Lugar ao Sul
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos
  • Sobre nós
  • Autores
  • Convidados
  • Personalidade do Ano a Sul
    • Personalidade de 2017
  • Contactos

Bem-vindo

A propósito de dois acontecimentos felizes desta semana: os Mirós ficam em Portugal e a inauguração do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia)

6/10/2016

4 Comentários

 
Por Dália Paulo

Este nosso Lugar ao Sul pretende pensar este Sul sempre na sua relação com o país e com o mundo. Por isso escolhi dois felizes acontecimentos da semana (para além da quase certa eleição de António Guterres como Secretário-Geral da ONU) como mote para uma reflexão/ desafio ao Sul que envolve: Cultura, Economia e Desenvolvimento do Território.
  1. Inaugurou a exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose na Casa de Serralves, com parte da coleção pertencente ao Estado Português. No primeiro fim-de-semana milhares de pessoas visitaram a exposição e no dia da inauguração foi anunciada a permanência da coleção na Casa de Serralves.
  2. Inaugurou o MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) em Lisboa, uma obra da arquiteta britânica Amanda Levete. Um investimento da Fundação EDP no valor de 20 milhões de euros; no dia da abertura ao público contou com mais de 15 mil pessoas.
Estes dois acontecimentos servem de ponto de partida para dizer que a Cultura tem um retorno económico positivo - já vários estudos o comprovaram - que transforma e regenera áreas urbanas e promove a coesão social. Então porque é que sistematicamente temos de o afirmar? Porque é que ainda é considerada uma área lateral nas políticas de desenvolvimento? São questões para as quais as respostas são difíceis porque se prendem com razões de atraso estrutural, a que se liga uma (quase) ausência de estratégia que una cultura e educação de forma umbilical. Há caminhos feitos, é necessário reforçá-los!
Escolhi, ainda, estes exemplos para me centrar no Algarve e revisitar os finais dos anos 90, inícios dos anos 2000, quando estavam pensados (e alguns em curso, caso de Faro) três espaços (museus e centros culturais) de Arte Contemporânea para o Algarve – Faro, Tavira e Lagos. Percebe-se agora que seria uma total irracionalidade, claramente falta de estratégia regional. Nenhum deles foi construído! No entanto continuo a defender a necessidade da existência de um equipamento cultural de referência na área da Arte Contemporânea no Algarve.
Faro anunciou a intenção de apresentar a sua candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, a concretizar em 2017; entretanto já passou um ano desde esse anúncio e não houve (des)envolvimento público da cidade ou região.  Na semana passada Leiria apresentou a sua intenção de se candidatar à mesma data, mas, mais do que isso, deu logo a conhecer o Grupo de Missão que vai coordenar esse processo. Faro terá, certamente, a vantagem de ser a eleita porque é um critério de majoração a envolvência da região. Saibamos todos concorrer para esse desígnio.
No entanto, impõe-se a questão de saber se desde o anúncio da intenção de candidatura em 2015, Faro tem sabido (ou não) envolver a região e a cidade? Escolheu (e muito bem) como homem para fazer a necessária diplomacia externa Guilherme d’Oliveira Martins, mas não se conhece qual o envolvimento dos agentes da cultura, ou se a AMAL já oi envolvida, a Universidade estará envolvida mas sem ser conhecido qual o seu papel. Como já afirmei várias vezes este é um momento de nos unirmos, de deixar as “capelinhas” (quaisquer que elas sejam, partidárias ou outras) em torno de um projeto que pode ser verdadeiramente transformador para a região, mas, para isso, há que começar a fazer o caminho para ter capacidade de receber uma Capital Europeia de Cultura; são necessárias pessoas e equipamentos, é preciso estrategicamente o Algarve dizer presente.
Faro precisa de todos neste grande desafio, mas precisa em primeiro lugar de começar (e)afetivamente a fazer! Eu digo presente e vocês?

4 Comentários
Filipe Neves link
6/10/2016 12:20:54

Como licenciado em Economia e pela leitura de estudos, a Cultura é o único Investimento Público (no caso do MAAT foi Investimento Privado) com retorno no PIB ainda no mesmo ano. Ou seja, o rácio da dívida pública diminui quando se investe em cultura. E se com o Investimento público/privado em Cultura se conseguir receitas superiores ao investimento, em termos de imposto, então a cultura não só diminuiria o rácio da dívida pública, como também o défice.

Responder
Dália Paulo
6/10/2016 14:56:42

Muito obrigada pelo comentário Filipe, por acrescentar ao que eu tentei transmitir.

Responder
TOMANEL
6/10/2016 16:54:53

É também importante , e necessário acabar de uma vez por todas com a ideia muito enraizada de a CULTURA é uma actividade secundária da vida das sociedades e que as pessoas que se a ela dedicam, de corpo e alma, só o fazem por não ter mais nada para fazer, .

Responder
Dália Paulo
8/10/2016 02:11:54

Concordo inteiramente, esse caminho do meu ponto de vista faz-se com uma Educação para a Cultura que tem de estar nos curricula e que tem de ser (quase) umbilical, para que as futuras gerações cresçam com outra sensibilidade e que daqui a uma ou duas décadas a Cultura passe a ser central nas suas vidas, independentemente de qual seja a sua atividade profissional. E para que os números dos hábitos culturais deixem de estar no fim da tabela dos países europeus, como o estudo de 2013 demonstrou e que a todos devia envergonhar e impelir a efetivar políticas estratégicas de ligação entre Educação e Cultura.

Responder



Enviar uma resposta.

    Visite-nos no
    Imagem

    Categorias

    Todos
    Anabela Afonso
    Ana Gonçalves
    André Botelheiro
    Andreia Fidalgo
    Bruno Inácio
    Cristiano Cabrita
    Dália Paulo
    Dinis Faísca
    Filomena Sintra
    Gonçalo Duarte Gomes
    Hugo Barros
    Joana Cabrita Martins
    João Fernandes
    Luísa Salazar
    Luís Coelho
    Patrícia De Jesus Palma
    Paulo Patrocínio Reis
    Pedro Pimpatildeo
    Sara Fernandes
    Sara Luz
    Vanessa Nascimento

    Arquivo

    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016

    Feed RSS

    Parceiro
    Imagem
    Proudly powered by 
    Epopeia Brands™ |​ 
    Make It Happen

“Sou algarvio
​e a minha rua tem o mar ao fundo”
 

​(António Pereira, Poeta Algarvio)

​Powered by Epopeia Brands™ |​ Make It Happen