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Tornar um sonho realidade: é preciso um Museu de Arte Contemporânea no Algarve!

8/12/2016

3 Comentários

 
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Manuel Baptista, Marie Hubner, António da Costa Pinheiro, Bartolomeu dos Santos, Tavira (2003) (Sul Informação)

Por Dália Paulo
O programa cultural 365 Algarve, uma iniciativa das Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, com financiamento via Turismo de Portugal e execução pela Região de Turismo do Algarve tem permitido segundo os parceiros “tornar sonhos realidade”.

Ontem vimos mais um sonho tornado realidade, inaugurou no Museu Municipal de Faro a exposição “ O regresso do objeto, Arte dos Anos 1980 na Coleção de Serralves”, pela segunda vez como disse Rui Nicolau, Serralves está a Sul e neste centenário museu (a primeira foi em 2008). Estas iniciativas são importantes para a fruição por todos da Arte Contemporânea, para se construir uma literacia da contemporaneidade (se me é permitido utilizar esta expressão), tão necessária neste Sul tão pouco familiarizado com estas manifestações, e, por outro lado para que se cumpra uma verdadeira democratização da cultura. Mas ontem (2008) como hoje a minha preocupação é a mesma: é necessário que estas iniciativas estejam integradas em estratégias não só de difusão mas também de criação, de sedimentação, de educação para a arte e que culmine, desejavelmente, na criação de um Museu de Arte Contemporânea no Algarve.

Nos finais do milénio passado, três cidades posicionaram-se para, com financiamento do “saudoso” POC (Programa Operacional da Cultura) construir esse Museu de Arte Contemporânea: Faro, a partir do trabalho pioneiro do pintor Manuel Baptista nas Galerias Trem e Arco, nos anos 1990 e da sua coleção particular, assim como de um acervo nacional que seria depositado a Sul, num lugar de internacionalização da Arte Contemporânea pela forte ligação da região ao Turismo; Lagos, a partir do notável trabalho de Alexandre Alves Barata, no Centro Cultural de Lagos, assim como do fervilhar de criação e de artistas que a partir dos anos 60, do século XX, ali se juntaram; e, Tavira, num trabalho mais recente, mas igualmente importante, de Jorge Queiroz no Palácio da Galeria.

Nenhum destes equipamentos viu a luz do dia e houve mesmo uma redução do trabalho continuado a partir da Arte Contemporânea, destacando-se atualmente, do meu ponto de vista, apenas a Galeria Trem em Faro, com uma programação muito interessante, que desafia artistas a criar e que alia nomes consagrados com jovens criadores, sob a direção de Mirian Tavares, do CIAC, Centro de Investigação e Comunicação em Artes da Universidade do Algarve. Tenho igualmente que referir alguns exemplos não públicos e que têm feito a diferença no Algarve: Casa das Artes em Tavira; LAC, Laboratório de Atividades Criativas de Lagos e o Coletivo Artístico Policromia, para citar apenas alguns.

Faro, anunciou em setembro de 2015 a intenção de se candidatar a Faro, Capital Europeia da Cultura em 2027, tenho escrito amiúde sobre este tema, por ter passado um ano e o assunto apenas agora ter sido recuperado; ontem no discurso de abertura da exposição no Museu Municipal de Faro, o Presidente da Câmara, voltou ao assunto e anunciou que Faro é um dos Municípios que integrará o conjunto de “Municípios Fundadores” da Fundação de Serralves, incluindo esta integração na estratégia para a candidatura de Faro, Capital Europeia da Cultura em 2027, que tem de ser entregue até dezembro de 2017. Felicito, como o fiz ontem, e, como algarvia, fico feliz com esta ação. Porém, considero que apesar de relevante, para a candidatura o que importará para além das redes e parcerias extra-região, é implicar a região (ou mesmo o Sul) nesta candidatura, é criar sinergias, laços e sementes para que a Faro, Capital Europeia da Cultura possa ser um verdadeiro motor de desenvolvimento da região/ Sul assente na Cultura, veja-se o exemplo de Guimarães; sabemos que Guimarães se debate com problemas de financiamento mas que são resolúveis numa estratégia nacional de coesão territorial e cultural.

Nesse sentido, considero que a criação de um Museu Nacional de Arte Contemporânea no Algarve (não falo apenas ou só do contentor mas falo sobretudo do conteúdo e do trabalho) é um eixo fundamental nessa candidatura, porque a parceria com Serralves é importante mas não satisfaz, ou seja é preciso mais, é preciso mapear as coleções que existem no Algarve, mapear os artistas a residir no Algarve, reforçar a relação com a Universidade do Algarve, fixar artistas, curadores e ter uma equipa técnica e artística a dirigir o Museu de Arte Contemporânea do Algarve com autonomia que trabalhe o território, as suas ligações (existentes há milénios) com o exterior e que produza conhecimento e criação. Estou ligada profissionalmente, mas mais do que isso efetiva e afetivamente, desde 1999, ao projeto de Museu de Arte Contemporânea no Algarve, acredito que continua (cada vez mais) a ser uma necessidade e contem comigo, parafraseando Walt Disney, para fazer esse sonho “tornar-se realidade se tivermos a coragem de persegui-lo”!


3 Comentários
Manuel Amorim
8/12/2016 19:38:12

Sem duvida que a regiao do Algarve precisa de um Museu de Arte Contemporanea e Faro tem esse potencial para o acolher ponto de partida e chegada Faro pode ser tambem a placa giratoria para a restante regiao. Ao longo dos ultimos anos venho apenas observando os poucos desenvolvimentos da concretizaçao do Museu parece me hoje que estao reunidas condiçoes para objetivar atos concretos nesse sentido e de efetivamente avançar com projeto criar as devidas parcerias ,regionais nacionais e ate internacionais todo o tempo perdido ate uma aprovaçao Governamental sera posteriormebte notada e disso temos bastantes exemplos .Começar e dificil mas os interveniebtes neste projeto tem ja essa dinamica de construçao cultural na regiao.Os meios finançeiros sao um travao ao desenvolvimento cultural mas tambem deve de servir par encontrar os parceiros certos.saudaçoes

Responder
Elisabete Rodrigues
12/12/2016 19:11:56

O ideal é que esse Museu de Arte Contemporânea do Algarve, com cuja criação concordo inteiramente, pudesse ter três polos, em Faro, em Lagos e em Tavira.
No Algarve, além de coleções particulares e de outras que para cá possam ser deslocadas, há a memória e a permanência de muitos dos grandes artistas contemporâneos, portugueses e não só, que por cá têm vivido ou passado.
Um Museu de Arte Contemporânea, além de muito interessante para todos nós, algarvios, seria sem dúvida uma importante mais valia para qualificar a nossa oferta turística.

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José Cid link
29/12/2016 17:03:56

E o projeto para o edificio até foi realizado!...mas ficou na gaveta da história.

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