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Bem-vindo

Sardinhas em tomate e jantar de feijão

30/11/2016

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Por Bruno Inácio 

Leituras a Sul (I): “Algarve Mediterrânico”

Não só, mas mais desde que a dieta mediterrânica foi classificada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO que é recorrente se falar no espaço público sobre a dita cuja. Muitos falam mas pouco sabem certamente do que falam. Eu, desconhecedor, me confesso. 
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Finalmente demitiu-se!

29/11/2016

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Por Luís Coelho.
 
Soubemos ontem que (finalmente) António Domingues decidiu bater com a porta na Caixa Geral de Depósitos (CGD). O agora demissionário Presidente do Conselho de Administração de um dos maiores bancos nacionais sai em guerra aberta com o governo (e com o Presidente da República), a quem acusa de falta de solidariedade institucional e incapacidade para gerir um dossier que, na prática, se tornou claramente político.

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Uma proposta: Eletricidade com gestão municipal. E porque não?

28/11/2016

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Por Pedro Pimpão

A Resolução do Conselho de Ministros 112 de 14 de julho de 1982 e o Decreto-lei n.º 344-B/82 de 1 de setembro, com as alterações posteriores, definem que os municípios podem gerir a distribuição da eletricidade, tal como acontece atualmente com a água e resíduos, através do Decreto-lei n.º 90/2009 de 9 de abril. Esta decisão/escolha poderá significar ganhos económicos aos cidadãos, através de sistemas de controlo e gestão mais eficientes. Atualmente, a Câmara Municipal da Póvoa do Varzim encontra-se a elaborar um estudo económico-financeiro para auferir da viabilidade da solução dada pela Lei em vigor, depois da concessão com a EDP ter finalizado (in Jornal de Notícias, 27.11.2016) Assim, seria do interesse público que não uma mas todas as Câmaras do Algarve se juntassem para a elaboração desse mesmo estudo. O acesso às infraestruturas básicas para os cidadãos e de crucial importância na sobrevivência e na qualidade vida. Se o posso aceder a custos mais reduzidos com serviços mais próximos, porque não optar por possuir a gestão da eletricidade ao nível municipal ou supramunicipal?
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“O Acordeão, o Turismo e o Algarve”    vs    “O Fado, o Turismo e Lisboa”

26/11/2016

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Por Filomena Sintra

O Algarve e a capital, Lisboa, concorrem no ranking dos números do turismo em Portugal. O Algarve, o destino turístico por excelência, há décadas, sempre na liderança, e felizmente, em contínuo crescimento, vê agora a capital os seus números aproximar, o que é de salutar, mas também sobre os seus motivos reflectir.

Dos números e de relevante, há que constatar a importância de investimentos públicos estratégicos, nos pontos de curvatura da exponencial desse crescimento. Lisboa, com o marco da Expo 98 e mais tarde do Euro 2004, conseguiu para si, para além da notoriedade, o despoletar de mercados e nichos de negócio conexos. Terá também, incitado uma nova dinâmica turística, valorizando o seu património material e imaterial, numa sustentabilidade concertada.

Ao olhar para o Algarve, responsável por cerca de 17 milhões de dormidas no último ano, com proveitos totais no sector na ordem dos 757 milhões de Euros, acima dos proveitos totais da região de Lisboa, questionamo-nos,  quais os investimentos públicos da Administração Central, ao longo de décadas, que têm alavancado a exponencial de crescimento?! E mais preocupante, é reconhecer quais os investimentos que garantem a sua sustentabilidade. Veja-se a EN125, a A22, a rede pública de transportes, a requalificação da frente mar, etc...

Não é o mote de hoje! Mas interliga-se...

Lisboa comemora agora o quinto aniversário da elevação do Fado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, com uma série de actividades, concertos e inaugurações de exposições.

Esta distinção carrega em si, um valor cultural e económico, difícil de mensuração. No entanto, há uma forte evidência na relação deste património com a dinâmica da cidade. O fado é hoje uma marca indissociável à Lisboa antiga  e à moderna Lisboa.  O turismo vive cada vez mais da diferença dos produtos e dos destinos, e das novas emoções e experiências. A cada esquina, há uma guitarra pintada, bordada, modernamente reinterpretada, ou até, um rosto da Amália na calçada.

No Algarve, o acordeão, encontrou uma musicalidade própria, tatuando na alma algarvia, uma cultura e uma referência única. Algum trabalho tem sido feito, pelos amantes dessa tradição musical, por reputados mestres e professores, por municípios, pela Direcção Regional da Cultura e pela Região de Turismo do Algarve, mas sempre à escala da dimensão dos recursos que lhe são disponibilizados, e sem a força daquilo que este elemento identitário merece.

O corridinho é inconfundível no mundo! O João Frade, um campeão do mundo do acordeão, um jovem algarvio promissor, entre outros, relatava em tempos que, nas suas digressões mundiais, quando mencionava as suas origens algarvias, facilmente o recolocavam naquele paraíso do “sol e praia” a perscrutar o corridinho. Fantástico!

Num conjunto de actividades desenvolvidas nos últimos anos,  pelos vários agentes, destaco o papel da Associação Mito Algarvio, que entre outros, apoiou a realização do documentário “A sabedoria na ponta dos dedos”, de Ivan Dias, a apresentar num grande teatro na capital algarvia. Através da sétima arte, poderemos fazer uma viagem àquilo que foi e é o acordeão para as nossas gentes, abrir o coração para um sonhar colectivo, de que este, será uma marca turística – cultural, na grandeza turística que representa a região para o mundo.

No verão passado, em Castro Marim, num momento único, foi possível ouvir o acordeão, a dialogar com a guitarra do Pedro Jóia, sobre a voz melodiosa da diva, Mariza, embaixadora da candidatura do fado a património imaterial. Namoro que nos levará a outros momentos culturais, e  quiça, a casamento definitivo, do fado com o acordeão.

