Por Bruno Inácio Chegamos a 2017 e mantemos o rumo. Viramos a página, mas a história continua negra. No Algarve, ir do local A para o local B continua e continuará a ser um martírio. E sabemos agora que para além de nos ser cobrada a dívida dos transportes de Lisboa também vamos pagar a dívida dos transportes do Porto! Não faz mal: as portagens da Via do Infante que iam baixar 50% afinal também vão… SUBIR. Tudo isto faz lembrar aquela piada sexista de mau gosto: “lá em casa dividimos as tarefas. Eu sujo, ela limpa”. Neste caso é a “descentralização” - o novo amor do Dr. António Costa, sobre o qual, ontem o Luís Coelho aqui escreveu – a funcionar. Lisboa e Porto ficam com (supostos) melhores serviços de transportes, mas todo o Pais paga. Porreiro, pá! Em 23 de Novembro, defendi aqui que queria que o Fernando Medida, atual Presidente da Câmara Municipal Lisboa fosse também “Presidente da Câmara Municipal do Algarve” pelo negócio que este fez com o Governo: Ficou com a gestão da Carris e o Estado (ou seja, todos nós) ficou com a divida.
Ontem, passados menos de dois meses, surge nova “geringonça” (bem explicada aqui): A Área Metropolitana do Porto, muito por força do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, garante a gestão dos STCP - Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, e o Estado (ou seja, todos nós) ficamos com a dívida. A divida da Carris é coisa pouca: 800 Milhões de Euros. A divida dos STCP é também coisa pouca: 425 Milhões de Euros. Tudo somado, nós Algarvios e os restantes mortais deste País, vamos ser chamados a pagar 1225 Milhões de Euros de dividas passadas dos transportes de Lisboa e do Porto. Dava para fazer 40 Estádios do Algarve ou para pagar a modernização da linha de comboios do Algarve… 40 vezes!! Posto isto, retomo o que escrevi em Novembro: O serviço público de transportes que o estado contrata para Lisboa (e agora para o Porto) não devia ser diferente do que contrata para o resto do país. Estas politicas, de um governo que se diz fomentador da coesão territorial, apenas vai cavar ainda mais o desenvolvimento entre as regiões. E remato da mesma forma: Vestido de ironia, digo com convicção: se ajudar a resolver estes problemas, quero um Fernando Medina e agora também um Rui Moreira para Presidente da Câmara Municipal do Algarve.
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