Lugar ao Sul
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos

Bem-vindo

Um perigoso mundo novo

31/1/2017

0 Comments

 
Por Luís Coelho.

Na semana passada escrevi sobre a forma como a dívida nacional coloca um importante travão às legítimas aspirações do povo Luso. Uma semana depois tudo ficou… pior.

Read More
0 Comments

COM O MAL DOS OUTROS…NÃO POSSO EU BEM!

30/1/2017

0 Comments

 
Imagem

Por João Fernandes
Neste primeiro texto em que me associo aos 5 pioneiros deste espaço de partilha, a quem aproveito para agradecer o convite e para felicitar pela iniciativa da plataforma, gostaria de abordar o tema da Segurança no Algarve, enquanto ativo de um destino turístico.
As questões da segurança efetivamente estão na ordem do dia.
Fala-se muito do eventual benefício do Turismo em Portugal face ao contexto internacional de insegurança crescente. Confesso que me custa falar de benefícios face a realidades tão graves para a condição humana e também não me parece que a lógica simplista de que prosperamos com os males alheios seja uma verdade isolada.
A este respeito, eu diria duas coisas:

A médio e longo prazo, não creio que haja benefício para ninguém! O turismo é também conhecido como a Indústria da Paz, o setor que prospera quando o ambiente é propício ao encontro entre os povos.
Por oposição a esta condição, quando há guerra, atentados, epidemias ou conflitos sociais graves, gera-se um sentimento de insegurança que pode prevalecer e que é propício ao exercício populista do aproveitamento dos medos. Assim tem acontecido com o reforço das medidas de segurança e dos procedimentos de controlo de fronteiras, até chegarmos aos NOVOS MUROS DA VERGONHA - um triste retrocesso civilizacional.
Mas os “muros” não impedem apenas o acesso a um reduto, podem também vir a contribuir para inibir a vontade daqueles que intramuros queiram atravessar fronteiras.

A curto prazo, a procura aumenta em destinos turísticos que reúnem condições de atratividade e de hospitalidade! Com efeito, sendo objetivamente uma realidade que se verificam desvios de fluxos turísticos para Portugal e muito em concreto para o Algarve, parece-me redutor afirmar que estamos apenas a beneficiar desta conjuntura. Estamos sim a ser reconhecidos pelo país, pela sociedade e pelo destino turístico que construímos! Uma oferta turística que se destaca pela qualidade e que acompanha as vantagens de que naturalmente beneficiamos, como o clima ou os recursos naturais, mas também pelo ambiente pacífico que proporcionamos a quem nos visita.
Elencar aqui os prémios que o destino Algarve, ou os diferentes agentes que nele operam granjearam em 2016, seria um exercício exaustivo, tantos e tão variados foram os merecidos reconhecimentos nacionais e internacionais de que foram objeto.
Estamos a falar de uma consagração muita eclética, na medida em que nos chega de organizações como o World Travel Awards (os chamados Óscares do Turismo) – Melhor Destino Europeu de Praia (pela 4ª vez consecutiva), imprensa internacional …., ou dos reiterados excelentes resultados dos inquéritos de satisfação de quem nos visita sobre a nossa hospitalidade e a vontade de voltar.
Melhor ainda, este reconhecimento internacional não é uma surpresa, vem na continuidade de um crescimento (procura e receitas) ininterrupto de vários anos (desde 2010), confirmando uma tendência consistente e não apenas uma consequência de uma conjuntura “favorável”.
No Algarve, o maior destino turístico português, destacam-se não só os Elementos Diferenciadores, que dão resposta às motivações de quem nos procura (o clima, as praias e a autenticidade), como também os Elementos Qualificadores, como a Segurança, que nos colocam nas opções dos turistas. 
De acordo com o Instituto para Economia e Paz, Portugal foi considerado este ano o 5º país mais seguro do mundo (na edição anterior, constava em 14.º lugar no 'ranking'). No apuramento do Global Peace Index 2016, são utilizados mais de 20 indicadores em matérias como: segurança pública, violência policial, taxa de homicídios, justiça social, terrorismo, participação em conflitos, grau de militarização e gastos com armas.
Felizmente, seja na perspetiva da designada SECURITY (referente à segurança patrimonial, militar ou à estabilidade de um país), quer na vertente SAFETY (quando nos referimos à segurança no sentido de integridade física, saúde, boas condições de higiene ou ausência de riscos de acidentes), o Algarve é recorrentemente apontado pelos turistas como um dos destinos turísticos mais seguros. Afortunadamente também, esta perceção é acompanhada pela realidade – o Algarve é efetivamente um destino seguro!

Este é certamente o corolário do trabalho de um conjunto vasto de organizações de diferentes naturezas (públicas e privadas), aos diferentes níveis de intervenção (Internacional, Nacional, regional e local) e até de múltiplos setores (Segurança, Saúde, Turismo, Educação, Transportes, Cultura,…).
Mas este é, a meu ver, sobretudo o fruto de um Algarve que, na sua história como na sua atualidade, foi e é palco de inúmeros intercâmbios culturais que determinaram a edificação de uma sociedade mais plural, mais tolerante e mais acolhedora. A nossa multiculturalidade, um fator a explorar em próximos episódios…To be continued


0 Comments

BIBLIOTECAS, PARA QUE VOS QUERO?

28/1/2017

0 Comments

 
 Por Filomena Pascoal Sintra

Num confronto de emoções com notícias livrescas da semana, como “O último alfarrabista de Faro fechou portas e quer doar milhares de livros” e “Um Livro Roubado, em pequenas bibliotecas, nas ruas de Castro Marim”, recorre o pensamento, sobre o desempenho das bibliotecas públicas municipais.

