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Poder local vs. Poder Central: o estranho caso dos investimentos da Câmara de Faro

31/10/2016

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​Por Luís Coelho. Notícia publicada no passado dia 28 de Outubro de 2016 no Jornal Sulinformação dá conta da decisão da Secretaria de Estado do Orçamento em não autorizar a Câmara Municipal de Faro (CM Faro) a realizar investimentos que rondam os 3.5 milhões de euros no concelho. 

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O lixo sem dono

31/10/2016

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Por Pedro Pimpão

Os Oceanos e os Mares, por influência negativa do ser humano, são os maiores poluidores do Mundo, com destaque para o Mar Mediterrâneo, com 500 mil toneladas de lixo residual oriundas das empresas (fonte: OIO). Por isso, o lixo não é somente um problema em terra, mas fundamentalmente um problema em mar, derivado da terra. De um lado, devemos prevenir que as empresas e as pessoas em geral não deitem lixo para o mar; do outro devemos minimizar o impacto limpando o "lixo em mar". Esta semana partilho um video que é bem ilustrativo desta perigosa situação: "Existe um plástico para cada 5 peixes. Em 2050, existirá 1 plástico por cada peixe" com consequências também para a própria alimentação. Tal como existem inúmeros projetos em Portugal nesta área, realizado por investigadores, biólogos marinhos, universidades e empresas, partilho um projeto que pode ser de interesse muito especial para o Algarve, por também possuir a maior beleza do Algarve, a Ria Formosa. O projeto apelida-se de "Manta" e é denominado o "camião lixo do Mar" e deve ser visto com atenção por investidores e instituições com responsabilidades na região.
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TÍTULOS PERIGOSOS:  “Autarcas deixam de ser punidos por dinheiro mal gasto”

29/10/2016

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Por Filomena Sintra​

Numa semana recorrente em licenciaturas que não existem, arriscaria ironicamente recomendar, a autarcas e ex-autarcas, que omitam do curriculum o exercício dessas suas funções. Há um preconceito tremendo, da sociedade e instituições em geral,  sobre esses homens e mulheres, democraticamente eleitos.  Prova simbólica disso, são as grandes manchetes da semana sobre o previsto no art.º 200 da proposta de Lei de Orçamento de Estado para 2017.

Um documento com centenas de páginas, com a remissão para centenas de diplomas, com milhares de alterações a transpor ou impor na norma portuguesa, há quem se fixe no articulado daquele artigo, que não tem mais do que quatro linhas, e numa frase simples conclui “Autarcas deixam de ser punidos por dinheiro mal gasto”. Perigosas estas leituras enviesadas! 

O que ali me parece estar, não é mais do que a equiparação dos autarcas, aos “membros do Governo, gerentes, dirigentes ou membros dos órgãos de gestão administrativa e financeira ou equiparados e exatores dos serviços, organismos e outras entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas”, no que se refere ao regime de “responsabilidade financeira reintegratória”.


Trocado por miúdos, cabe ao Tribunal de Contas avaliar o grau de culpa, dos actos do decisor, quer no que se refere a pagamentos indevidos, mas também no que se refere, à violação de normas financeiras de contratação pública, e graduar a sua sanção, com responsabilização pessoal, equiparando os autarcas aos demais cargos públicos.

Todos os que prevaricam voluntariamente, prejudicam o erário público, ou abusam dos poderes que lhes foram conferidos, nas urnas, ou por nomeação, quer sejam políticos, dirigentes ou técnicos, devem responder por isso.

No entanto, muitos desses actos são ilegalidades involuntárias e resultado de meros incumprimentos jurídico administrativos, acredito eu, por desconhecimento, muitas vezes dos próprios serviços técnicos. No site do Tribunal de Contas, estão disponíveis todos os Relatórios de Apuramento de Responsabilidades Financeiras, onde facilmente se pode compreender sobre quem recaem e de que tipo de infracção se trata.

Actualmente, o regime de responsabilidade financeira reintegratória, a que os autarcas estão sujeitos, é de tal forma que, quem conhece os riscos, já muito pondera sobre querer ou não integrar essa nobre missão.

À conta destas pressões sobre o decisor, a autarquia é cada vez mais uma instituição burocrática, em que mais interessa o processo, do que o acto, ou a resolução da entropia .
Nem sempre se pode decidir e resolver o problema do momento!

Vive-se para reagir e responder às queixas formuladas às entidades que tutelam e supervisionam os autarcas. Basta assistir às reuniões públicas de Câmara ou às Assembleias Municipais, onde se passam horas a interpretar sobre esta ou aquela norma, sobre a legalidade administrativa deste ou daquele acto.

As autarquias, tem contribuído indubitavelmente, para uma politica de desenvolvimento do território, com modelos mais eficientes e ajustados às necessidades da população que servem. São sem dúvida uma grande concretização do 25 de Abril!

Ser autarca, é uma honrosa missão pública, que exige entrega exclusiva e abnegação, grande exposição e hoje, também, conhecimento.

Estes serão os primeiros políticos e decisores, sobre os quais os eleitores, e bem, podem em cada acto eleitoral, fazer recair a sua avaliação.

Há que dignificar a função, que tem caído num descrédito, à conta de julgamentos públicos de meia dúzia de actores, alguns deles, acredito eu, apanhados nas malhas jurídico – administrativas.  

Seremos unânimes, na necessidade de sancionar quem efectivamente se apropria do erário público, em desrespeito da lei, de forma abusiva, deliberada  e irresponsável, qualquer que seja a sua função autarca, deputado, ministro, médico, professor, juiz, forças de segurança, dirigentes de topo, intermédios ou administrativos.

Pugnemos por políticos honestos, com um verdadeiro sentido de entrega e missão pública, com determinação, com visão e estratégica. Mas tomemos consciência, que a demagogia de algum jornalismo populista, tal como, muito critica social infundada, a roçar muitas vezes ao despudor, contribuirá para uma degradação do poder autárquico local.

Se “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”, também é verdade que “A honestidade é a melhor política”, e como perpetuara Sócrates, o filósofo, “Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade”

Sejamos honestos, na exigência, na avaliação e na crítica!

É um sentimento de alma que tenho há muito, em relação ao preconceito generalizado sobre os autarcas, sentido e vivido de muito perto.


