Lugar ao Sul
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Lugar ao Sul na SIC Notícias para falar sobre eutanásia

29/5/2018

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Hoje foi um dia especial para o Lugar ao Sul! Na sequência de um amável convite da Delegação da SIC no Algarve, fomos até à baixa de Faro materializar a nossa estreia em televisão e logo para discorrer sobre um tema tão fraturante como a eutanásia. Partilhamos o resultado desta primeira incursão pela TV no vídeo abaixo, pedindo desde já desculpas pela qualidade da imagem (e, também dos testemunhos =)). Gostaríamos de agradecer novamente o convite que nos foi endereçado, ficando na expectativa de uma nova oportunidade para contribuir para o debate a partir de outras plataformas que não apenas a digital.
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Respirar lentamenteee...para não morrer rapidamente!

25/5/2018

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Por Joana Cabrita Martins

No início do presente mês foi divulgado um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde) que revela as cidades Portuguesas que ultrapassam os níveis de poluição máximo recomendado de partículas finas inaláveis*.
Notícia do DN

É no entanto interessante constatar que a legislação Europeia e consequentemente a Portuguesa não se regem pelos mesmos valores, colocando-os bem acima dos valores recomendados pela OMS.

Do limite máximo de 10 microgramas por metro cúbico de ar recomendado pela OMS as legislações europeias estabelecem os 25 microgramas por metro cúbico de ar como o seu limite máximo.
Sem ser necessário conjecturar sobre teorias da conspiração, esta tão grande discrepância de mais 150% é mais que suficiente para pressupor uma série de razões de cariz económico e financeiro que estariam afectas a uma abrupta quebra nos seus lucros/negócios, algo que seria calamitoso para uma estruturada sociedade baseada nos mais altos valores do consumo, caso se regulasse pelos números preconizados pela OMS.

Uma vez mais valores capitalistas se sobrepõem ao bem estar e saúde do ser humano.

À parte esta curiosidade, e visto este estudo por cá não ter tido grande divulgação e/ou impacto, a mim pessoalmente preocupa-me constatar que 2 das cidades que se encontram acima dos valores, segundo a OMS, são Algarvias, a saber, Albufeira e Faro.

Preocupa-me perceber que a diferença de valores entre ambas e a cidade de Lisboa é de apenas 1 micrograma por metro cúbico de ar, de 12 microgramas registados em Albufeira e Faro para 13 microgramas registados em Lisboa.
Isto porque comparando as dimensões da capital Portuguesa com as cidades algarvias (ainda que uma delas seja também capital) seja em termos de área, seja em termos de população residente e visitante, e consequentes meios e recursos utilizados por estes, os valores deveriam apresentar uma maior amplitude de diferenciação com valores significativamente mais baixos para as cidades de Albufeira e Faro.
​
Debruçando-me especificamente sobre Faro, capital da região, e minha “casa”, uma cidade de pequenas dimensões inserida em pleno Parque Natural da Ria Formosa apresenta-se incompreensível que os níveis de poluição do ar se encontrem em valores superiores ao máximo estabelecido pela OMS para preservar a qualidade de vida e saúde dos seus cidadãos residentes e visitantes.
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No entanto se fizer uma breve análise por alto da cidade, consigo entender que estes valores sejam reais e facilmente atingíveis numa cidade em que a utilização do automóvel per capita é elevadíssima, e em que a maioria da população não prescinde do mesmo para fazer deslocações de 500m de casa para o trabalho e vice-versa, em que o espaço público é invadido e usurpado pelos carros, onde os passeios deixam de ter a função de servir os utilizadores pedonais e se tornam parques de estacionamento legais aos olhos de quem governa e fiscaliza.

Um aeroporto (tb ele em pleno Parque Natural da Ria Formosa), em que em mais de metade do ano o tráfego aéreo que sobrevoa a cidade é bastante intenso sem ser preciso grande esforço para se contabilizar. Basta estar no centro da cidade para se ser interrompido periodicamente pelo sobrevoar dos pássaros gigantes que ao chilrear nos fazem calar.
E que do alto da sua passagem vão contribuindo, e não é com esmolas, para o aumento das micropartículas.