Partindo do local para o global e da ideia de que é necessário que aconteçam mudanças na forma como as bibliotecas públicas se apresentam e de disponibilizam à população, num país em que se editam cada vez mais livros, mas se vai cada vez menos à biblioteca, e que se sucedem as falências das pequenas livrarias, procura-se a raiz da sua história.

Recuo à memória da geração, também a minha, de quem só lia os livros levados à aldeia, muito espaçadamente,  pela “carrinha vermelha” da Fundação Calouste Gulbenkian, com paragem junto à escola primária, e com o incentivo permanente da professora, para que requisitássemos o máximo possível de livros, três. Poucos os liam, mesmo sem as actuais ocupações da era digital.

Esta memória de três décadas, cruza-se com a génese da história das bibliotecas públicas de acesso generalizado em Portugal.

Até à criação do Serviço de Bibliotecas Itinerante, no seio da Fundação Calouste Gulbenkian fundada em 1953, as bibliotecas eram de acesso restrito e elitista. Com subvenções próprias, esta Fundação, suportara fundos livreiros e dezenas de “biblio-carros”, com o objectivo de assegurar um serviço gratuito para todos e domiciliário. Numa sociedade fechada, controlada e iletrada, estas pequenas bibliotecas eram pequenas janelas de luz e conhecimento.

Já bem depois da Revolução dos Cravos, a Secretaria de Estado da Cultura (1986), promove por via de um Despacho, as bases para uma política nacional para a promoção da leitura pública, resultando daí o Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP). No âmbito desse Programa, o Estado, nos últimos trinta anos, tem vindo a apoiar técnica e/ou financeiramente os municípios na criação e instalação de bibliotecas públicas, sendo hoje 215 as bibliotecas apoiadas e que se encontram em funcionamento.

Anualmente é publicado um Relatório Estatístico da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP). São interessantes os números dos Títulos, das Monografias, das Requisições, dos Empréstimos, mas, se fizermos uma análise critica mais aprofundada, somos forçados a reflectir.
Do muito que se aparenta gastar, pouco representa por habitante. Em 2015, gastava-se por habitante, residente em concelho servido pela RNBP:
  • 0,18 euros na aquisição de fundos documentais;
  • 4,64 euros em despesas com pessoal
  • 5,56 euros em despesas correntes de funcionamento
 
No Algarve, existem doze bibliotecas da RNBP, na sua maioria comparticipadas pelo o antigo IPLB – Instituto do Livro e das Bibliotecas. Exceptuando Lagos, Lagoa e Portimão, as demais, integraram a nova geração de Bibliotecas Públicas, a partir de 1998, obrigando-se a critérios de construção, atendimento e serviço, tipificado a nível nacional.

Seria interessante, que a partir do inquérito base da DGLB, as bibliotecas do Algarve, aprofundassem o conhecimento sobre a dinâmica gerada na região, e se percebesse se o serviço publico por cá prestado, se ajusta às nossas especificidades.

Algumas convicções de partida:
  • Concelhos de baixa densidade populacional, ou não têm Biblioteca na RNBP, ou têm, mas com despesa corrente por habitante, muito superior à média nacional, e provavelmente à regional.
  • Por outro lado, nos concelhos mais pequenos, menos populosos, essas bibliotecas, passam a ter uma interacção maior com a comunidade.
  • Há um claro desinvestimento na renovação de fundos documentais, que depois da instalação, passaram a ser da exclusiva responsabilidade dos municípios.
  • Os espaços das bibliotecas, promovidos à luz do pensamento com quase trinta anos, foram desenvolvidos como centros de promoção de leitura, e deixando para trás outras funcionalidades culturais.

Foi e é sem dúvida um programa nacional de grande alcance, cujo sucesso depende em muito do empenho dos municípios, mas, à velocidade que o mundo gira, a sociedade dá sinais de que urgem ajustamentos à politica de promoção da leitura.

Os belíssimos edifícios que constituem a rede, precisam de asas. Precisam de abelhas polinizadoras. Precisam de despertar novas paixões e criar emoções.

É necessário inovar e reinventar. Numa sociedade onde a televisão nos entra em casa, a internet nos leva ao mundo, as redes sociais que nos agarram os tempos livres, como cativar para MAIS LER?!
​
Se cada um de nós fizer o exame de consciência sobre o aproveitamento da sua biblioteca municipal, concluiria que... 

Termino citando Carlos Simões, que num luto com o desapego anunciado àquilo que construiu na vida enquanto alfarrabista, crê que  “o Livro ainda é a melhor ferramenta da Humanidade”.

http://bibliotecas.dglab.gov.pt/pt/ServProf/Estatistica/Paginas/default.aspx
https://gulbenkian.pt/

0 Comments

No Palácio da Fonte da Pipa cabe todo o Algarve

27/1/2017

0 Comments

 
Por Gonçalo Duarte Gomes

O já esperado (porque consequência natural do abandono) acidente no Palácio da Fonte da Pipa é, ele próprio, acendalha, lenha e gasolina para um outro fogo, que é o sempre tocante e muito amado pelas massas discurso condoído em torno de dramáticas perdas patrimoniais.

Na vida em geral, já o diz a sabedoria popular, prevenir vale sempre mais do que remediar. Quando tal não acontece, por doloroso que possa ser para este anestésico e alienante éter em que voluntária e alegremente nadamos e que se chama "politicamente correcto", estamos perante opções, e não acidentes.

Deixemo-nos então de tretas e, chamemos o boi pelo seu nome: o Palácio da Fonte da Pipa ardeu, e fomos nós quem ateou o fogo.


Imagem

Read More
0 Comments

Quando a noite nos rouba a alma e os jovens nos devolvem a esperança!

