Por André Botelheiro
F – essa Letra que fazendo parte do nome da capital deste lugar ao sul, hoje volta a entrar no vocabulário dos farenses e dos que irão inundar a Vila Adentro de Faro. F – de Festival: foi em 2014 que teve a sua primeira edição, e desde logo se revelou um sucesso. Pelo conceito, com a aposta na música portuguesa, cantada em português ou de músicos portugueses. Mas sem se restringir a concertos, estendeu-se a tertúlias, exposições, performances, comida de rua… Mas sobretudo, e não menos importante, por se realizar na zona mais bonita e antiga de Faro, e ao mesmo tempo a mais esquecida e desaproveitada, conhecida por Vila Adentro. O cuidado com a decoração do espaço denunciou logo o estilo e filosofia do evento, dirigido a um público eclético e de todas as idades. Ao assumir-se como “o último grande festival de verão”, procurou primar pela diferença para ganhar espaço no preenchido calendário da efervescente indústria de festivais portugueses. Inaugura hoje a quarta edição, cresce em dias, três em vez de dois, e promete continuar a aumentar o espaço disponível para os visitantes. Independentemente da subjetividade com que o cartaz e programação é acolhido pelo público, a verdade é que o Festival F já entrou no mapa dos grandes festivais de música de Portugal, ganhando Faro e o Algarve. F – de Fenómeno: cada terra tem as suas idiossincrasias e Faro não é exceção. A sua população vivia com o orgulho ferido de um lugar que se sente especial, pela sua localização, património, história e gentes, mas que tardava em assistir a algo grande, que trouxesse muitas pessoas de fora e a quem pudessem dizer, com o peito cheio, que são deste lugar e que aquele festival também é seu. É evidente a efemeridade deste tipo de eventos, cujos benefícios e real retorno não devem ser sobrevalorizados, como o “ovo de Colombo”, para o crescimento e desenvolvimento sustentável de uma cidade. Mas se o F trouxe, e traz, muitos ganhos a este lugar ao sul, julgo que um dos principais, e daí chamar-lhe fenómeno, foi a sua imediata adoção pelos farenses. Ao invés da crítica infértil de que nada aqui acontecia, imediatamente e de forma numerosa preferiram enaltecer e participar. Não é que nada acontecesse em Faro, o que acontecia é que, em regra, os farenses eram sempre os mais reticentes em participar e aceitar o desafio de experimentar eventos culturais, que ao longo de décadas, têm ocorrido em Faro. F – de Joaquim Guerreiro: falar de F é falar de Joaquim Guerreiro. Um projeto desta envergadura é obviamente obra e resultado do trabalho de uma grande equipa, porém a génese do F deve-se ao espírito fazedor, “fora da caixa”, criativo e sofisticado de Joaquim Guerreiro. O currículo deste louletano, natural do Barranco do Velho, é perentório quanto às suas capacidades em fazer acontecer diferente e com sucesso. Para tal, é inegável o seu instinto para se rodear de bons conselheiros e parceiros. Ninguém “muda o mundo” sozinho, mas é necessário que alguém dê o primeiro passo. E Joaquim Guerreiro, por mais do que uma vez, deu o primeiro passo, transformando o que antes parecia difícil no que depois parece óbvio. Falar do Festival Med, da Noite Branca, da programação do ALLGARVE, no concelho de Loulé, com destaque para a utilização inédita da Mina de sal-gema ou do Palácio de Fonte da Pipa para exposições de arte contemporânea, da marca LC - Loulé Concelho, e não falar de Joaquim Guerreiro é impossível e injusto. Em Faro, assumiu os destinos do Teatro Municipal a partir de 2014 e, independentemente da discussão ideológica em torno da escolha da programação, a verdade é que o número de espetadores cresceu e são recorrentes os espetáculos esgotados. Mas Joaquim Guerreiro, no seu estilo low profile é um homem inquieto e ambicioso, sendo capaz de colocar a barreira mais alta quando se tem de pensar no futuro, exemplo disso mesmo foi a sua intervenção no projeto de candidatar Faro (e o Algarve) a Cidade Capital Europeia da Cultura de 2027. Podemos não chegar a levar avante este auspicioso desígnio, mas a meta que Joaquim Guerreiro idealizou obriga-nos, enquanto comunidade, a sermos melhores e a trabalharmos por uma causa comum se a quisermos alcançar. Em tom de brincadeira, mas não isenta de realismo, costumo dizer entre amigos que, a maior obra da coligação que gere os destinos de Faro, há quase 8 anos, chama-se Joaquim Guerreiro.