Se juntarmos a este factores humanos os naturais e/ou climatéricos decorrentes da nossa posição numa zona geográfica de clima temperado a tender para o seco, com predominância para periodos de secas estremas e aumento significativo das temperaturas, temos toda uma conjuntura mais que favorável para que os valores apresentados este mês não só tenham tendência a manter-se como mais que provavelmente a aumentar.

Se relativamente aos factores naturais, directamente, pouco poderemos fazer para alterar a situação, o mesmo não é aplicável aos factores humanos, civilizacionais.
Os decisores locais, regionais e nacionais deveriam seriamente debruçar-se sobre o tema e procurar pôr em pratica leis e planos estratégicos concertados que promovam alterações significativas nas cidades e nos estilos de vida dos seus habitantes.
​
E se poderá, porventura, existir algo que seja mais moroso ou arriscado de preconizar como reduzir o numero de viaturas nas cidades, ou restringir o acesso das mesmas a determinadas áreas da mesma, há por outro lado acções práticas bem simples e efectivas que fazem a diferença.
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Cuidar, preservar e aumentar os espaços verdes das cidades é uma delas.

Na capital do Algarve durante anos os poucos espaços públicos verdes existentes, foram completamente negligenciados, o que deveria per si ser considerado um acto criminoso quando se fala de assuntos como este de saúde pública.

 Uma simples planta multiplicada por vários canteiros e uma simples árvore de porte médio grande multiplicada por outros tantos, em cada rua, em cada praça, poderia fazer a diferença na purificação do ar da cidade.

Em Faro ao longo dos últimos anos foram abandonados canteiros, foram amputadas e deixadas morrer árvores e flores, foram calcetados canteiros... foi-se desertificando a cidade e deixando aumentar a poluição do ar.

Foi com grande felicidade e alguma incredulidade que na semana passada e esta semana vi serem descalcetados antigos canteiros do centro da cidade e ....plantadas árvores!!!
Em duas áreas vizinhas, outrora oásis de palmeiras, posteriormente desertificadas sugiram nestes últimos dias novas árvores.

Será um sinal de mudança nas estratégias e entendimento dos decisores?
Vou manter a esperança. Que pode ser que se venha a confirmar, caso completem o trabalho de descalcetar os restantes canteiros do outro lado da rua (que inexplicavelmente não tiveram direito a árvores). E aquele cujo corpo morto de uma outrora palmeira jaz ainda solitário no meio de novas espécies...
​
Sim...
Sim quero acreditar que foi só o começo e que o trabalho será terminado, e que por traz deste começo esteja uma estratégia bem delineada para tornar Faro mais verde, mais fresca, e MENOS POLUÍDA.
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*”Indicadores da Qualidade do ArO nível da poluição do ar é medido pela quantificação das principais substâncias poluentes presentes neste ar, os chamados Indicadores da Qualidade do Ar. Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torna-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Estes Indicadores representam materiais sólidos e líquidos em suspensão na atmosfera, como poeira, pó e fuligem. O tamanho das partículas é o critério utilizado para a classificação destes materiais. Partículas mais grossas ficam retidas no nariz e na garganta, provocando incômodo e irritação, além de facilitar que doenças como gripe se instalem no organismo. Poeiras mais finas podem causar danos ao aparelho respiratório e levar outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer. As pessoas que permanecem em locais muito poluído por partículas inaláveis, são mais vulneráveis a doenças de forma geral.”
meioambiente.pr.gov.br
 