26/1/2017

0 Comments

 
Imagem
Aulas Públicas - Projeto 10x10 - Fundação Calouste Gulbenkian

Por Dália Paulo
Esta semana chegou-nos, de Loulé, a pior notícia mas também uma das melhores.

Neste pequeno apontamento tenho de fazer referência ao incêndio do Palácio da Fonte da Pipa. Muito já se escreveu, ao sabor da pena, da emoção, do coração e pouco da razão. É compreensível. Estamos perante a perda de um património ímpar na região e, atrevo-me a dizer, no país. Incúrias sucessivas públicas e privadas, faltas de visão, de ousadia, de negociação e de uma estratégia territorial regional levaram-nos ao incêndio que (quase) tudo levou. Importa, agora, perceber o que é recuperável (pouco, diria) e concertar esforços, públicos e privados, para que possamos dar futuro ao espaço. Conhecemos alguns exemplos no estrangeiro que após catástrofes semelhantes foram reconstruídas e voltaram a fazer parte da identidade e da história dos locais. Temos de ser capazes de envolver todas as entidades e, em parceria com os proprietários, dar um novo uso ao lugar que permita a sua fruição pública e que possa ter uma relação com a cultura e com a arte.

Apesar do Palácio da Fonte da Pipa não estar classificado e por consequência não integrar nem o Plano Regional de Intervenções Prioritárias da Direção Regional de Cultura do Algarve nem constar do mapeamento do Horizonte 2020, importa que se reúnam esforços para analisar as reais possibilidades de atuação e, caso seja necessário, recorrer a figuras extraordinárias de ação para conseguir viabilizar uma solução de recuperação deste património ímpar da região e do país. Situações extraordinárias exigem soluções extraordinárias!

O lado feliz da semana chega-nos (para além da notícia da transmissão da Volta ao Algarve em bicicleta pela Eurosport, assunto tratado por Bruno Inácio no seu apontamento de ontem) também de Loulé, onde arte e educação deram as mãos e permitiram que uma turma do Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres, de Quarteira, e após um intenso trabalho, suba ao palco da Fundação Calouste Gulbenkian, no próximo dia 28 de janeiro, onde terão lugar as Aulas Públicas da edição 2016/2017 do projeto 10x10 e no dia 11 de fevereiro ao palco do Cine-Teatro Louletano.

Trata-se de um projeto do programa Descobrir que na 5.ª edição chega ao Algarve, numa parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Câmara Municipal de Loulé, e que visa:
“Um projeto que fomenta a colaboração entre artistas e professores de diversas disciplinas do ensino secundário, com o objetivo de desenvolver estratégias de aprendizagem eficazes na captação de atenção, motivação e envolvimento dos alunos em sala de aula.”

A escola de Loulé foi uma das quatro escolas que participam nesta edição, a par do Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro, Oeiras, da Escola Seomara Costa Primo, Amadora e da Escola Secundária do Cerco, Porto.

Um artista, uma turma e duas professoras, com a mediação da Fundação é o modelo que está na base do trabalho; no caso algarvio o artista convidado foi o algarvio Miguel Cheta, com as professoras Ana Bela Conceição e Maria Cristina Fernandes e a mediação local de Patrícia Batista. Nesta altura poder-se-á perguntar: e quando se colocam artistas com as suas metodologias de trabalho em sala de aula o que acontece? Acontece vida, pensamento, humanidade e, por vezes, magia;  vê-se a transformação coletiva de quem participa, quando se percebe que é possível fazer diferente. Aumenta-se o respeito pelo outro,  ajuda-se a refletir sobre si e o mundo, a comentar, a expressar emoções, a proporcionar que se perceba que há vários caminhos para chegar a um mesmo lugar. É um caminho exigente porque se experimentam novas metodologias de ensino/aprendizagem e para que este projeto seja a semente que vai contaminando e crescendo será apresentado, quer em Lisboa quer em Loulé, o livro “10x10 – Ensaios entre Arte e Educação”.

Esta contaminação para ser real e duradoura terá de perdurar no tempo. A principal questão destes projetos é por vezes o vazio que vem depois e a descontinuidade; pelo que no Algarve está nas mãos do Miguel Cheta, da Ana Bela Conceição, da Maria Cristina Fernandes e da Patrícia Batista saber continuar e levar o 10x10 mais além.

Deixem-se contaminar e marquem na agenda 11 de fevereiro no Cine-Teatro Louletano.


0 Comments

O Algarve a entrar por casa a dentro, por essa Europa fora.

25/1/2017

0 Comments

 
Por Bruno Inácio

Quando o Rally de Portugal se realizava no Algarve, num dia em que preparávamos a passagem pelo troço de Loulé, um dos elementos da organização confidenciava-me que o piloto de helicóptero que iria fazer a cobertura televisiva estava encantado com as vistas que tinha encontrado. O piloto, por sinal francês, teria confessado que lá do alto via uma imensa encosta que começava na serra e se estendia até ao mar numa multiplicidade de tons que ele nunca tinha visto em nenhuma parte do mundo. Era homem viajado, com muito mundo.

O Algarve é assim como uma mulher charmosa, distinta e elegante que sabe que o é. Não deixa ninguém indiferente.

Nos últimos dias chegou-nos uma noticia que nos deve deixar muito contentes. A Volta ao Algarve em Bicicleta deste ano irá ter transmissão em directo para toda a Europa, via Eurosport e também na TVI24. O mesmo é dizer que durante cinco dias, a tal encosta de tons vibrantes que desce até ao mar irá entrar pela casa a dentro de 55 países numa audiência expectável de 68 milhões de casas.

É uma excelente noticia para o Algarve. É uma promoção da região que encontra apenas encontra par em outros grandes eventos como foi o Rally de Portugal. E é uma oportunidade de fazer outros se apaixonarem pela nossa região.