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Quatro tiros no porta-aviões Algarve

28/10/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

​Semana rica em acontecimentos relevantes para o Algarve, mas que aparentam consolidar a receita alquímica do fado regional: agarrar num tema, mergulhá-lo no limbo, e transformá-lo numa mão cheia de nada.
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Uma questão de atitude: confiança e cumplicidade, chaves para a participação

27/10/2016

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Por Dália Paulo
 
Portugal terá o seu primeiro Orçamento Participativo e vai ser o primeiro país a tê-lo. Arranca em janeiro de 2017 e os projetos selecionados começam a ser executados em setembro desse ano. Apresentado na página eletrónica do Orçamento Participativo Portugal www.opp.gov.pt como:
“O Orçamento Participativo Portugal é um processo democrático, direto e universal, através do qual as pessoas decidem sobre investimentos públicos em diferentes áreas de governação. Através do OPP as pessoas podem decidir como investir 3 milhões de euros.”

O Orçamento Participativo Portugal (OPP) irá contemplar cinco áreas: cultura, agricultura, ciência, educação e formação de adultos. Este OPP já está na estrada para um período de divulgação; a 21 de novembro estará no Algarve a Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa na sessão extraordinária do Conselho Regional do Algarve, onde estão representados os 16 municípios, os serviços desconcentrados do Estado e duas dezenas de organizações.

A apresentação de propostas decorre entre janeiro e abril de 2017, as mesmas não podem ultrapassar os 200 mil euros e não contemplam a construção de infraestruturas. Desde este sul, quero enfatizar a escolha da área cultural como uma das cinco áreas abrangidas pelo OPP; uma oportunidade de densificar a coesão territorial, de reforçar o valor da cultura como pilar de desenvolvimento, aliado ao conhecimento e à educação, bem como de reforçar a cidadania e o envolvimento, como afirma Nelson Dias “os processos de participação são essenciais para ganhar confiança entre os cidadãos e as instituições”; eu acrescentaria que são fundamentais para consolidar a democracia e para implicar os cidadãos (nós) nos processos de decisão e de escolha.

Para que o OPP seja um sucesso é necessário que nos impliquemos, que exerçamos a nossa cidadania e que participemos com as nossas propostas; é um desafio a todos mas especialmente aos que estão a Sul para não ficarem indiferentes e para participarem.
E porque falei de participação, esta semana foi constituída a PERFORMART – Associação para as Artes Performativas no Porto. É uma associação composta por 14 membros fundadores: Teatro Nacional São João, Instituto Politécnico do Porto, Fundação Centro Cultural de Belém, Fundação Casa da Música, Fundação de Serralves, OPART, Teatro Nacional D. Maria II, EGEAC, Teatro Viriato, Centro Cultural Vila Flor (A Oficina - Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães, CIPRL), Teatro do Bolhão, Teatro Experimental do Porto, Espaço do Tempo e Companhia de Teatro de Almada. O país, com exceção do oásis do Rui Horta em Montemor-o-Novo, termina em Almada! E como seria importante pela missão que a nova associação tem que uma instituição da região estivesse representada. Mas as redes fazem-se de cumplicidades, de confiança, de trabalho. Olhando do Sul, esta configuração traduz o que há muito os que se fixaram no Algarve e aqui tentam fazer Cultura e contrariar os preconceitos sentem na sua prática profissional, percebendo que ainda há muito caminho por fazer, muita discussão a abrir. Desde logo um debate regional sobre as direções artísticas e os programadores dos espaços regionais, um debate, creio eu, que pode ser promovido pela rede AZUL em colaboração com a AGECAL, porque é o princípio para que os outros os de fora ganhem confiança no trabalho que por aqui se faz e criem cumplicidades (a)efetivas…

Depende de nós e não dos outros esta mudança de mentalidade e esta afirmação das instituições culturais regionais no panorama nacional e internacional, mas só o conseguiremos refletindo e partilhando em conjunto. Dir-me-ão que há redes, há cumplicidades entre os equipamentos culturais regionais e os nacionais e internacionais; mas que redes? Importa reforçá-las para que a Cultura esteja na agenda regional e isso se reflita no densificar da sua prática, das suas redes e do seu contributo para o todo nacional.

Dois exemplos distintos – OPP e PERFORMART – com pelo menos dois aspetos comuns: desenvolver e transformar a sociedade, promovendo uma cidadania ativa e afirmar a Cultura/ Artes como um dos pilares do desenvolvimento sustentado.

Que o Sul possa dizer: presente!

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Um mau orçamento de estado para o Algarve. O normal, portanto.

26/10/2016

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Por Bruno Inacio

​Os Orçamentos do Estado são documentos que invariavelmente causam desgostos aos Algarvios ano após ano.

Se por um lado é difícil encontrar inscritos investimentos que o Algarve precisa, por outro é fácil encontrar medidas que direta ou indiretamente prejudicam a região. Mas deixemos a retórica das coisas e centremo-nos em quatro exemplos concretos que fazem do Orçamento de Estado para 2017 um mau documento para o Algarve.

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Dívida Pública: será este um problema Nacional?

25/10/2016

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​Por Luís Coelho

Dados divulgados esta Segunda-feira pelo Eurostat mostram que a dívida pública nacional continua a crescer.


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O “arraste” do Destino Algarve

24/10/2016

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Por Pedro Pimpão

O Algarve tem um nome, uma “patente” bem definida, um destino bem identificado. Somos eficazes a trabalhar o destino para a exportação de serviços, nomeadamente, no Turismo. E porque não fazemos de igual modo para a exportação de bens? Segundo o estudo da análise SWOT (identificação dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de um plano) do destino Algarve, inserido no Plano de Marketing Estratégico do Turismo do Algarve, é demonstrado, entre vários pontos fortes, a qualidade da gastronomia e dos vinhos, a tipicidade, a diversidade paisagística e a dieta mediterrânea. Por outro lado, apresenta como ponto fraco, o deficit de articulação e cooperação entre diversas áreas. Explicita ainda a oportunidade de possibilidade de articulação com outros setores de atividade. Pois bem, dada a vulnerabilidade do setor turístico a fatores externos, porque não existe uma promoção do destino Algarve, conectando a oferta de serviços como o turismo, como a oferta de bens, por exemplo do setor primário, como a laranja, a amêndoa ou a alfarroba? A “Laranja do Algarve” já possui o selo de Identificação Geográfica Protegida, faltando uma rede eficaz de distribuição para exportação. Já a alfarroba é atualmente alvo de estudos para produção de biocombustível por parte de investigadores da Universidade do Algarve. No que toca à amêndoa algarvia é das melhores matérias-primas para doces e chocolates, além do seu valor primário. Quer a alfarroba e a amêndoa ajudam na sustentabilidade ambiental pela pouca necessidade de água que necessitam e sem necessidade de tratamento, além de se adaptarem a qualquer parte do território da região. Podemos e devemos conseguir articular estes bens, como a laranja, a alfarroba, a amêndoa ou até o medronho à promoção do destino Algarve. Fica a proposta para análise pelas respetivas Instituições. Tal como a lenda das amendoeiras em flor, o objetivo sempre destas reflexões a Sul é recuperar a vontade e a alegria de viver da “princesa encantada”, o que no nosso caso é o Algarve.
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SAL E FLOR DE SAL – o ouro branco do Algarve,  em cada casa e em cada mesa...