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Por Cristiano Cabrita
O mundo só pode ser Melhor que até aqui, - Quando consigas fazer Mais p'los outros que por ti!* *António Aleixo Os algarvios, por natureza, são bairristas e assumem a luta do seu vizinho como a sua. Fazem-no desprovidos de interesse, com uma naturalidade sadia e com um sentimento de apego que traz sorrisos e aquece o coração de quem tem o privilégio de ser algarvio. E o “ ser” algarvio não se aplica somente aqueles que aqui nasceram ou que aqui têm raízes familiares, aplica-se também àqueles que aqui decidiram constituir as suas famílias, abrir os seus negócios, usufruir da sua reforma, enfim, que decidiriam “viver” o Algarve. O cheiro a maresia, as cores do barrocal algarvio, a beleza da nossa costa, a riqueza da nossa fauna e flora, o azul deste mar, o património histórico e etnográfico e os sabores característicos da região são passaportes identitários que elevam a riqueza da nossa região a patamares únicos no mundo. A própria oralidade é um cimento agregador da nossa forma de estar e ser. Conseguir discernir a origem do môce de Lagos, de Portimão, do Alvor, de Loulé ou de Faro, simplesmente pela maneira de falar é de uma complexidade e de uma riqueza sem comparação. A última vez que senti esta maneira de estar e ser algarvio, este sentimento de apego e partilha comum, foi num dos momentos mais difíceis que tive a oportunidade de viver em primeira mão, no dia 1 de Novembro de 2015. As inundações em Albufeira foram uma tragédia para a cidade. Mas, houve um lado positivo. Foi indiscritível a onda de solidariedade que recebemos de todo o país, do estrangeiro, mas, em particular, de todos os municípios do Algarve e de todos os algarvios. O sentimento, a vontade de ajudar, fosse com um ou dois homens, fosse com um camião, com uma simples bomba de água, ou com apenas uma palavra de apoio, o calor que sentimos naquele dia frio e trágico para a História de Albufeira, aqueceu-nos a alma e deu-nos força para continuar a lutar e reerguer a cidade dos escombros. Nessa semana, houve união sincera, da mesma maneira que todos nos solidarizámos com Monchique aquando dos incêndios que fustigaram aquele concelho, da mesmíssima maneira que nos unimos contra os contratos de exploração de petróleo na costa sul. Talvez por nos considerarmos diferentes, herdeiros de um legado milenar, talvez porque nos sintamos distantes do poder central por razões que não cabe agora discorrer, talvez porque, para o resto do país, quando atravessamos a Serra do Caldeirão, deixamos de ser apenas “albufeirenses”, “monchiquenses”, “louletanos”, “farenses” ou “lacobrigenses”, passando a ser também algarvios. Talvez porque este sentimento é apenas isso, um sentimento que as palavras não conseguem exprimir na sua verdadeira dimensão. Na sua incomensurável grandeza. Por tudo isto, hoje faço um apelo diferente para que votem em Paderne, aldeia finalista do concurso “7 Maravilhas – Aldeias de Portugal”. Como é público, Paderne é a única representante algarvia, concorrente na categoria Aldeias Rurais e para ser considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal vai precisar de contabilizar mais votos do que a sua concorrente, a aldeia de Sistelo. Teria a mesma postura se tivesse em causa a eleição de Estoi, de Alte, da Bordeira (Aljezur) ou de qualquer outra localidade algarvia porque entendo que o Algarve é um património comum que deve ser defendido até à exaustão. Da mesma maneira que sou um promotor do Festival de Marisco de Olhão; que aplaudo a Noite Branca de Loulé; que enalteço o Festival F em Faro; que valorizo a tradição vitivinícola de Lagoa e a FATACIL; que promovo o legado de Monchique; que difundo a Feira Medieval de Silves e que aconselho a Fortaleza de Sagres, o Castelo de Silves, a Ermida de Nossa Senhora da Guadalupe e a Fortaleza de Lagos, entre outros, a todos os que nos visitam. Da mesma forma que valorizo e divulgo as maravilhas encerradas em Cacela, Monte Gordo, Cabanas de Tavira, Burgau, São Brás, Bensafrim, Santa Barbara de Nexe, Aljezur ou Castro Marim, venho agora apelar ao voto comum de todos algarvios em Paderne. Se Paderne ganhar, ganhará o Algarve, ganhará o património algarvio, ganharemos todos nós. Para votar em Paderne basta ligar para o número 760 10 70 03, até dia 3 de Setembro, data em que se realiza, em Piodão, a gala final, conduzida por Catarina Furtado e José Carlos Malato, no decorrer da qual vão ser anunciadas as 7 aldeias Maravilhas de Portugal. Caso Paderne seja vencedor, tornar-se-á na terceira maravilha do Algarve, neste caso, na categoria de Aldeias Rurais, depois da eleição da Ria Formosa, em 2010 (7 Maravilhas Naturais) e de Odeceixe, (7 Maravilhas Praias). Por Sara Luz