A Região de Turismo do Algarve em conjunto com o Associação de Turismo do Algarve e o Turismo de Portugal investiram e vão ganhar esta aposta. Parabéns pela sua capacidade de por em prática o que muito se reclamava nos últimos anos.

A melhor prova de ciclismo do País passa assim a ser bandeira da promoção do Algarve, de Portugal.
Importa agora avaliar o impacto e procurar garantir que nos próximos anos o investimento se mantém. 
0 Comments

133.4% 

24/1/2017

0 Comments

 
Por Luís Coelho. 

133.4% é o valor mais recente que o Eurostat apurou para o montante da dívida pública nacional medido em percentagem do nosso Produto Interno Bruto (PIB). É um número simplesmente avassalador. De forma simplista, poder-se-á dizer que o mesmo traduz a ideia de que um ano de trabalho em terras Lusas não chega para pagar tudo o que o Estado já pediu emprestado até ao momento; na verdade, neste cenário, seria necessário produzir mais um terço nesse mesmo ano… 

Read More
0 Comments

Uma fábula algarvia

20/1/2017

0 Comments

 
Por Gonçalo Duarte Gomes

Na melhor década de todos os tempos, leia-se os anos 80 do século XX, num tempo em que as crianças tinham a sorte de não ter a obrigação de ser adultos em ponto pequeno, foi  criada uma das mais fantásticas peças do folclore da cultura popular tuga.

Um peixinho, um gato que o comeu, um cão que obrigou o voraz felino a esconder-se, e depois um coelhinho, o Pai Natal e um palhaço, todos num comboio em romaria ao circo, naquela que é, ainda hoje, uma das mais belas fábulas do imaginário português e da nossa indústria publicitária.

Não sei onde foi concebido este conto moderno, mas sei onde não foi, de certeza: no Algarve.  

Imagem

Read More
0 Comments

Chegamos para conquistar o Mundo... à FITUR

19/1/2017

0 Comments

 

Por Dália Paulo
O breve apontamento de hoje tem como ponto de partida a FITUR (Feira Internacional de Turismo de Madrid). Aqui o “mundo” constrói-se de tolerância, diversidade e identidade de todos os povos e continentes que convivem pacificamente e com um olhar e uma escuta atentos e curiosos para com o outro. Todos a querer partilhar quem são, de onde vêm e o que têm de melhor. Se esta feira fosse um espelho do Mundo teríamos um Mundo maravilhoso, sem problemas de conflitos de territórios, étnicos ou outros, com uma economia a fervilhar. Que bom seria! E no entanto, quando saímos da feira, lá fora percebemos que o Mundo não é isto e perguntamo-nos porquê? Acredito que estes milhares de pessoas têm de ser tocados por estas emoções e beleza do contacto com o outro e contribuir (ou querer contribuir) para que esta indústria da paz vença.

Contudo, permitam-me que hoje partilhe convosco algo que nos deve orgulhar a Sul: o programa cultural 365 Algarve foi escolhido como um dos destaques quer do Turismo de Portugal, quer do Turismo do Algarve, proporcionando aos milhares que visitam a feira ter contacto com a nossa Cultura, as nossas gentes, a nossa criação contemporânea e a nossa identidade. Por aqui a emoção foi (é) grande e o contacto com quem se conversa está a ser uma útil e preciosa lição para fazermos nas próximas edições mais e melhor. Comunicação, forma de apresentar, o que se apresenta, como se pode encantar os outros com a nossa Cultura, a transversalidade da mesma e nunca ser tratada de forma isolada, porque Cultura é Vida, é Território, são as gentes; ensinamentos que vamos levar e colocar em prática, de modo a contribuir para um Algarve todo um ano.

Importa explicar um pouco do que falamos, o Algarve tem a funcionar, desde outubro, um programa cultural que une Turismo e Cultura – 365 Algarve; um programa realizado a partir de um desafio das Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, com execução através do Turismo de Portugal e Região de Turismo do Algarve, aos agentes culturais e Municípios da região. Um programa identitário e, simultaneamente, contemporâneo que conta com a participação de 51 parceiros para realizar 1023 apresentações ao longo de oito meses. 365 Algarve é um programa que parte da identidade da região, construindo uma simbiose perfeita entre território, comunidades, conhecimento, património, inovação, criação contemporânea, experiência e imersão, proporcionando aos residentes e visitantes uma (re)descoberta do território - através das artes, espaços e criadores -  e uma reforçada oferta cultural regular, ao longo de todo o ano; pode assistir-se a espetáculos de música, dança, passando pela animação do património e pelas artes visuais.

Nos primeiros meses o programa contou com 19.273 pessoas que dele usufruíram; desses meses partilho um vídeo do 365 Algarve, com imagens de alguns espetáculos, para que possam desfrutar nos próximos meses deste programa cultural que como os nossos parceiros – agentes culturais e Municípios (a quem se agradece o empenho) – têm afirmado veio contribuir para “a concretização de sonhos” e para “reforçar a oferta cultural em época baixa permitindo-nos receber melhor quem nos visita [nesta época] e tornar a experiência diferenciadora, permitindo benefícios económicos que têm de ser potenciados”.
Porque o 365 Algarve é um programa para todos aqueles que vivem e visitam a região; assim, como afirma o vídeo “Todos os dias contam”, marquem na vossa agenda, porque certamente existirá um evento perto de si e que surpreenderá. (
www.visitalgarve.pt e www.facebook.com/365Algarve.EveryDayCounts)

0 Comments

As chouriças e a hipervalorização dos conceitos

18/1/2017

0 Comments

 
Por Bruno Inácio
No próximo domingo venham a Querença – aldeia plantada no coração do barrocal Algarvio - e desfrutem das melhores chouriças.  
Imagem

Read More
0 Comments

Theresa May, que raio vais tu fazer?