Se à marca de Lisboa, é indissociável, o fado, e o quadro de José Malhoa; à marca do Algarve, temos que cravar o acordeão, e o quadro do baile popular, de Carlos Porfírio.

Vamos dedicar ao acordeão o fado “O melhor de mim está para chegar”, e acreditar!


Apontamento: Fado & Mariza & Acordeão & João Frade 
https://www.facebook.com/fpsintra/videos/vb.1676257104/10205919098651368/?type=3&theater
​(Ir para link)
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Allgarvian Fake Plastic Trees

25/11/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

​Um centro comercial localizado às portas do Barrocal algarvio, chamado Mar, promete aos seus fiéis a maior área de lazer ao ar livre num estabelecimento deste género, com uma "Disneylândia" em miniatura alojada em 8000 m2, correspondentes a cerca de 10% da área total desta bisarma mercantil.

Admirável Algarve novo, em que o mar já lambe as faldas da Serra e os jardins passam do centro da cidade para o templo do consumo…

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 Do que falamos quando falamos de acesso à informação em instituições culturais?

24/11/2016

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Por Dália Paulo
Em fevereiro passado o Comité para a Cultura, Ciência, Educação e Média do Conselho da Europa apresentou o relatório “As Bibliotecas e Museus numa Europa em tempos de mudança” (Doc. 13984, 15 fevereiro 2016) que tem como intenção “ajudar as bibliotecas e os museus a posicionarem-se como plataformas para a educação digital e a inovação, para o benefício das comunidades locais”, um documento ainda pouco divulgado. Por seu lado, a UNESCO vem desenvolvendo trabalho para aumentar o acesso à informação, promovendo o direito universal à informação e ao conhecimento.

Durante as últimas décadas assistimos a um caminho de especialização do conhecimento e das instituições. Museus, Bibliotecas e Arquivos foram fazendo caminhos paralelos, muitas vezes sem se (re)conhecerem e sem partilharem informação, semelhanças e diferenças. No Algarve foram, na primeira década deste milénio, criadas as redes de Museus, Bibliotecas e Arquivos e, até ao momento, apenas pontualmente se intersetaram sem promoverem um encontro entre redes ou qualquer iniciativa conjunta. E é este o cerne da questão: o acesso à informação, comum a todas as instituições, beneficiará certamente de uma reflexão conjunta.

A BAD (Associação de Bibliotecários e Arquivistas e Documentalistas) / Grupo de Trabalho de Informação em Museus e a Acesso Cultura estão a promover um debate que passou por Braga, Porto, Lisboa, Évora e termina, no dia 25 de novembro, em Loulé dedicado ao tema: “Arquivo, Bibliotecas e Museus: acesso à informação”, reunindo profissionais destas três instituições para, em conjunto, refletir sobre o acesso à informação e as suas limitações; o direito a essa informação dos públicos; a preservação dos acervos versus o acesso; constrangimentos éticos, técnicos e mentais; como as novas tecnologias de informação podem contribuir para o acesso e que limites, perigos e vantagens nessa disponibilização. Serão muitas as questões mas todas com um foco principal: o direito do acesso dos públicos aos objetos e documentos que constituem a memória coletiva e ao conhecimento que o acervo de uma biblioteca encerra, de modo a cimentar estas instituições culturais na vida das pessoas e na promoção de uma cidadania plena.

O curioso é que este debate, para mim, começou há umas semanas quando num seminário que ministrei aos alunos de “Introdução à Museologia” da Universidade do Algarve, a convite do professor Francisco Lameira, fui questionada por diversas vezes sobre o porquê de museus, arquivos e bibliotecas não trabalharem em conjunto ou não partilharem (na maior parte dos casos) os mesmos espaços, como centros culturais das cidades, que traria benefícios (segundo eles) e um acesso à informação mais facilitado, criando sinergias entre as várias instituições e os seus públicos. Fiquei a pensar nas afirmações e no argumentário dos alunos, pela sua pertinência e por nos obrigar a pensar fora de esquemas mentais pré-estabelecidos, assim como por ser o oposto ao que vimos assistindo como ideal e correto nas últimas décadas, seja o afastamento destas três instituições culturais. E, se nos recordarmos, em tempos de crise este debate intensificou-se e as vozes eram todas concordantes (quando isso acontece não haverá perigo?) na necessidade de preservar as instituições como as conhecemos e agora vem esta nova geração e questiona o que era uma conquista de gerações anteriores – a da especialização da cultura para promover um melhor e mais qualificado acesso; será mesmo assim? Creio que este é apenas o início de uma reflexão que não é fácil, nem linear mas que devemos tê-la em consideração na construção do pensamento sobre políticas e estratégias culturais.
 
Termino com uma nota de muito orgulho que importa partilhar: o “nosso” Museu de Portimão é citado como um bom exemplo no relatório “As Bibliotecas e Museus numa Europa em tempos de mudança”. No ponto 4.3 sobre parcerias e redes diz-se:
“The Portimao Museum, a local museum in Portugal and winner of the Council of Europe Museum Prize in 2010, has established a rather unusual win-win partnership with the Ministry of Defence of Portugal since 2014. By organising awareness-raising events and initial recruitment contacts for young people in the museum rather than in army barracks, the Ministry relates the army through the region’s identity, its cultural heritage and future development.”
É importante e imperativo divulgar as instituições de excelência da nossa região, sendo o Museu de Portimão uma delas, por muitos motivos e dentre eles realço dois: a continuidade, consistência e resiliência do projeto (mais de trinta anos) alicerçado na(s) comunidade(s) e a qualidade da equipa técnica.

