No próximo dia 5 de fevereiro, o blog “Lugar ao Sul” vai distinguir o Prof. Doutor João Guerreiro como personalidade algarvia do ano de 2017. O Professor Doutor João Guerreiro é uma pessoa que desde há muitos anos luta pela valorização e projecção do Algarve, afirmando constantemente a necessidade de um projecto estratégico que agregue, organize e dinamize a região. Não apenas através do trabalho realizado nos diversos cargos de responsabilidade que ocupou no passado, desde a presidência da então Comissão de Coordenação Regional do Algarve à Reitoria da Universidade do Algarve, mas também pelo seu pensamento e acção enquanto cidadão. Em 2017, na sequência dos dramáticos fogos da zona de Pedrógão e também dos incêndios de Outubro, foi a pessoa a quem foi atribuída a missão de coordenação da Comissão Técnica Independente responsável pelo apuramento das causas das tragédias e também pela elaboração de propostas para o futuro da organização institucional, territorial e operacional do País. Este inequívoco reconhecimento a nível nacional da capacidade e competência do Prof. João Guerreiro constitui uma nota de prestígio para o Algarve, e também mote para uma reflexão interna, pois é de uma das regiões mais carenciadas ao nível do ordenamento e competitividade territorial que é escolhida a pessoa a quem incumbe uma das mais profundas e graves tarefas nesse capítulo, quando as suas ideias nem sempre têm a merecida e devida atenção a Sul.
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Por Hugo Barros
Aparentemente, Portugal está mesmo na moda. Já somos até referenciados pelo “Daily Show” para insultar o Presidente Trump…. Alguma coisa estamos a fazer bem…. Toda esta atenção demonstra uma dinâmica que esperemos que se mantenha e seja capaz de se reforçar, intensificando a relevância do país nas instituições internacionais. Neste sentido, igualmente (senão mais) importante, são as notícias de que Portugal está a conseguir atrair investimento em setores com potencial de crescimento, e sujeitos à competitividade internacional. Concretizando-se aquilo que são as notícias avançadas pelo Secretário de Estado da Internacionalização, não considero que os 535 postos de trabalho criados irão resolver os problemas estruturais nacionais. Mas penso que podem efetivamente consolidar o posicionamento do país como referência nas áreas de inovação e conhecimento, abrindo-nos a porta à entrada nos mercados internacionais, mais competitivos e concorrenciais. Adicionalmente, considero que este caminho é fundamental para um efetivo efeito de arrastamento do desenvolvimento económico, com impacto nas políticas de ciência, de emprego, de transferência de conhecimento, de investimento e incentivo fiscal, ou mesmo de perceção e identidade social. Efetivamente, muito embora considere que seja importante realçar o atual momento positivo da economia (inter)nacional, penso que é igualmente importante reconhecer que nada surge exclusivamente pelo “alinhamento dos astros”, cabendo ao Estado criar as condições políticas, legais, económicas e fiscais, que potenciem o investimento, o empreendedorismo, e a inovação. Mais importante ainda, que sejam estáveis…. E não mutáveis em função de cada ciclo governamental, e de cada aliança política. Um exemplo destas dinâmicas que considero que importa manter, e que pode configurar um importante contributo para a política de inovação, empreendedorismo e competitividade, é o denominado programa SEMENTE. Atualmente em ação, o programa SEMENTE procura apoiar investidores individuais que estejam interessados em entrar no capital social de startups inovadoras, criando um regime fiscal mais favorável, e potenciando a criação e crescimento de projetos empresariais de empreendedorismo e inovação. Através do denominado programa, o investidor pode obter uma dedução fiscal de até 25% do investimento realizado, e até um máximo de 40% da coleta no seu IRS anual, durante um período de 3 anos sucessivos. Para as empresas nascentes, que comummente se debatem com problemas estruturais de financiamento, nomeadamente numa fase de validação e implementação, este programa permite o acesso a capital inicial para investigação e desenvolvimento, aquisição de ativos intangíveis ou aquisição de ativos fixos tangíveis. O objetivo passa, portanto, por favorecer o aparecimento de uma nova geração de investidores em startups com montantes de investimento adequados à fase de arranque das empresas, evitando o recurso ao endividamento das empresas numa fase inicial da sua vida. Igualmente relevante, numa ótica de sustentabilidade, é o facto de o programa assentar numa efetiva colaboração com a Rede Nacional de Incubadoras, reconhecendo o papel dos organismos locais na dinamização dos ecossistemas de inovação, e no desenvolvimento regional. Assim, numa ótica de democratização das oportunidades de investimento, procurando beneficiar do posicionamento positivo da economia nacional junto dos agentes internacionais, importa assegurar que esta política de atração de investimento não se esgota nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, mas que são criados os mecanismos necessários para que todo o território nacional possa beneficiar das mesmas condições para a captação de investimento, nacional ou internacional. Porque neste Lugar ao Sul (também) temos condições únicas que importam potenciar! Por Gonçalo Duarte Gomes
No passado Sábado, o Dinis Faísca escrevia aqui no Lugar ao Sul, e muito bem, que o Algarve precisa de uma SuperNanny do demo, que ensine a região a comportar-se mal e a rebelar-se contra o desprezo a que é votada pelo “umbiguismo” centralista do poder decisório nacional, deixando de ser choninhas. No entanto, trocaram-nos as voltas com as personagens de ficção, e em vez de uma ama desviante, enviaram-nos o Avô Cantigas. Pior. Enviaram-nos o Avô Cantigas com um repertório cheio de cantilenas para prospectar e explorar hidrocarbonetos… Por Luís Coelho.
No passado dia 12/01/2018, António Costa esteve em Faro para questionar o nosso Conselho Regional sobre as prioridades do Algarve para o período entre 2020 e 2030. Esta súbita preocupação para com a Região nasce da necessidade que o governo tem em preparar um difícil dossier: a negociação com Bruxelas sobre o próximo quadro comunitário de apoio. Pelo que é dado a conhecer pela comunicação social, os presentes elencaram um conjunto de questões que passam, essencialmente, pelos temas da mobilidade, das infraestruturas e da qualificação do pessoal, nomeadamente aquele que está afecto ao sector do turismo. Falou-se, também, da necessidade de valorizar os produtos do mar, as produções endógenas da região, assim como o seu artesanato e restantes traços culturais. Assuntos pacíficos com os quais a maioria dos algarvios seguramente se revê. No entanto, para mim, estes temas ficam aquém do que deveria preocupar a região no longo-prazo. (Convidado por Filomena Sintra) Hoje o Lugar ao Sul convida outro algarvio com um percurso de vida tão rico quanto diferente, Dinis Faísca. Homem nascido e criado na Serra do Caldeirão, freguesia de Salir, considera-se do grupo restrito de pessoas que quando descem à sede do concelho diz, “vamos ao algarve”. Por Dinis Faísca
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