17/1/2017

1 Comment

 
Por Luís Coelho.
O título do post desta semana é assumidamente provocador. Infelizmente, o tema também não é para menos. Mas comecemos pelo início. Desde 13 de Julho de 2016 que Theresa May é a primeira-ministra do Reino Unido. Membro influente do Partido Conservador, May ascende ao poder depois da estrondosa derrota de David Cameron no referendo que consagrou o Brexit. Em boa verdade, até agora temos sido poupados ao temido terramoto pós-Brexit. Mas tal promete mudar. Muito e rapidamente.

Read More
1 Comment

"As passinhas do Algarve" & as 12 passas para os 12 desejos, com as 12 badaladas...

14/1/2017

0 Comments

 
Por Filomena Pascoal Sintra

O nosso lado mais poético e sonhador, leva-nos à assumpção de rituais e tradições, capazes nesse imaginário, redireccionar os nossos destinos. É o caso das 12 passas, com as doze badaladas, para os 12 desejos, no fim de cada ano.
De um rápido e superficial balanço do ano que passou, e à escala da região, nada do colectivo, extraordinariamente mau, registámos. Felizmente! Pelo contrário, lembramos um forte desempenho do sector turístico e o fim da saga da exploração no petróleo.  Ao pensar naquilo que queremos para um novo ano, ninguém esquece as debilidades da região e as dificuldades sentidas por quem cá vive, muitas vezes com a sensação de que somos uns indígenas engraçados, que servem os turistas.
Assim, e telegraficamente, como se ainda fosse a tempo das doze badaladas, em 2017, mantendo tudo o que de bom acontece, gostaria pelo menos...

1.            Melhor Serviço Nacional de Saúde.  E aqui há tanto por onde concretizar. Não orgulha ninguém, o estado em que o sistema de saúde do Algarve chegara.  Noticias como “centenas de doentes são encaminhados para Lisboa”; “doentes prioritários esperam oito meses; “INEM sem ambulâncias”; “80% dos médicos em formação, não ficam na região”; “Hospital Central, uma prioridade nacional”; “demissões em bloco”; ”saída de dezenas de especialistas da região”... Se resultasse, para cada passa apelaria ao mesmo desejo!

2.            Eleições Autárquicas com elevado sentido democrático, respeito e verdade. Comemorados os 40 anos das primeiras eleições autárquicas, a 12 de Dezembro de 2016, importa continuar a reflexão e reforçar os poderes autárquicos. Sendo que estes, terão também que reforçar a sua credibilidade.

3.            Reforço da Universidade do Algarve, enquanto projecto estruturante para a qualificação da região. Atenção à perigosa equiparação de resultados, e em sequência, os financiamentos, com os tais critérios transversais ao país. É indubitável a importância da Universidade do Algarve, na estrutura social, empresarial e cultural da região. Centenas de docentes rumaram ao sul, milhares de alunos,  perfilaram-se nas instituições e nas empresas, radicando por cá novas famílias, e até criando novas empresas. Há uma nova procura cultural e um rejuvenescimento da população.

4.            Medidas de discriminação positiva, para a região, que por força do alargamento da União Europeia, corre riscos, sérios, do aumento da assimetria regional. Contrariamente ao consenso político sobre a redistribuição dos fundos estruturais, sou da opinião, que deveriam ser alocados em razão à desproporcionalidade concelhia.

5.            A  requalificação da EN 125. Please!
Aplaudindo as boas notícias para o Barlavento, das obras em curso, angustia o processo, que ainda nos espera para o Sotavento.

6.            Redução dos preços das portagens.  Pagamos caríssimo; o tipo de fluxos de mercadorias e pessoas é distinto do resto do país; o contributo da região para a economia e prestigio nacional é determinante; as alternativas não existem; as condições do piso, no sotavento, são vergonhosas e perigosas; a EN 125 não é uma alternativa... Passados estes anos, seria sério, uma análise crítica dos resultados de cobrança, face aos objectivos e afinar o modelo...

7.            Criação urgente, de medidas cautelares, para os efeitos do imposto extraordinário sobre o património, na génese lançado pela menina Mortágua. No Algarve, temo um descalabro com o efeito deste imposto. Muitos loteamentos, parcelas e propriedades, sem alvará válido, sem promotor para os relançar no mercado, a acumular dividas, essencialmente fiscais... como pagarão ainda uma sobretaxa desta natureza?! E que importa a sua penhora, se quem os compra, no filão do bom negócio, muitas vezes estará amarrado a processos urbanísticos infindáveis?!

8.            Reforçar e valorizar MAIS e MAIS, a cultura e o património da região, como garante de um turismo diferenciado e sustentável. Cito, uma recente entrevista da Directora Regional da Cultura “o Algarve precisa desta estratégia sedimentada, em torno da cultura e do património e o esforço de coordenação e complementaridade tem que ser feito por todas as entidades”.

9.            Reduzir a pegada ecológica de cada algarvio, de cada português, de cada cidadão do mundo. Recomendo o documentário Leonardo Di Caprio, “Before the Flood”, para uma maior consciencialização individual e colectiva. Temos tanto por onde intervir: naquilo que comemos; no lixo que produzimos; na reciclagem; na reutilização; na racionalização da água... Um sem fim de pequenas coisas, que serão um grande contributo.

10.          Mais e melhor Ordenamento, nesta nova geração de planos directores municipais e na incorporação da Nova Lei de Bases de Ordenamento. Uma revolução do pensamento na área do ordenamento, que se irá transpor forçosamente em 2017. O modelo parece-me interessante, teoricamente pelo menos.  É necessário que muitos empresários, proprietários, autarcas, técnicos, o interiorizem...

