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O Algarve visto das asas de uma vaca voadora

30/8/2019

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Por Gonçalo Duarte Gomes

Agora que o final de Agosto se aproxima a passos largos, começa o frenesim da rentrée política. Em ano de eleições, ainda por cima legislativas, pior ainda.

Arrisco afirmar que os níveis de confiança e apreço por parte significativa da população relativamente à classe política conhecem, em Portugal, mínimos assim ao nível dos de finais da nossa Primeira República. Sem querer discutir aqui causas, noto efeitos. Concretamente o da desumanização desta relação.

Exemplo maior será, porventura, a generalizada falta de sensibilidade para um drama silencioso que alastra na dita classe política: o transtorno dissociativo de personalidade (TDP).

Um caso bem recente, e amplamente mediático, manifestou-se no Algarve. O protagonista, António Costa.

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De sucesso em sucesso até ao fecho da urgência de neonatologia

28/8/2019

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Por Bruno Inácio
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Querer colar um eventual fecho da unidade de neonatologia do Hospital de Faro ao actual Governo tem tanto de populista como este governo dizer que a culpa é do governo anterior. E dizer uma coisa ou outra não resolve o problema apenas nos deixa em banho-maria, onde de resto, esta região tem estado nos últimos anos.

Foi noticiado a possibilidade da unidade de urgência de neonatologia do Hospital de Faro encerrar já em Setembro. Segundo esclarecimento da administração do Centro Hospitalar do Algarve isso é fazer “futurologia” e que a acontecer tal se deve a um conjunto de circunstâncias (“profissionais que se encontram de baixa, por motivos de doença, licenças de maternidade e ainda apoio à família”) a que a administração e por conseguinte a tutela são alheias. Certamente isso é verdade. Tal episódio é no entanto contrastante com um discurso que vimos acentuar no último ano, mas que tem sido tónica nos últimos 4, de que Portugal é um caso de sucesso e que a governação da Geringonça (convém lembrar que foi o PS o Bloco de Esquerda e o PCP) é um oásis no deserto europeu.

O Algarve sofre, e não é de agora, de um défice de investimento crónico na área da saúde. A administração do centro hospitalar ou da ARS podem ser melhores ou piores mas a questão não está ali, está acima, no governo e na distribuição de verbas pelo SNS. O Algarve não foi prioridade nem tão pouco relevante nesta legislatura. Foi preterido para outras regiões por meras geometrias partidárias e políticas cujo argumento de decisão foi apenas o da manutenção do poder e não o do interesse das populações. Só isso explica que o governo, sem qualquer razão, tenha preterido a construção de um novo hospital no Algarve em relação a outras áreas dos pais quando existia um estudo técnico que indicava o Algarve como prioritário.

Vivemos no tempo em que as coisas são o que se diz que são e não o que são realmente. Só isso pode explicar que tenhamos um Primeiro-Ministro que diz o que entende sem que isso tenha qualquer adesão à realidade. Que se passeia pela EN2 a vangloriar do sucesso da governação mas quando o governo é questionado sobre os inúmero casos graves que temos assistido na saúda na região a resposta é inócua ou cinzenta: “há mais 8 milhões para a saúde no Algarve”. É caso para perguntar: onde? Nada realidade nada têm para dizer. A Ministra da Saúde chegou a afirmar, perante as camaras de televisão e sem se rir, que a urgência pediátrica em Portimão foi a determinada altura assegurada por um médico que estando aposentado se teria disponibilizado a ajudar. E ninguém acha isto fora do normal!?
Isto leva-nos a uma questão maior: são demasiadas as semelhanças que estamos a viver com o período que antecedeu a última grande crise. Na altura com o PS de José Sócrates no Governo (que é o mesmo de agora, com as mesmas pessoas), o que não faltavam era inaugurações pomposas, anúncios de sucesso orçamental, aumento dos funcionários públicos. O país vivia momentos de grande prosperidade. Quando a crise internacional se instalou foi o que se viu. Ora os sinais são claros: a guerra comercial mundial o desacelerar da Alemanha. Tudo isto pode trazer uma crise. E quando ela chegar a Portugal? Será o que já sabemos. E porque? Porque as pequenas folgas que tivemos nos últimos anos foram utilizadas apenas em políticas que apelam ao consumo e nada de estrutural foi feito para alterar o nosso modelo económico.

Mas vamos cantando e rindo com um Governo que navega a grande velocidade para uma maioria absoluta e um Presidente da República que ajuda a montar a festa.

