qual o montante mínimo que necessita e o tempo de angariação de fundos. Se no prazo estabelecido conseguir atingir o montante pretendido, o projeto recebe o financiamento. Se tal não acontecer, não existirão fundos para o projeto e quem investiu terá os seus fundos devolvidos.

Esta seria uma forma que as Instituições de Solidariedade Social e as próprias Associações Empresariais e Câmaras Municipais poderiam aderir.

​Peço a todos, incluindo empresários das empresas de tecnologias de informação que, em conjunto com todos os interessados possamos constituir mais uma opção de financiamento para aqueles que queiram tornar realidade uma ideia porque "é divertido fazer o impossível".

Fica o desafio!
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Lei da Paridade e a promoção da igualdade de género -  reflexão à Mafalda

3/12/2016

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Por Filomena Sintra
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“Mulher não pode ser mãe e política ao mesmo tempo”, diz Berlusconi, a quando das eleições últimas em Roma. Declaração polémica, de uma personagem que nos habituou a devaneios, mas importante para suscitar um debate aceso sobre o papel das mulheres na política, naquele país.
​
Em Portugal, a participação política da mulher, resulta de uma transformação cultural dos últimos cem anos, com processos legislativos a anteceder a sua crescente participação na vida política, desde a Primeira República, à governação Salazarista, ou agora recentemente, em 2006, com a famosa Lei da Paridade.


O simples voto, estava proibido às mulheres no início do século XX. Imperativo contornado por Carolina Ângelo, médica, viúva, em consequência, reconhecida como literada chefe de família, requisitos mínimos impostos pela Primeira República, para conferir o título de eleitor.
​
Numa entrevista recente, Leonor Beleza lembra as importantes alterações em matéria do Código Civil, em 1977, com a revogação de regras discriminatórias em relação à mulher e aos filhos, e um novo articulado condutor a uma maior igualdade, mas, na sua opinião, ainda com uma clara resistência política e institucional, para uma proposta mais igualitária.

Entretanto, com o Abril de 1974,  haveria sido decretada a universalidade do direito a voto, lei n.º 621/74 de 15 de Novembro.

Em 2006, com a designada Lei da Paridade, a participação das mulheres na política, beneficiou de novo impulso legislativo, passando a vincular uma representação de pelo menos 33% de ambos os sexos nas listas eleitorais para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as autarquias locais.

​Não me revejo nela, mas reconheço que é um instrumento possível para a aculturação necessária, dado que o ajustamento da igualdade de direitos, não se fez naturalmente.

Mais do que determinar quotas, que garantam um acesso das mulheres à vida política, há que discutir o modelo da sociedade que para nós queremos, devendo promover-se a igualdade de género, no trabalho, em casa e na educação dos filhos.

Decorridos 10 anos da Lei da Paridade, seria interessante estudar o perfil das mulheres que têm vindo a desempenhar funções políticas, no seu contexto social geral, tal como, me parece interessante, perceber se a sua participação terá contribuído para alguma alteração comportamental dos seus pares, na estrutura organizacional que ingressaram. Tenho dúvidas! Mero empirismo!

Olho para o Algarve e quase arriscaria traçar um perfil tipo. Sem reservas, há que assumir, que as lideranças ainda estão bem longe da naturalidade das quotas, mas também há que reconhecer que ainda não nos aculturámos para essa paridade. Ainda é à mãe e à mulher, que estão tradicionalmente adstritas funções sociais importantes, o resto é excepção. A essa mãe e mulher,  na maioria das estruturas familiares, apenas foram acopladas outras funções. O caminho faz-se caminhando, é certo, mas não havendo super-homens, nem super-mulheres, abaixo do imaginário, há que assumir a importância das diferenças, sem que impenda o esforço, para o género feminino.

​Hoje, na nostalgia boa, do acompanhamento dos trabalhos de casa da minha filha, deparo-me com uma composição do teste de inglês, que toca na ferida. Ser mãe e autarca, desprovida de um contexto familiar onde aconteça aquilo que considero a justa igualdade de género, é uma prova exigente, que só a vida, irá decretar, um dia, o seu resultado.  Há que garantir equilíbrios, e deixar a melhor marca no exercício da função pública, transpondo-a para o processo educativo. Caminhar na integridade e orgulhar aqueles que afinal, são a nossa maior missão, os filhos de cada geração!

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Nota: a partilha foi autorizada, até porque o mote da escrita, coincidentemente, foi por si proposto, horas atrás.
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S. Fidel da Restauração e o Natal que se aproxima

2/12/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Os opostos da decência nacional tiveram recentemente um bipolar hot date.