22/10/2016

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Por Filomena Sintra
 
Pelos Gregos e Romanos, o sal, foi usado como moeda de troca, até à extrema proporção do “sal por ouro”, transportado pela Via Saliarium, a mais importante rota para o império. Daí originará a palavra salário ( salarium argentum - pagamento em sal). Para filósofos e crentes, fora também um elemento divino e o ouro branco da terra.  São inúmeras as referências históricas, à sua importância, e universal o sentido bíblico “vós sóis o sal da terra”.
Trespassaram séculos e o sal sempre será um elemento fundamental à vida, tal como o oxigénio, a água e o sol.
É aconselhado o seu consumo, de forma moderada, e inconscientemente ingerimo-lo muitas vezes em excesso, proliferando as campanhas ANTI SAL, a propósito das hipertensões a si associadas.
Em certos países, em que a absorção de sal com iodo é incipiente, existem mesmo campanhas públicas, para o promoção do seu consumo, como é o caso do Programa Nacional de Iodização do Sal, implementado pelo Governo Moçambicano, consciente de que  a sua falta é uma causa determinante da deficiência mental. Impressionante não é?!
Portanto, o sal é um aliado da saúde, desde que seja o sal que nos transporte os elementos necessários a essa condição, dificilmente presentes no sal industrial.
​Existem imensos estudos publicados sobre as diferenças colossais entre o sal marinho tradicional e o tradicional sal industrial. O primeiro resulta tão simplesmente do processo de evaporação da água das salinas, que ali chega naturalmente pelas correntes do mar. É extraído manualmente e seco ao sol, o que lhe permite a sua cor naturalmente branca e a retenção de microelementos da vida marinha, como o magnésio, minerais diversos e o tal iodo natural. O segundo, extraído com meios mecânicos, é depurado com sistemas e produtos industriais, por forma a garantir o seu branqueamento, e para compensar as perdas no processo, por vezes, aditivado com iodo de potássio.
No Algarve, existem três áreas de produção de sal e flor de sal de modo artesanal, no aproveitamento exclusivo deste sol, deste mar, e da mão de obra daqueles homens que em cada safra, árdua e diariamente, colhem e recolhem o ouro branco que nos alimenta, são: em Olhão, Tavira e na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António.
Sendo tão lógica a escolha, arriscava perguntar, quantos de nós preferimos o sal tradicional ao sal industrial? E porque não o fazemos?! Porque será mais caro?! Não deve ser, dada insignificante diferença, no orçamento mensal! Ou será porque, parece um pormenor tão inócuo nesta imensidão de escolhas que temos que fazer para uma vida mais saudável?!
Se o motivo é não saber onde comprar, saiba-se que, todas as grandes e médias superfícies já têm sal e flor de sal recolhido tradicionalmente. Nas pequenas lojas de conveniência, nas feiras e mercados, também já se encontra. E como tudo na vida, a oferta ajustar-se-á à procura, o que me faz crer, num nicho de mercado em crescimento.
Em Castro Marim, depois de um quase total abandono das salinas tradicionais, e de um grande esforço de investimento público na revitalização da actividade, hoje, é um produto e uma marca indissociável ao território, mas cuja valorização ainda está muito longe daquilo que é a sua riqueza.
Telegraficamente há que reter:
O sal tradicional, será um tempero para a vida, e sal industrial... tempera!
O sal tradicional é mais saudável e por isso o recomendável!
As salinas tradicionais são elementos fortes e importantes na paisagem da Ria Formosa e da Reserva Natural de Castro Marim e Vila Real de Santo António, imprescindíveis à própria biodiversidade!
É um produto diferenciador e de qualidade que deve integrar a fileira de produção da hotelaria, restauração e bebidas!
É um produto que só existe, enquanto houver homens e mulheres, que a esta actividade difícil se entregam e que merecem o nosso maior respeito e valorização!
É identitário de uma cultura!
A partir de amanhã, à nossa mesa só Sal e Flor de Sal de Qualidade! Como bairrista que sou, e porque também acredito nos elementos distintivos deste espaço natural onde é extraído, recomendo no topo da pirâmide o SAL e FLOR DE SAL DE CASTRO MARIM.
Há que acrescentar uma pitada do bom sal na vida, e promover os valores deste Algarve.
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Do túnel ao oleoduto, o futuro em canos

21/10/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Inspirado por recentes alusões a emirados arábicos, e pela convergência nesta semana de duas questões diametralmente opostas, a água e o petróleo, retorno aos traços desérticos presentes na identidade do Algarve. Água, não pela sua falta, e hidrocarbonetos, não pela sua abundância.
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Um rasgo no desassossego - o orçamento para a Cultura 2017

20/10/2016

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Um rasgo no desassossego - o orçamento para a Cultura 2017

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Por Dália Paulo
 
Em semana de Orçamento, muito já se escreveu sobre a dotação para a Cultura. Um dado é certo: houve um reforço orçamental para a Cultura de 6,2%. Insuficiente dirão uns; incompreensível dirão outros. Irei centrar-me não na análise dos números mas em medidas de impacto a longo prazo na área cultural, porque o Orçamento é (deve ser) um instrumento para a construção de um modelo de sociedade, ser prospetivo e transformar.
Assim, neste breve apontamento (a Sul) elegi cinco aspetos do OE 2017 que, do meu ponto de vista, são verdadeiramente significativos e muito positivos para todo o território nacional e que garantirão uma maior coesão territorial e social, um reforço da cidadania e da fruição cultural:
Revisão da Estratégia e Modelo de Apoio às Artes. Urgente. Necessária. Esta revisão quer-se participada e por isso será ouvido o setor, os parceiros do mesmo e serão realizadas sessões descentralizadas de escuta. O diagnóstico há muito que está feito dirão alguns! É certo que sim, mas iniciar com seriedade esta revisão de estratégia e modelo, como a DGArtes está a fazer, implica voltar (e partir) do terreno para que a sua definição seja consistente, atual e permita trazer alguma estabilidade a um sector que, nos últimos anos, foi (quase) estrangulado. Um modelo que vai além das questões financeiras, que se quer estratégico no impacto, através do redesenho da criação e da fruição cultural, um fator significativo e significante no desenvolvimento das pessoas e do território, que se quer menos assimétrico.