Por João Fernandes
Quando se pensava que o combate à desigualdade era um denominador comum a qualquer pessoa esclarecida, comunidade informada ou país desenvolvido, eis que ressuscitam os mesmos de sempre a dar corpo ao indefensável. Na semana passada decorreu o maior encontro europeu de economistas. Este encontro ficou marcado pelo confronto entre Vítor Constâncio (Vice-Presidente do Banco Central Europeu) e Vítor Gaspar (Diretor do Fundo Monetário Internacional) sobre o efeito da desigualdade no crescimento económico. Sim, para Vitor Gaspar não há qualquer evidência de que a desigualdade prejudica o crescimento… Desenganem-se os que pensam que se trata de uma disputa isotérica, meramente académica, e sem consequências para as vidas dos comuns mortais! Para além dos “enormes” impactos das opções que grandes instituições adotam, em função das convicções dos seus líderes, a jusante, há que contar com as lições que os “bons alunos” nos aplicam no plano europeu, na governação nacional ou mesmo ao nível local. E o resultado final desta linha neoliberal fundamentalista já o conhecemos, não só é eticamente condenável, como prejudica a produtividade da economia! Para Portugal, este desígnio é ainda mais importante. De acordo com os últimos dados disponíveis do Eurostat (2015), de entre 34 países europeus, Portugal está entre os 10 em que a desigualdade de rendimentos é maior. Exatamente por termos uma economia desigual, hoje sabemos que as medidas de austeridade aplicadas pelo anterior governo tiveram impactos sociais agravados e efeitos recessivos mais fortes do que o esperado. Não é certamente promovendo a acumulação de riqueza em apenas alguns e empurrando todos os outros para o sobre-endividamento que se estimula um crescimento sustentável. Vale a pena enaltecer o mais recente trabalho de Joseph Stglitz (Prémio Nobel da Economia) - The Price of Inequality: How Today's Divided Society Endangers Our Future - 2012. Neste livro Stiglitz retrata a desigualdade de rendimento nos EUA, criticando a crescente disparidade de riqueza e os seus efeitos sobre a economia em geral. Um dos argumentos base de Stiglitz é o de que a desigualdade se auto perpetua. Chega mesmo a afirmar que a desigualdade é gerada pelos mais ricos, através do controlo da atividade legislativa e regulatória… “O mercado neoliberal fundamentalista foi sempre uma doutrina política a serviço de certos interesses. Nunca recebeu o apoio da teoria económica. Nem, agora fica claro, recebeu o endosso da experiência histórica. Aprender essa lição pode ser a nesga de sol nas nuvens que hoje pairam sobre a economia global.” —Joseph E. Stiglitz Felizmente, há também no FMI novos ventos… diria que mais arejados. Recentemente, três economistas do departamento de investigação desta instituição (Ostry, Berg e Tsangarides) publicaram um relatório em que mostram que menor desigualdade estimula um crescimento duradouro e sustentado (“Redistribution, Inequality and Growth”). Além das gravíssimas implicações éticas e de justiça social, de que modo são estas desigualdades prejudiciais à sociedade? Não será também a desigualdade causa do avanço dos populistas em economias avançadas e em povos ditos desenvolvidos? É imprescindível que esta temática adquira ainda maior relevância no debate político e, sobretudo, na ação. E nós? Não necessitamos de ser versados em “economês”. Podemos, por exemplo, exigir que as prioridades da ação dos autarcas do nosso Lugar ao Sul passem por políticas que visem um crescimento socialmente justificável. CRESCER pode efetivamente expressar diferentes propósitos: Desenvolver-se, tornar-se maior ou avançar para alguém com modos agressivos. Resta-nos pois optar pelo significado que realmente pretendemos para a palavra! Por Gonçalo Duarte Gomes
