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Descentralizar a banca no Algarve

15/5/2017

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Por Pedro Pimpão

Ao longo dos últimos anos, tenho assistido a uma crescente centralização da tomada de decisão por parte da banca portuguesa, seja devido à crise e por isso maior controlo na decisão das operações de crédito, seja simplesmente devido aos avanços tecnológicos. Não sendo assim a descentralização somente uma matéria exclusivamente da Administração Pública.

Esta situação provocou o fecho de balcões que continuará nos próximos anos e consequente fuga de quadros da área financeira para as capitais, muitos deles graduados nas respetivas Instituições de Ensino Superior sediadas da Região. Além do próprio emprego destruído em termos imediatos, as pequenas e médias empresas a nível local e regional ressentiram-se das “apertadas” análises de risco, por vezes “cegas” nas concessões de crédito. Bem sei que tal deve ter subjacente uma rigorosa análise ao financiamento por parte das Instituições de Crédito de forma a prevenir eventuais valores elevados de imparidades. Mas também perceciono que tal análise, também de âmbito qualitativo, tem como base o risco local de enquadramento, muitas vezes menosprezado por políticas meramente centralizadoras de controlo, não tendo em conta a componente de empreendorismo e inovação necessariamente incutida. 
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No caso do Algarve existe atualmente uma Instituição de Crédito – a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) (não querendo fazer publicidade gratuita) que poderá aproximar-se deste meu apelo à descentralização na análise de risco e respetiva tomada de decisão na concessão de crédito. Mas é pouco. A Região enfrenta, nos dias de hoje, um “boom” de turismo, já muito debatido neste “Lugar ao Sul”, mas não existem há alguns anos até ao momento, mecanismos suficientes à disposição de pessoas e empresas, como resposta a um ambiente “amigo” de investimento local e regional para esta atividade – turismo – e para as de “arraste direto”, tais como a agricultura e o mar, entre outras. Os fundos comunitários à disposição da Região ajudam, mas não são suficientes. Por esta razão, deve ser “redesenhado” o Banco de Fomento do Algarve em parceria com o CCAM e outras se possível, como uma Instituição capaz de financiar desde os micro projetos às denominadas PME’s locais e regionais. Seguindo os princípios orientadores de rigor e transparência das regras bancárias em vigor, esta nova Instituição, outrora criada em 18 de Março de 1932, teria de ser capaz de fomentar e incentivar a economia exportadora da Região, financiar projetos empreendedores em colaboração com os fundos estruturais e com as Autarquias e por fim, capaz de ser um canal de intermediação e de lançamento de projetos com o Banco Europeu de Investimento e diversos programas de investimento europeu.

Fica a ideia e proposta para reflexão futura dos nossos decisores políticos locais e regionais, bem como empresários e população em geral.  

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