 
“As partículas presentes na atmosfera são provenientes de fontes naturais, como vulcões, aerossóis marinhos e a ação do vento sobre o solo, e de outras de caráter antropogênico, tais como a queima de combustíveis fósseis, processos industriais e tráfego rodoviário. As partículas presentes na atmosfera são normalmente designadas pelo método através do qual são medidas. Nos últimos anos foi dedicada especial atenção aos efeitos das partículas e portanto as medições tradicionais de Partículas Totais em Suspensão (PTS) têm vindo a ser substituídas pela medição da fração PM10 (partículas com um diâmetro 5 aerodinâmico inferior a 10 µm), dado serem estas as partículas que representam um maior risco para a saúde(Elsom,1989;Seinfeld,1986). O material particulado ou aerossol atmosférico é constituído pelas partículas sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera. As partículas inaláveis(PM10) são definidas como partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10 µm, estas dividem-se em partículas grossas inaláveis com diâmetro aerodinâmico entre 2 e 10 µm e as partículas finas com diâmetro aerodinâmico menor que 2 µm(Seinfeld,1986). Estudos recentes têm demonstrado a existência de correlações entre as variações dos níveis diários de PM10, produzidas por diversas fontes e os efeitos nocivos à saúde humana. Em muitas cidades as PM10 são consideradas como um dos poluentes que causam maiores preocupações, estando a sua ação relacionada com todos os tipos de problemas de saúde, desde a irritação nasal, tosse, até à bronquite, asma e mesmo a morte(Cerqueira,2000). A fração mais fina das PM10 ( 0,5µm a 1,0µm) pode ter efeitos muito grave para a saúde, uma vez que este tipo de partícula pode penetrar profundamente nos pulmões e atingir os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias e por vezes danos permanentes. As partículas desta dimensão penetram facilmente no interior dos edifícios (Elsom,1989;Seinfeld,1986). Partículas com diâmetro inferior a 1 µm, podem permanecer em suspensão na atmosfera durante semanas e serem transportadas ao longo de centenas ou milhares de quilômetros, enquanto que partículas maiores que 2,5 µm, são removidas no período de algumas horas por precipitação e sedimentação. As dimensões das partículas finas, principalmente das partículas emitidas pelos veículos a diesel, são da ordem de grandeza do comprimento de onda da luz visível podendo, por este motivo, reduzir sensivelmente a visibilidade. A capacidade do material particulado em aumentar os efeitos fisiológicos dos gases presentes no ar é um dos aspectos mais importantes a ser considerado. Os efeitos de uma mistura de material particulado e dióxido de enxofre, por exemplo, são mais acentuados do que os provocados na presença individualizada de cada um deles. Além disso, pequenas partículas podem absorver o dióxido de enxofre do ar e, com água (umidade do ar) formam partículas contendo ácido, o que irrita o sistema respiratório e pode danificar as células que protegem o sistema.”
Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais - Universidade Federal Rio Grande do Sul

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Afinal, quando voltam as Freguesias?

23/5/2018

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Por Bruno Inácio
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A novela da organização do território ao nível das freguesias é como aquelas telenovelas mexicanas: o drama nunca mais tem fim e são milhares de episódios. Nunca se sabe bem como vai acabar. Ou se vai acabar.

Já aqui escrevi sobre este tema em Novembro de 2016 (pode ler aqui: E as freguesias? (xiuuu, não falem nisso pá!  leitura que recomendo para contextualizar toda esta questão).  
Na altura procurei fazer um historial do processo e tecer algumas considerações que basicamente desaguavam numa tremenda falta de consideração de alguns políticos pelas populações, a quem impingiram promessas populistas e demagógicas.

Chegamos a Maio de 2018 e o cenário não mudou muito. Em Janeiro deste ano, no congresso da Associação Nacional de Freguesias, o Ministro da Administração Interna, voltou a puxar das promessas para cima da mesa:

“que o Governo vai entregar “neste semestre” uma proposta ao parlamento para a reorganização territorial das freguesias, que permita a criação ou modificação destas autarquias locais, para um “regresso à normalidade democrática”.

“Aquilo que iremos fazer é uma lei-quadro que colocará cada coisa no seu plano e que dará a voz aos autarcas. É essa proposta que, neste semestre, apresentaremos na Assembleia da República para que se volte nesta matéria à normalidade democrática, isto é regras estáveis que definam como é que organizamos o território”

Nada de muito concreto mas suficientemente claro para ganhar mais seis meses desta discussão. Pois bem, os seis meses estão a terminar e é tempo do governo mostrar trabalho e por mãos à obra. O Partido Socialista gerou muitas expectativas sobre este tema nas eleições legislativas de 2015. A promessa de ter a questão resolvida para as autárquicas de 2017 falhou como de resto o ministro assumiu. Resta agora saber se irá cumpri a promessa de, passo a citar:

“este ano (2018), que é o primeiro ano de mandato autárquico, dar passos significativos que depois serão desenvolvidos nos próximos anos”.