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Quero que o Fernando Medina seja Presidente da Câmara Municipal do Algarve

23/11/2016

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Por Bruno Inácio

Isto vem a propósito da apresentação ao público do acordo celebrado entre o Governo liderado pelo ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa e o actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, com vista a passar a gestão da Carris para a autarquia.​​
Como nestas coisas “lesboetas”, existe sempre qualquer coisa que sobra para o resto do país… pagar.

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Reabilitação urbana em Faro: um mundo de virtudes

22/11/2016

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Por Luís Coelho.


No passado dia 15 de Novembro de 2016 o Executivo da Câmara Municipal de Faro assinou um protocolo com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), o qual vai permitir aceder de forma mais facilitada ao programa «Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível».


Este programa, que conta com uma dotação de 50 milhões de euros, é gerido pelo IHRU, sendo maioritariamente financiado pelo Banco Europeu de Investimento e pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa. O seu objectivo primordial é colocar à disposição dos agentes económicos que sejam proprietários de edifícios (ou parte de edifícios) com idade igual ou superior a 30 anos, fundos que sirvam para levar a cabo operações de reabilitação. Em geral, o IHRU disponibiliza um empréstimo que pode ir até 90% do valor das obras a realizar, o qual poderá ser amortizado num prazo máximo de 15 anos. Importará referir que este programa tem um âmbito global já que todos os elementos passíveis de reabilitação são elegíveis para financiamento (i.e., coberturas, fachadas, redes de água, luz, eletricidade ou gás, e ainda os interiores). Depois de recuperados, os edifícios (ou as partes reabilitadas) terão obrigatoriamente de ser colocados no mercado habitacional em regime de arrendamento com renda condicionada.

Mais informação aqui: http://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/reabilitacao/reabilitarparaarrendar_ha/Perguntas-e-Respostas-frequentes#15


Na minha opinião, esta é mais uma boa notícia para a cidade de Faro. De facto, como é conhecido, esta Capital de Distrito tem tradicionalmente uma menor dinâmica turística do que outras cidades Algarvias. Esta situação tem conhecido alguns desenvolvimentos positivos no passado recentemente, nomeadamente por força de um aumento considerável da oferta de alojamento via hostels e do aparecimento de algum alojamento local. Ora, o programa «Reabilitar para Arrendar – habitação Acessível» tem uma lógica complementar que me parece muito virtuosa. Por um lado disponibiliza dinheiro que pode ser utilizado para reabilitar alguns edifícios do Centro da Cidade e restante casco histórico que precisam urgentemente de intervenção. Assim, esta é uma oportunidade para Faro valorizar ainda mais o seu magnífico património imobiliário, algum com imenso valor histórico e, desta forma, potenciar-se ainda mais como destino turístico diferenciado. Por outro lado, há ainda o efeito que este programa pode ter sobre a economia local. Há, neste contexto, pelo menos dois efeitos a considerar. O primeiro é o da externalidade positiva que as operações de reabilitação podem ter sobre as pequenas empresas locais ligadas ao sector da construção civil. Como é sabido, este foi um dos sectores que mais sofreu com a crise de 2008, sendo que até hoje foi impossível recuperar um nível de actividade minimamente interessante. Assim, temos tudo a ganhar com a mobilização de algumas das nossas empresas locais de construção civil para estas operações de reabilitação urbana. Concomitantemente, o programa pode também ajudar a dinamizar o comércio local, nomeadamente aquele que se dedica à venda de objectos/produtos de decoração e afins. O segundo efeito é mais de longo-prazo e prende-se com a possibilidade de atrair pessoas para o coração da Cidade de Faro. De facto, o desenvolvimento urbanístico da Cidade levou a que muitas das pessoas que vivem hoje na Capital Algarvia o façam longe do centro da Cidade (Penha, Montenegro, Gambelas, Conceição de Faro, etc). Desta forma, o centro foi paulatinamente ficando despido de vida, com todas as consequências negativas que daí resultam. Ora, ao obrigar a que os edifícios recuperados sejam destinados ao arrendamento através do regime de rendas controladas, o programa «Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível» dá uma oportunidade para quebrar este ciclo vicioso. De facto, tornar-se-á eventualmente possível através do mesmo voltar a chamar para o centro da Cidade famílias jovens e com filhos, algo que estou convencido fará toda a diferença na forma de “viver” Faro no futuro.   


Deixo-vos com uma nota final. Pelo que consegui apurar, os municípios de Portimão e Vila Real de Santo António também já assinaram protocolos com o IHRU. Espero que todos os outros municípios do Algarve lhes sigam as pisadas e que exista muita vontade da parte dos agentes económicos para agarrarem esta oportunidade que ora se lhes apresenta.
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Três projetos. Um objetivo: Valorizar o interior do Algarve

21/11/2016

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Por Pedro Pimpão
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Os algarvios precisam de saber. Os turistas que nos visitam também.
Escolhi 3 projetos, mas poderiam ser mais e outros. Um na ponta do Algarve do Atlântico em Aljezur; outro no centro em Loulé; e o último no Algarve Guadiana em Alcoutim. Projetos como estes, com objetivos diferentes precisam-se e é só na lógica da coesão social que desenvolvemos economicamente os locais e as regiões. Quem ganha? Todas as pessoas de todas as idades e de todos os escalões de rendimento. Quem perde? O egoísmo, a pobreza e a solidão.
O primeiro projeto que nos faz agir: o projeto Alcoutim realizado pelo Movimento ao Serviço da Vida, através de momentos de dinamização conjunta e de conversa mais individual com idosos do Lar de Alcoutim, serve para combater o isolamento e fomenta uma relação de confiança com os voluntários.
O segundo projeto que nos faz pensar: o projeto Querença em Loulé com dois promotores principais: Fundação Viegas Guerreiro de Querença e a Universidade do Algarve. Tem como objetivo dinamizar o território, através da promoção dos seus "capitais natural, produtivo e social" para inverter uma situação de desertificação e incentivar ao empreendorismo e captação de jovens para o interior.
Por último, o projeto que nos faz divertir: o projeto Lavrar o Mar em Aljezur da iniciativa do 365 Algarve. Contribui para a dinamização do turismo na época baixa, combatendo a sazonalidade do destino e promove as artes e a identidade cultural da região, através de uma variedade de eventos, como a dança, música, teatro e exposições.
Todos os projetos descritos têm uma característica e um sentimento em comum: o território; e a cultura e a partilha.
Fica assim mais este contributo para que toda a região saiba que a faixa costeira, mais "valorizada" devido ao turismo, também podia e devia ter um efeito de "alavancagem" mais vincado para outros projetos nos territórios do barrocal e interior algarvios.
Apresentarei uma ideia/proposta no próximo artigo, segunda, dia 28. Entretanto até lá visitem/incentivem um destes 3 projetos!