Implementação do programa “Cultura para Todos”, no âmbito do Programa Operacional da Inclusão Social e Emprego. Das várias ações do programa quero enfatizar a remoção de barreiras de comunicação e a divulgação de conteúdos digitais acessíveis a pessoas com deficiência e desfavorecidas. Um trabalho essencial que tem vindo a ser feito por algumas instituições culturais mais sensibilizadas para estas questões mas que agora será trabalhado como prioridade do Estado, permitindo colocar a acessibilidade no centro da agenda política e de gestão cultural, como fator de inclusão, de igualdade e de cidadania.

Desenvolvimento de um programa de apoio às Bibliotecas Municipais, em colaboração com as Comunidades Intermunicipais. Urgente. Prioritário. Esta atenção é muito significativa da importância dada à Cultura como fator de coesão social, de conhecimento e de esbatimento de desigualdades regionais. Os fundos documentais de muitas bibliotecas municipais não são atualizados há anos o que aumenta a disparidade no acesso e a discriminação, pelo que esta medida permite a capacitação e promoção de hábitos de leitura para potenciar cidadãos mais conscientes, mais atentos e, tendencialmente, mais críticos, tolerantes e felizes.

Qualificação do setor. Tão urgente quanto necessária (e sonhada e reivindicada), beneficiará sobretudo as regiões mais deficitárias do ponto de vista da profissionalização do sector e permitirá uma democratização da oferta cultural e uma maior coesão territorial, criando condições para a fixação de profissionais do sector cultural em regiões mais periféricas, gerando “novos epicentros distribuídos pelo território” (p. 165 do Relatório do OE2017). Gostaria, ainda, enfatizar outro aspeto significativo deste referencial: a qualificação dos serviços públicos da área da Cultura é uma tomada de consciência - mais do que isso de ação - do Governo para que a descapitalização humana (sobretudo pelas reformas) seja invertida e que a transmissão de conhecimento e o rejuvenescimento dos serviços sejam assegurados.

Reorganização orgânica dos serviços e início do processo de descentralização. Esta medida é necessária porque se inscreve no novo quadro de reorganização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais. Um processo que deve ter como base uma avaliação do impacto efetivo nas instituições culturais - no serviço público prestado e na vida das comunidades - da última reorganização e descentralização (2012), ouvindo os profissionais do sector, os públicos e articulando o que deve ser uma política cultural e normativa nacional e o que pode, para ser mais eficiente, eficaz e prestar um serviço público de maior proximidade, ser descentralizado. Uma medida/ proposta verdadeiramente significativa e que a ter por base uma discussão alargada e participada terá certamente economias de escala e a criação de um tecido cultural nacional mais coerente e que servia melhor as pessoas.

Um orçamento que aposta na Cultura como motor de transformação social, de eliminação de assimetrias, de transversalidade, de devir, que vai para além dos números e que quer deixar sementes. É, acima de tudo, um orçamento que não sendo o ideal, aponta para uma viragem no que tem sido o caminho trilhado até aqui e, mais importante, com uma ideia de fundo, de base, ideológica se quiserem
!

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O Dubai não é exemplo. Mas...

19/10/2016

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Por Bruno Inácio

... o princípio de investimento no turismo, como catalisador da economia pós petróleo, deve nos fazer pensar, porque é que em Portugal não assumimos o turismo como desígnio de crescimento económico nacional.

Queria deixar aqui três horizontes positivos que o investimento público em políticas de turismo nos trariam:

1 - Atração de investimento privado. Não só na área do turismo (direto e indireto) mas em áreas tão díspares como a financeira ou a tecnológica. Os destinos turísticos são atrativos para o mundo empresarial e é natural a criação de ecossistemas propícios ao empreendorismo.

2 - A melhoria do espaço público urbano passar a ser uma necessidade constante por força da necessidade (de exigência do turista) e não só por vontade do decisor político.

3 - Uma sociedade mais cosmopolita que beneficia os habitantes dos destinos turísticos. A diversidade de nacionalidades como potenciadora da formação de um pensamento critico e criativo global, é em si uma mais valia.
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O Dubai não é exemplo. Mas... seria bom que, quem tem responsabilidades governativas ao mais alto nível, pudesse ganhar consciência desta ideia que, na minha opinião, é uma ideia de futuro.

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Orçamento do Estado para 2017: algumas considerações sobre o seu impacto nas empresas

18/10/2016

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Por Luís Coelho. O Governo deu a conhecer ao país as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) na passada Sexta-feira. Apesar de termos assistido a algumas novidades pontuais, a verdade é que, no essencial, o documento pouco foge ao que era esperado. Ainda assim, penso ser interessante dissecar algumas medidas que constam do OE2017 e que tocam particularmente ao sector empresarial. De facto, é minha convicção que este tipo de medidas são tipicamente negligenciadas pelos órgãos de comunicação social, os quais dão primazia a aspectos como os impostos, as pensões e as prestações sociais. ​

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Regionalmente falando

17/10/2016

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Por Pedro Pimpão

​Ontem decorreram as eleições regionais dos Açores. Com uma maioria absoluta para o PS. Uma abstenção cada vez mais elevada. Mas, o que verdadeiramente representou para mim relevância no dia de ontem foi a intervenção e a afirmação da autonomia política por parte dos Açorianos. Um sentimento de implementação de centro de decisão, de discussão de matérias como o emprego, a pobreza e a exclusão social a nível regional. Fui, sou e sempre serei um defensor convicto da autonomia como fator de desenvolvimento regional e de coesão social. Bem sei que as regiões dos Açores e da Madeira têm características “ultraperiféricas” que o Algarve, por exemplo não tem. Mas também sei que a dificuldade de deslocação e mobilidade não se esgotam na distância, mas sim na forma como estudamos e definimos as prioridades territoriais.