11.          Menos sazonalidade e mais emprego, o que depende da concretização destes e outros desejos, mas sem dúvida, um desígnio de décadas para o Algarve.  Passará pela diversificação da base económica e um regresso às origens, agricultura, pescas e industria, a potenciar, também, o turismo.

12.          Não o menos importante, mas aquele que é aglutinador de todos os desejos: paz! Paz interior, e paz neste mundo louco onde deambulamos.

Acabadas as 12 passas, espero que o preciosismo do momento, fora de tempo, não ponha em crise, a concretização destes pequenos e justos ensejos. Risos! Temos passado as passinhas do Algarve, em muitos momentos desta nossa caminhada. Ficaríamos mais felizes com o degustar dos figos secos, cheios, estrela, ou outros passas do género, num Algarve mais harmonioso, magnético e sempre deslumbrante, em cada casa caiada, platibanda, eira ou chaminé conservada. 


Levo-te emoldurada na retina,
Terra que Portugal sonhou e sonha ainda,
Que imagina depois de conhecer.
Só na retina poderei reter
Um mar que é outro mar,
Um sol que é outro sol,
Gente que é outra gente,
E casas que parecem de repente
Albornozes de pedra.
Magias naturais como a paisagem
Aberta à luz do dia,
Sempre real e sempre uma miragem
Táctil e fugidia...
 
Miguel Torga


0 Comments

Nuclear? Nem obrigado!

13/1/2017

2 Comments

 
Por Gonçalo Duarte Gomes

Há 40 anos, na pequena freguesia de Ferrel, ali para os lados de Peniche (muito antes do McNamara celebrizar internacionalmente aquelas bandas), o povo saiu à rua para dizer "não, obrigado" a uma central nuclear que lhe queriam pôr à porta.

Passado todo este tempo, parece que temos que mudar a coisa para "no, gracias", vindo provar que Espanha é mesmo um país irmão, e não amigo. É que a família, ao contrário dos amigos, não se escolhe...
Imagem

Read More
2 Comments

Aprofundando a cidadania cultural e alertando as instituições culturais de utilidade pública – aplicação dos 0,5% do IRS

12/1/2017

0 Comments

 
Imagem
Pistoletto, "Pequeno Muro de Trapos", 1967, Fundação de Serralves - artista que coloca "a arte no centro de uma transformação socialmente responsável"

Por Dália Paulo
Começo este apontamento da semana com um profundo agradecimento a Mário Soares, porque este Lugar ao Sul só é possível porque homens como ele (como Assunção Cristas disse, “com ele à cabeça”) lutaram para vivermos num país livre e democrático, onde a pluralidade de opinião é uma realidade. Contudo, não nos esqueçamos que não é um dado adquirido e que devemos, diariamente, contribuir para preservar e aprofundar esses valores; vejam-se as imagens e o discurso de Donald Trump de ontem: “não vos vou deixar fazer uma pergunta, vocês dão notícias falsas”, dirigindo-se a um jornalista da CNN. Podemos e devemos ficar receosos do abismo que pode estar para vir. Barack Obama no seu último discurso disse que “a democracia não exige unanimidade mas solidariedade” e que todos nós, cidadãos, devemos estar atentos e diariamente contribuir para a garantia de valores fundamentais como a democracia e a liberdade de expressão.

Quero dedicar este apontamento à possibilidade de nós, cidadãos, podermos consignar 0,5% do nosso IRS a instituições de utilidade pública na área da cultura - através da portaria Portaria n.º 22/2017, de 12 de janeiro, que vem regulamentar a Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, que aditou o artigo 152.º ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – podendo estas “beneficiar da consignação da quota equivalente a 0,5% do IRS liquidado aos sujeitos passivos deste imposto, nos termos do artigo 152.º, do Código do IRS”.

O meu alerta vai em primeiro lugar para as instituições culturais de utilidade pública que têm até 28 de fevereiro para junto do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) do Ministério da Cultura - através do endereço eletrónico –
cultura.irs@gepac.gov.pt -fazer prova que desenvolvem a sua atividade predominantemente de natureza e interesse cultural, enviando os estatutos e relatório de atividade do ano anterior e requerer a atribuição do benefício fiscal. Este passo é fundamental porque caso não o façam impossibilitam qualquer cidadão de escolher a instituição cultural para consignar os 0,5% do seu IRS.

E nós cidadãos como podemos fazer? Primeiro, devemos, após 28 de fevereiro, consultar a base de dados pública "Pessoas Coletivas de Utilidade Pública", disponível em
http://www.sg.pcm.gov.pt/, para verificar quais as instituições que são passíveis de receber a consignação de 0,5% do IRS; depois, em sede de preenchimento de IRS, concretizar essa nossa intenção.

Reafirmo o que escrevi no Algarve Informativo #56, de 8 de maio, sobre a inscrição desta medida na Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março:
“Estamos perante uma medida que, creio, vai fazer a diferença e contribuir para mudar práticas e para potenciar relações de maior proximidade entre a criação e os públicos. Porquê? Porque impele as associações, fundações ou cooperativas culturais a produzir novos diálogos com os públicos, criar maior proximidade e construir laços de afeto. Dir-me-ão isso já existe; sim, mas este incentivo fiscal permitirá reforçar o existente. Por outro lado, propõe a implicação e a co-responsabilização dos cidadãos no apoio à cultura, assim como na escolha de que projeto artístico apoiar, sem mediação, numa relação direta entre criadores e cidadãos. Exigirá mais de ambos: aos cidadãos que sejam mais atentos e exigentes e aos criadores que, nunca colocando em causa a liberdade e a qualidade da criação, consigam criar “comunidades de cidadãos” que lhes reconheçam valor e “(in)utilidade” para consignar parte do seu rendimento. Esta é uma medida que promoverá uma cidadania mais ativa, mais consciente e que terá como consequência - assim espero - o reforço da criação artística fora dos grandes centros de Lisboa e do Porto.”