Ser enganado uma vez pode ser engano. Duas vezes em tão pouco tempo é porque merecemos.
​

Nota final: como muitas pessoas eu também receio o avanço dos populismos na Europa e em Portugal. Aqueles que pensam que estamos a salvo dessa tormenta não podem estar mais enganados. Perceber a raiz desse problema não é só olhar para a extrema-direita e o discurso populista que cola facilmente na mesa do café. É também perceber que esta forma de estar na política (a que descrevo neste artigo), procurando agradar a tudo e todos e a trabalhar apenas para as eleições, gera cada vez mais descrédito e desencanto no eleitor que se refugia nos extremos por afinal “são todos iguais”.  
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DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA : O ALGARVE ILUSTRADO

19/8/2019

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Por Patrícia de Jesus Palma

A 19 de Agosto de 1839, o governo francês anunciava ao mundo a nova invenção, cujo método fora desenvolvido por Louis Jacques Mandé Daguerre. Celebram-se assim hoje os 180 anos deste primeiro processo fotográfico, cujo avanço multiplicou exponencialmente a produção e a difusão de imagens. Tanto assim é que, de uma cultura escritocêntrica, firmada nos últimos trezentos anos, imergimos num panorama essencialmente visual, potenciado cada vez mais pelo digital.
​
Ao Algarve, a fotografia e os fotógrafos itinerantes começaram a fazer-se anunciar nas páginas dos jornais oitocentistas, ficando nesta ou naquela cidade até esgotar o número de interessados nos retratos. Não tardou que a própria imprensa se apropriasse do novo processo. A 1 de Junho de 1880 surgia aquele que consideramos (atendendo aos dados conhecidos) como o primeiro periódico algarvio ilustrado com fotografia – O Algarve Illustrado: Jornal Litterario (n.º 1, 1/6/1880 – n.º 18, 15/2/1881), propriedade de João Frederico Tavares Bello.
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O Algarve Illustrado : Jornal Litterario, n.º 1, 1.6.1880. Fonte: Arquivo Distrital de Faro.
Para além da excelência do seu corpo editorial, a marca diferenciadora do jornal traduzia-se na fotografia colada ao centro da primeira página. O sentido de actualização da informação, fortalecida pela imagem fotográfica, obrigou a direcção a adiar o número dedicado ao poeta João de Deus, por não dispor de uma fotografia recente capaz de satisfazer os leitores ávidos pela novidade. Aguardou-a e publicou-a no número seguinte, a 15 de Agosto de 1880 (n.º 6).

Mas o curioso é que a fotografia, neste caso particular, introduziu à repetitividade própria de cada número de jornal, expressa nas suas centenas de exemplares, a subtileza da variação, do carácter único.

Ei-las, as variantes do n.º 1, para satisfação dos nossos prazeres visuais, neste dia mundial da fotografia:
Praça da Rainha, em Faro.
Imagem da esquerda: fotografia do n.º 1, colecção Arquivo Distrital de Faro.
Imagem da direita: fotografia do n.º 1, colecção Biblioteca da Escola Secundária João de Deus (Faro).
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O jerrican paradoxal

16/8/2019

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Por Gonçalo Duarte Gomes

As sequelas dos filmes são sempre piores que as películas originais. Isto é sabido.

Os dias que vivemos confirmam esse aforismo empírico, e a segunda abordagem tuga de 2019 ao universo cinematográfico do Mad Max está longe do brilhantismo da primeira (ver aqui).

Seja como for, a greve em curso empalidece face a uma outra que decorre em paralelo, e à qual não dispensamos uma porção infinitesimal da atenção: a do S. Pedro.

Nesta greve, como na outra, e como sempre, o Algarve é a região mais penalizada. Mas, neste caso, com culpas no cartório.
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VIAGENS NA MINHA TERRA: O ALGARVE MONUMENTAL

14/8/2019

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Como ali faltam os monumentos, diligenciarei evocá-la em paisagens.
Manuel Teixeira-Gomes, in «Reminiscências aguareladas»