A Lei-quadro das regiões administrativas (Lei n.º 56/91, de 13 de agosto) encontra-se em vigor há cerca de 25 anos e o último referendo sobre a regionalização aconteceu há quase 18 anos (8 de Novembro de 1998). O País discute há décadas e decide sobre os aspetos de atribuições e competências, existindo ainda pouco consenso à forma de funcionamento, ao regime eleitoral e à discussão do mapa das regiões-plano em concreto. Um pequeno passo foi dado através da criação das 23 Comunidades Intermunicipais (Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro). Entre diversas competências, as seguintes: “articulação de investimentos municipais de interesse intermunicipal” ou “articulação na mobilidade e transporte”. Mas continua a existir incapacidade e inadequação ao território e às pessoas, no seu todo. O atual modelo de descentralização necessita de aprofundamento e dimensão regional. Na Proposta de Lei 36/XIII sobre as Grandes Opções do Plano de 2017, ainda em discussão e para aprovação na Assembleia da República, o caminho torna-se mais evidente, no qual indica que “as comunidades intermunicipais serão um instrumento de reforço da cooperação intermunicipal, em articulação com o novo modelo de governação regional resultante da democratização das CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional)…” isto porque a criação das regiões não prejudica as competências das autarquias porque a própria Constituição impede que sejam afetados os seus poderes, através do artigo 257º. As autarquias desempenham um papel crucial na gestão de serviços públicos de proximidade. Segundo o mesmo documento, haverá um aumento da participação das autarquias nos impostos do Estado, com a participação direta do IVA gerado em cada concelho e o “alargamento da receita das freguesias com impostos próprios, quer no contexto do regime do IMI rústico, quer no alargamento da participação no IMI urbano”. Ou seja, as autarquias “realizam-se” em termos de autonomia, de competências e de finanças, com impacto direto na vida das pessoas e das empresas.
Mas não chega, precisamos de uma “autarquia de âmbito regional”. Isto porque existem matérias que as autarquias e a própria Comunidade Intermunicipal não têm dimensão para desempenhar, nomeadamente ao nível de serviços desconcentrados do Estado a nível regional. Neste sentido, as Grandes Opções do Plano para 2017 define que “a integração de serviços desconcentrados do Estado nas CCDR ocorrerá ao longo de 2017/2018” e a sua legitimidade democrática, através da eleição do órgão executivo por um colégio eleitoral, formado pelos membros das câmaras e das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia), logo após as eleições autárquicas de 2017. O investimento público e as prioridades dos dinheiros públicos (coletados em impostos) devem ter uma aplicação cada vez mais transparente na decisão e “percecionada” por um maior número de pessoas. A coordenação territorial e a definição de políticas públicas têm de ter uma “voz” próxima do cidadão. Só na proximidade e regionalmente falando é que se encontram a integração e a realização. Mas que estas políticas não fiquem por aqui. Porque o Algarve encontra-se muito bem “definido” (para refletir num “Regionalmente falando II”).
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ÁGUA - A importância da tarifa fixa, numa região como o Algarve

15/10/2016

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Por Filomena Sintra
​A água, tal como o sol, a terra e o vento, é um elemento de vida, disponibilizado pela mãe natureza, essencial ao Homem. A forma como é disponibilizada, torna-a um bem privado de consumo, sujeito às regras da boa gestão de recursos.
Em Portugal, de uma forma redonda, o sistema de abastecimento dividi-se em dois grandes grupos gestores, os designados sistema de abastecimento em alta (a captação, o tratamento e o fornecimento de água aos reservatórios municipais), e os sistemas de distribuição em baixa, normalmente assegurado pelos municípios, serviços municipalizados e empresas concessionárias,  até aos consumidores finais, ora designados por entidades gestoras.
A estrutura dos tarifários da água, águas residuais e da recolha de resíduos sólidos urbanos, está mais ou menos normalizada, regulada e monitorizada por entidade autónoma.
Aquilo que o consumidor vê, na sua factura, é uma série de preços, em função de vários escalões, por cada tipo de serviço, recomendavelmente variável em função dos volumes de água consumidos.
Normalmente, divide-se o tarifário de cada serviço (água, águas residuais e resíduos sólidos), em duas grandes componentes, uma fixa e uma variável.


​O apuramento dos custos de um serviço, observa, uma série de princípios inerentes à gestão empresarial, designadamente:
  • O princípio da recuperação de custos, com a reintegração e a amortização, resultantes dos investimentos realizados na implantação, manutenção, modernização, reabilitação ou a substituição de infraestruturas, equipamentos e meios afectos ao sistema, pelo período de vida útil que para cada um se estima.
  • E a imputação directa, dos custos operacionais da entidade gestora, designadamente o pagamento às entidades prestadoras dos serviços, grosso modo, o preço da compra da água,  o preço do tratamento das águas residuais, ou da recolha final dos resíduos sólidos; mas também os fornecimentos e serviços externos, pessoal e transportes; tal como os custos financeiros e as taxas e impostos aplicáveis.

Num Algarve, onde as redes instaladas, tem sido projectadas e reestruturadas, por forma a comportar toda uma malha urbana, com urbanizações, quase desertas no período de época baixa, sou acérrima defensora num tarifário em que a tarifa fixa, tanto quanto maior, na observância dos princípios enunciados, mais protege e beneficia a população residente. Sei que não é o politicamente mais simpático de dizer! Mas sei que é o que politicamente mais nos protege.

Cuidado com essas comparações casuísticas dos tarifários entre concelhos, que levam muitas vezes a discursos conjunturais e a medidas avulso.

A protecção ao consumidor está a montante: no controlo dos custos de exploração dos sistemas em alta; na importância relativa dos índices de qualidade e os custos que lhe estão inerentes; na estrutura de pessoal que exigimos imputar ao sistema, porque queremos respostas na hora, porque queremos equipamentos novos, porque queremos tecnologias de ponta etc; no controlo das perdas de água; numa cuidadosa triagem de resíduos sólidos; numa maior estanquidade das redes de drenagem de esgoto; entre outros...

A supressão, ou redução política, das tarifas fixas, implica um aumento da tarifa variável, agravando a injustiça entre utilizadores residentes e os temporários.

Quem cá tem uma segunda residência, para ter serviço disponível, tem que ter uma rede acessível e comparticipar também a sua disponibilidade, pois, quando cá está tem um consumo variável equivalente a quem cá vive.

Nunca esquecendo que, num território disperso, com baixa densidade populacional, como o interior algarvio, harmonizar o princípio de recuperação de custos, traduz-se numa tarifa ao consumidor incomportável e por isso, esse bem, nem sempre está disponível e os tarifários tem subjacentes princípios mais humanistas do que economicista, abdicando as suas entidades gestoras, em regra municípios, do ressarcir dos investimentos públicos feitos ao longo dos anos.

Esta abordagem, não é mais do que uma particularidade sobre tão precioso bem, nalgumas comunidades do mundo, raro! Estes anos com consumos acrescidos e verões mais intensos, temos o privilégio, deste Algarve, nos brindar com duas valiosas reservas: a Barragem de Odelouco e de Odeleite – Beliche. Mas quantos se consciencializam, que poderemos ter que racionar o seu abastecimento?! Basta lembrar, o que sentimos quando por uma razão ou outra, se faz uma interrupção do abastecimento às nossas casas!
​
 A sabedoria popular há muito que nos transmite que só “percebemos o valor da água, quando a fonte seca”.
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Transportes públicos no Algarve, são como o carro do Fernando...

