Por Bruno Inácio Quem no final de 2017 fazia previsões e desejos para 2018 não imaginaria o quão bom seria o ano 2018 para o Algarve. Estou certo que muito poucos iriam arriscar prever as resoluções de tantos problemas adiados e a congregação de um conjunto de vontades que permitiu levar por diante as reformas que durante décadas a região aguardava. Não será justo realçar ninguém pois foram tantos os que contribuíram para este ano fosse único que referir alguns nomes seria reduzir tantas e tão importantes conquistas. Pela primeira vez vimos um alargado conjunto de agentes regionais a contribuir activamente e em linha para objectivos comuns. Talvez tenha sido esse o segredo do sucesso deste ano repleto de coisas boas para o Algarve. Mas vamos por partes e permitam-me que faça aqui uma breve referência aqueles que foram ao meu ver os acontecimentos que marcaram 2018. O avanço inesperado e significativo no processo de descentralização com vista à implementação da regionalização em Portugal. Fruto de uma posição de força da região em que autarcas, partidos políticos, dirigentes regionais, agentes económicos e jornalistas, assumiram perante a Assembleia da República a necessidade de olhar para o Algarve com outros olhos, nomeadamente dotando a região de maior capacidade de decisão e alocação de recursos, o processo avançou. O Primeiro-ministro, assumido adepto da descentralização, acarinhou a ideia. O novo líder do PSD, ao contrário do que é normal após eleições internas, manteve a sua veia descentralizadora e deu a mão ao governo que encontrou no Parlamento uma quase unanimidade para avançar com o processo. Mesmo com os alertas do Presidente da República, conhecido por não ser fã da regionalização, o processo deu os primeiros passos e foi constituída na Assembleia da República uma Comissão Eventual para a Revisão Constitucional que irá acabar com a necessidade de realização de um referendo e com a necessidade de simultaneidade na implementação do processo. Assim, o Algarve e o Norte posicionam-se como regiões disponíveis para serem pioneiras nesta experiência que visa aproximar a decisão das pessoas e com isto aumentar e melhorar os investimentos públicos na região.
Igualmente importante foi o avanço das obras de requalificação da EN125 entre Olhão e VRSA. Depois de terem sido concluídas as obras do restante troço, também a sotavento uma das principais vias do Algarve começou a receber obras de requalificação. Pelo que se vê, as obras avançam a bom ritmo e já no final do próximo ano, 2019, podemos ter toda a via requalificada. Outras das boas noticias que recebemos em 2018, já no final deste ano, foi a intenção do Governo rectificar a decisão da construção de 3 hospitais onde, entre eles, não se encontrava o do Algarve. Cada vez mais liberto da esquerda que lhe havia imposto a construção dos hospitais de Évora e Seixal quando o Algarve aparecia melhor posicionado nos estudos que apoiavam as decisões, o Algarve passou a ser a segunda prioridade nacional e a construção do Hospital Central do Algarve foi inscrito no Orçamento de Estado para 2019. Também no sector privado as noticias foram boas. O turismo voltou a bater recordes e os agentes regionais começam a ganhar capacidade financeira de investimento com vista a requalificar a oferta seja ao nível das infraestruturas seja o nível dos serviços e recursos humanos. Não poderíamos ter desejado ano melhor. Esperamos que 2018, que agora termina, seja um ponto de viragem e que consigamos de ora em diante dar impulsos contínuos ao nosso crescimento económico e ao nosso desenvolvimento sustentável. Que venha 2019! Bom Ano a todos.
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