Aprofundar a democracia é, também, isto: possibilitar ao cidadão decidir onde investir o dinheiro de parte dos impostos que paga. Aprofundar a liberdade de escolha é possibilitar que cada cidadão possa contribuir de forma ativa para valorizar uma instituição cultural e as suas formas de Arte. Tenhamos sempre presente o alerta de Sophia de Mello Breyner Andresen (1975) “A cultura é uma das formas de libertação do homem. E se é evidente que o Estado deve à cultura o apoio que deve à identidade de um povo, esse apoio deve ser equacionado de forma a defender a autonomia e a liberdade da cultura para que nunca a ação do Estado se transforme em dirigismo.” E citando Sophia volto a homenagear Mário Soares e a apelar para que possamos dar bom uso a esta excelente oportunidade legislativa, que nos leva precisamente ao oposto do dirigismo; oferece-nos implicação, pensamento e aprofundamento da cidadania. E que isso a Sul seja visível. Depende de nós, como (quase) sempre!


0 Comments

O Estranho caso do Deputado João Vasconcelos

11/1/2017

1 Comment

 
Revi recentemente um filme muito interessante. Chama-se “O Estranho Caso de Benjamin Button” e conta a história da vida, vivida ao contrário. A personagem principal, protagonizada por Brad Pitt, nasce velho e morre novo. Faz lembrar um pequeno texto (que já vi atribuído a Woody Allen e a Charles Chaplin) que conta como seria crescer e a cada dia que passa ficarmos cada vez mais jovens, acabando a vida num orgasmo!  

É um filme insólito.

Read More
1 Comment

Recuperação na zona euro: um perigo para os Portugueses?

10/1/2017

0 Comments

 
Por Luís Coelho.
Aqueles mais atentos às matérias económicas vão, seguramente, estranhar o título que escolhi para o post desta semana. De facto, é praticamente unânime entre economistas, comentadores e políticos do burgo que o principal problema do nosso País é a falta de crescimento.

Read More
0 Comments

Algarve lumbersexual

6/1/2017

0 Comments

 
Por Gonçalo Duarte Gomes

A moda é, em muitas coisas, quem mais ordena.

Aqui há uns anos, era coisa de valor para o cavalheiro de estilo e bom gosto andar com a bela da camisa aos quadrados,  botifarra de campo, um gorro estilo arrumador, e uma barbaça capaz de ocultar uma refeição completa, bem como os vários volumes da Enciclopédia Houaiss. No fundo, um montanheiro. Como em estrangeiro tudo soa com mais finesse, diz que é lumbersexual– mas sempre sem machado, pois a presença da lógica ferramenta parece que já dava direito a uma consulta com as autoridades. Vá-se lá perceber estas coisas...

Confesso que não sei se a coisa ainda se mantém trendy (a minha única hipótese de ser fashion victim é ser atropelado por um camião da Zara), mas o Algarve não é de modas, e vai daí, vestiu a sua melhor flanela e recebeu uma sessão da discussão pública da reforma das florestas. Resta saber se falamos de uma transformação ou do plano de aposentadoria definitiva das nossas vetustas matas...
Imagem

Read More
0 Comments

Vamos dedicar 2017 à compreensão entre os povos…

5/1/2017

0 Comments

 
Imagem
Rien. Rua de Ave María, Lavapiés, Madrid. Retirado de www.escritoenlapared.com

Por Dália Paulo

2017 começou com uma resposta clara contra o medo: as pessoas juntaram-se nas ruas para celebrar a entrada no novo ano. Pese embora ter ficado logo manchado com o ataque numa discoteca em Istambul. Neste primeiro apontamento a Sul de 2017, quero enfatizar a importância do Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 4 de dezembro em Assembleia Geral. Na justificação da escolha afirma-se que pretende contribuir para “promover uma melhor compreensão entre os povos em todo o mundo, levando a uma maior consciência sobre o rico património das diversas civilizações”; e eu acrescentaria a esta justificação, promover a tolerância e a resiliência contra o medo, assim como abrir horizontes ao diferente e ao outro. É sobejamente dito que o turismo é a indústria da paz e que mundialmente tem um peso na economia muito forte (é a maior indústria da nossa região) pelo que tem, em meu entender, aqui um papel fulcral nesta contaminação mundial da paz.

Os anos internacionais devem servir para alargar o conhecimento sobre o assunto em destaque e para fazer um exercício prospetivo sobre o mesmo. O Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo, o jordano Taleb Rifai, afirma a propósito deste ano internacional, que “é uma oportunidade única para fazer avançar a contribuição do setor do turismo para os três pilares da sustentabilidade – económica, social e ambiental – aumentando a consciência sobre um setor que é frequentemente subestimado” ao qual eu somaria um quarto pilar – a Cultura, como fator de sustentabilidade e desenvolvimento das sociedades. Aliás, indo ao encontro do que Guilherme de Oliveira Martins defendeu na preparação da Convenção-Quadro sobre o valor do Património Cultural para a Sociedade do Conselho da Europa, vulgo Convenção de Faro 2005, que defende uma cultura da paz, o respeito pelas diferenças, considerando a Cultura e o Património um fator chave para a “aproximação, compreensão e diálogo” entre os povos.