Neste debate não tem faltado e continuará a não faltará quem procure tapar o sol com a peneira procurando contaminar o discurso público e político com a acusação simplista de que foram os promotores da agregação das freguesias que agora estão a defender a reversão da medida. Como se de resto isso fosse relevante para o futuro da questão. Servirá certamente para avaliação política dos eleitores mas não servirá para desculpar uma eventualmente falha da palavra dada.

É caso pois, para colocar a questão: será esta uma palavra honrada?

Espero, sinceramente, que sim.
​
Aguardemos as cenas dos próximos capítulo. 
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Algarve subprime

18/5/2018

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Por Gonçalo Duarte Gomes

​Há um excelente filme de 2015, intitulado The Big Short (traduzido em Portugal para A Queda de Wall Street), que explica, com algum humor à mistura, a espiral de ganância, irresponsabilidade e demissão ética que conduziu à crise financeira de 2007/2008.

Como já foi há muito tempo, as pessoas podem não se lembrar, mas essa crise foi provocada maioritariamente pela bolha imobiliária no mercado dos Estados Unidos da América, que rebentou com a chamada crise do subprime (basicamente, créditos bancários concedidos a tomadores que se estava mesmo a ver que não tinham como os pagar), arrastando a economia americana que, por sua vez arrastou toda a economia mundial, dadas as ligações, principalmente bancárias, entre uma e a outra.

A sorte dos bancos é não transmitirem doenças venéreas entre si, porque com o nível de promiscuidade que ostentam…

Adiante. Esse filme expõe também o quão visível era a desgraça que se estava a desenhar, e como ninguém quis, deliberadamente, saber. No final, conclui-se que o problema assentou na inconsciência dos consumidores e no facto da banca não se importar com as consequências das suas acções porque as alicerçava numa certeza sólida: a de que, se algo corresse mal, os Governos de todo o Mundo prefeririam sacrificar os seus contribuintes a prejudicar a fantasia financeira que alimenta a denominada “Economia Global”.

Podem ver na televisão, que de vez em quando dá em reposição.

Ou então olhem à vossa volta, e assistam à repetição ao vivo e a cores.
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Que época balnear para o Algarve ?

16/5/2018

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Por Cristiano Cabrita
Ontem foi aberta oficialmente a época balnear no Algarve. Há muito tempo que é debatida a questão da sazonalidade na região. Gastaram-se milhares e milhares de euros no desenvolvimento de estudos sobre formas de optimização da economia algarvia. A ideia é simples: encontrar áreas complementares ao sol e praia, relacionadas com cultura, desporto, natureza, gastronomia, eventos âncora etc...

Diga-se, em abono da verdade, que o saldo tem sido positivo naquilo que é a conquista de novos nichos de mercado. Agora o Algarve tem problemas que urge resolver. Não vou abordar as problemáticas relacionadas com a EN125 e com o estado calamitoso da saúde no Algarve pois creio que os portugueses, em geral, e os algarvios, em particular, já se aperceberam que com este Governo dificilmente os problemas terão uma solução condizente com os ensejo básicos da população.

O primeiro twist da questão é que não vale a pena desenvolver grandes estratégias de promoção se as actuais condições se mantiverem.

O segundo twist da questão é que continuamos (aliás, é um problema que varre o país) a não conseguir responder àquilo que é uma necessidade básica dos nossos veraneantes: a segurança. Não, não se trata de garantir a segurança nas ruas embora este também seja um enorme problema, basta ver a realidade diária de cidades como Albufeira, Portimão ou Faro. O reforço de Verão só chega no início de Junho o que provoca vários constrangimentos.  Este tema dará, seguramente, para uma outra análise que não esta.