Por Patrícia de Jesus Palma

      Talvez tenha sido com Almeida Garrett que fortaleci a aprendizagem de viajar sem sair do lugar. Ou, como agora se diz, a ser «turista quotidiana».
        Entrelaço as viagens dos livros com os lugares e os lugares com as leituras. Fermentam.
Ando a pé, sentidos aparelhados. Faço um dos mais interessantes trajectos ferroviários do país. Duas horas de uma diversidade paisagística singular, exuberante e íntima, sempre nova, sem época baixa (Turismo do Algarve: tanto potencial que (a)guarda!).
      A partir dessa espinha que atravessa o Algarve e em que se reconhece uma rede de cidades antiga, interligada, procuro desenhar a rota do Algarve Monumental, contrariando, é bom de ver, as «reminiscências aguareladas» de Teixeira-Gomes a propósito da sua terra. Aquele Algarve que, desde 1910, vem esboçando uma cartografia de monumentos com valor cultural relevante para a Nação, os designados Monumentos Nacionais. Contam-se 26.
    Da pré-história aos nossos dias, erguem-se as grandes e as miúdas telas da nossa civilização, memória e imaginação, um inestimável manancial patrimonial, cuja visita enche de júbilo qualquer passaporte cultural, não fosse estar, em alguns casos, inacessível ao público. 
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    ​Uns estão fisicamente inacessíveis, outros com sérias limitações em termos de acessibilidade cultural. Isto é, quanto a identificação, a materiais interpretativos que permitam, mesmo que superficialmente, a sua valorização, do contexto e da paisagem. O descaso, a incúria, está bem patente no documento «Mapeamento dos investimentos em infra-estruturas culturais e patrimoniais» que sustenta a estratégia de investimento e desenvolvimento do Algarve 2020 (https://algarve2020.pt/info/sites/algarve2020.eu/files/documentacao/Doc_Referencia/20180125_mapeamento_cultura.pdf), revelando a enorme frequência de não controlo do fluxo de visitantes ao património classificado, indício firme da falta de conhecimento dos públicos, de programação e da possibilidade de uma oferta cultural qualificada.
      Mas não é só o consumo ou a fruição turística ou o apreço estético destes monumentos nacionais. E é aí que bate o ponto: é a possibilidade de vivermos as cidades enquanto espaços abertos, fluídos, habitados, construídos e reconstruídos, relacionais, vividos, inteligíveis. É, no fundo, a possibilidade de acesso e consequente apropriação à riqueza do conhecimento, pilar essencial das sociedades democráticas. Lembrem-mo-nos que somos tanto aquilo a que temos acesso, como aquilo a que não temos.
     Os últimos dados controlados atestam de forma inequívoca o que os nossos olhos impressivamente registam à entrada de alguns destes monumentos: a grande e interessada afluência ao património monumental algarvio tanto por nacionais quanto por estrangeiros: uma taxa de crescimento na ordem dos 55% entre os dados apurados em 2014 e 2018 para os monumentos monitorizados, afectos à DRCALG (cf. http://www.postal.pt/2019/08/publicos-nos-monumentos/).
     Que não possamos conhecer o pórtico renascentista da Igreja de São Sebastião (Lagos) e a comovente história de amor que as suas pedras narram, a capela dos ossos (umas das três que existem na região); a manuelina igreja matriz de Estômbar (Lagoa), ou o “mais impressionante e historicamente importante conjunto religioso islâmico no Ocidente da Península Ibérica”, o Ribāt da Arrifana  (in https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/2072-o-ribat-da-arrifana) (foi assinado há poucos dias o protocolo que permitirá explorar este espaço: https://www.sulinformacao.pt/2019/07/protocolo-do-ribat-da-arrifana-foi-ponto-alto-de-cerimonia-no-centro-ismaelita-de-lisboa/), são razões para persistirmos, ou para ser mais exacta, para admoestar, palavra com origem no latim moneo, -ere, de onde deriva igualmente a palavra monumento.
Monumento, admoestação viva, perene. 
Amanhã é feriado, procuremos o nosso Algarve Monumental!

1. Forte de São Sebastião, Castro Marim (créditos: Câmara Municipal); 2. Igreja Matriz de Estômbar (créditos Câmara Municipal); 3. Pórtico renascentista da Igreja de São Sebastião, Lagos (créditos: Francisco Castelo, fototeca municipal de Lagos); 4. Ribat da Arrifana, configuração conforme dados já conhecidos (créditos Anyforms)
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Fuyez, fuyez, qui les Algarviens piquer!

2/8/2019

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Por Gonçalo Duarte Gomes

E ainda por cima, marchent par paires de trois!

Eugène Delacroix cunhou, em 1830, a efígie da República, no quadro “A Liberdade guiando o povo”.

Nesse quadro, Marianne, figura-tipo do povo, surge imponente e inspiradora, à cabeça dos seus concidadãos, erguendo bem alto a bandeira de França, em celebração da deposição da monarquia em terras gaulesas, compondo uma imagem de tal forma poderosa que viria a ter repercussões na iconografia republicana de outros países, como por exemplo Portugal.

Nos últimos dias, e curiosamente em simultâneo com um polémico anúncio surgido na página de Facebook do Aeroporto Internacional de Faro, em que uma campanha propunha aos turistas a fuga da estival “confusão algarvia”, rumo às idílicas paragens de Marselha (!), foi descoberta uma outra versão dessa emblemática pintura.

Nesta, em vez de Marianne, liderando a populaça francesa rumo à putativa liberdade com que os promotores do regime republicano acenavam, surge Maria Ana da Liberdade, moça marafada de Besteiros, à cabeça de uma horda de turistas, devidamente equipados, em feroz debandada rumo ao Sul de França, escapando do caótico Sul de Portugal.

Os haters vão dizer que é Photoshop, que é falso, um ultraje e sabe-se lá que outras vilanias.

Mas o que raio sabem eles sobre arte?

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"Maria Ana da Liberdade guiando os turistas" - devaneio sobre arte de Delacroix

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