Por Dália Paulo
Por Bruno Inácio No dia em que Theresa May enviou uma carta formal à União Europeia a invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa colocando em marcha o Brexit, parece-me importante que nós, a Sul, possamos invocar a nossa vocação turística e dizer de peito cheio, aos milhões de turistas britânicos que nos visitam e aos que escolheram viver entre nós, que seja qual for o resultado das negociações, seja um “hard brexit” ou um “soft brexit”, os britânicos são sempre bem-vindos ao Algarve.
A democracia é assim mesmo. Os britânicos, pela força do voto popular, disseram aos seus governantes que o caminho era a saída da União Europeia. Podemos assinalar um sem numero de razões para contrariarmos a sua escolha, mas colocá-la em causa é colocar em causa o que sustenta a própria união: a liberdade que a democracia nos propicia. A Sul, no Algarve, há muitos anos que recebemos Britânicos. E vamos continuar a receber durante muitos mais anos. Não será este percalço na historia que irá colocar em causa esta relação, assente no turismo (a industria da Paz!), que o Algarve tem com os Britânicos. E por isso hoje, mais no que nunca, importa dizer aos Britânicos: aqui, são sempre “very welcome”! Por Luís Coelho
No passado dia 23 de Março de 2017 a Caixa Geral de Depósitos (CDG) emitiu 500,000,000 de euros em títulos de dívida perpétua, obrigando-se a pagar por este empréstimo a módica taxa de juro de 10.75% ao ano. Eis senão que esta é apenas uma pequena parte do tão famigerado plano de recapitalização do banco público. Negociado por António Domingues, o mal-amado, tal plano obriga o Estado - único accionista da Caixa - a passar um cheque de 2,500,000,000 de euros a esta instituição. Mais: por conta do mesmo plano o banco público terá em breve de voltar ao mercado para emitir 430,000,000 de euros de dívida perpétua equivalente aquela que foi agora alocada a um selecto grupo de investidores institucionais (i.e. fundos de investimento, hedge funds, fundos de pensões e seguradoras). por João Fernandes
Por Gonçalo Duarte Gomes
… e o algarvio bebe até cair, não sem antes abonar todas as profissionais do amor carnal que naquela altura davam o corpo ao manifesto na chafarica. No final, o Dijsselbloem, que entretanto ficou a ler o “Breve tratado de Deus, do homem e do seu bem-estar” de Espinoza, acompanhado de um copo de água, paga a conta de ambos e vai para casa brincar consigo próprio. Esta bonita historieta corresponde mais ou menos à visão que os povos do Norte da Europa têm do pessoal que vive mais a Sul. Inveja do nosso Sol? Dor de corno por sermos mais bonitos e do it better? Recalcamento por não terem o Éder na selecção deles? Não sei dizer, mas quando o líder do Partido Socialista lá da Holanda largou a bujarda de sugerir que o pessoal a Sul gasta o que tem e o que não tem em mulheres e copos, para depois andar à rasca, apenas verbalizou um sentimento amplamente partilhado lá por terras cinzentas e sombrias. Nós, como bons latinos, eriçámo-nos logo! “Beber vinho é dar o pão a 1 milhão de portugueses”, “há lá coisa melhor que gajas!?”, “com esse cabelinho deves andar de bicicleta mas é sem selim”, “antes copos e mulheres que gastar em homens, ganzas, pó ou cavalo na veia, como os holandeses!”, indignação, ultraje, revolta, apelo à exportação massiva de loiça das Caldas directamente apontada a uma cavidade corporal do homem, também uma boa dose de humor, tudo muito figadal… mas pouco racional. E é por isso que tardamos a dar a única resposta que calaria os Dijsselbloem desta Europa: provar inequívoca e factualmente que estão errados. Por Dália Paulo
Por Bruno Inácio
Não são raras as vezes que neste Lugar ao Sul o tema da mobilidade regional é colocado em cima da mesa. Tem-no sido como uma espécie de bife que leva umas marteladas antes de colocar na brasa e por norma, no final dos textos sobre a temática que por aqui vão surgindo (meus e dos meus colegas de teclas), acaba queimado. Hoje, talvez inspirado pelo texto positivo desta semana do João Fernandes (para ler aqui), vou por outro lado, pelo lado positivo da força. Mas como isto é Algarve, tenho de ir de carro ou andando porque de transportes públicos, como o Idálio Revés explica (aqui) no jornal Público, “No Algarve, quem não tem carro não vai a (quase) lado nenhum” Por Luís Coelho.
Vale a pena ler duas notícias que fazem hoje capa na edição do Negócios. A primeira tem um título sugestivo: “BCE quer ultimato a Portugal: mais reformas ou sanções”. A segunda faz referência à malfadada tragédia Grega: “Impasse na Grécia agrava risco de nova crise no euro”. Conjuntamente expressam bem a loucura europeia em que estamos metidos. Por João Fernandes
Por Gonçalo Duarte Gomes
Fosse o Shakespeare um moço algarvio, e o Hamlet não perderia tempo a babujar nessa espuma intelectual do "ser ou não ser". Qual quê! Desde logo, a coisa não se passava nas cinzentas terras dos bracos, mas sim num principado mais prazenteiro, como por exemplo, sei lá, a Fuseta. E aí, banhado pelo Sol e pelo calor, as grandes questões da vida passariam não pela dilacerante dialéctica de uma certa malucagem existencialista, mas sim por temas realmente fracturantes: "sardinha ou carapau?", "imperial ou sangria?" ou, quiçá, “praia ou centro comercial?”. Porque afinal de contas, no Algarve, a vida é para se ir vivendo nas calmas... Por Dália Paulo
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