O que padece de reflexão é o seguinte: porque é que que a época balnear só se inicia em 15 de Maio quando, no limite, os operadores turísticos começam a operar no Algarve em Março?

Porque é que vendemos um destino turístico que, para todos os efeitos, só garante a segurança dos banhistas de 15 de Maio  a 15 de Outubro ou, em alguns casos, de Junho a Outubro ?

Porque é que a maioria dos municípios algarvios não muda de estratégia (a excepção tem sido Albufeira, Lagoa e Portimão)?Afinal o Algarve é para "todo o ano" , ou não?

É importante reflectir e exigir a resolução de questões complexas, mas também é necessário ter a capacidade necessária para ultrapassar problemas que podem ser resolvidos numa estratégia conjunta entre autarquias, região de turismo do Algarve, Capitanias, CCDRAlg e APA.

​Não será fácil, seguramente, mas pensem em destinos que outrora eram um farol turístico e que hoje em dia foram ultrapassados pela gritante incapacidade de resolver os seus problemas. Vários problemas dão origem a um grande problema. A questão é que podemos resolver com tempo as pequenas questões, enquanto os grandes desafios dificilmente têm resolução. Fica a reflexão. 
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Um punhado de Kwanzas pela tua honra

15/5/2018

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Por Luís Coelho

Dados do Banco de Portugal mostram que um euro comprava 274.239 Kwanzas no dia 10/05/2018. Foi pois a esta taxa de câmbio que a nossa “justiça” vendeu a honra do mais antigo Estado-Nação do mundo ocidental.

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Velho rumo... novo rumo... rumo à sustentabilidade?!

11/5/2018

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Por Joana Cabrita Martins

A Região de Turismo do Algarve elegeu o seu “novo” representante máximo.
João Fernandes, actual vice-presidente, será dentro de poucos meses empossado Presidente da RTA, após ter ganho as eleições desta sexta-feira, nas quais concorreu contra o actual presidente, Desidério Silva.
Desde já deixo os meu parabéns ao novo eleito.
E deixo também os meus desejos e ânsias, como Algarvia nascida na década de 80 e como actual empresária neste mesmo sector que, foi vendo a sua Região ser moldada, abandonada, adulterada, aniquilada na sua génese, na sua identidade, nas suas actividades endógenas pela actividade turística ao longo dos últimos 30 anos.
Desejo que este novo mandato seja pautado pelo respeito e pela ética rumo à sustentabilidade da região.
 
Que se promova e defenda um turismo em que os residentes locais tenham um lugar principal e não sejam meros figurantes.
Significa isto, lutar por legislação que estruture e resguarde também ela o espaço e o papel dos residentes sem detrimento do dos visitantes por forma a criar uma coexistência em equilíbrio.
 
Seja na salvaguarda dos mais básicos sectores sociais, como a regulação de acessos e preços de habitação, bens e serviços em que a desregulada especulação turística restringe e inflaciona, causando severos constrangimentos à população residente.
Seja na regulamentação do trabalho no sector do turismo, relativamente a contratos laborais, horários, salários, que não sejam exploratórios, desumanos e sazonais.
 
Que se promova e defenda um turismo em que a natureza, a paisagem e os recursos endógenos Algarvios que lhe são identitários e diferenciadores sejam enaltecidos.
Em que a paisagem mediterrânica com a sua fauna e flora características, a sua agricultura e pecuária próprias, têm que, também eles ser actores principais neste turismo do séc XXI.
A paisagem e os recursos naturais devem ser encarados como mais-valias a ressalvar e estimar e a não serem arrasados por empreendimentos turísticos megalómanos como se têm feito em áreas que deveriam ser protegidas, da costa ao barrocal.
 
Que se promovam e defendam projectos turísticos com respeito pelo legado arquitectónico algarvio, que contem a sua história e que sejam feitos de acordo com os materiais, paisagem e condições climatéricas características do local a que se destinam, em detrimento dos empreendimentos sem sentido de pertença ou personalidade.
 
Que se promovam e defendam projectos turísticos que reconheçam, elogiem e prestigiem a nossa cultura, história, estilos de vida regionais.
 