A pouco menos de um mês para entrarmos no período oficial de campanha eleitoral para as autárquicas, há que preparar o fim da silly season, que dará lugar à rentrée season, pois o tempo passa a correr. Este período “pré-campanha” em que nos encontramos – difícil de distinguir da campanha propriamente dita – é já rico em bizarrias. Mas, se muitos dos devaneios que por aí pululam servem, pelo caricato, para nos alegrar os dias, outros há que nos fazem sentir vergonha alheia mas também própria, por pensarmos que aquelas pessoas poderão vir/continuar a ser os decisores de amanhã. A esse propósito, não é descabido lembrar a história, testemunhada para a posteridade pelo jornalista Henrique Monteiro, da passagem de Mário Soares por Faro com a sua caravana de campanha para as presidenciais de 1986. Naquele seu registo expansivo de caça ao voto, e numa sequência beijoqueira a um friso de crianças, o então candidato abordou um petiz que esperneou veementemente. E o espavento não era para menos: no seu frenesim popularucho, Soares preparava-se para beijar um anão contra vontade do mesmo. Arrepiando caminho, largou a pessoa e partiu em busca de outras bochechas. Este episódio serve desde então – ou deveria servir, parece-me – de alerta a qualquer candidato/a, a qualquer eleição, para os efeitos do excesso de voluntarismo em períodos de campanha, pois se até Soares, dos mais batidos de sempre nas lides eleitoralistas, se enganou, que farão outros menos rodados nessas andanças… Por Bruno Inácio Foto retirada da página de facebook do Salvador Santos Tinha 10 ou 11 anos, no máximo 12. Terá sido por essa altura que terei tido o contacto mais próximo e regular com o Engenheiro Luís Guerreiro. Ele estava a preparar a abertura da Livraria Odisseia em Faro em conjunto com primos que temos em comum. Aliás, o parentesco sempre foi motivo de conversa. Não éramos primos. Ou então, como tantas vezes se diz, éramos primos afastados. As localidades pequenas (em dimensão territorial) como Querença assim o propiciam. Não é muita a distancia entre a casa da sua família e a casa da minha família. Da Várzea Redonda ao Cardosal são dez minutos a pé. Os mesmos que mais ou menos percorria para apanhar o autocarro quando fui estudar para Loulé.
Nesses meus 10 ou 11 anos, no máximo 12, numa espécie de férias de verão de Faro, fazia o que podia para ajudar na abertura da Odisseia. Lembro-me de arrumar livros consoante determinada organização. Lembro-me de o ter feito errado várias vezes. Lembro-me de distribuir folhetos pelos carros onde era anunciada a inauguração da nova livraria. Ficava com os dedos todos negros de tanto levantar os limpa-para-brisas. Estive no dia da inauguração. Havia muitas pessoas, o espaço era grande. Havia gravatas e gente que parecia ser importante. Para os meus 10 ou 11 anos, no máximo 12, pareciam ser gente importante. Recordo a barba e a pera do Engenheiro Luís Guerreiro que, lá ao fundo, junto a duas grandes imagens, uma julgo que era do Poeta Cândido Guerreiro, discursava. Não me lembro do que disse. Ali andava aos encontrões no meio daquelas pessoas importantes. Lembro-me sim do sorriso rasgado do Engenheiro Luís Guerreiro. Estava a cumprir um sonho. Esse sorriso era nele uma constante. Um traço de expressividade que sempre manteve. Lembro também os seus olhos cerrados proporcionais ao sorriso. Sempre o vi a rir e a sorrir muito. Era um Homem bem-disposto, positivo e de bem com a vida. Por isso, e por tantas razões mais, é tão injusto que essa vida, com quem ele estava de bem, lhe tenha fugido do corpo de forma tão repentina. Alguns anos mais tarde tornei-me colega do Engenheiro Luís Guerreiro na Câmara Municipal de Loulé. Eu fazia tudo o que era para fazer. Ele era uma pessoa importante da Câmara. Era o “Homem da Cultura” como tantas vezes o ouvi lhe chamar. Colaborei com ele em vários projectos e gradualmente fomos ganhando amizade que ele já “carregava” por mim e eu por ele, desde que eu nascera já que eu era uma espécie de primo afastado. A determinada altura fomos os dois chefes de divisão. Ele era da Cultura e eu da Comunicação, Relações Públicas e Eventos e depois do Desporto. A proximidade das áreas fez-nos fazer muitas coisas em conjunto. Ás quartas-feiras de manhã tínhamos sempre reunião com o Vereador Joaquim Guerreiro e com os restantes dirigentes sob seu pelouro. O parentesco também era tema nestas reuniões já que o Joaquim Guerreiro é também ele um primo de ambos. Foram muitas quartas-feiras de manhã. À volta daquela mesa eu