Um ditador foi canonizado (Santo Ditador, ou Ditador Santo?) na praça pública, num exercício de obstinado esquecimento, com o alto patrocínio da Assembleia da República, e uma das mais importantes efemérides nacionais voltou a ter o seu lugar de destaque através da reposição do respectivo feriado, pela "mão" dessa mesma casa.

Pelo meio, está a chegar o Natal!
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Para uma revisão do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território que ame o espaço, a luz e o próximo…

1/12/2016

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Costa Pinheiro, Citymobil, 1969

Por Dália Paulo
A CCDR Algarve, em colaboração com a Direção-Geral do Território, no âmbito da revisão do Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT), organizou ontem um seminário dedicado ao tema “Território e Turismo” para ouvir os stakeholders e refletir sobre as propostas de alteração ao articulado. O PNPOT é:
“um instrumento de desenvolvimento territorial de natureza estratégica que estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território nacional, consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial e constitui um instrumento de cooperação com os demais Estados membros para a organização do território da União Europeia.”

No artigo “pelo negro da terra e pelo branco do muro” na Távola Redonda (1963) Sophia de Mello Breyner Andresen sobre a necessidade de “desenvolver turisticamente o Algarve” apelava para que “é necessário que aqueles que vão construir amem o espaço, a luz e o próximo”, palavras que infelizmente não foram suficientemente fortes para que tivéssemos o desenvolvimento urbanístico a que assistimos e, como afirmava ontem João Manuel Simões, como consequência a construção de “não-lugares” (um termo de Marc Augé), a que tantas vezes António Rosa Mendes aludia, alertando para a Identidade que se estava a perder!

 Hoje estamos numa fase de maior consciência, de maior respeito e de mais cuidado para com o território, apesar de longe ainda do que será o desejável, esta ideia ficou do seminário de ontem. Os agentes que operam na área do turismo reconhecem os benefícios do planeamento, apesar de a nível mais operacional solicitarem simplex quer na elaboração dos planos quer nas aprovações, de forma a aumentar a competitividade e para que o investimento seja feito em tempo útil e não quando aquele “produto” já não se insere no circuito da procura; temos vários exemplos na área do turismo, como noutras áreas veja-se o paradigmático Centro Comercial na Baixa de Faro; reconhecem a necessidade de assentar o seu modelo de negócio numa estreita relação com a Identidade da região e de complementar a oferta com experiências enriquecedoras que assentem na sua riqueza ambiental e patrimonial; reconhecem que trabalhar o Turismo implica estar atento, escutar e sentir a região, para a partir dela criar produtos especiais e inovadores.

Mesmo assim, importa referir que definir a estratégia para um território implica diálogos, criação de plataformas de entendimento e, acima de tudo, uma visão clara do que se quer para o futuro do território; isto porque as várias áreas sectoriais têm a tendência para ver apenas a parte e não o todo. Contudo, fazer um exercício prospetivo do território implica saber que o todo deve prevalecer ao somatório das partes. Pensar o território envolve refletir e decidir sobre as paisagens naturais e culturais e como a sua preservação e transformação deve ser realizada, para que possa existir uma forte coesão territorial. Que a equipa coordenada por Teresa Sá Marques consiga o maior desiderato que é fazer uma revisão consciente, mas, simultaneamente, de futuro e ousada para que respeitando as paisagens torne o território mais coeso, qualificado, competitivo e que proporcione maior qualidade de vida aos cidadãos.

Quero referir, ainda, uma ideia que me parece basilar transmitida por Vítor Neto: a de uma “estratégia integrada” eu ousaria até dizer (indo buscar o termo à museologia) de “estratégia integral”, na atuação do Turismo no território, isto significa respeitar e fortalecer cada parceiro e colocá-lo em diálogo horizontal com visões e olhares plurais, que permitam no plano da ação fortalecer os ativos do território e a respetiva cadeia de valor, assim como ser mais competitivos. Creio que este é um caminho desafiador, que exigirá novas formas de trabalhar, novas ferramentas e metodologias mas que permitirá ao Algarve reforçar o seu capital humano, a sua atratividade (mesmo de fixação) e a sua coesão territorial (interior-litoral). Termino com o desejo de que o nível regional que se quer implementar (e que tão necessário é) seja construído nesta perspetiva de visão integral/integrada que permitirá, creio eu, um novo posicionamento para a região.


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