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Requalificação da EN 125 – Longe da vista, longe do coração...

19/11/2016

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Por Filomena Sintra

Assinala-se este fim de semana o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, e é inevitável lembrar a dor e atropelo que tanto tem causado, aquela que é das estradas com maior sinistralidade do país, há décadas, a EN 125.

Fora de qualquer discussão partidária, dou por mim a pensar muitas vezes, que o problema deste Algarve, será uma inconsciente falta de solidariedade nacional, dos restantes 96% de portugueses que cá não vivem. Não são representativas as nossas necessidades! Existirá até uma ingratidão do país para com a região, considerando aquilo que a mesma representa para balança de transacções da nação, para a sua imagem e prestigio.

Discutir as portagens da A22, com a generalidade dos portugueses, leva sempre à comparação egoísta de que se uns pagam, todos devem pagar, e o Algarve não será excepção. Desconhece-se por completo a especificidade da região, nem há espaço para a compreender.

Abordar o cluster Turismo & Cultura, na razão de que é um grande impulsionador do crescimento das cidades, questionamo-nos qual o investimento público nacional feito ao longo de décadas, a favor do património histórico e cultural do Algarve?! Que rede de transportes, à responsabilidade do Sector Público do Estado, serve o Algarve? E por aí fora....

No oposto, temos o indubitável impulso para a região e para o país, com a construção do Aeroporto e a Universidade do Algarve. Sem estes investimentos, estaríamos altamente periféricos e não teríamos qualificado as empresas e as instituições.

Depois de alguns anos a discutir soluções e projectos, sobre a intervenção na EN 125, em 2009, a então empresa Estradas de Portugal, através de concurso público internacional, transfere a subconcessão Algarve Litoral à empresa Rotas do Algarve Litoral, em regime de parceria público-privada. Uma das muitas parcerias da moda, cujos dividendos agora pagamos!

Do contrato de subconcessão fazia parte a concepção, projecto, e os trabalhos de requalificação, financiamento, exploração e conservação por um período de 30 anos da EN 125 entre Vila do Bispo e Vila Real de Santo António (155 km).  Aqui estavam incluídas, arrojadas variantes e acessos às principais cidades e alguns estradas confluentes, num total de 273 km a requalificar. Foram desenhadas rotundas, ciclovias e zonas de acostagem, dignas de uma região, que recebe milhões de turistas, e que pela suas potencialidades e atratibilidades, tem captado novos despertares e investimentos a favor do país.

No alinhamento de muitas entropias, um novo país se afigura, muitos projectos tiveram que ser suspensos, pela desproporção do sonho à capacidade de realização financeira e até de sobrevivência do país, e, nessa leva, lá é renegociado  o contrato para a nossa estradinha EN125. Reduz-se significativamente o projecto de engenharia, suprimem-se variantes, ciclovias e acessos, e, mais gravoso para o sotavento, fracciona-se o contrato, regressando às Estradas de Portugal, agora Infraestruturas de Portugal, o troço de Vila Real de Santo António – Olhão. Se a requalificação da EN 125, tarda e resulta nos mínimos, o Sotavento terá que aguardar ainda mais, por concursos a promover. Resta-nos a crença, de que agora, novos ventos não se atravessarão.

Desafortunadamente, a rotunda e o troço de acesso à Praia Verde (Castro Marim), lugar simbólico,  onde em 2008, o primeiro ministro de então, veio anunciar o início da grande obra de requalificação da Estrada Nacional 125, parece-me vir a ser o último, a merecer um olhar atento e uma rápida intervenção.  Infelizmente, reforça-se mais uma vez a sabedoria popular: “quem nasceu para lagartixa, nunca chega a jacaré”!

Se há 10 anos atrás, a EN 125, já era onde se registavam os mais elevados índices de sinistralidade, como é possível concretizarem-se outros desígnios, novas auto estradas, pontes e viadutos, e não haver determinação, em prol da vida, em injectar meios financeiros para a obra em questão, que não passa de uma requalificação?!

Omiti o facto, revoltante e relevante, da introdução em paralelo, das portagens da A22, aumentando o tráfego e a carga sobre a nossa estradinha.

Tudo isto acontece, porque a nossa dor, está longe dos corações que sucessivamente decidem e dos outros que insensivelmente para si reivindicam, usando a força da sua representatividade populacional e o subsequente mediatismo protagonizado. Leia-se, é uma questão cultural, impregnada nos partidos, mas também na população em geral.

Querido Portugal, por favor, este Reino dos Algarves, merece outro carinho e outra solidariedade, nem que seja pela motivação egoísta, de querer melhorar as condições de circulação de quem nos visita.

Esta é muito mais do que uma  questão política - partidária, é uma questão prioritária para a região e para o país!