Que se promova e defenda um turismo variado, diversificado e com carácter identitário e não massificado, apostando em empresas que estimulem a economia local e invistam os seus recursos financeiros e humanos na região.
 
Que se promovam e defendam empresas e entidades que trabalhem um turismo singular e inovador, marcado pela qualidade com respeito por todos os anteriores factores e se distingam pelas boas práticas e cumprimento dos requisitos legais.
Que se combata a massificação e a ilegalidade por um turismo sustentável e ético com respeito pela região, pelas suas gentes e pelos seus visistantes.
 
Volto a mencionar Doug Lansky, como já fiz anteriormente, a propósito da sua visão e opinião sobre o tema:
“Hoje é muito mais barato e muito mais frequente viajar. Isso é bom porque muito mais gente tem a possibilidade de conhecer outros países. Mas nas suas conferências diz que não é sustentável. Porquê?
Porque não é. Quem fica com a maioria dos lucros de um aumento tão rápido do número de pessoas que visitam uma cidade são os Mariotts e os Continental, os Expedia, os Booking e os Starbucks deste mundo. Alguns nem pagam impostos nos locais onde estão, mas os que pagam, mesmo assim pagam uma taxa para hotelaria ou restauração que é a mesma cobrada a um outro restaurante ou hotel muito mais pequeno. Utilizam os recursos da cidade, criam filas para lugares e serviços que os locais também precisam de usar e tudo isto sem regulamentação. Também o turismo, para não se perder numa espiral de consumo ‘até à medula’ dos recursos das cidades onde existe, precisa de ser regulado. O turismo internacional está a crescer muito mais depressa do que a população. ”
 
 
É o que se passa com todos os setores quando começam…
Exatamente. Lança-se um novo produto, um novo setor e estica-se a corda quase até partir e depois os governos têm que entrar no jogo. Medicamentos, por exemplo. Ou comida. Durante muito tempo produziram-se medicamentos e produtos de alimentação sem qualquer regulamentação e um dia alguém notou que havia gente a morrer por culpa disso e passou a existir controlo. É uma coisa natural. O que se passa com o turismo, de forma muito resumida, é isto: uma cidade, ou vila, começa a receber turistas, os restaurantes ficam um pouco mais cheios e os hotéis começam a ter mais reservas, a ter um pouco mais de lucro. Depois, quanto mais pessoas vêm, as companhias internacionais, que conhecem bem a indústria, descem como abutres sobre esses sítios e tomam conta dos negócios. Chegam as H&M e as Zaras e as páginas de reservas de tudo em “pacote”, que deixam de fora os restaurantes pequenos e as lojas pequenas. As cidades têm que aguentar com o consumo dos seus recursos: a água, as ruas, o sossego, mas não há retorno para todas as pessoas.”
Doug Lansky, jornalista de viagens e especialista em turismo em entrevista para o Observador
 
 
Como o turismo no Algarve não é de hoje, mas sim de há 30 anos, deveremos por esta altura ter já assimilado estes paradigmas iniciais e ter uma estratégia sustentável desenhada.
 
 
Assim sendo faço votos de que, para além de autor neste Lugar ao Sul, sejas um grande actor no sector do turismo neste lato lugar ao sul!

Bom mandato João Fernandes!

Nota: Por opção, a autora não escreve aplicando o acordo ortográfico actualmente em vigor.
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é a Cultura, estúpido!*

9/5/2018

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Por Bruno Inácio
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Galeria de Meinke Flesseman.
​Imagem utilizada na ilustração do artigo a que se refere este texto.

Créditos Fotográficos Ann Abel
 “The Capitalist Tool” (em português, qualquer coisa como "A ferramenta capitalista"), é a forma como a famosa revista Forbes se descreve. O seu core business são artigos e análises sobre finanças, indústria, investimento e marketing. É pois um marco do capitalismo global, sendo famosas as suas listagens das pessoas mais ricas, mais influentes, mais tudo e alguma coisa, que realiza.