14/10/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

… umas vezes a pé, outras vezes andando.
Esta semana abateu-se sobre Lisboa um autêntico Apocalipse Taxista, que deixou os produtores da HBO a sonhar com algo do estilo de um cruzamento entre Walking Dead e Game of Thrones, com muita porrada, épicos duelos de unha do dedo mindinho, bigodes farfalhudos com refeições inteiras lá escondidas e apetite voraz por virgens, discurso vernacular, e um trono feito de corta-unhas com a Nossa Senhora de Fátima ilustrada em acrílico – e se não deixou, pensem nisso e dêem qualquer coisa aqui ao menino pela ideia.
Pelo Algarve, a pacatez costumeira, até porque, em boa verdade, por cá nada se passa no capítulo dos transportes públicos/colectivos de passageiros. E tudo vai bem, que isso é coisa para a plebe possidónia, suburbana e cinzenta, e não para os commuters bonitos e bronzeados deste cantinho.

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Grão a grão… estratégias para consolidar um tecido cultural e criativo

13/10/2016

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Por Dália Paulo

A Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente (RIS3) indica como área emergente para o Algarve as Indústrias Culturais e Criativas, para tornar a região mais competitiva.
Relembro aqui o conceito de ICC´s:


“Indústrias Criativas são “as actividades que têm a sua origem na criatividade individual, habilidade e talento e com potencial de criação de emprego e riqueza, através da geração e exploração da propriedade intelectual.” (in FLEMING (Tom) et al, Estudo Macroeconómico – Desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na Região do Norte, Fundação Serralves, Julho de 2008)
 
Contudo, ao nível das Indústrias Culturais e Criativas a região encontra-se num estado embrionário de desenvolvimento, com a inexistência de polos agregadores, tanto pela ausência de fenómenos de aglomeração de agentes privados como pela ausência de investimento público nesse sentido, fulcral para o seu desenvolvimento; veja-se o exemplo (mesmo com todas as suas fragilidades) do Cluster Criativo do Norte de Portugal.
No entanto, cremos que um trabalho transversal, liderado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, pode inverter esta situação e criar condições para que as empresas que operam no sector criativo se fixem na região, até porque temos condições favoráveis de desenvolvimento quer pela existência de um mercado externo que se encontra na região (turistas), como pela existência de fatores facilitadores para que as empresas que operam nesse sector se possam constituir como fornecedores de empresas estrangeiras, deslocalizando para a região parte das suas produções (residentes estrangeiros, clima atrativo para a classe criativa e centros de conhecimento – a Universidade do Algarve). Acrescido ao facto de que estas ICC’s contribuem (ou devem contribuir) para a melhoria a regeneração urbana e para a melhoria da qualidade de vida das populações, bem como para uma forte coesão territorial e inclusão social.
 
Assim, lanço o desafio para que se possa criar conhecimento à volta das ICC’s no Algarve e que a Universidade do Algarve e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional possam, em conjunto, promover um estudo que faça o mapeamento das ICC´s sedadas no Algarve, para que a partir daí e das dinâmicas registadas se possa verificar da necessidade de criar um Arts&Business centers ou uma ADDICT (Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas) regional.
 
Este desafio pretende ser um contributo para a atração/ fixação de criativos na região e para colocar na agenda política regional este eixo bem identificado no RIS3 e que deve unir CCDRAlgarve, Universidade do Algarve, a AMAL e as associações de empresários da região.

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Sobre a Uber, o Neto Gomes e o Cristiano Cabrita

12/10/2016

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Por Bruno Inácio

Três notas soltas. Uma sobre o tema do momento e duas sobre dois algarvios que ajudam a afirmar o Algarve.
1 - Querer ignorar a Uber, (que já chegou ao Algarve) proibindo o seu serviço não é possível. A “sharing economy” veio para ficar e é uma realidade incontornável. Não porque alguma multinacional assim o deseja mas porque os tempos tecnológicos assim o permitem. Posto isto, não deve ser essa inevitabilidade que nos deve cegar e simplesmente ignorar sectores de atividade que existem há bastante tempo e prestam um serviço público bastante importante. Isto a respeito de uma onda de vanguardismo que nos vai invadindo, ficando a coisa muito pela rama do “ser contra” ou “ser a favor”. A juntar à confuso um ministro que na onda da popularidade jovem que a Uber alcançou decide legislar. Podia esperar por uma posição europeia mais clara mas não, teve que ganhar os seus pontos nas sondagens. Quem assim decide, fica fragilizado e com a pressão na rua dos taxistas, não tardará a voltar atrás para fazer uma emenda qualquer para ficar bem com todos. Como se tal fosse possível.

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O financiamento empresarial e o mercado de capitais em Portugal

11/10/2016

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​Por Luís Coelho. Desde Abril de 1991 que Portugal dispõe de um organismo próprio e legalmente constituído cuja função é a de supervisionar e regular os mercados de instrumentos financeiros, assim como os agentes que neles actuam. De facto, no nosso país, é à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que cabe estatutariamente o papel de proteger os interesses dos investidores dado que é a ela que estão acometidos os poderes de regulação, regulamentação, supervisão, fiscalização e sanção de infracções no contexto do nosso mercado de capitais. 

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Nobel da Economia 2016

11/10/2016

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Por Pedro Pimpão

​O Nobel da Economia foi atribuído hoje aos economistas Oliver Hart e Bengt Holmstrom pelos seus contributos na Teoria dos Contratos, mais conhecida pela análise económica do direito e reflete sobre que tipo de incentivos mais eficazes para as duas partes quando assinam um contrato. O exemplo mais usual são os contratos de trabalho e a atribuição ou não de bónus de desempenho. Parabéns aos dois fazendo jus à eficácia do próprio contrato do prémio Nobel! Que o dia marcado pela manifestação dos taxistas e dos seus direitos tenham em consideração que o contrato que assinam é com a população em geral...
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Triénio 2013-2016 e a margem para um Algarve mais desigual, com o Novo Regime das Finanças Locais.