​Foto: https://marafado.wordpress.com 

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O génio na garrafa de um refrigerante algarvio

18/11/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Hoje é dia de Boião de Cultura. Porque só o título da rubrica “cultural”, assim baptizada por Herman José no programa Parabéns, serve de recipiente à maionese em que ousadamente me proponho mergulhar.

Ingredientes: cultura, elitismo e… os refrigerantes Jaguar!

E o que relaciona tão díspares temas? Nada, e precisamente o seu contrário…

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“Um olhar atento” um documentário e um livro que nos provocam...

17/11/2016

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 Por Dália Paulo
Em setembro de 2015 apresentei o livro “Miscelânea” de António Pinto Ribeiro em Loulé. Partilho hoje convosco parte dessa leitura, porque voltei ao livro impelida pela transmissão, esta semana pela RTP, do documentário Human de Yann Arthus-Bertrand (imperdível) quem não viu pode descarregar gratuitamente, o qual parte da inquietação sobre a humanidade não estar a progredir e por se falar da Vida. Inquietação, vida, outras respostas e múltiplos olhares, podem sintetizar (de forma simplista) o livro; por outro lado porque considero uma boa sugestão de leitura quando se começam a (re)pensar as cidades (para a felicidade das pessoas) com vista às próximas eleições autárquicas.
 
“Miscelânea” aborda a questão cultural sem perder a ligação à realidade, daí a atualidade das crónicas; usando uma expressão do autor “nada aqui é simples, nem claro, nem óbvio”. Denota-se uma preocupação com a forma como o discurso dominante - e o discurso é central no entendimento que fazemos das sociedades - aborda as questões da cultura, dando novas camadas de leitura a um discurso que, a mais das vezes, é entendido num plano monocórdico e, portanto, além de dominante é dominador; algo que António Pinto Ribeiro combate: “O maior acto de rebelião hoje é ser capaz de criar uma linguagem que combata a linguagem colonizadora dos vários governantes”.
 
O autor afirma que “optou por um formato curto para compor a descrição do real”. É uma obra que se lê com prazer e surpresa (mesmo que seja uma releitura), surpresa no questionamento e nos desafios que nos propõe; surpresa quando nos obriga a voltar à história do século xx europeu e africano e a reenquadrar o discurso político sob o olhar atento de quem não se deixa iludir pelos aplausos e medidas populares, assim como no permanente questionamento e defesa da cidadania, quando afirma que (e cito) “Se há coisa que se espera de um cidadão com espessura política é que seja capaz de, argumentando sempre -, conseguir transformar a comunidade, o país, com o objetivo de uma paz universal”.
 
“Miscelânea” é, de facto, uma obra que vai para além da cultura, por a cultura não ser, apenas, um sector económico mas um lugar onde a sociedade é descodificada; sem permitir que o entendimento que fazemos da sociedade seja traduzido pelos termos económicos, propondo pontos de fuga, bem como o direito à diferença e à contestação que a cultura sempre proporcionou (ou deve proporcionar). Isso pode depreender-se quando o autor questiona “porque continua a ser tão difícil transmitir esta ideia simples de que o investimento financeiro na cultura sai muitíssimo mais barato do que o não-investimento?”
 
É um livro, que se afasta do discurso dominante porque entende o mundo cultural atual como poucos e por isso se permite abandonar esse discurso e apontar o dedo ao fato de as palavras importarem, de não ser indiferente dizer clientes ou públicos, afastando-nos da armadilha de não termos forma de olhar a cultura como uma atividade que é, na génese, não económica mas sim, profundamente, humana; que não é entretenimento mas sim entendimento, que não serve clientes, dirige-se a cidadãos, que por muito que nos digam, por muito que o discurso político o reflita, não é uma atividade económica como as outras.
 
O sentido do livro está na profundidade dos temas que aborda, que convoca o pensamento europeu, desde a sua linhagem mais clássica à mais marginal, que, em simultâneo, convoca um olhar multicultural sobre o Mundo; que convoca os pequenos (grandes) pormenores ou nos impele a olhar para fora do comum, para o outro como igual (nas suas diferenças) para nos proporcionar um novo entendimento das questões centrais da sociedade, das questões centrais da cultura, das questões centrais, em meu entendimento, da Vida!


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Os outros somos nós ou o bom exemplo da CM Loulé

16/11/2016

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Por Bruno Inácio

​​Quero fazer uma chamada de atenção para um conjunto de projectos que a Câmara Municipal de Loulé tem vindo a desenvolver e que me parecem bastante interessantes, não porque acredite que o seu resultado final seja extraordinário, mas porque o governo local serve também para dar sinais e definir caminhos. 

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Com quatro letras apenas se escreve a palavra catástrofe

15/11/2016

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Por Luís Coelho

​DBRS. Para a maioria dos Portugueses estas quatro letrinhas não significam absolutamente nada. No entanto, neste momento, estas dão nome à empresa que impede que um verdadeiro cataclismo se abata sobre o nosso País. 

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As famílias não têm preço!

14/11/2016

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Por Pedro Pimpão

​As famílias são a estrutura nuclear mais importante no equilíbrio basilar da sociedade. O seu papel deve estar por isso "protegido" por todas as formas sociais. Recentemente, existiu um programa de ajustamento financeiro no País que, segundo a Deco, acentuou as carências económicas das famílias, nomeadamente, o endividamento das famílias derivado crescentemente de situações involuntárias, tais como o desemprego. No Algarve, esta situação atinge direta e indiretamente cerca 25000 pessoas, mais de 5% dos residentes na Região. De sublinhar a maior propensão de pessoas com grau de literacia mais elevado, provenientes das classes médias altas e muito altas. Aliás, este estudo da Deco segue o anteriormente identificado pelo Professor Carlos Farinha Rodrigues (ISEG) que analisou especificamente o impacto do Plano de ajustamento em termos sociais, que os ricos viram descer o seu rendimento em 8%, mas os pobres "intensificaram" a sua pobreza em 24%. Assim, e sob as várias soluções que devem ser encontradas para este flagelo social, ao nível do emprego e outros apoios, o meu contributo vai no sentido de divulgação do GAS (gabinete de apoio ao sobre endividado da Delegação do Algarve da Deco) para maior informação das pessoas, ou seja, uma melhor orientação para as decisões econômicas dos cidadãos. Mais em www.deco.proteste.pt
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Sagres – um lugar da primeira globalização!