Este é o desafio que se lança para 2017 promover esta aproximação, esta cultura de paz, alicerçada no respeito pelas diferenças. E este Sul pode ser um bom exemplo de convivência secular entre vários povos e comunidades; fortalecer (ou melhor continuar) os bons números do ano anterior significa, também, estar atento ao Mundo, perceber os fluxos, mas (e permitam-me esta ousadia) acima de tudo contribuir para, pelo exemplo, ajudar a recentrar prioridades e a cuidar desta casa comum - nas palavras do papa Francisco - para que o Turismo não se esgote e tenha sempre matéria-prima para trabalhar.

Esta sustentabilidade a Sul baseada no Turismo e na sua relação com o território perigou em meados dos anos 90 do século XX, quando o modelo de desenvolvimento pouco engajado com a identidade e autenticidade da região quase ruiu. Muitos esforços têm sido feitos desde então em vários nichos de turismo, diversificando a oferta e contribuindo para a sua sustentabilidade e desenvolvimento a longo prazo. Falo do turismo de natureza, do turismo cultural e mais recentemente um turismo criativo, entre outros. Este ano pode contribuir para a afirmação do Turismo na região no sentido lato, em que o Turismo se envolve efetiva e afetivamente no desenvolvimento da região a nível social, ambiental e cultural, considerando que uma região forte e atrativa é uma região que, em primeiro lugar, proporciona qualidade de vida aos seus habitantes, respeita as paisagens culturais e promove a Cultura, em suma que tem Identidade.

Tenho de referir que no Algarve o programa 365 Algarve - uma parceria entre as Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, o Turismo de Portugal e a Região de Turismo do Algarve - tem na sua génese a premissa de constituir-se como um aliado, entre muitos outros, para um turismo sustentável, para o desenvolvimento e para a construção de uma sociedade mais tolerante, como aliás demonstra o texto de apresentação “O ato cultural converte-se, portanto, em mecanismo agregador, de descoberta, de apropriação e tolerância e, nesta medida, permite à experiência turística um horizonte de futuro, o da descoberta e da identificação com o outro.”.

É por aqui que teremos de ir ganhando a cada dia novos adeptos da paz, da tolerância e do respeito pelas diferenças civilizacionais. Que seja um 2017 feliz para Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento e que saibamos aproveitá-lo para bem de todos!


0 Comments

Afinal, para além do Medina, também quero o Rui Moreira para Presidente da Câmara Municipal do Algarve

4/1/2017

0 Comments

 
Por Bruno Inácio
​
Chegamos a 2017 e mantemos o rumo. Viramos a página, mas a história continua negra. No Algarve, ir do local A para o local B continua e continuará a ser um martírio. E sabemos agora que para além de nos ser cobrada a dívida dos transportes de Lisboa também vamos pagar a dívida dos transportes do Porto!

Não faz mal: as portagens da Via do Infante que iam baixar 50% afinal também vão… SUBIR.

Tudo isto faz lembrar aquela piada sexista de mau gosto: “lá em casa dividimos as tarefas. Eu sujo, ela limpa”. Neste caso é a “descentralização” - o novo amor do Dr. António Costa, sobre o qual, ontem o Luís Coelho aqui escreveu – a funcionar. Lisboa e Porto ficam com (supostos) melhores serviços de transportes, mas todo o Pais paga. 
Imagem
Porreiro, pá!

Read More
0 Comments

Descentralização em Portugal?

3/1/2017

0 Comments

 
Por Luís Coelho.
Retomo as minhas reflexões neste espaço a Sul com um tema que me parece importante para o nosso futuro mais próximo. Em particular, os telejornais do dia de ontem deram destaque à nova paixão de António Costa: a Descentralização do Estado. Do que consegui ouvir, o Primeiro-ministro Português está convencido que a parte mais importante da reforma do Estado passa pela descentralização para freguesias, municípios e áreas metropolitanas. Para alcançar tal objectivo, Costa afirma ter um “Programa de Descentralização” já alinhavado, o qual deverá ser concretizado durante o primeiro trimestre de 2017.


Read More
0 Comments
    Visite-nos no
    Imagem

    Categorias

    All
    Anabela Afonso
    Ana Gonçalves
    André Botelheiro
    Andreia Fidalgo
    Bruno Inácio
    Cristiano Cabrita
    Dália Paulo
    Dinis Faísca
    Filomena Sintra
    Gonçalo Duarte Gomes
    Hugo Barros
    Joana Cabrita Martins
    João Fernandes
    Luísa Salazar
    Luís Coelho
    Patrícia De Jesus Palma
    Paulo Patrocínio Reis
    Pedro Pimpatildeo
    Sara Fernandes
    Sara Luz
    Vanessa Nascimento

    Arquivo

    October 2021
    September 2021
    July 2021
    June 2021
    May 2021
    April 2021
    March 2021
    February 2021
    January 2021
    December 2020
    November 2020
    October 2020
    September 2020
    August 2020
    July 2020
    June 2020
    May 2020
    April 2020
    March 2020
    February 2020
    January 2020
    December 2019
    November 2019
    October 2019
    September 2019
    August 2019
    July 2019
    June 2019
    May 2019
    April 2019
    March 2019
    February 2019
    January 2019
    December 2018
    November 2018
    October 2018
    September 2018
    August 2018
    July 2018
    June 2018
    May 2018
    April 2018
    March 2018
    February 2018
    January 2018
    December 2017
    November 2017
    October 2017
    September 2017
    August 2017
    July 2017
    June 2017
    May 2017
    April 2017
    March 2017
    February 2017
    January 2017
    December 2016
    November 2016
    October 2016
    September 2016

    RSS Feed

    Parceiro
    Imagem
    Proudly powered by 
    Epopeia Brands™ |​ 
    Make It Happen
Powered by Create your own unique website with customizable templates.