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A propósito de dois acontecimentos felizes desta semana: os Mirós ficam em Portugal e a inauguração do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia)

6/10/2016

4 Comments

 
Por Dália Paulo

Este nosso Lugar ao Sul pretende pensar este Sul sempre na sua relação com o país e com o mundo. Por isso escolhi dois felizes acontecimentos da semana (para além da quase certa eleição de António Guterres como Secretário-Geral da ONU) como mote para uma reflexão/ desafio ao Sul que envolve: Cultura, Economia e Desenvolvimento do Território.
  1. Inaugurou a exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose na Casa de Serralves, com parte da coleção pertencente ao Estado Português. No primeiro fim-de-semana milhares de pessoas visitaram a exposição e no dia da inauguração foi anunciada a permanência da coleção na Casa de Serralves.
  2. Inaugurou o MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) em Lisboa, uma obra da arquiteta britânica Amanda Levete. Um investimento da Fundação EDP no valor de 20 milhões de euros; no dia da abertura ao público contou com mais de 15 mil pessoas.
Estes dois acontecimentos servem de ponto de partida para dizer que a Cultura tem um retorno económico positivo - já vários estudos o comprovaram - que transforma e regenera áreas urbanas e promove a coesão social. Então porque é que sistematicamente temos de o afirmar? Porque é que ainda é considerada uma área lateral nas políticas de desenvolvimento? São questões para as quais as respostas são difíceis porque se prendem com razões de atraso estrutural, a que se liga uma (quase) ausência de estratégia que una cultura e educação de forma umbilical. Há caminhos feitos, é necessário reforçá-los!
Escolhi, ainda, estes exemplos para me centrar no Algarve e revisitar os finais dos anos 90, inícios dos anos 2000, quando estavam pensados (e alguns em curso, caso de Faro) três espaços (museus e centros culturais) de Arte Contemporânea para o Algarve – Faro, Tavira e Lagos. Percebe-se agora que seria uma total irracionalidade, claramente falta de estratégia regional. Nenhum deles foi construído! No entanto continuo a defender a necessidade da existência de um equipamento cultural de referência na área da Arte Contemporânea no Algarve.
Faro anunciou a intenção de apresentar a sua candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, a concretizar em 2017; entretanto já passou um ano desde esse anúncio e não houve (des)envolvimento público da cidade ou região.  Na semana passada Leiria apresentou a sua intenção de se candidatar à mesma data, mas, mais do que isso, deu logo a conhecer o Grupo de Missão que vai coordenar esse processo. Faro terá, certamente, a vantagem de ser a eleita porque é um critério de majoração a envolvência da região. Saibamos todos concorrer para esse desígnio.
No entanto, impõe-se a questão de saber se desde o anúncio da intenção de candidatura em 2015, Faro tem sabido (ou não) envolver a região e a cidade? Escolheu (e muito bem) como homem para fazer a necessária diplomacia externa Guilherme d’Oliveira Martins, mas não se conhece qual o envolvimento dos agentes da cultura, ou se a AMAL já oi envolvida, a Universidade estará envolvida mas sem ser conhecido qual o seu papel. Como já afirmei várias vezes este é um momento de nos unirmos, de deixar as “capelinhas” (quaisquer que elas sejam, partidárias ou outras) em torno de um projeto que pode ser verdadeiramente transformador para a região, mas, para isso, há que começar a fazer o caminho para ter capacidade de receber uma Capital Europeia de Cultura; são necessárias pessoas e equipamentos, é preciso estrategicamente o Algarve dizer presente.
Faro precisa de todos neste grande desafio, mas precisa em primeiro lugar de começar (e)afetivamente a fazer! Eu digo presente e vocês?

4 Comments
Filipe Neves link
6/10/2016 12:20:54

Como licenciado em Economia e pela leitura de estudos, a Cultura é o único Investimento Público (no caso do MAAT foi Investimento Privado) com retorno no PIB ainda no mesmo ano. Ou seja, o rácio da dívida pública diminui quando se investe em cultura. E se com o Investimento público/privado em Cultura se conseguir receitas superiores ao investimento, em termos de imposto, então a cultura não só diminuiria o rácio da dívida pública, como também o défice.

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Dália Paulo
6/10/2016 14:56:42

Muito obrigada pelo comentário Filipe, por acrescentar ao que eu tentei transmitir.

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TOMANEL
6/10/2016 16:54:53

É também importante , e necessário acabar de uma vez por todas com a ideia muito enraizada de a CULTURA é uma actividade secundária da vida das sociedades e que as pessoas que se a ela dedicam, de corpo e alma, só o fazem por não ter mais nada para fazer, .

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Dália Paulo
8/10/2016 02:11:54

Concordo inteiramente, esse caminho do meu ponto de vista faz-se com uma Educação para a Cultura que tem de estar nos curricula e que tem de ser (quase) umbilical, para que as futuras gerações cresçam com outra sensibilidade e que daqui a uma ou duas décadas a Cultura passe a ser central nas suas vidas, independentemente de qual seja a sua atividade profissional. E para que os números dos hábitos culturais deixem de estar no fim da tabela dos países europeus, como o estudo de 2013 demonstrou e que a todos devia envergonhar e impelir a efetivar políticas estratégicas de ligação entre Educação e Cultura.

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