12/11/2016

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Por Filomena Pascoal Sintra

Sagres, lugar monumental, deslumbrante rochedo natural,  onde a magia do por do sol, a cada dia, prende milhares de visitantes, amores, sonhadores e admiradores, agarra nos seus alicerces o mais epopeico da história de Portugal no Mundo – a primeira globalização.

O Promontório de Sagres, numa página web própria, apresenta-se agora a esse mundo, através de um filme, que merece ser partilhado. Um excelente recurso pedagógico para as escolas, desta nova era da aldeia global, em que é tão difícil recuar no tempo e fazer compreender a importância dos Descobrimentos Portugueses, na construção do comércio mundial e da interculturalidade, que hoje está no nosso ADN.

Em 2005, foi reconhecido e classificado, como Marca do Património Europeu, o que lhe atesta o reconhecimento da sua importância na construção da história da Europa.

Numa ambição mais lata, a Região de Turismo do Algarve, a Direcção Regional da Cultura, a Universidade do Algarve e alguns municípios, subscreveram uma candidatura à integração dos símbolos e dos lugares, desta primeira globalização, na lista indicativa de bens candidatos a Património Mundial da UNESCO, como património de valor universal e a preservar.  São padrinhos da candidatura a escritora algarvia Lídia Jorge e o ex-presidente do Tribunal de Contas e actual administrador executivo da Fundação Gulbenkian, Guilherme d´Oliveira Martins.

Interessante pensar, o porquê da partida geo-estratégica das embarcações daqui deste Algarve tão distante;  ou imaginar a vasta floresta devastada, para construção naval; ou questionar a origem da mão de obra, entre os que partiam, os que construíam, e os que desapareciam; ou, simplesmente equacionar que sal usariam na conserva dos alimentos que levavam... E o retorno à região?! A pensar... Será que a história se repete mesmo?!

Interessante saber, interiorizar e valorizar, o relevante papel do Algarve, na história de Portugal, nesses séculos passados.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
 
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
 
(Fernando Pessoa) 

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Make the Algarve great again!

10/11/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

É incontornável, nestes dias, a discussão em torno da eleição de Donald Trump para o cargo de Presidente dos Estados Unidos da América.

​Aqui neste nosso cantinho, como no resto do Mundo, temem-se as possíveis ondas de choque deste anunciado início de Armagedão, como se da quebra do Primeiro Selo se tratasse, e aquela curiosa cabeleira encimasse nada mais do que o primeiro dos Quatro Cavaleiros.

​Mas tenho uma revelação bombástica: o Algarve tem culpas no Trumpocalipse que possa vir a sentir.
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Janelas de esperança num mundo que quer (re)construir muros …

10/11/2016

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Por Dália Paulo
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Começo o apontamento desta semana com uma questão de Gilles Lipovetsky (filósofo que teremos a oportunidade de ouvir em Loulé este mês - 29.11): “Quem se queixará desta suave anestesia para a qual tudo concorre?”. Mas descansem que não vou falar de Trump ou das consequências da sua eleição para o Mundo.
 
Contudo, a eleição de Trump leva-nos a (re)pensar o Mundo tal como o conhecemos e o papel da Cultura, da Educação e da Cidadania num tempo em que a Comunicação Social e a Economia (ou melhor os mercados financeiros) dominam as nossas vidas e “guiam” a nossa perceção do real, criando (tentando criar) um imaginário coletivo. Dão-nos, na maior parte das vezes, “uma história única”, para utilizar uma expressão de Chimamanda Ngozi Adichie e nós, como que anestesiados, concorremos pouco para a construção coletiva da sociedade, questionamos pouco e exigimos menos, como aliás lembrava hoje, no jornal Público, Jorge Almeida Fernandes: “O catastrofismo incita à passividade”.
 
Aqui chegados, a um tempo de mudança, de repensar valores e modelos de sociedade, a Cultura (a par da Educação) tem um papel fundamental na construção do pensamento contemporâneo, na leitura do mundo, numa atitude prospetiva mas, mais do que isso, numa atitude resiliente, promovendo espaços de debate, de questionamento, de inquietação e de perturbação, assim como de possíveis respostas a anseios e medos. Estamos perante um tempo claramente de combate político (e ideológico), de dizer não à indiferença de, através da promoção da cidadania ativa, lutar por um mundo plural, multicultural, justo.
 
E isso, em nosso entender, faz-se do local para o global. Por isso termino com dois exemplos de como há espaço de ação para cada um de nós, para nos juntarmos e, como cidadãos, debater, refletir e propor novas agendas:

 1. Esta semana um grupo de cidadãos farenses convidou para a iniciativa de reflexão “Faro à conversa”; juntaram-se três dezenas de pessoas, de vários quadrantes políticos e ideológicos, em torno de um “Menu” que tinha como objetivo pensar Faro e construir um “corpus” de ideias para o seu futuro. Num modelo participado e colaborativo, todos foram convidados a partilhar sonhos e ideias. Numa primeira leitura percebeu-se que muito do exposto eram ideias consensuais (o que pode mostrar que ainda estamos a falar entre os mesmos) ou sonhos já antigos (o que demonstra que o diagnóstico está feito há muito), mas o que quero partilhar como fator de valorização e diferenciador desta iniciativa é que a mesma nasce de um conjunto de cidadãos que deixaram o seu “confortável” lugar de espetadores e juntaram-se para contribuir para a construção da vida da pólis, como grupo de influência e de pressão junto dos decisores da cidade. Como dizia Michell Foucault, “O meu [nosso] trabalho é construir janelas onde antes só havia paredes”; como esta ideia ganhou novos significados e relevância a partir de ontem! Esperamos que este grupo de cidadãos possa voltar a surpreender-nos com abordagens novas, com atitude e com novas formas de exercer a cidadania, tão necessária para garantir a democracia e a liberdade, valores que amiúde nos esquecemos que não são adquiridos. Que para além da escuta (tão necessária) este grupo consiga influenciar atitudes e escolhas na construção das prioridades para a cidade, construir alternativas e promover novas formas de atuação cívica.