E o que é que isto interessa para esta nossa região paradisíaca no canto oeste da Europa? Para o meu artigo de hoje, interessa tudo. Especialmente porque uma senhora chamada Ann Abel resolveu escrever um artigo com as sete razões para amar Olhão, Portugal. Esta coisa de terem que enumerar tudo não é nova e até gosto. O que não gosto tanto é que entre a virgula após a palavra Olhão não exista a palavra Algarve que muito bem iria anteceder a palavra Portugal. Mas são isso são details, darling, details, e não prejudica o sentido elogioso que quero dar ao artigo.

As sete razões que a Ann encontrou para amar Olhão foram as seguintes: a Casa Fuzetta, os recentes murais de arte pública, a fabulosa gastronomia do mar, a Re-Creativa, a Casa Modesta, os estúdios de artistas e os restaurantes.

A razão que chamo a atenção para este artigo, que pode ler on-line aqui, é que não é o sol e a praia a principal razão da paixão de Ann. Não são os maravilhosos hotéis que temos. Não são as esplanadas a beira-mar. Das sete razões que a Ann invoca para se ter apaixonado por Olhão, Algarve, Portugal, a cultura associada a nossa identidade é o fio condutor comum entre todas. Isto faz vir a tona, mais uma vez, a importância que o factor “cultura” tem hoje nas escolhas que os turistas fazem. Apostar nas múltiplas vertentes que culturalmente podem ser incentivadas é hoje um imperativo que um destino turístico tem que realizar.

Permitam-me pois que resuma o que procuro elogiar, transcrevendo o primeiro parágrafo do artigo a que me refiro:

“The Algarve region of southern Portugal is beloved for its stunning beaches, buzzing resorts and sleepy fishing villages. So it comes as something of a surprise to discover the vibrant art scene. But international creatives have settled in here in a serious way, giving the whitewashed, sun-drenched city an air of bohemian sophistication that makes it a dreamy destination for those whose idea of a vacation doesn’t begin and end with lying in the sun. Here are seven reasons to visit now.” (Ann Abel, Forbes, 07 Maio 2018)

Ou numa tradução (minha) livre será qualquer coisa como:

A região do Algarve no sul de Portugal é amada pelas suas praias deslumbrantes, resorts movimentados e calmas aldeias de pescadores. Por isso, é uma surpresa descobrir a vibrante cena artística. Mas criativos internacionais instalaram-se aqui de uma maneira séria, dando à cidade banhada pelo sol um ar de sofisticação boémia que faz dela um destino de sonho para aqueles cuja ideia de férias não começa e termina no sol.

Isto foi escrito sobre Olhão, Algarve, Portugal. Mas vale para todos aqueles “Algarves” que têm batalhado por transformar a nossa região, num destino culturalmente apelativo.

A tal de Ann Abel é uma galardoada escritora/jornalista de viagens que escreve para várias publicações, inclusive a dita Forbes. E como a mesma gosta de se auto-intitular é uma “girlie badass”. E que badass artigo tu escreveste, Ann. Thank you!

*O titulo deste artigo é uma adaptação da frase “É a economia, estúpido!” , da autoria de James Carville, assessor da campanha de Bill Clinton para as presidenciais norte americanas em 1992. 
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Passo a passo, rumo aos 100%

8/5/2018

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Por Sara Luz

Em 2015, o número de utentes sem médico de família em Portugal era de cerca de 1.3 milhões. A região do Algarve era, segundo o Tribunal de Contas (https://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2016/2s/rel011-2016-2s.pdf), a região do país com menor percentagem de pessoas com médico de família atribuído face ao número total de utentes inscritos (72,49%), com especial relevância para o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Barlavento onde mais de metade dos inscritos não tinha médico de família. Hoje, a realidade é outra e pode dizer-se que o compromisso do atual Governo em atribuir médico de família a toda a população até ao final da legislatura constitui uma verdadeira (e ansiosamente aguardada!) reforma estrutural no setor da saúde.
 
