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ANI – Algarve Não (há) Inovação

26/3/2019

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Hoje o Lugar ao Sul tem como convidado Juan Pablo Rodrigues Correia. Licenciado em Informática – Ramo tecnológico e Mestre em Gestão Empresarial pela Universidade do Algarve. Atualmente é responsável pela coordenação comercial do grupo Algardata, onde coordena o negócio no âmbito nacional e internacional.

É também Professor Assistente Convidado na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve para as disciplinas de Estratégia e Planeamento Empresarial e Métodos de Decisão.
Tem como interesses a tecnologia, sobretudo a componente de Análise de Dados e Machine Learning, desporto e leitura. E, claro, é sócio do SPORTING!

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Muito recentemente, a ANI (Agência Nacional de Inovação), entidade a quem a CCRD Algarve recorre para analisar candidaturas de projetos de inovação, chumbou uma série de projetos propostos por empresas Algarvias, por considerar os projetos “não inovadores” ou por considerar que a empresa não reúne as condições (inovação, capital, etc.) para poder realizar o projeto a que se candidata.
 
Para referência, alguns números (apenas de projetos submetidos pelo CRIA):

No programa QREN, o número de projetos submetidos à medida de Sistema de Incentivos à Investigação e ao Desenvolvimento Tecnológico, foram 25, com 88% de taxa de aprovação (22 projetos). Neste programa, a “peritagem” foi realizada pela ADI, antiga Agência De Inovação, entidade que deu origem à ANI, ou seja, basicamente, a mesma entidade.

O número de projetos submetidos à medida de Sistema de Incentivos à Investigação e ao Desenvolvimento Tecnológico, no âmbito do Portugal 2020, o programa em vigor, foi de 59, um crescimento muito significativo em relação ao programa anterior. No entanto, o número de projetos aprovados foi de apenas 21, i.e. 35,6% do total. Ou seja, houve mais candidaturas de inovação mas houve menos aprovação de projetos do que no quadro anterior em volume e uma redução dramática em percentagem (de 88% para 35,5%).

É pois imperativo colocar uma questão: será que as empresas deixaram de ser inovadoras com o tempo ou estaremos num quadro onde as análises foram mal feitas no programa anterior, estando agora em curso uma “correção” materializada através da aplicação de critérios de avaliação mais restritivos?

É compreensível e até recomendável que, para projetos de maior complexidade, a CCDR Algarve recorra a especialistas externos para poder ter uma avaliação mais justa das candidaturas. Nesse aspeto a ANI aparenta ser uma entidade de referência. No entanto, se o critério é tão apertado que o resultado final é que a verba disponível não é aproveitada e/ou é devolvida para outras regiões, ou ficando no Algarve é redirecionada para linhas que não estão ligadas à inovação, talvez se recomende algum debate sobre o assunto.

Importa salientar que um projeto que é reprovado poderá ser sempre corrigido e novamente submetido, algo que pessoalmente já fiz por três vezes sem sucesso. De facto, o mesmo projeto foi sendo chumbado por razões diferentes sendo que, curiosamente, na segunda e terceira volta, os motivos alegados pela ANI não chegaram a ser identificados nos momentos de avaliação precedentes … o que torna complexa qualquer revisão.

​O problema é muito mais profundo do que aparenta. Se por um lado, os projetos de inovação permitem que as empresas evoluam (novas técnicas, produtos ou tecnologias) e o apoio ao investimento garante essa evolução (não só por via do investimento, como também do controlo da execução do projeto), por outro, permite um reforço da ligação entre o meio académico, onde é fundamental realçar o papel da Universidade do Algarve e o mundo empresarial, que tem evoluído de forma muito significativa nos últimos anos, muito por via dos projetos de inovação.
 
Finalmente, pergunto, como é que as empresas, que não são do âmbito turístico no Algarve, competem neste contexto? Ou será que o esperado é que deixemos de ser incómodos permitindo assim que o dinheiro flua mais livremente para as empresas que estão no Centro e Norte do país? Se não é, parece, pois esta política leva a que sejam as nossas concorrentes internas a poder evoluir, captando assim o nosso capital intelectual e fazendo com que o Algarve sirva apenas para que a “malta” venha cá passar férias e, se possível, sem gastar muito dinheiro.
 
A verdade é que assistimos a dois fenómenos muito contraditórios:  o turismo a ser premiado num âmbito europeu e até mundial e as empresas a ser chumbadas em projetos de inovação a nível nacional...
 
Ainda assim, contra tudo e todos, não desistimos! Missão assumida: por o nome Algarve no mapa de inovação nacional e internacional!
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