2. Na próxima terça-feira (15/11) vai debater-se, no que é o último debate do ano da Acesso Cultura, o tema “O que é o elitismo na Cultura?” (às 18h30 no Ginásio Clube de Faro). Num país em que numa entrevista recente Maria Filomena Mónica (27.10, Sapo 24) afirmava que não temos elites em Portugal e em que ainda ouvimos com frequência “isso não é para mim”, em que a Educação e a Cultura ainda não conseguiram uma articulação estrutural e duradoura; em que os níveis de participação/fruição cultural são os mais baixos da Europa, debater o elitismo na Cultura é entrar num universo ainda cheio de preconceitos, de inibições, de intolerâncias, de posições que se extremam sem se entreolharem, de falsos pudores. Contudo, é uma discussão muito atual e necessária, confirmada pelo Nobel da Literatura atribuído a Dylan que veio retirar o “elitismo do armário” e acicatar conceitos – cultura popular e cultura erudita. Neste tempo onde a intolerância cresce, debater o “elitismo para todos” (expressão do Irish Arts Council) é uma necessidade.  

Porque como diz o ditado popular “não se pode abraçar o mundo com as duas mãos” mas pode abraçar-se quem está ao nosso lado, fazendo a diferença, este é um apontamento de esperança de que localmente se vá criando lastro e mudando o (nosso) mundo!


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Back to basics

9/11/2016

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Por Bruno Inácio

​O meu dia começou muito igual ao vosso e ao de muitos Europeus: com um grito de estupefacção sobre os resultados das eleições norte americanas. Trump ganhou e será o 45.º Presidente dos Estados Unidos da América.
​
Não tinha planeado escrever sobre este acontecimento no dia de hoje. Era espectável a eleição de Hillary Clinton e isso não seria notícia. Seria apenas o mau menor de uma novela má entre dois protagonistas fracos. 

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Portugal vs. Reino Unido: um mundo de diferença

8/11/2016

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​Por Luís Coelho. Todos os Lusos sabem que equipas como a Inglaterra, a Escócia ou o País de Gales são “café pequeno” para o Sr. Engenheiro e seus Meninos. De facto, que me lembre, nos últimos jogos a doer, a nossa Selecção de futebol foi sempre capaz de levar de vencida as suas congéneres oriundas do Reino Unido. Ora, tal supremacia futebolística, que seguramente muito nos orgulha, lamentavelmente não se replica para a esmagadora maioria dos restantes domínios da organização social. 

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Afirmar o Aeroporto Infante D. Henrique

8/11/2016

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Por Pedro Pimpão

​O aeroporto de Faro foi inaugurado a 11 de Julho de 1965) pelo então Presidente da República Américo Tomás. Volvidos mais de 50 anos, este Aeroporto ajuda a principal atividade económica a desenvolver - Turismo, além da mobilidade dos próprios algarvios para outros destinos. Tal como a Universidade que é do Algarve e não de Faro, para quê manter um Aeroporto apelidado de Faro quando serve uma região e vivemos num mundo cada vez mais global e competitivo onde os Aeroportos não são exceção. A cidade de Faro, enquanto capital, vale mais pela sua integração na Região, projectando-se para fora, aproveitando a propria internacionalização do Algarve. Por esta razão, devemos aproveitar a oportunidade que o Governo deu ao apelidar o Aeroporto da Portela no Aeroporto Humberto Delgado, ou o Aeroporto do Funchal no Aeroporto Cristiano Ronaldo, fazendo o mesmo com o de Faro, apelidando de Infante D. Henrique (não sendo uma ideia nova) com aproveitamento por parte dos hotéis e operadores turísticos num lógica de marketing turístico. Fica o desafio para proposta da própria AMAL com o Turismo do Algarve.
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ASSOCIAÇÃO ONCOLÓGICA DO ALGARVE  - a força da UNIÃO, num projecto para a REGIÃO

5/11/2016

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Por Filomena Sintra

Num mês em que nos vestimos de rosa; partilhamos corações e lacinhos; fazemos caminhadas solidárias; lembramos ou sentimos os efeitos do cancro nas nossas vidas próximas; lemos inúmeros textos sobre o crescente flagelo do cancro, em especial o da mama; e até nos esforçamos por regrar alguns dos nossos muitos maus hábitos de vida... ASSINALO OS 10 ANOS DA UNIDADE DE RADIOTERAPIA DO ALGARVE.

O Algarve, sob a batuta do Dr. Santos Pereira, médico cirurgião, Presidente da Associação Oncológica do Algarve, mostra ao país e à região, de como a sociedade civil organizada, unida, perseverante e altruísta, constrói sonhos e faz nascer uma obra imprescindível no “caminho para a vida”, na ausência da acção do Estado.