Até ao momento sabe-se que a meta do Governo em alcançar uma cobertura total de utentes com médico de família ainda não foi alcançada, mas desde 2016 esse número mantém-se pela primeira vez abaixo de um milhão. O ritmo para a concretização desse objetivo poderá não ser o mais desejável, muito condicionado pelas reformas antecipadas e pelos atrasos no lançamento dos concursos para a colocação de médicos após internato, contudo, há que salientar o bom trabalho realizado nesta área e o facto do Algarve desta vez não ficar a segurar a lanterna vermelha.
 
Nos últimos dois anos, foram inauguradas sete Unidades de Saúde Familiar (USFs) no Algarve – USF Descobrimentos, Portimão (maio 2016); USF Baesuris, Castro Marim (outubro 2016); USF Balsa, Tavira (outubro 2016); USF Levante, Vila Real de Santo António (outubro 2016); USF Atlântico Sul, Portimão (dezembro 2016); USF Ossónoba, Faro (agosto 2017); USF Amendoeira, Lagos (abril 2018) – e contratados 46 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF) (22 médicos em agosto de 2016 – 14 colocados no ACES Central e 8 no ACES Barlavento; 24 médicos em novembro de 2017 – 13 colocados no ACES Barlavento e 11 no ACES Central) –, permitindo que a percentagem de utentes com médico de família aumentasse para 85,4% em 2017, de acordo com dados da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve. A par disso, o ACES do Barlavento tem hoje mais de 70% da população com médico de família atribuído.
 
Nos últimos tempos, vimos também acontecer a mobilidade de 40 enfermeiros do setor hospitalar para os cuidados de saúde primários e a contratação de três médicos dentistas para cada um dos ACES algarvios. Neste último mês de abril, torna a abrir mais um procedimento concursal para médicos especialistas em MGF, o que denota a preocupação da ARS do Algarve em continuar a alocar novos médicos de família para dar cumprimento à meta do Governo sem que isso se faça à custa do aumento das listas de utentes por médico de família, o que serviria não para resolver os problemas em saúde da região mas para agravá-los ainda mais.
 
Passo a passo, rumamos aos 100%... E, apesar da convicção de que para aumentar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde no país, e em concreto na região do Algarve, isso não chega, parece-me que está dado o tiro de partida para a profunda reforma estrutural que o setor da saúde tanto carece!
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Morra a paisagem, morra! Pim!

4/5/2018

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Por Gonçalo Duarte Gomes

​Basta PUM basta!!!

Uma geração que consente deixar-se representar por uma paisagem assim é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra a paisagem, morra! Pim!

Uma geração a cavalo de tal paisagem é um burro impotente!

Uma paisagem com uma geração assim ao leme é uma canoa em seco!

Esta paisagem é cigana!

Esta paisagem é meio cigana!

Esta paisagem será typical, será eco, será moda, será um manancial de chavões e aberrações, será tudo menos paisagem que é a única coisa que ela é!

Esta paisagem pesca tanto de paisagem que até faz hotéis no mar!

Esta paisagem é fruto de habilidades!

Esta paisagem constrói-se mal!

Esta paisagem usa materiais de segunda!

Esta paisagem especula e inocula os proxenetas!

Esta paisagem não é paisagem!

Morra a paisagem, morra! Pim!
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Vais passear no primeiro de Maio? Então deixa o carro em casa...

1/5/2018

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Por Luís Coelho

Volto hoje a escrever a Sul sobre um tema que muito me preocupa: a descarbonização da economia. Em particular, interessa-me tudo o que possamos fazer de forma a que a humanidade consiga viver consumindo cada vez menos combustíveis fósseis. Ora, ontem foi para mim um dia em cheio. De facto, na véspera do feriado do primeiro de maio, o qual se reveste de particular importância para a classe trabalhadora, os combustíveis aumentaram, em média, dois cêntimos por litro. Esta é a sexta subida consecutiva do preço do gasóleo no espaço de um mês. Já a gasolina sobe pela sétima vez no mesmo espaço temporal. Não é pois de estranhar que se tenham batido records no País. Em particular, em média, um litro de gasolina 95 simples custa agora €1.605; o valor equivalente para o gasóleo simples é de €1.398 (fonte: mais gasolina, acessível aqui: https://www.maisgasolina.com/estatisticas-dos-combustiveis/).

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