8/10/2016

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Por Filomena Sintra​

​Por força de um conjunto de reformas necessárias a que o país foi obrigado, reconfiguraram-se quadros jurídicos, alguns com impacto directo na gestão autárquica, com efeitos a partir de 2014, que devem ser do conhecimento geral de quem elege e obviamente de quem tem o poder de decidir.
Falamos no novo regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais aprovado pela Lei n.º 73/2013, 3 de setembro, e da Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro. Com a aprovação do primeiro diploma, manifesta-se a vontade de criar um regime financeiro local, na observância de um conjunto de princípios fundamentais que assegurassem a coordenação entre administração central e local no plano financeiro e contribuísse para o controlo orçamental e para a prevenção de situações de instabilidade e desequilíbrio financeiro. Com o segundo diploma, promovem-se substanciais alterações em matéria de repartição de competências entre as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia, reforçando ainda os poderes das Assembleias Municipais.
Não ousando qualquer análise jurídica, o foco desta reflexão, é circunscrito às consequências que as mesmas tem trazido nestes três anos decorridos, no contexto do Algarve, na gestão municipal, e à convicção de que,  acentuam uma perda de competitividade relativa, dos municípios com orçamentos mais restritos, em relação aos demais, por acaso, coincidentes com o interior 
algarvio.
;​Hoje, para elaborar um orçamento municipal, a componente de planeamento e estratégia, fica largamente condicionada às regras de apuramento e inscrição da receita, que genericamente são:
•             No que se refere a impostos, taxas e tarifas, não podem ser considerados valores superiores a metade das cobranças efectuadas nos últimos 24 meses, salvo a excepções tipificadas na lei;
•             As transferências correntes e de capital, “só podem ser consideradas no orçamento desde que estejam em conformidade com a efectiva atribuição ou aprovação pela entidade competente, excepto quando se trate de receitas provenientes de fundos comunitários”, que observa outra regra;
•             Como previsão de receita com a venda de bens de investimento, apenas é possível inscrever uma média aritmética simples das receitas desta natureza arrecadas nos últimos 36 meses.
Percebendo o porquê de tais restrições, reportadas à conjuntura e aos compromissos que Portugal assumira, não podemos esquecer que os municípios serão responsáveis apenas por 2% da divida pública portuguesa e que a manutenção de tais regras de construção orçamental, dilapidam a autonomia municipal, e não permite fazer um plano plurianual de investimentos, mas sim, um quadro de compromissos face àquilo que já são as receitas garantidas à priori.
No caso do Algarve, temos municípios com orçamentos executados abaixo dos 10 milhões de euros, como temos no outro extremo municípios que chegam aos 100 milhões de euros. Bem sabendo que, na proporção das funções sociais de cada um, corresponderá um maior volume de despesa, também se saberá que, a margem para planear e ajustar projectos é bem maior para quem tem esses orçamentos mais flexíveis.
Um pequeno município (leia-se, com reduzidos orçamentos), não tem margem, para jogar com a nova lei e com o largo interregno de transição entre quadros comunitários, já por si com um pacote bastante mais reduzido para a globalidade da região. Esse mesmo município, não poderá inscrever uma receita por conta de bens de investimento que agora queira vender, porque por norma não o fez (por um lado, porque não dispõe desse património e por outro lado, o mercado também não procura esses concelhos menos dinâmicos). Como tal, facilmente se percebe a dependência dos mesmos, como de pão para a boca, dos fundos comunitários para fazer investimento de capital.
Tudo certo e normal, se não fosse, condição sine qua non, só dever inscrever receita estimada dos fundos comunitários previstos, atestada a sua aprovação, a favor de determinado investimento.  De outra forma, estará a alocar receita certa, para um investimento incerto.
Um pormenor, que nos leva a uma pescadinha de rabo na boca, e para o qual deveria haver uma consciência regional, no momento da discussão de politica dos fundos; no momento que se discute as condições de transferência de competências para as autarquias; no momento que se faz política populista, com mais ou menos descida de impostos municipais, que muitas vezes leva a discursos demagógicos, em particular em sede de decisão concelhia, em regra, em ano antes de eleições.
Um exemplo prático: decide um executivo avançar com a construção de uma rede de abastecimento de água, para servir uma centena de pessoas. Estima para a obra, um investimento de 4 milhões de euros, com uma taxa de comparticipação comunitária na ordem dos 70%. Um município maior, consegue com pequenas alterações ao orçamento, ir executando a obra, até à data da aprovação e contratualização do fundo comunitário. Contrariamente àquele que, com flexibilidade zero,  terá que aguardar a aprovação do fundo, para que possa a respectiva despesa. Provavelmente, estes dois executivos, conseguem a concretização do mesmo objectivo, com dois ou três anos de diferença. Acrescido ao facto de que, aquela comparticipação comunitária, representar para o mais pequeno, a única forma de executar esse investimento básico.
Exige-se uma grande consciência regional, para que estes pequenos paradigmas, não acentuem a assimetria, tal como se exige aos deputados e executivos de cada município, menos demagogia na tomada de posição sobre os orçamentos municipais e mais vontade de salvaguardar os interesses dos seus concelhos.
Também seria útil, uma alteração legislativa que permitisse a inscrição nos orçamentos municipais, receitas provisionais estimadas em função de candidaturas a fundos comunitários, ou venda de imóveis, deixando ao decisor municipal a discricionariedade dessa responsabilidade (a lei dos compromissos, já protege os riscos dos devaneios!) Afinal, foi eleito, e sobre isso terá que responder!
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Tuaregues montados em camaleões

7/10/2016

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Os meus colegas de pena Pedro Pimpão e Bruno Inácio deram o mote para uma reflexão em torno da Ria Formosa, um dos recursos estratégicos do Algarve, principalmente se houver qualquer intenção real, para além do discurso politicamente correcto, de abraçar a vocação da região estruturando nela uma verdadeira Economia do Mar.
Agarrando no tema quente, actual e nada pacífico das demolições, lançado pelo Bruno, importa perceber que, pese embora a sua dimensão regional, é nacional o seu potencial impacto. Porque joga-se aqui, para além de questões ambientais e sociais, o futuro do Domínio Público Marítimo.
Mas antes, as pessoas.
Este é um processo que mexe com pessoas, pelo que é fácil perder a objectividade, tornando a questão... pessoal.
É uma história em que os protagonistas nos são próximos, e sabemos que não há propriamente vilões. É uma história dolorosa, porque envolve afectos e memórias, de intermináveis, doces e ociosos Verões, de fins-de-semana bem passados, noites de encanto, retalhos do Paraíso, um apego compreensível. É também uma história de vidas, porque há quem viva efectivamente ali, e viva da Ria e dos seus recursos, compondo, em conjunto com todos os outros elementos, a alma da Ria Formosa.
Mas esses vêem-se envolvidos numa história suja, porque há quem viva não na Ria, nem da Ria, mas sim de uma economia paralela que ali se desenvolve, encimada pelos arrendamentos de Verão que se escondem à vista de todos, e agora conte histórias da carochinha.
De qualquer modo, por muito que custe, há algo acima das histórias desta história.
Há um princípio.
Não apenas de legalidade ou de ecologia (como se fossem coisa pouca), mas do espaço comum, do que é de todos e de ninguém, não sujeito a titularidade privada, materializando o Interesse Público – coisa bem diferente do somatório dos interesses particulares.
O Domínio Público Marítimo é isso mesmo. É uma figura legal que dá expressão territorial a um princípio de universalidade de acesso, ainda mais excepcional se pensarmos que foi implementada em meados do Século XIX pelo Rei D. Luís – muito à frente do seu tempo, já que, no léxico contemporâneo, dir-se-ia que autenticamente nacionalizou a orla costeira.
Num tempo de maioria “de esquerda” (os rótulos e o seu valor relativo), e com tais bandeiras em causa, esperar-se-ia uma cerrada defesa.
Mas o populismo, temente ao voto, fala mais alto do que a razão. Tem falado sempre.
Daí a histórica e dramática falta de posições inequívocas sobre esta matéria, referida pelo Bruno na sua publicação.
Inclusivamente pretendendo ignorar que a Justiça já se pronunciou.
Tal facto coloca-nos à beira de abrir a Caixa de Pandora, aqui mesmo no Algarve.
Porque ou há moral, ou comem todos.
E se todos, de Norte a Sul, munidos desta mesma prerrogativa que agora alguns reclamam, decidirem ocupar o que quiserem, como quiserem, mergulhamos na anarquia.
Quem se lixa neste caso, apesar de se tratar da Ria Formosa, é não o mexilhão, mas o Algarve. Porque, apesar do ruído dominante, há uma maioria silenciosa que observa atenta o desenrolar deste processo. Se junto dela vingar a ideia de que por estas bandas a civilidade própria de um Estado de Direito não tem lugar, o Algarve continuará a ser olhado pelo restante País (e também por quem nos visita e quem pense por aqui investir) como um sítio engraçado para passear e ver umas realidades pitorescas, mas que não é merecedora de grande credibilidade. O respeito conquista-se.
Estamos portanto perante uma escolha fracturante. Entre salvar um princípio de organização igualitária da sociedade ou fazer prevalecer as vontades individuais sobre o colectivo, entregando o que é de todos a alguns.
Qualquer desfecho é, no limite, possível. Mas com consequências distintas.
Tendo em conta que um preclaro Ministro viu a Sul do Tejo nada mais do que deserto, arriscamos assumirmo-nos tuaregues.
Tuaregues montados em camaleões. E não vamos a lado nenhum.
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A propósito de dois acontecimentos felizes desta semana: os Mirós ficam em Portugal e a inauguração do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia)

