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Vamos dedicar 2017 à compreensão entre os povos…

5/1/2017

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Rien. Rua de Ave María, Lavapiés, Madrid. Retirado de www.escritoenlapared.com

Por Dália Paulo

2017 começou com uma resposta clara contra o medo: as pessoas juntaram-se nas ruas para celebrar a entrada no novo ano. Pese embora ter ficado logo manchado com o ataque numa discoteca em Istambul. Neste primeiro apontamento a Sul de 2017, quero enfatizar a importância do Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 4 de dezembro em Assembleia Geral. Na justificação da escolha afirma-se que pretende contribuir para “promover uma melhor compreensão entre os povos em todo o mundo, levando a uma maior consciência sobre o rico património das diversas civilizações”; e eu acrescentaria a esta justificação, promover a tolerância e a resiliência contra o medo, assim como abrir horizontes ao diferente e ao outro. É sobejamente dito que o turismo é a indústria da paz e que mundialmente tem um peso na economia muito forte (é a maior indústria da nossa região) pelo que tem, em meu entender, aqui um papel fulcral nesta contaminação mundial da paz.

Os anos internacionais devem servir para alargar o conhecimento sobre o assunto em destaque e para fazer um exercício prospetivo sobre o mesmo. O Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo, o jordano Taleb Rifai, afirma a propósito deste ano internacional, que “é uma oportunidade única para fazer avançar a contribuição do setor do turismo para os três pilares da sustentabilidade – económica, social e ambiental – aumentando a consciência sobre um setor que é frequentemente subestimado” ao qual eu somaria um quarto pilar – a Cultura, como fator de sustentabilidade e desenvolvimento das sociedades. Aliás, indo ao encontro do que Guilherme de Oliveira Martins defendeu na preparação da Convenção-Quadro sobre o valor do Património Cultural para a Sociedade do Conselho da Europa, vulgo Convenção de Faro 2005, que defende uma cultura da paz, o respeito pelas diferenças, considerando a Cultura e o Património um fator chave para a “aproximação, compreensão e diálogo” entre os povos.

Este é o desafio que se lança para 2017 promover esta aproximação, esta cultura de paz, alicerçada no respeito pelas diferenças. E este Sul pode ser um bom exemplo de convivência secular entre vários povos e comunidades; fortalecer (ou melhor continuar) os bons números do ano anterior significa, também, estar atento ao Mundo, perceber os fluxos, mas (e permitam-me esta ousadia) acima de tudo contribuir para, pelo exemplo, ajudar a recentrar prioridades e a cuidar desta casa comum - nas palavras do papa Francisco - para que o Turismo não se esgote e tenha sempre matéria-prima para trabalhar.

Esta sustentabilidade a Sul baseada no Turismo e na sua relação com o território perigou em meados dos anos 90 do século XX, quando o modelo de desenvolvimento pouco engajado com a identidade e autenticidade da região quase ruiu. Muitos esforços têm sido feitos desde então em vários nichos de turismo, diversificando a oferta e contribuindo para a sua sustentabilidade e desenvolvimento a longo prazo. Falo do turismo de natureza, do turismo cultural e mais recentemente um turismo criativo, entre outros. Este ano pode contribuir para a afirmação do Turismo na região no sentido lato, em que o Turismo se envolve efetiva e afetivamente no desenvolvimento da região a nível social, ambiental e cultural, considerando que uma região forte e atrativa é uma região que, em primeiro lugar, proporciona qualidade de vida aos seus habitantes, respeita as paisagens culturais e promove a Cultura, em suma que tem Identidade.

Tenho de referir que no Algarve o programa 365 Algarve - uma parceria entre as Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, o Turismo de Portugal e a Região de Turismo do Algarve - tem na sua génese a premissa de constituir-se como um aliado, entre muitos outros, para um turismo sustentável, para o desenvolvimento e para a construção de uma sociedade mais tolerante, como aliás demonstra o texto de apresentação “O ato cultural converte-se, portanto, em mecanismo agregador, de descoberta, de apropriação e tolerância e, nesta medida, permite à experiência turística um horizonte de futuro, o da descoberta e da identificação com o outro.”.

É por aqui que teremos de ir ganhando a cada dia novos adeptos da paz, da tolerância e do respeito pelas diferenças civilizacionais. Que seja um 2017 feliz para Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento e que saibamos aproveitá-lo para bem de todos!


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