era o mais novo e aprendi muito com aquelas pessoas. Passámos por tempos em que havia disponibilidade financeira para concretizar projectos, mas também passámos por tempos em que foi preciso um grande rigor e gestão orçamental o que obrigou a tomar decisões difíceis. Não obstante do bom ambiente geral, propiciado por todos, o Engenheiro Luís Guerreiro enchia a sala. Era normal assim ser. Foi, porventura, o melhor relações públicas que a Câmara Municipal de Loulé alguma vez teve. Tinha sempre uma história para contar. E contava sempre as histórias e as estórias com um grande desembaraço e sempre com umas piadas pelo meio. Monopolizava as audiências fossem elas de pequenos grupos ou de grandes salas. A Fundação Manuel Viegas Guerreiro, um sonho do Engenheiro Luís Guerreiro, teve, no lançamento da sua primeira pedra o então (agora outra vez) Ministro Eduardo Cabrita. Conduzi essa cerimónia e lembro-me que me enganei a determinada altura e cortei a palavra ao Senhor Padre. Pedi desculpa e devolvi a palavra. Relembro que nesse momento, o Engenheiro Luís Guerreiro, me sussurrou ao ouvido: “Nem Jesus foi perfeito”. Ele tinha muitas deixas destas. Pese embora as diferenças geracionais tenho bastantes boas memórias do Engenheiro Luís Guerreiro. De alguns convívios no Café Calcinha onde de resto, estou certo, ele teria tido papel importante nesta nova fase desse importante espaço cultural e social da cidade. Foram muitos os projectos que idealizou e colocou em prática e são muitas as pessoas que vão ter saudades suas. Eu serei uma delas e será destes pequenos momentos que aqui relatei e de tantos outros, que recordarei com saudade um Homem Bom que foi bom para os outros e que deixa a sua marca em Loulé, no Algarve e no País. Até sempre Engenheiro. P.S: Um dos seus últimos projectos foi a apresentação de uma proposta ao Orçamento Participativo de Portugal com vista a criação de uma Hemeroteca Digital do Algarve na Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Pode contribuir com o seu voto até ao dia 10 de Setembro através deste link: https://opp.gov.pt/projetos/todos/709-hemeroteca-digital-do-algarve Paulo Pereira volta novamente a escrever a Sul apresentando um texto sobre temas fundamentais para o nosso futuro colectivo: inovação, empreendedorismo e regionalização. É, pois, material de Lugar ao Sul.
Nota Biográfica Paulo Jorge Teixeira Pereira, esperou pela inauguração da ponte sobre o Tejo para ir nascer a Lisboa em novembro de 1966. É licenciado em Gestão Financeira pela ESGHT e Pós-graduado em Finanças Empresariais pela FE-UALG. Depois de várias colaborações na imprensa regional, viria a ser representante do Semanário Económico na Região até à sua passagem a diário. Há cerca de 25 anos que trabalha como consultor de empresas, tendo-se especializado na área dos apoios e incentivos ao investimento, incluindo ainda duas passagens por funções públicas em Vila Real de S. António e Portimão. Fez parte da Comissão Fiscal da Câmara de Comércio e Industria de Portugal e integra os orgãos sociais da BICS - Associação dos Centros de Empresa e Inovação Portugueses. Foi fundador e ainda é dirigente da Algarve Film Commission. Quanto tinha tempo livre ia ao cinema e dedicava-se à fotografia. Sempre que tem oportunidade, viaja em família. E, claro, é adepto do único clube desportivo nacional que tem um nome que se compreende em qualquer parte do mundo: SPORTING !!!! Por Paulo Pereira Os indicadores económicos do primeiro semestre de 2017, dificilmente poderiam ser melhores: o PIB está a crescer 2,8%, empurrado pelas receitas do turismo (+17,5% no Algarve) e pelas vendas imobiliárias (+30%). De facto, a economia está a crescer quase 3%, mas convém não esquecer que está ainda a recuperar de vários anos de “crescimento” negativo. Vistas bem as coisas, o PIB de 2016 estava ao nível de 2010 e os hoteleiros estão ainda a recuperar níveis de rendimento perdidos nos últimos 10 anos. Seria interessante aproveitar o momento, para desenvolver uma estratégia regional integrada de dinamização económica com um modelo de gestão que permitisse acompanhar a dinâmica do mercado. Gostaria de ver a região a pensar em formas de consolidar e potenciar o momento positivo que está a viver. Por Joana Cabrita Martins Dei com esta conta de instagram...
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