6/10/2016

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Por Dália Paulo

Este nosso Lugar ao Sul pretende pensar este Sul sempre na sua relação com o país e com o mundo. Por isso escolhi dois felizes acontecimentos da semana (para além da quase certa eleição de António Guterres como Secretário-Geral da ONU) como mote para uma reflexão/ desafio ao Sul que envolve: Cultura, Economia e Desenvolvimento do Território.
  1. Inaugurou a exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose na Casa de Serralves, com parte da coleção pertencente ao Estado Português. No primeiro fim-de-semana milhares de pessoas visitaram a exposição e no dia da inauguração foi anunciada a permanência da coleção na Casa de Serralves.
  2. Inaugurou o MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) em Lisboa, uma obra da arquiteta britânica Amanda Levete. Um investimento da Fundação EDP no valor de 20 milhões de euros; no dia da abertura ao público contou com mais de 15 mil pessoas.
Estes dois acontecimentos servem de ponto de partida para dizer que a Cultura tem um retorno económico positivo - já vários estudos o comprovaram - que transforma e regenera áreas urbanas e promove a coesão social. Então porque é que sistematicamente temos de o afirmar? Porque é que ainda é considerada uma área lateral nas políticas de desenvolvimento? São questões para as quais as respostas são difíceis porque se prendem com razões de atraso estrutural, a que se liga uma (quase) ausência de estratégia que una cultura e educação de forma umbilical. Há caminhos feitos, é necessário reforçá-los!
Escolhi, ainda, estes exemplos para me centrar no Algarve e revisitar os finais dos anos 90, inícios dos anos 2000, quando estavam pensados (e alguns em curso, caso de Faro) três espaços (museus e centros culturais) de Arte Contemporânea para o Algarve – Faro, Tavira e Lagos. Percebe-se agora que seria uma total irracionalidade, claramente falta de estratégia regional. Nenhum deles foi construído! No entanto continuo a defender a necessidade da existência de um equipamento cultural de referência na área da Arte Contemporânea no Algarve.
Faro anunciou a intenção de apresentar a sua candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, a concretizar em 2017; entretanto já passou um ano desde esse anúncio e não houve (des)envolvimento público da cidade ou região.  Na semana passada Leiria apresentou a sua intenção de se candidatar à mesma data, mas, mais do que isso, deu logo a conhecer o Grupo de Missão que vai coordenar esse processo. Faro terá, certamente, a vantagem de ser a eleita porque é um critério de majoração a envolvência da região. Saibamos todos concorrer para esse desígnio.
No entanto, impõe-se a questão de saber se desde o anúncio da intenção de candidatura em 2015, Faro tem sabido (ou não) envolver a região e a cidade? Escolheu (e muito bem) como homem para fazer a necessária diplomacia externa Guilherme d’Oliveira Martins, mas não se conhece qual o envolvimento dos agentes da cultura, ou se a AMAL já oi envolvida, a Universidade estará envolvida mas sem ser conhecido qual o seu papel. Como já afirmei várias vezes este é um momento de nos unirmos, de deixar as “capelinhas” (quaisquer que elas sejam, partidárias ou outras) em torno de um projeto que pode ser verdadeiramente transformador para a região, mas, para isso, há que começar a fazer o caminho para ter capacidade de receber uma Capital Europeia de Cultura; são necessárias pessoas e equipamentos, é preciso estrategicamente o Algarve dizer presente.
Faro precisa de todos neste grande desafio, mas precisa em primeiro lugar de começar (e)afetivamente a fazer! Eu digo presente e vocês?

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A Ria Formosa, as demolições e as autarquias

5/10/2016

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Por Bruno Inácio

​Aproveitando o tema  que o Pedro Pimpão  aqui nos deixou na passada segunda-feira, quero partilhar convosco 3 ideias que me parecem importantes: 


1 – O tema “demolições” parece estar de volta ao espaço publico. Muito já foi dito e escrito e mais será nos próximos tempos, apenas quero sinalizar que quando se trata as coisas com nebulosidade, é normal que a confusão se instale. O atual governo é liderado por um partido que em campanha eleitoral nunca foi explícito sobre as suas reais intenções nesta matéria. Quando o tema surgia havia sempre um “sim” que às vezes era também um “não”. As recentes declarações do Ministro com a tutela são contraditórias com os atos praticados por quem ele tutela. É pois mais do que normal, que hoje as pessoas se questionem: afinal o que vai acontecer e o que pensa afinal o governo sobre esta matéria? 

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O Orçamento de 2017 e a opção pelos impostos indirectos

4/10/2016

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António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, confirmou ontem em entrevista ao Jornal Público que 2017 trará um novo aumento de impostos para aqueles que por cá vivem e trabalham. Em particular, Costa falou na possibilidade da introdução de “outra tributação indirecta” e confirmou novidades relativamente à tributação do património imobiliário de luxo. 

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