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O (in)visível nas cidades e a importância do conhecimento

13/4/2017

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Por Dália Paulo
Volto ao tema das cidades, da sua construção, dos seus símbolos, dos sonhos individuais e coletivos que enceram, das suas invisibilidades, do seu conhecimento, a propósito de um estudo publicado pela editora Sul, Sol e Sal de Tânia Rodrigues, resultado da sua tese de Mestrado em História da Arte Portuguesa na Universidade do Algarve, intitulado Faro na Época Moderna: do urbanismo à arquitetura e apresentado esta semana no Museu Municipal de Faro.

Faro ganha valor acrescentado com esta investigação, como refere no prefácio José Eduardo Horta Correia, a autora “ousou estudar o ínfimo, o que a história dá normalmente por perdido. Ir ao encontro do comum, do não monumental, do recheio do urbano, da arquitetura, da dita «casa corrente»”, contribuindo para que a gestão e o fazer cidade hoje possa ser alicerçado no conhecimento daquilo que fomos, daquilo que somos e do que queremos vir a ser. Estamos perante uma ferramenta que deverá ser usada pela gestão da cidade, que tem de ser divulgada junto de quem faz cidade – urbanistas, arquitetos, historiadores, arqueólogos, executivos municipais e cidadãos. Este conhecimento das várias cidades que estão presentes na cidade hoje deve contribuir para uma mais eficaz gestão urbanística, para aumentar a qualidade de vida e para ter opções mais sustentáveis e sustentadas a longo prazo.

Comumente falamos em sustentabilidade ambiental, económica e social, transversalmente a todas está a Cultura (aqui incluo o Património) como fator maior que deve estar subjacente ao planeamento e às transformações quotidianas da cidade. Estudos como Faro na Época Moderna: do urbanismo à arquitetura permitem olhar a cidade invisível e, a partir dela, construir as bases para fazer a cidade hoje. Nesse sentido, podemos sintetizar a importância da publicação e do estudo de Tânia Rodrigues através das palavras de Mia Couto na aula inaugural da Escola de Comunicação e Artes (2012) na Universidade Eduardo Mondlane intitulado “Da cegueira coletiva à aprendizagem da insensibilidade” quando termina afirmando: “Fazemos o que fazemos não porque sejam grandiosas iniciativas mas porque necessitamos de mudar as coisas e melhorar o mundo (…) e “porque queremos ser donos do nosso destino e capitães da nossa alma coletiva”. Considero que o nosso poder de mudar o Mundo está em fazê-lo através do conhecimento, da cultura e da nossa vontade coletiva de exercer o nosso direito de cidadania.

Com esta obra Tânia Rodrigues inaugura uma nova linhagem de investigadores e homenageia muitos outros investigadores ou cidadãos implicados que conseguiram lutar pelo que Sophia de Mello Breyner Andresen, naTávola Redonda, n.º 21 de Janeiro de 1963, escrevia “É preciso que aquilo que vai ser construído não destrua aquilo que existe.”, refiro-me, entre outros, a de Pinheiro e Rosa, Francisco Lameira, António Rosa Mendes, José Eduardo Horta Correia, Fernando Grade… Devemos agradecer-lhes o seu estudo, luta e resiliência por um Algarve que não se tornasse um não lugar e é,  também, por eles que hoje o Turismo consegue repensar-se e criar ofertas diferenciadoras do destino baseadas nas paisagens culturais e naturais.

Termino como José Eduardo Horta Correia terminou a sua apresentação “É Faro que precisa da Tânia e não o inverso”, sim precisamos da Tânia Rodrigues e de muitos investigadores para que possamos ter cidades que se conhecem e possam assim ser mais competitivas, com projetos inovadores, fortes e diferenciadores.

Muito obrigada Sul, Sol e Sal por cumprir a função social de transformar a investigação em valor acrescentado e em output positivo para a sociedade e que a colaboração com a Universidade do Algarve continue a permitir afirmar, cada vez mais, o conhecimento produzido e a torná-lo um instrumento ao serviço da região.


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Nuno Beja
17/4/2017 15:40:25

E precisamos tanto da Tânia e de outros que fazem bem o que fazem e com extrema competência! Obrigado à editora pelo grande e fundamental trabalho; ao João Marques pelo patrocínio e por perceber a importância desta edição para a nossa cidade! Obrigado Dália!

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