Fundada em 1994, por um grupo de pessoas  com experiência pessoal e profissional na área do cancro, a Associação Oncológica do Algarve, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública. Em 2001, numa parceria consensualizada com os 16 municípios da região, promove uma candidatura, para co-financiamento, à Iniciativa Comunitária INTERREG A, ficando à responsabilidade, partilhada, dos primeiros, a subvenção nacional, proporcional à população de cada concelho. Em paralelo, foram inúmeras outras  acções, que mereceram a solidariedade do algarvios, e que, no global, permitiram a inauguração da primeira Unidade de Radioterapia do Algarve e Alentejo, no ano de 2006. Valeu a "estrafega"!

Até então, milhares terão passado pela penosidade do vaivém de viagens a Lisboa, para tratamentos de 3 minutos diários, fosse o doente, em estado físico e emocional muito crítico, ou as famílias muitas vezes sem meios para o acompanhar. E, esses foram, os que foram!

Um sentimento de injustiça, em relação ao outro Portugal, que paradoxalmente, no verão ao sul rumava, terá trespassado, seguramente, profissionais de saúde, doentes e famílias deste nosso Algarve, durante muitos anos.

Francisco Amaral, médico autarca e amigo, acrescenta: “Santos Pereira, um sonhador, lutador e concretizador. Lutou contra ventos e tempestades. Contra o poder político central e contra os interesses financeiros em Lisboa completamente insensíveis à dor das algarvias e dos algarvios. Para mim é a pessoa mais importante do Algarve. O mesmo Algarve que não lhe rendeu uma justa homenagem. Agora que ele está muito doente, seria ainda uma grande oportunidade”

À Associação Oncológica, ao seu mestre ideológico e equipa, aos seus colaboradores, aos seus voluntários, aos patrocionadores mais ou menos anónimos, aos parceiros, aos médicos e profissionais de saúde que na região lutam diariamente para um minimizar da dor e o elevar a oportunidade de sobrevivência na luta contra o cancro, um obrigada.

Neste Algarve, há moces marafados! Bem haja!

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Obrar no Algarve é bom!

4/11/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

É oficial: obrar é a palavra de ordem regional!
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Ele há obras para todos os gostos, desde as obras que avançam às obras que param, passando pelas obras de que nem se fala, sem esquecer as obras assim-assim, ou de S. Vicente (sejamos bairristas, e em vez da tradicional invocação de Santa Engrácia, cunhemos expressão própria, com o padroeiro da diocese do Algarve a baptizar as nossas idiossincráticas empreitadas). 
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À mulher de César não basta sê-lo…

3/11/2016

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Por Dália Paulo

Muito se fala em transparência, em accountability ou na necessidade de prestação de contas aos cidadãos, bem como dos titulares de órgãos da administração exercerem os cargos com idoneidade, de aproximar a gestão das pessoas tornando-a mais eficaz, eficiente e ao serviço da sociedade… muito se apregoa mas pouco se concretiza!
Em julho passado foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 39/2016, que procedeu à alteração do Estatuto de Gestor Público justificado pela necessidade de: “alcançar o objetivo de maior competitividade das instituições de crédito públicas, sem perda de efetividade do controlo exercido sobre os respetivos administradores”. E a consequência foi (ou assim o parece) a de desobrigar a nova equipa de administração da Caixa Geral de Depósitos a não entregar a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, pelo menos no prazo legalmente estipulado (60 dias após a tomada de posse) que já foi ultrapassado.
A vox populi e a comunicação social (na sua maioria) tratam estes assuntos de forma populista e com uma certa demagogia (é a arte de ensinar um povo a não pensar, nas palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen), sabemos que o “sangue” é sempre apetitoso. Mas não devem os gestores públicos ter um cuidado acrescido na sua conduta, bem como contribuir para a construção de uma sociedade mais exigente e mais implicada? Devia ser óbvio e claro, mas se a legislação os desobriga - e isso saberemos quando o Tribunal Constitucional se pronunciar - o que fazer ou pensar? Creio que na base deve estar a exigência, a ética, o rigor e a seriedade a nortear quem exerce cargos públicos, ainda mais quando sabemos que a nossa democracia ainda não está suficientemente amadurecida, como diziam os romanos “à mulher de César não basta sê-lo, é necessário parecê-lo”!
Neste caso creio que teria sido dado um sinal de naturalidade, tranquilidade e transparência a apresentação da declaração de rendimentos pela nova administração da Caixa Geral de Depósitos. Contudo, é um assunto que, certamente, se olvidará na espuma fugaz dos dias mediáticos; interessa que sejam excelentes gestores, sim, mas também que sejam eticamente irrepreensíveis, com atitude clara e sentido de responsabilidade.
Diria que estamos perante uma questão cultural estrutural (e não conjuntural) e que a sua mudança depende de cada um de nós, de exercermos a nossa cidadania, de questionar, de estar atentos, de participar e de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais responsável, mais equilibrada e mais feliz.
Um caso que não ficará na história mas que infelizmente aprofunda um gueto entre o nós (cidadãos comuns) e o eles (os que têm poder). Por um lado afasta quem podia dar um excelente contributo para a construção do coletivo e, por outro, avoluma o desrespeito por quem exerce cargos públicos, assim como aumenta o “eu também quero ser como eles” que pejorativamente significa “os intocáveis”. E isto seria diferente se nos últimos 40 anos tivéssemos apostado na Educação como motor de desenvolvimento, como chave de sucesso (e não falo apenas de números) mas num modelo plural que incluísse a educação para a cidadania; creio que aí está o motor para passarmos a ser mais exigentes, implicados e participativos, bem como para passarmos do eles ao NÓS!

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E as freguesias? (xiuuu, não falem nisso pá!) 

2/11/2016

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Por Bruno Inácio
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A um ano das eleições autárquicas ninguém quer ouvir falar do processo de anulação da agregação das freguesias. É um incomodo para todos, que com silêncios comprometedores colocam no bolso mais uma promessa feita as pessoas. Assim se vai minando a confiança em quem elegemos.

Façamos história... 

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