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A loucura do (nosso) Fado Europeu

21/3/2017

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Por Luís Coelho.
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Vale a pena ler duas notícias que fazem hoje capa na edição do Negócios. A primeira tem um título sugestivo: “BCE quer ultimato a Portugal: mais reformas ou sanções”. A segunda faz referência à malfadada tragédia Grega: “Impasse na Grécia agrava risco de nova crise no euro”. Conjuntamente expressam bem a loucura europeia em que estamos metidos.
​Sabemos bem o que tem sido viver em Portugal nos últimos anos. A crise de 2008 redundou num estoiro brutal da nossa economia, dando azo a um dos mais tristes episódios da nossa História recente. Em particular, recordarei para sempre o dia 17 de Maio de 2011 como o momento em que (novamente…) os Lusitanos contemporâneos não estiveram à altura dos seus pergaminhos, vendo-se forçados a pedir ajuda a uma qualquer troika internacional.

Fica na consciência de cada um perceber o que fez (ou não fez) para que o nosso País se tenha visto na contingência de sofrer tão vergonhoso vexame; não é este o espaço para tal debate. Ainda assim, penso que é tempo de tomarmos consciência sobre quem somos e exigir respeito pelo nosso País. Neste sentido, é agoniante verificar como a esquizofrenia europeia parece não ter fim. No dia em que a Grécia, nosso parceiro de fado, ameaça voltar a incendiar o debate sobre a sustentabilidade da dívida pública das economias europeias e a própria existência do euro, assistimos a declarações profundamente infelizes por parte do banco central europeu. Bem sabemos que Portugal não é a Alemanha. Não temos a sua produtividade. Não temos a sua organização. Os nossos recursos humanos não têm o mesmo nível de qualificação. O nosso tecido empresarial não tem a pujança do seu equivalente germânico. Temos dívida (pública e privada) a mais. Temos exportações a menos. Temos deficit público excessivo. Temos um sector bancário que já viveu melhores dias. Sim, temos tudo isto. A questão é que esta é a condição estrutural do nosso País. Não vamos conseguir resolver todos estes problemas, com décadas de existência, nos próximos 6 ou 12 meses. De facto, não se muda uma cultura, um povo e um País por decreto. Certamente, nenhum programa de reformas, por muito perfeito que seja, terá sucesso sem que o povo esteja devidamente motivado para abraçar a mudança. Veja-se a este propósito o caso da Grécia. Em particular, estou convencido que nenhum plano pensado em Frankfurt ou noutro lado qualquer irá ter o efeito pretendido enquanto não se perceber realmente a forma de estar e pensar dos helénicos.
​
Posto isto, só posso admitir que os responsáveis europeus têm uma agenda maquiavélica pensada para o nosso País. Isto ou são simplesmente néscios. Numa altura em que Portugal está (ainda que conjunturalmente) melhor, importa fazer o discurso pela positiva. Quer se queira quer não, temos o deficit mais controlado. Temos menos desemprego. Temos mais exportações (veja-se o fenómeno do Turismo) e produção. Temos uma geringonça que parece funcionar. Temos um Presidente próximo do povo e que mostra real capacidade para motivar as pessoas. Temos, também, maior confiança no futuro. Somos campeões da europa em futebol. O Bruno de Carvalho tem mais 4 anos de mandato. Fale-se disto. Dê-se relevo a isto. Calem-se, por favor, os Schäubles desta vida (nem que seja por uns breves instantes) e “deixem-nos trabalhar”.
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